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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A AGD na América - Pertinho de Obama


A Casa Branca - Washington - DC

Por Zé Carlos

Semana passada já colocamos em uma postagem (aqui) uma das fotos tiradas em nossa viagem a Washington, a capital dos Estados Unidos,  país onde estamos. Hoje, continuamos a narrar a nossa viagem a América, pulando um pouco, outras atividades, para tratar desta viagem. Se não gostarem do nosso modo de escrever ou do conteúdo vejam as fotos que ilustram a matéria, que talvez mostrem melhor, ou de um modo diferente, a beleza que é a capital americana. Algumas feiuras também aparecerão, se houver espaço, em outras postagens.

Antes de inicial a narrativa um aviso aos navegantes, principalmente, aos navegantes da terceira idade, sobre o que é o turismo quando nos atrevemos a fazê-lo, sem o apoio, muitas vezes caro, dos órgãos especializados. É um cansaço só, do ponto de vista físico e psicológico. Descobrimos que quanto mais avançamos em anos mais necessários se tornam aqueles ônibus, nos quais sentamos lá em cima, e apenas movimentamos nossos braços, levantando uma câmera ou filmadora. Da próxima vez apelaremos para eles. Desta vez ainda fomos por nós próprios. Vantagens? A liberdade.




Washington é um cidade bonita e bem planejada. Em alguns locais não há como não pensar em Brasília, pelo menos no que se refere à arquitetura dos prédios oficiais. Algumas vezes ficamos imaginando quem foi que copiou quem em alguns deles. Ou será que toda capital tem que ter prédios iguais? Quase uma vida num Departamento de Arquitetura não me deu condições de responder a esta questão. Apelo aos colegas arquitetos.

Ao contrário de Brasília, o que tem mais por lá são cruzamentos, e não vi uma sincronização eficiente para o fluxo de tráfego. Há muitos sinais de trânsito, embora quase não se vejam os fios que os ligam à eletricidade. Aliás, não vimos quase nenhum fio nos postes, sendo todos embutidos pelo solo, o que, em certos casos, e pelo tipo de luminárias, nos remete ao passado, dando-nos a sensação de História.




Segundo minhas pesquisas, que têm a profundidade do espelho d’água do Mall (basicamente, o ponto turístico da cidade, contendo quase tudo que um turista deseja), a cidade foi formada oficialmente em 1790 com doação de terras por estados vizinhos e é o centro das atividades federais americanas dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário. Uma curiosidade é que a cidade, ao contrário de nossa Brasília, não possui representantes no congresso. Nossa pesquisa profunda não nos permitiu saber com ela é administrada. Penso que tem um prefeitura.

Já que falamos no Mall, esta faixa de terra e de muitas atividades foi o nosso objetivo, como o de quase todos os turistas estrangeiros ou americanos. Notamos que o número de pessoas que por nós passavam e falavam um inglês que não entendíamos muito bem, o que caracterizava para nós os americanos, era muito maior do que os outros que falavam línguas que não podíamos nem distinguir de onde eram, a não ser pelos olhos puxados de alguma forma. Parecia que os japoneses e chineses estavam invadindo a cidade.

Brinquedos para as crianças poderosas



Uma verdadeira babel era o que parecia a longa fila em que ficamos, por mais de uma hora, para depois descobrir que não podíamos entrar nos jardins da Casa Branca sem pegar um ingresso, o que deveríamos ter feito na chegada. Coisas do turismo desacompanhado. As pessoas que seguiam um homem com uma sombrinha ou com uma vara com uma bandeira na ponta não tiveram este problema.

Descobrimos, depois de andar muito, que o ingresso era gratuito, e havia nele a proibição de venda, por quaisquer meios. Não deu para imaginar que no nosso país esta seria um atividade paraíso para os cambistas. Fiz esta observação a um casal de paulistas que estavam mais perdidos do que nós, e fui além dizendo que aqui, um cambista gritando: “Para as 11 horas, agora é R$ 100,00”, seria inimaginável. E eles riram e forma pegar seus ingressos gratuitos. Mordi a língua, pois logo em seguida vi um senhor, “african/american”, que é nome politicamente correto para a raça negra aqui (que gostei mais do que o nosso “afro-descendente”), oferecendo um ingresso a uma senhora para as 12:30. Nada de novo debaixo do sol.




Depois de correr para pegar ingresso acima por quase duas horas depois, decidimos ver outras coisas até chegar a hora de ficarmos mais perto do Barack Obama e da Michele. Penso ser esta a esperança infundada de todos os que se submetem àquela espera interminável. Persistimos, como bons brasileiros que não desistem nunca, e lá estávamos nós nos jardins da Casa Branca. O centro do poder mundial, queiramos ou não. E em termos de beleza paisagística até nos emociona. Além disto, tudo é feito para nos dar a impressão de que os habitantes daquela casa estão nos esperando para um café da manhã ou para um almoço. E se alguns dos guias soubessem de nossa nacionalidade, nos prometeriam um feijoada na laje superior.

Isto tudo depois de uma revista meticulosa na entrada, à procura de armas, bombas e de outras coisas, que pudessem de alguma forma causar algum dano. Depois falaremos a respeito da neurose, ou quase isto, em relação a atos terroristas neste país. É justificável, lembrando que o 11 de setembro passou há pouco. Além disto, o que talvez possa ser visto em algumas das fotos, o número de “guardas” nos observando, de forma visível, além dos invisíveis, é muito grande. Fora isto, é só gentileza.

Segurança não disfarçada



E o passeio pelos jardins da Casa Branca, depois de vê-los centenas e centenas de vezes em fotos tirados por outros, mal nos dar tempo de observar com os olhos, somente. Usamos as lentes da câmera na ânsia de mostrar aos outros e até a nós mesmos, que estivemos ali. E aqueles que acharem que é deslumbramento de nossa parte, acertaram em cheios. Quem disser isto e não concordar, não vá aos jardins, pois não passaria por um detector de mentiras, que lá deve ter aos montes.

Vejam as fotos e comprovem. Vimos um brinquedo das meninas mais poderosas do mundo e nos deu vontade de ter levado nossos netos. Vimos um apiário, de onde o Obama pode colher o mel para seu “breakfast” e os lugares onde os vários presidentes receberam uma grande leva de governantes do mundo, e que devem ter provado deste mel.




Como administrador da AGD foi uma grande decepção o Obama não se encontrar em casa e nem ter deixado um recadinho pedindo desculpas, mas, o que fazer? Sabemos o esforço que ele está fazendo na campanha para que o Mitt Romney não lhe passe a perna, e que no próximo ano, aqueles jardins não estejam com novos habitantes. Quem sabe ainda nesta viagem recebamos um telefone ou mesmo o encontremos em outros lugares? Estamos trabalhando para isto, embora, o nosso orçamento já esteja curto para outras viagens. Nossos patrocinadores, Jesus, Maria e José não o aumentaram em nem um centavo.

Bem, vejam as fotos, e por hoje é só. Mas, continuaremos com o Washington outro dia. 

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