Em manutenção!!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A AGD na América - Um olhar tranquilo para as plantas




Jardim Botânico - Pittsburgh - PA - USA


Por Zé Carlos

Continuo, sempre junto com a AGD, minha saga pela terra do Tio Sam. Ainda não encontrei nem o Homem Aranha, nem Superman, nem o Zorro, mas continuo procurando. Quase encontrei com o Batman, mas soube que as filmagens do último filme já haviam acabado e a mim apenas restou cumprir minha promessa e mostrar para vocês o prédio onde se desenrola parte das ações do filme, com fotos originais nossas. Um prédio admirável e diferente, que merece ser o centro de Gotham City, por alguns momentos.




Embora as fotos sejam interessantes, ainda não vi o filme para falar mais um pouco sobre as andanças de Batman aqui em Pittsburgh, e o farei depois. Antes tenho que escrever sobre um lugar que fui, e que trata também da natureza, como o Museu de História Natural, mostrado na matéria que escrevi semana passada (aqui), apenas, a natureza aqui enfatizada seja a natureza vegetal e não a animal. Fui a um Jardim Botânico, que aqui fica quase no centro da cidade, parecendo a Ópera de Arame de Curitiba, pelo menos por fora, cujas fotos ilustram esta simples narrativa.




Penso até que, os americanos que lá vão, depois de uma dose cavalar de notícias sobre eleições, guerras e problemas na economia pelo quais passa este país, vão lá visitar, o Jardim Botânico, para um verdadeiro e relaxante descanso entre plantas, borboletas e pássaros. Se eu tivesse aprendido a fazer isto um dia, me sentaria no meio da floresta tropical, ouvindo os sons dos rios, cachoeiras e pássaros e meditaria, até atingir o nirvana e me transportar para a Bom Conselho da minha época, na qual ainda tínhamos vegetação até para fazer piqueniques, como no Bulandi.





É impressionante como se trata de um conjunto tão grande de plantas, quase todas dentro de uma estufa climatizada e mantendo a aparência do mundo natural. Quem sabe será uma cópia fiel do que o homem poderá construir na terra, quando ele próprio, através da ganância e das guerras, tiver destruído a verdadeira natureza. Talvez, para quem nascesse num mundo assim nem estranhasse tanto quanto nós que ainda temos o privilégio de ver nossas plantas e florestas ao vivo e em cores. E nisto nosso país é privilegiado. Manter este privilégio é o nosso desafio coletivo, sem deixar de lados outros tipos de progresso que também nos são caros, como, por exemplo, o milagre de poder estar mantendo a AGD, aqui, quase como se estivéssemos no Brasil. E isto é coisa da América, prioritariamento, e não do Brasil.




Mas, voltemos às plantas e a beleza das flores. Coloco algumas imagens das flores lá encontradas. É impossível descrevê-las com minha pobre narrativa sem cair um pouco em lugares comum. Aqui apenas devo enfatizar, mais um vez, o aspecto prático dos americanos que influencia sua arte e sua cultura. Entre as flores naturais, já naturalmente belas, eles implantam formas de vidro (ou outro material) que dão uma beleza toda especial a elas. É como se eles dissessem para mim: “Olha o Brasil está aqui na natureza mas nós, americanos, sempre interferimos de alguma forma na paisagem.” E não é que dá certo!? E até agora, temos dúvidas sobre se as borboletas que vimos voando, são de verdade ou são autômatos teleguiados pelos americanos. Eu achei que eram de verdade, embora, o som dos pássaros, apesar da harmonia perfeita com as plantas, tenho certeza, vinha de algum alto-falante escondido na paisagem. Mas, isto não importou em nada. A beleza não diminuiu.



Eu realmente senti falta da presença explícita do Brasil, país de tanta diversidade vegetal (já no outro museu, nossa pedras precisas são um show à parte), mas, outras culturas, como a indiana e japonesa, estão bem representadas. A beleza dos bonsais nos remete a uma brincadeira de bonecas com plantas que são enormes na natureza. Simplesmente incríveis, ao ponto de nos chamar a atenção para os custos de sua manutenção, cobertos, talvez, pelas entradas e por alguns mecenas privados, coisa tão comum aqui na América, onde o poder público passa longe da maioria das coisas. Paguei como idoso, pois aqui a idade para idoso (“senior citizen”) é variável e neste caso foi de 62 anos. Mesmo pagando fiquei feliz. Soubemos que no domingo é de graça. Ah, se soubéssemos!

Finalmente, sem querer ser deslumbrado, mas, já sendo, fui ao banheiro. Nunca vi um mais bonito. Confesso que não tive saudades das rodoviárias de nossa terra neste setor. Além da ornamentação vegetal, é tudo automático quanto à limpeza. Basta sair do local e nosso xixi vai para uma rede esgotos, talvez para ser tratado e servir outra vez aos americanos. Vendo assim, tive até vontade de fazer o número 2. Refreei meu intento, pois não sabia quem me limparia lá na bacia sanitária.

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