Por Zé Carlos
A história nunca deveria ser escrita em ordem cronológica. Pelo menos
quando se trata de humor. E o fato mais hilariante da semana, sem sombra de dúvida,
foi a eleição do Donald Trump. Quem disse que já previa isto é mais mentiroso
do que a Dilma na campanha das últimas eleições presidenciais. Aliás, de agora
em diante, atendendo a seu próprio desejo, a Dilma será chamada aqui de Janete.
Explico já o porquê.
Por ora me concentro na parte internacional do humor, ou na eleição de
Trump. Agora sabemos o que os americanos querem de verdade. Eles sempre tiveram
inveja da União Soviética na construção de muros. Foram lá e derrubaram o Muro
de Berlim, de não saudosa memória. Pois não é que agora elegem um cara que quer
construir o Muro do Zorro!? É
verdade. O eleito presidente, só o foi porque prometeu fazer um muro na
fronteira com o México. E como todos sabemos, o Zorro, aquele mascarado que defendia os pobres a base do chicote
nos ricos, vai ser expulso do EUA por ser imigrante ilegal. O Trump, além do
muro, que agora ele diz, depois de eleito, vai ser só uma grade, também prometia
deportar 11 milhões de imigrantes ilegais do país, e na entrevista recente,
baixou para 3 milhões. O que fico me perguntando é para onde ele vai mandar
este povo embora? Sugestão? Manda para Cuba! Seria uma maneira de esta ilha
caribenha ficar rica, já que segundo dizem, os cubanos de Miami só não são mais
ricos do que o Fidel.
No entanto, há o Trump de antes o o Trump de depois das eleições. E,
ele já mostra sinais claros que, igual à Janete, cometeu um grande estelionato
eleitoral. Está mudando de ideia e pareceu um cordeirinho na frente do Obama.
Parecia a Madre Tereza de Calcutá de cabelos loiros dizendo que o futuro ex-presidente
americano, não loiro nem de olhos azuis, era um bom camarada. E brevemente
veremos ele abraçado com os hispânicos, pedindo pelo amor de Deus que não
saiam, pois quem é que irá fazer faxina nas casas dos americanos? Tenho certeza,
ele verá que mesmo se apelar para os robôs para isto, como nos Jetsons, eles
agora são fabricados na China. Não seria de morrer de rir se agora a Hillary
Clinton tivesse que ganhar a vida de lenço na cabeça e avental cozinhando para
o Donald? Ou, o Trump pintando o próprio cabelo?
O mais importante da eleição do Trump não foram as suas gaiatices
políticas e sim a jocosidade gerada pela imprensa internacional, nacional, local
e até desta coluna de pensar que ele não ia ser eleito pelos mais variados
motivos. Foi a maior “barriga” da história
mundial produzida pelas pesquisas eleitorais. Foram de morrer de rir as
explicações para o acontecimento. A melhor delas foi que tudo aconteceu por
causa dos americanos enrustidos, ou seja, aqueles que eram Trump mas tinha
vergonha de dizê-lo. E, o mais risonho de tudo é que, aqui no Brasil, parece
que vamos no mesmo caminho. As pesquisas apontam que o Lula ainda terá votos em
2018, depois do desastre do PT nas últimas eleições. Pois é, seria cômico se
não fosse trágico. E até nosso chanceler e eterno candidato a presidente da
república, mostrando sua capacidade de diplomata disse que a eleição do magnata
americano seria um “pesadelo” e não
queria nem pensar na possibilidade. Disse, citando Didi, no nosso craque de
futebol, quanto às previsões vexatórias da imprensa: “Treino
é treino, jogo é jogo. O treino é a campanha. O jogo começa agora.” Ou
seja, como diplomata o Serra se mostrou um grande jogador de futebol.
E por falar em Lula, nosso colaborador, ele cismou agora de culpar o
Sérgio Moro por tudo que aconteceu com ele nos últimos tempos, quanto a
questões prisionais. Segundo seus advogados, que depois de apelarem até para ONU
e ainda não obtiveram resposta, é o sisudo juiz de Curitiba que está por trás
do sítio de Atibaia, do Triplex, do roubo dos presentes presidenciais, etc.
etc. E parece que o estão convencendo de que isto é verdade, pois em seus shows
de humor, neste caso declamando piadas para os companheiros do MST, ele agora
diz coisas como:
“Confesso a vocês que eu não sou
muito de acreditar na teoria da conspiracão, mas ela existe. E tem muita coisa
estranha acontecendo…”
E como sempre, as bandeiras vermelhas balança de tanto riso da plateia
quando ele continua:
“Eu acho que tem muita coisa que
tá acontecendo e, na minha opinião, não é da cabeça do Michel Temer, não é da
cabeça do Eduardo Cunha, eu acho que tem muito mais nêgo se metendo.”
