Por Zezinho de Caetés
A última edição da revista Veja, além das reportagens
normais sobre o julgamento do século, traz um primoroso texto do J. R. GUZZO,
que merece ser transcrito, e é o que o faço abaixo. Tem como título “Dias de ira”, e foi escrito,
certamente, antes de se saber que o José Dirceu já era oficialmente o chefe da
organização criminosa, e que, se não saiu quando o Roberto Jefferson o
aconselhou: “Sai daí, Zé”, embora,
penso eu por motivos errados (o Lula não tem as mãos limpas neste episódio a
não ser que seja um idiota completo), saiu agora, e queira Deus, direto para
cadeia.
Se eu fosse o governador Eduardo Campos, para fazer média
com o Lula (o que ainda vai lhe custar caro) eu ofereceria o Presidio Anibal
Bruno, como toda sua infrastrutura carcerária, dando-lhe uma cela para pessoas
com curso superior em guerrilhas em Cuba. Tenho certeza que agora nem Cuba o
aceita mais. Lá os criminosos já estão sobrando.
Chegou o momento do Brasil pensar (aquele que pensa pois
petista sectário parou de pensar faz tempo) em passar a limpo destes
verdadeiros anos de ferro (pois os de chumbo os petistas que saíram do partido lutaram
para derrubar) e banir de uma vez o PT do poder. Talvez uma vereança para Lula
em Caetés fosse permitido, mas, sempre vigilante para que ele não fosse além
disto. Para Dilma Roussef, quando sair da presidência, depois de uma volta para
sala de aula, entregar-lhe uma boa faxina, e para não dizerem que estou sendo
machista, junto com o Humberto Costa, como ajudante. Os outros, quando se
apearem do poder, caso não arranjem nada para fazer, não tem problema, eles
criaram o Bolsa Família para isto mesmo.
E eu já estou me estendendo, para um dia de sábado (espero
que seja este o dia da publicação) e chega de falar num assunto que o J. R.
GUZZO o faz com tanta maestria abaixo. Em nem volto porque, vou calcular minha
dosimetria pessoal e verificar quantos dias os mensaleiros ainda passarão fora
da cadeia. Minha esperança é que fosse zero. CADEIA JÁ!
“Com o julgamento do mensalão a caminho da sua fase final no STF, é
realmente notável a extrema dificuldade, por parte dos condenados e de quem os
apoia, de entender que precisam obedecer ao Código Penal quando estão no
governo. Mudar o nome do cachorro não muda o seu temperamento, como todo mundo
sabe; mas o PT e suas brigadas acham que, chamando de “vingança” o que é apenas
sua derrota diante da Justiça, podem anular a realidade. Tudo o que têm a
dizer, desde que a casa caiu, é: “Seja lá o que tenha acontecido, a culpa não é
nossa; se a Justiça achou o contrário, é porque se aliou aos nossos inimigos”.
Fim da argumentação.
Essa tentativa de colocar-se acima da lógica é ao mesmo tempo tola e
inútil. Não consegue, simplesmente, mudar o que já aconteceu, mesmo com a
turbinagem que vem recebendo de três homens que estiveram na linha de frente da
política brasileira nos últimos 25 anos: o ex-presidente Lula, o ex-ministro
José Dirceu e o presidente do PT na época do mensalão, José Genoino. Tudo o que
conseguiram foi exibir à luz do sol o que cada um tem, de verdade, dentro de si
─ e o que mostraram não os recomenda, nem como pessoas nem como homens
públicos.
O remorso, como se diz, sempre vem na hora errada ─ aparece depois da
tentação, quando não serve mais para evitar o pecado. No caso do mensalão, para
o PT e os seus grão-duques, o remorso não veio nem antes nem depois. Não há,
após tudo o que foi provado na suprema corte de Justiça do país, o menor
vestígio de arrependimento; ao contrário, os culpados vivem dias de ira. Lula,
quando a coisa toda estourou sete anos atrás, pediu desculpas “ao povo
brasileiro”. Hoje, com a própria pele salva, faz o papel do indignado número 1
─ na verdade, considera-se vítima, e acha que é ele, agora, quem deve exigir
desculpas. São vítimas bem estranhas, essas que Lula representa: se estão no
governo federal e mandam em quase tudo neste país, como podem se colocar no
papel de perseguidos? O ex-presidente, cada vez mais convencido de que é uma
combinação de mártir, profeta e herói de si próprio, diz que sua biografia não
será escrita pelos ministros do STF. Tem razão. A biografia de Lula está sendo
escrita por ele mesmo ─ os atos que a contaminaram, do mensalão à aliança
pública com Paulo Maluf, um foragido da polícia internacional, são de sua
exclusiva responsabilidade.
Um segundo membro da suprema trindade petista, José Genoino, também
optou por romper com o bom-senso em sua reação às condenações que recebeu.
Alegou, e alegaram em seu favor, que não poderia ser condenado porque tem uma
vida limpa; no seu entender, foi vitimado de modo “cruel” por “setores
reacionários” que controlariam “parcelas do Judiciário” e da imprensa. Mas o
que esteve em julgamento não foi a sua honestidade pessoal ─ foi o fato
concreto de ter colocado sua assinatura em documentos destinados a executar uma
fraude financeira envolvendo milhões de reais. Não foram os “reacionários”, nem
os jornalistas, que assinaram esses papéis; foi ele mesmo ─ e se não sabia o
que estava fazendo é porque não quis saber. Num conjunto de dez juízes, levou
de 9 a 1. Estariam todos errados?
No seu caso ficou, também, uma aula de ingratidão, quando comparou os
jornalistas de hoje aos torturadores de ontem. Genoino conheceu muito bem uns e
outros, e sabe na própria pele a diferença que existe entre eles; esqueceu,
quando veio a adversidade, quem sempre lhe estendeu a mão. Como é bem sabido, o
líder petista escreveu durante longo tempo uma coluna no jornal O Estado de S.
Paulo. Suas declarações sempre foram publicadas. Foi o político do PT mais
respeitado pela imprensa desde que voltou à política. No STF, além disso,
recebeu um tratamento de príncipe: a ministra Cármen Lúcia quase pediu
desculpas ao condená-lo. Por que, então, o rancor?
Ao terceiro nome da trinca, José Dirceu, sobrou, além de uma condenação
por 8 a 2, o título de “guerreiro do povo brasileiro”, entoado pela tropa de
choque que precisa usar hoje para poder sair à rua. Que guerra teria sido essa?
Pela democracia certamente não foi. Sua guerra, na verdade, foi com o deputado
Roberto Jefferson, que mandou para o espaço o sistema de corrupção montado no
governo a partir de 2003. Ao entrar no jogo bruto com ele, Dirceu se arriscou ─
e perdeu. “Sai daí, Zé”, ouviu Jefferson lhe dizer, numa frase que ficará para
sempre em sua biografia. Saiu, rápido, e sem um único gesto de Lula para
defendê-lo. Não foi “linchado”, como diz desde sua condenação. Foi derrotado —
só isso.”
DEPOIS DO MENSALÃO AS BANDEIRAS HISTÓRICAS DO PT FORAM ARRANCADAS DO MASTRO E ATIRADAS NA LAMA, OUTRAS FORAM QUEIMADAS, PELO POVO POR NÃO ACEITAR MAIS TANTA ROUBALHEIRA POR UMA CORJA DE NAZISTA VERDE-AMARELO QUE NÃO É DIGNA DE SER TAPETE VERMELHO.
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