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terça-feira, 9 de outubro de 2012

A VELHICE




Por José Antonio Taveira Belo / Zetinho

Todo ser vivente na terra envelhece. É ciclo último da vida. Ninguém de sã consciência pensa que nunca será um velho e, se não passar por esta fase automaticamente o tempo se encarregara de ceifar a sua vida. Este sentimento que muito de nós não queremos aceitar transforma-se em pesadelo e depressão gerando pânico nestas pessoas. Muitos se disfarçam com cirurgias plásticas para torna-se mais novo é ai que esta o perigo, tempo não leva em consideração esta atitude. A velhice é de fato uma fase, última e derradeira da vida, as nossas limitações começam a ser questionadas por nós mesmo que apresentamos no dia-a-dia este estágio. A pele se enruga, a vista torna-se cansada e curta, os movimentos no andar são mais lentos, os reflexos diminuem a capacidade de entendimento vai se degenerando, as doenças começam aparecer, dietas e remédios controlados vai fazer parte deste ciclo de vida. A velhice deve ser valorizada e visualizada como exemplo para as novas gerações através do respeito, da dedicação e amor e muito carinho. A velhice é um dom de Deus que concede ao ser humano, mas infelizmente este conceito não vem sendo aplicado, pois a cada instante são desrespeitados com xingamentos, a falta de respeito e a desvalorização destes velhos que já deram a sua cota de trabalho, estão desvalorizadas e por incrível que pareça estes desrespeitos vêm do seio da própria família, ignorando-o e escanteando-os aqueles lhes deram a vida, amor e carinho e que ainda este sentimento vem se prolongando pelo na sua idade avançada. São incríveis os maus tratos impostos aos velhos, não vamos chamar de idosos, por que a palavra velha vem sendo usada há bastante tempo. Estes velhos são pisoteados, agredidos fisicamente e psicologicamente e são abandonados em asilos ou em quartos isolados atrás de casa. Quantos filhos não agem desta forma? Quantos velhos são jogados em asilos por seus familiares? E lá eles sentem a solidão, o desprezo, a falta de solidariedade, carinho e de visitas dos seus entes queridos que se ausenta por tempo indeterminados e muitas das vezes os encontram em óbitos. Muitos se arrependem, não tem mais jeito, pois queridos velhos morrem, talvez não pelo local mais pelo “banzo” que atacava os negros trazidos da África em porões de navios. A saudade. E ai vem o arrependimento dos familiares, mas este ato perdura para sempre na consciência dos que praticaram este ato de desamor. No Brasil foram registrados pela COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS IDOSOS (velhos) 14.864 vitimas de todo tipo de agressão, sem que os velhos recorram ou denunciem estes vampiros, sanguessugas que existem principalmente no seio familiar. Nos hospitais, nas casas de saúde o desrespeito ainda é maior pelo mau atendimento; nos estabelecimentos bancários, filas interminais para receber o sua minguada pensão, somente um caixa para atendimento; nas ruas e avenidas o desrespeito é ainda maior, com buracos e elevados nas calçadas tornando o caminho próprio para o acidente; nos coletivos os abusados motoristas dão partidas com arrancos, jogando o pobre do velho de um lado para outro, não tem a educação de acomoda-los com dignidade, pensando eles que não vão encarar este etapa e muito mais não pensam em seus pais que naquele momento estarão sofrendo as mesmas agressões. Outro dia na triste e acabada Avenida Guararapes, o coração da cidade pedindo socorro, uma senhora velha, com os seus mais de 70 anos foi agredida por um jovem que estava com pressa, derrubando-a na calçada e a deixou-a sem atendimento, revoltando algumas pessoas que ali estavam transitando, agarrando-o pela camisa quase o agredindo. Em outra oportunidade, na Rua da Palma, outra senhora tropicou em um buraco na rua caindo e sendo socorrida pela SAMU, estes e muitos outros casos de agressão à pessoa velha são ocorridos diariamente em nossas cidades brasileiras. Conta-se eu acredito que muitos já tomaram conhecimento desta historia, mas vale a pena lembrar – se deu desta forma e serve de exemplo para todos nós – Um filho desprezava o seu pai já com idade avançada de toda a forma, humilhava durante as refeições, nas conversas na sala, isolando-o em quarta atrás de casa, sem dar a mínima atenção. O filho, ainda criança, observava todo aquele comportamento do seu pai para com o seu avô. Ficava triste e muitas das vezes chorando saia da mesa ou da sala. O tempo passou, este filho cresceu e o seu pai envelheceu. Como não tinha onde morar o filho abrigou o seu pai na garagem da sua casa, na mesa de refeições o humilhava e não dava nenhuma atenção. O pai vendo aquela atitude, reprendeu o seu filho – Ó filho como você trata o seu velho pai, eu, que lhe dei de tudo na vida e você me despreza desta forma? Isto não esta direito! Coloque-me no quarto vazio dentro de casa para eu ter um melhor conforto – O filho respondeu ao seu pai – Pai, lembra-se como o Senhor tratava o meu avó, seu pai, então eu estou lhe dando o mesmo tratamento – O pai chorou e o filho depois da lição o acomodou em sua casa lhe dando carinho e atenção. 

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