Por José Antonio Taveira Belo /
Zetinho
Todo ser vivente na terra envelhece. É ciclo
último da vida. Ninguém de sã consciência pensa que nunca será um velho e, se
não passar por esta fase automaticamente o tempo se encarregara de ceifar a sua
vida. Este sentimento que muito de nós não queremos aceitar transforma-se em
pesadelo e depressão gerando pânico nestas pessoas. Muitos se disfarçam com
cirurgias plásticas para torna-se mais novo é ai que esta o perigo, tempo não
leva em consideração esta atitude. A velhice é de fato uma fase, última e
derradeira da vida, as nossas limitações começam a ser questionadas por nós
mesmo que apresentamos no dia-a-dia este estágio. A pele se enruga, a vista
torna-se cansada e curta, os movimentos no andar são mais lentos, os reflexos
diminuem a capacidade de entendimento vai se degenerando, as doenças começam
aparecer, dietas e remédios controlados vai fazer parte deste ciclo de vida. A
velhice deve ser valorizada e visualizada como exemplo para as novas gerações
através do respeito, da dedicação e amor e muito carinho. A velhice é um dom de
Deus que concede ao ser humano, mas infelizmente este conceito não vem sendo
aplicado, pois a cada instante são desrespeitados com xingamentos, a falta de
respeito e a desvalorização destes velhos que já deram a sua cota de trabalho,
estão desvalorizadas e por incrível que pareça estes desrespeitos vêm do seio
da própria família, ignorando-o e escanteando-os aqueles lhes deram a vida,
amor e carinho e que ainda este sentimento vem se prolongando pelo na sua idade
avançada. São incríveis os maus tratos impostos aos velhos, não vamos chamar de
idosos, por que a palavra velha vem sendo usada há bastante tempo. Estes velhos
são pisoteados, agredidos fisicamente e psicologicamente e são abandonados em
asilos ou em quartos isolados atrás de casa. Quantos filhos não agem desta
forma? Quantos velhos são jogados em asilos por seus familiares? E lá eles
sentem a solidão, o desprezo, a falta de solidariedade, carinho e de visitas
dos seus entes queridos que se ausenta por tempo indeterminados e muitas das
vezes os encontram em óbitos. Muitos se arrependem, não tem mais jeito, pois
queridos velhos morrem, talvez não pelo local mais pelo “banzo” que atacava os
negros trazidos da África em porões de navios. A saudade. E ai vem o arrependimento
dos familiares, mas este ato perdura para sempre na consciência dos que
praticaram este ato de desamor. No Brasil foram registrados pela COMISSÃO DOS
DIREITOS HUMANOS DOS IDOSOS (velhos) 14.864 vitimas de todo tipo de agressão,
sem que os velhos recorram ou denunciem estes vampiros, sanguessugas que
existem principalmente no seio familiar. Nos hospitais, nas casas de saúde o
desrespeito ainda é maior pelo mau atendimento; nos estabelecimentos bancários,
filas interminais para receber o sua minguada pensão, somente um caixa para
atendimento; nas ruas e avenidas o desrespeito é ainda maior, com buracos e
elevados nas calçadas tornando o caminho próprio para o acidente; nos coletivos
os abusados motoristas dão partidas com arrancos, jogando o pobre do velho de
um lado para outro, não tem a educação de acomoda-los com dignidade, pensando eles
que não vão encarar este etapa e muito mais não pensam em seus pais que naquele
momento estarão sofrendo as mesmas agressões. Outro dia na triste e acabada
Avenida Guararapes, o coração da cidade pedindo socorro, uma senhora velha, com
os seus mais de 70 anos foi agredida por um jovem que estava com pressa,
derrubando-a na calçada e a deixou-a sem atendimento, revoltando algumas
pessoas que ali estavam transitando, agarrando-o pela camisa quase o agredindo.
Em outra oportunidade, na Rua da Palma, outra senhora tropicou em um buraco na
rua caindo e sendo socorrida pela SAMU, estes e muitos outros casos de agressão
à pessoa velha são ocorridos diariamente em nossas cidades brasileiras.
Conta-se eu acredito que muitos já tomaram conhecimento desta historia, mas
vale a pena lembrar – se deu desta forma e serve de exemplo para todos nós – Um
filho desprezava o seu pai já com idade avançada de toda a forma, humilhava
durante as refeições, nas conversas na sala, isolando-o em quarta atrás de casa,
sem dar a mínima atenção. O filho, ainda criança, observava todo aquele
comportamento do seu pai para com o seu avô. Ficava triste e muitas das vezes
chorando saia da mesa ou da sala. O tempo passou, este filho cresceu e o seu
pai envelheceu. Como não tinha onde morar o filho abrigou o seu pai na garagem
da sua casa, na mesa de refeições o humilhava e não dava nenhuma atenção. O pai
vendo aquela atitude, reprendeu o seu filho – Ó filho como você trata o seu
velho pai, eu, que lhe dei de tudo na vida e você me despreza desta forma? Isto
não esta direito! Coloque-me no quarto vazio dentro de casa para eu ter um
melhor conforto – O filho respondeu ao seu pai – Pai, lembra-se como o Senhor
tratava o meu avó, seu pai, então eu estou lhe dando o mesmo tratamento – O pai
chorou e o filho depois da lição o acomodou em sua casa lhe dando carinho e
atenção.
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