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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Corrupção: Quem procura acha?




Por Zezinho de Caetés

Ontem eu resolvi, diante dos muitos escândalos que afetam tanto a Dilma quanto a Marina, eu resolvi perder um pouco do meu tempo e assistir à propaganda eleitoral. Meu Deus, quanto sofrimento. Sofrimentos curtos como os trazidos pela propaganda dos partidos nanicos, que estão mais atrasados ideologicamente do que o Capital do Marx, e sofrimentos longos como aqueles provindos do programa da Dilma. São mais de 10 minutos de baboseiras infindáveis tentando sair de fininho dos problemas em que ela meteu o Brasil.

E agora com o estouro dos roubos do dinheiro público através de sua empresa de estimação, a Petrobrás, que é dirigida por ela há mais de 10 anos, o que estão mandando ela ler é simplesmente patético. Diz o texto lido pela gerenta presidenta que “um tema me causa muita revolta e imensa repulsa, é a corrupção”. Continuando, a Dilma diz que tem tolerância zero com a corrupção e que nunca varreu nada para debaixo do tapete, mesmo na época em que foi considerada a faxineira do palácio, cargo do qual desistiu porque a sujeira era tanta que ela não deu conta sozinha. Imagine o que tinha lá de garrafas vazias da Caninha 51!

E por ai vai, agora, como sempre tanto nos governos Lula e o dela, nunca se apurou tanta corrupção. E coloca a base do raciocínio para justificar por que tanta corrupção campeou nos governos da santíssima dualidade (Lula/Dilma), apesar dela ter criado todo um aparato de investigações como nunca se viu na história deste país, e que agia com total liberdade.

Então, segundo ela, quanto mais investigação mais corrupção. E haja corrupção. O Lula já havia usado este argumento antes e leva apenas a uma pergunta, se eles passaram 12 anos no poder e a corrupção só aumentou. Será mesmo porque houve mais investigação ou foi porque aumentou a corrupção? Dilma diz que foi por causa da investigação e eu acho que foi por causa do aumento da corrupção.

Seria passar um atestado de incompetência absoluta aos órgãos investigadores em  encontrar os malfeitos para que, só agora, se soubesse que o Paulo Roberto Costa, o Paulinho, como Lula o chamava, causasse um rombo de 1 bilhão de dólares nos cofres da Petrobrás. Foram 10 longos anos de roubo, e com a liberdade que a Dilma diz que deu aos órgãos responsáveis pela investigação, nada se descobriu até agora. Se for assim, e esta liberdade realmente existiu, o que a Dilma está dizendo é que a Polícia, o Ministério Público e outros órgãos, são incompetentes. Para mim, eu apenas acho que não houve tanta liberdade assim.

Ela denominou a roubalheira de “sangria” e disse que agora acabou com todas as sangrias. Será? Se ela for reeleita voltará a ser a mulher honesta como todos até agora a consideram, se não for, esperem que novos malfeitos surgirão. Por isso, vamos fazer o que a Dilma sempre diz fez e dar uma chance aos investigadores que ela criou com tanto amor e carinho: Não votemos nela.

Agora fiquem com o texto do Merval Pereira que faz uma análise da briga entre Dilma e Marina no atual estágio da campanha, que ele intitula “Palpos de aranha” (Blog do Merval – 10/09/2014), mostrando que o segundo turno das eleições serão eletrizantes, mas, pode nem haver pois a aranha Marina poderá ganhar no primeiro turno. Depende do Aécio, que também está em “palpos de aranha”.

“As duas candidatas que disputam a liderança da corrida presidencial estão em palpos de aranha com os problemas internos de suas campanhas. Marina não tem como explicar a contabilidade do PSB anterior à sua assunção como candidata, mas também não pode lavar as mãos como se nada tivesse com isso.

O avião fantasma que não tem dono e a contabilidade paralela da usina Abreu e Lima em Pernambuco, pela qual o falecido ex-governador Eduardo Campos está incluído na lista dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras, são temas delicados que ela tenta driblar com alguns constrangimentos óbvios.

