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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Temer deve usar mais a mesóclise: "Demiti-lo-ei!"




Por Zezinho de Caetés

Hoje, além de ser a “Black Friday”, uma coisa que é mais uma imitação dos americanos para o comércio vender mais, temos vários outros eventos que os brasileiros terão que “curtir” durante o dia.

Inventaram também o Dia Nacional de Lutas que tem como objetivo atrapalhar a efeméride anterior diminuindo as vendas por não deixar os consumidores irem às lojas, tendo como pano de fundo a reclamação contra as reformas pretendidas por Temer, principalmente, contra a chamada PEC do Teto.

Nós já falamos aqui sobre esta PEC, que é a medida mais leve para tentar sanar o rombo nas contas públicas feito pelo lulopetismo nos últimos anos. Sabemos que seus efeitos não trarão, pelo menos no curto prazo, os sonhos de Lula, e sim o pesadelo gerado por eles.

Ou seja, chegou-se à conclusão que se o lulopetismo continuasse no poder iríamos virar uma “grande Venezuela”. E, numa situação como esta não há remédio que não seja amargo, e muitas vezes, é necessário até injeção na testa. O importante é salvar o doente.

O que impressiona é que, depois do impeachment de Dilma, pensamos que esta corja que comandou o país e o levou a este ponto, desencarnasse com facilidade. Mas, isto não está acontecendo. Primeiro porque o estrago foi muito grande e segundo porque o vice da Dilma, que é o Temer, não está se comportando como um bom Pai de Santo para fazer este espírito mal subir e deixar o corpo brasileiro.

Alguns dirão, e até nós acreditamos nisso, pelo nosso otimismo, que o tempo foi muito pouco para eliminar um “caboco” tão empedernido como aquele que Lula comandou. Porém, temos que discordar disto quando vemos um caso como o do Geddel.

O Temer, depois de saber o que ele fez deveria ter logo dado a ele o bilhete azul. O  que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer, mas, perdemos tempo que poderia ser dedicado a defender no Congresso as propostas do governo, e combater outras feitas pelos congressistas, que se aprovadas, acabarão com a Operação Lava Jato, que foi a única coisa que apareceu depois do mensalão, para fazer o espírito mal do PT (e de outros partidos) descer (ou subir, não sei, pois não sei onde fica o inferno) de vez às profundezas.

E, vejam bem ou vejam mal, o que fez o Temer? Bateu na mesa e disse: “Não o demitirei!”, quando deveria ter usado uma mesóclise, como faz sempre: “Demiti-lo-ei!”. Garantimos que ele acertaria no português e na política se tivesse feito isto. Mas...

E, ainda ontem, vi que foi preciso o Sérgio Moro se manifestar para que a Lava Jato não sucumbisse diante da ameaça de passar na Câmara um projeto que prometia anistia, quase ampla, geral e irrestrita a quem roubou no Brasil para se eleger. Creio que se passasse o que tivemos notícia, até o Pero Vaz de Caminha seria perdoado pelo nepotismo cometido há 500 anos atrás.

Dizem os advogados e juristas em geral que um juiz só deve falar nos “autos”. Eu, leigo nesta matéria, só posso perguntar: Por que? Será que ser juiz faz alguém deixar de ser um cidadão? Acho que não. É apenas uma questão de peso e de medida. E, como vemos, as medidas do Sérgio Moro até agora estão quase perfeitas. Tornar-se-iam perfeitas se ele mandasse logo prender o “chefe”.

Já sabemos que toda esta movimentação parlamentar com o movimento “Abafa Jato”, é proveniente do acordo de delação premiada dos executivos da Odebrecht. Quando ela acontecer certamente vai complicar o setor da indústria que mais vende e floresce neste país: A produção de tornozeleiras eletrônicas. Vão faltar presídios para colocar todos.


Ficamos por aqui, enquanto o país queima junto com os pneus, pelo que estou vendo aqui na TV, e esperar que o Temer possa continuar até 2018 sem ser chamuscado por eles. E aqui não estou nem pensando em política, e sim, porque temos agora um presidente que sabe falar português. Só falta usar a mesóclise mais vezes: “Demiti-lo-ei!” 

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