Por Zezinho de Caetés
E aqui estamos nós mais uma vez começando
nossa semana, neste blog. Seria impossível começar sem falar do Fidel Castro,
que além de proporcionar as maiores piadas políticas do último século, entrou
para história. Uns dizem que pela porta dos fundos, como Hitler, Mussolini,
Stalin e tantos outros ditadores, e alguns outros dizem que entrou pela porta
da frente porque colocou uma pequena ilha, Cuba, no rol dos países conhecidos.
Vamos a alguns detalhes e
comentários para dar nossa opinião. Li na mídia que seus apoiadores dão ênfase
aos seguintes fatos (e eu acrescento, ou boatos):
- Desafiou a maior potência do mundo, nacionalizando os interesses das
principais companhias norte-americanas em Cuba;
- enfrentou um brutal bloqueio econômico, que dura até os nossos dias;
- escapou de inúmeras tentativas de assassinato, incluindo um
desembarque militar na ilha;
- construiu no país sistemas de saúde e educação públicas que merecem
os maiores elogios por parte dos organismos especializados das Nações Unidas e
não têm paralelo no mundo em desenvolvimento;
- incentivou, sem êxito, a
guerrilha na América Latina, esteve no centro de um possível confronto nuclear
e
- de caminho, ainda colocou um
exército em Angola, cuja ação vitoriosa foi decisiva para o fim do racismo e do
apartheid na África do Sul...
Enquanto os que, como eu, acham
que ele não passou de um tiranozinho aproveitador, constatam que:
- nunca cumpriu a promessa de realizar eleições livres;
- perseguiu e executou opositores;
- condenou dissidentes, incluindo jornalistas, a longas penas de
prisão;
- não respeitou os direitos de livre expressão do pensamento, reunião e
associação;
- cerceou drasticamente as liberdades de circulação e de culto (esta,
mais tarde, bastante abrandada pelas visitas dos papas);
- deu origem a um êxodo em massa que levou numerosos técnicos e intelectuais
a abandonarem o país.
Ou seja, quem acha serem a
liberdade de expressão, a liberdade para escolher seus governantes, o direito
de ir e vir, se reunir e discutir política e até rezar, são coisas mais importantes
do que almoçar feijão puro todos os dias, conseguir ler o Granma, jornal
oficial do Partido Comunista Cubano e vender “médicos” escravos ao PT no Brasil, não tenho dúvida, sentirão
poucas saudades do ditador. Diria mesmo que já vai tarde.
E a história mal contada que
deixou o povo cubano no melhor dos mundos, e tem até gente que gosta da vida em
Cuba, como alguns políticos brasileiros que a adoram mas preferem ficar no
Brasil, depois que sua medicina matou o Chávez, é um folclore e tanto.
Li hoje, que a Polícia Federal
está receosa de que o meu conterrâneo Lula, queira ir a Cuba prestar a última
homenagem ao Fidel, e que resolva ficar por lá mesmo. Se isto é verdade eu
acalmo o Sérgio Moro. Não se preocupe, ele prefere Curitiba ou Caetés para o
seu exílio.
O que podemos afirmar no momento
em relação a Cuba é que, se o Trump for realmente um homem de negócios, levanta
o bloqueio à ilha e desce lá com armas e bagagens para dar aos cubanos um
padrão de vida digno que só o capitalismo conseguiu proporcionar à humanidade.
O socialismo hoje não passa de
nome de partido e uma palavra na boca de intelectuais que entortaram a boca
durante tanto tempo de guerra fria e ilusão com o “socialismo” soviético de saudosa memória. Inventaram até o “socialismo do século XXI”, porque o do
século XX deu com os burros n’água. Deu no que deu. Chávez hoje é um passarinho
e a Venezuela cai de Maduro.
Enfim, como se diz lá no meu
interior, “morre o homem e fica a fama”.
Isto se aplica tanto a Fidel Castro
quanto a Augusto Pinochet. Para mim, ambos já passaram na América Latina dando
lugar à caravana da democracia e do capitalismo.
Agora, tenho que parar de
escrever sobre o passado, e voltar ao Brasil do presente. Não para escrever
aqui e agora, mas, para ter tempo de ver como os nossos políticos estão
tratando nossa “tenra plantinha”
democrática lá em Brasília. Seria a glória que muitos dos nossos políticos
fossem ao enterro do Fidel e se apaixonassem por Cuba, lá ficando. Isto não se
aplica a todos, mas, que a coisa está feia, isto está.
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