Por Zezinho de Caetés
Dias extremamente conturbados
para os políticos. Em nossa tarefa de acompanhar seus passos tenho sentido
grandes dificuldades. Como todos sabem, sou um acompanhador dedicado dos meios
de comunicação ligados a órgãos públicos, com a TV Senado, TV Justiça, TV
Câmara e outros.
Tento segui-los com dedicação. O
problema é que já faz uns dias que espero serem votados projetos importantes e,
na hora H, não há quórum para iniciar a sessão. Talvez uma coincidência, mas,
quando se trata de votar algo que pode respingar na Lava Jato, isto acontece
com frequência.
Por exemplo, há o projeto que
tenta extinguir o foro privilegiado, que é uma excrecência nacional. O país
talvez seja o único do mundo onde todos são iguais perante a lei, como norma
constitucional, e onde alguns são mais iguais do que os outros, como norma
prática.
Isto começa com o privilégio do “curso superior”. Se eu for preso, graças
a Deus, eu vou para uma cela especial longe dos presos que são menos iguais do
que eu. E termina com o “forão”
privilegiado o qual diz que determinadas categorias de criminosos só podem
serem julgados pelo STF.
Vimos no mensalão, quão
trabalhoso foi para levar a julgamento criminosos como Zé Dirceu, enquanto eles
estavam de plantão sentados em alguma cadeira de serviçal do governo. E hoje,
continua tudo do mesmo jeito. Então por que os parlamentares teriam interesse
em votar algo que possa lhe prejudicar?
Para enfatizar a leniência com a
Justiça, por nossos parlamentares, esta semana, foram presos dois ex-governadores:
O Garotinho e o Cabral, lá no Rio de Janeiro. O alarido da imprensa foi uma
coisa de louco. Lembro que o Jornal Nacional de ontem, quase só foi sobre esta
prisão, e o resto foi previsão do tempo, que continuará quente.
E vejam o vídeo que coloco lá
embaixo sobre a prisão do Garotinho. E vejam as notícias sobre o que fez o
Cabral quando governador. Ambos, irmanados, segundo a PF, cometeram crimes
quase igual aos daqueles sem foro nenhum, mas, continuaram até agora impunes
por causa do tal “foro”, que o protegeu
durante muito tempo.
E, pasmem, li na imprensa que o
Garotinho comemorou a prisão do Cabral dizendo que ele tinha sido preso por
roubar milhões e ele teria sido preso por ajudar os pobres. Eu fiquei pensando
quanto de preocupação passou pela cabeça do meu conterrâneo, o Lula, pois ele
diz que foi o maior “ajudador” de
pobres que o Brasil já teve. Se a moda pega...
Hoje ficamos sabendo que tanto o
Garotinho quanto o Cabral estão no presídio Bangu 8, que foi feito para gente
com curso superior. É uma pena que o Lula não tenha mais nem este privilégio.
Por isto, anda pregando por este país pedindo justiça antecipada num evento
criado por intelectuais privilegiados, numa caravana chamada, pasmem novamente:
“Por um Brasil justo para todos e para
Lula”.
Pela reação da Rosinha Garotinho
no vídeo abaixo breve teremos uma caravana chamada: “Por um Brasil justo para
todos e para Lula, Garotinho e Dilma, menos para o Cabral”. Poupem-me de tanto
cinismo.
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