E quando a plateia já soltou as bandeiras e já está estrebuchando pelo
chão de tanto rir, ele ataca:
“O Chávez era professor da
academia militar lá na Venezuela. Ele me dizia: ‘Lula, as aulas que eu dava
para os militares na Venezuela era para dizer, alto e bom som, que o Brasil era
o império, o Brasil era o inimigo. Isso era orientação de quem? Do Império
(EUA), para não permitir que o Brasil se metesse a ter uma relação, eu diria,
privilegiada com os continentes da América do Sul.”
Quando se tenta interpretar quais são os continentes de América do
Sul, é que se ver o potencial humorístico dos nossos colaboradores. Tanto, meus
caros 13 e meio leitores (o meio é porque soube que tem um deles que só lê a
coluna pela metade pois me acha muito prolixo) se sustentem, pois ainda estamos
começando a história desta semana.
Imaginem os senhores que nossa musa a Janete, agora é assim chamada a
Dilma, porque não gosta de atender as mocinhas do telemarketing e diz que é Janete, a faxineira, agora quer ser
escritora. E nós já damos o maior apoio e, pelo seu potencial tem que ser um
livro de humor. Já prometo que será publicado aqui na coluna, em capítulos.
Colocarei também à disposição dos nossos leitores um curso de Dilmês para melhorar sua compreensão e,
consequentemente, o riso. Já temos até sugestão de título: “Janete depois da faxina!”.
Outro assunto, que seria trágico se não se tornasse tão cômico, é a
moda de ocupação de escolas. Agora virou moda, o adolescente briga com a
família e não diz mais “vou saír de casa”
e sim: “Vou ocupar minha escola!”. E,
uma adolescente de 45 anos que é presidente da UNE disse que vão ocupar até que
a PEC do Gasto seja revogada. Então imaginem, os nossos adolescentes daqui a 20
anos saindo das escolas, todos velhinhos e magrinhos. Eu penso que um local bom
para ocupar seria o Congresso Nacional, pelo menos nos 4 dias da semana em que
os parlamentares não trabalham. Não incomodariam ninguém e estaria mais perto
do poder.
E, como se não bastasse de tanto humor, os ditos movimentos sociais,
queimaram tanto pneu na última sexta-feira que parece não poderem repetir o
protesto por 6 meses por falta de pneus velhos. Dizem que já existem camelôs
nas estradas que não vendem mais só água ou pipoca. Eles vendem pneu velhos,
com placas: “Pneus para protesto! 1 é 10,
3 é 20!” Ou, “Estoque pneus para o
próximo protesto. Entregamos a domicílio!”. E por aí vai. Afinal de contas,
é o capitalismo funcionando para ascensão do socialismo tupiniquim.
E só para concluir esta semana “trumpiana”,
ri muito com a reação da Ângela Merkel à eleição do levantador de muros à
presidência americana: “Alemanha e
Estados Unidos são unidos por valores - democracia, liberdade, respeito ao
Estado de direito, dignidade das pessoas independentemente de sua origem, cor
da sua pele, religião, gênero, orientação sexual e visões políticas. Com base
nesses valores, me ofereço para trabalhar de perto com o futuro presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump.” E o que tem de engraçado nisto? Ora, meus
caros e lentos leitores. A chanceler alemã é especialista em muros. Afinal de
contas os alemães fizeram um em Berlim e depois o derrubaram. Ou seja, ela é
mão de obra especializada. Quem sabe os Estados Unidos não começam a importar
alemães?
Bem, por esta semana eu poderia terminar, pois falar da PEC do Teto
que está chegando não tem mais graça nenhuma. No entanto, eu pergunto: querem
rir mesmo? Quando alguém for contra ela perguntem: “O que é a PEC do fim do mundo?”, que a resposta de 99 entre 100
brasileiros será: “Eu não sei! Só sei que
foi assim!” E viva o Ariano!
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