Também a presidente Dilma é obrigada a dizer que nunca notou nada de anormal nas contas da Petrobras, passando recibo de má gestora, sem poder assumir as ações que tomou para tentar estancar a sangria na estatal. Ela mesma garantiu recentemente que “as sangrias foram contidas”, embora oficialmente não saiba de nada.

A disputa entre o grupo da atual presidente Graça Forster, nomeada por Dilma para justamente tentar controlar o esquema que dominava a Petrobras, e o do ex-presidente José Gabrielli, responsável pela atuação do ex-diretor Paulo Roberto Costa, é conhecida de todos, mas Dilma não pode admitir que seu padrinho Lula, que chamava de Paulinho o ex-diretor hoje preso, dava apoio político ao velho esquema da Petrobras. O próprio Paulinho disse ao juiz Sérgio Moro que teve várias conversas com Lula.

Das duas, porém, Dilma tem culpa formal pela demora das providências, apesar dos constrangimentos partidários que a tolhiam. Ficou com Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras durante um bom tempo, e só protestou contra a compra da refinaria de Pasadena nos EUA depois de anos da negociata feita, tendo inclusive preservado o diretor responsável, Nestor Cerveró. Marina não tem nada a ver com eventuais malfeitos anteriores à sua chegada no PSB.

O segundo turno mais longo dos últimos anos, como definiu o ex-presidente Lula, já está em curso, com a disputa polarizada entre a presidente Dilma e a candidata do PSB Marina Silva, e as novas pesquisas que estão saindo confirmam uma reação da presidente, ao mesmo tempo em que Marina se mantém competitiva, apesar do bombardeio a que está sendo submetida nos últimos dias.

A agressão verbal de que foi vítima ontem, com a presidente Dilma insinuando que Marina é sustentada por banqueiros, numa referência a Neca Setubal, herdeira do Itaú, é exemplo dessa estratégia petista, confirmando que Dilma é capaz de “fazer o diabo” para se reeleger.

Não se sabe a esta altura como o segundo turno se desenrolará, mas Marina mantém uma vantagem numérica que tende a reduzir-se à medida que a saraivada de golpes, alguns abaixo da linha da cintura, se sucede. Tudo indica que será uma disputa muito acirrada, com a presidente Dilma mobilizando toda a máquina partidária, e a máquina do governo também, para combater especificamente Marina, a adversária presumida no segundo turno.

Sua campanha já descartou a possibilidade de Aécio Neves do PSDB recuperar sua posição na corrida presidencial, e tudo que não querem é que ele apóie Marina ainda no primeiro turno. Temem que essa ação possa criar um ambiente favorável ao voto útil em Marina, levando-a a uma vitória já no primeiro turno.

Não parece ser, no entanto, um movimento estratégico inteligente por parte de Aécio, que tem atrás de si um partido que pode ganhar diversos governos estaduais e precisa fazer uma bancada no Congresso que o coloque no jogo partidário. Além do mais, o senador Aécio Neves precisa necessariamente vencer a eleição para o governo de Minas, elegendo seu candidato Pimenta da Veiga e passando à frente de Dilma e Marina na disputa presidencial.

A campanha de Dilma pretende, com o ataque a Marina sendo a sua tônica, debilitar a adversária para que chegue ao segundo turno enfraquecida. Em parte estão tendo sucesso, pois Marina, atacada sem dó nem piedade tanto por Dilma quanto por Aécio Neves, parou de crescer.

Para Marina, o que importa é chegar ao segundo turno, para reagrupar suas forças numa nova campanha que a colocará em igualdade de condições na propaganda eleitoral com Dilma. Se o voto útil ainda lhe der fôlego de sobra para aumentar sua votação no primeiro turno, tirando votos do candidato Aécio Neves, melhor ainda.


O PSDB ainda mantém esperanças de alterar o quadro, que parece cristalizado, com as revelações dos escândalos da Petrobras e a situação da economia, que a cada dia se deteriora mais, a ponto de a agência de classificação Moodys ter sinalizado com a redução da nota brasileira. Não é um tema de apelo popular, mas demonstra que a economia brasileira não vai bem.”

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