Por Zezinho de Caetés
E aqui estou eu depois de uma imersão quase total nos Jogos
Olímpicos, nos quais o Brasil cata medalhas como migalhas deixadas pelos
americanos. Até agora, uma medalha de ouro e outra de prata, o que não é pouco
por si, mas, é muito pouco em relação ao que gastamos para realizar o evento
aqui, devido ao sonho megalomaníaco do Lula, que, brevemente terá a medalha de
ouro em número de processos, barrando até o grande campeão Renan.
Mas, como nem só de pão vive o homem, tal qual não vivemos
somente de jogos nos dias que passam. Hoje será um dia histórico, pois o Senado
irá julgar se manda ou não a ex-presidenta para o banco dos réus, de verdade.
Isto depois dela ter sido condenada pela maioria dos brasileiros.
E a historicidade do dia vem de um fato que o Ricardo Noblat
destrincha lá embaixo, num texto intitulado como “O dia em que a toga enterrou o “golpe”, onde ele mostra quão
difícil será agora que se fale no impeachment da Dilma como golpe. É uma
demonstração para o mundo que se há “golpe”,
é um “golpe togado”, presidido pelo
Lewandowski, que tempos atrás fez de tudo para livrar os notórios Dirceu,
Genoíno, João Paulo Cunha e outros petistas da cadeia, no processo do mensalão.
Apesar do Lindberg Farias, que está cada dia, como diz o
Senador Ronaldo Caiado, espumando quando fala, repetir e repetir a farsa do “golpe”, a partir de hoje, só os que
ainda habitam o PT por interesse, e não por ideologia, acreditarão nela.
E agora, o que temos de esperar é o julgamento final e certa
saída da ex-presidenta, de preferência nos braços do Sérgio Moro, junto com o
Lula em direção a Curitiba.
Enquanto isto, temos que continuar, nos intervalos,
acompanhando os Jogos, e esperando que o Neymar volte a brilhar, se não quiser
perder o lugar para a Marta. Aliás, se o futebol feminino ganhar uma medalha de
ouro, será a prova de que não são as mulheres que são incompetentes, apenas o
caso da Dilma, a ex-presidenta incompetenta, foi culpa do Lula, e as mulheres
não tem muito a ver com isso.
Agora fiquem com o Noblat que eu vou ver as provas de
canoagem, ou seria de remo? Sei lá, são tantos esportes que já ando confundindo
tudo. Só sei que deixarei de lado as Olimpíadas na hora que começar a sessão do
Senado, que entrará na era do “golpe
moderno”, descrito pelo jornalista, e que só existe na cabeça de petistas
eliminados do jogos jogos políticos.
“No futuro se dirá que no dia 9 de agosto de 2016, ao sentar-se para
presidir a sessão do Senado destinada a aprovar o relatório que recomendava o
julgamento da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, o
ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal,
voluntária ou involuntariamente acabou com o discurso do “golpe” usado até
então pelo PT.
É verdade que ainda por algum tempo, quando nada à falta de propostas
positivas que possam outra vez seduzir parte do distinto eleitorado, o PT
insistirá com a ideia de que Dilma foi derrubada por um golpe tramado pelas
forças mais conservadoras do país. Mas também será verdade que esbarrará cada
vez mais em gente pouca disposta a se deixar enganar.
Onde já se viu um golpe ser presidido em sua fase final pelo
representante máximo da mais alta corte de Justiça? Golpe pressupõe um ato de
força manifestamente ilegal. Onde já se viu um golpe onde o suposto golpeado,
diretamente ou por meio das forças políticas que o apoiam, participa de todas
as suas etapas, recorre à Justiça sempre que quer e tem seu direito de defesa
assegurado?
Um golpe televisionado durante longos meses e acompanhado por quem
quis? Um golpe pontuado por manifestações de ruas a favor e contra que não
produziram uma morte sequer, nem mesmo um só ferido? Manifestações garantidas
por tropas da polícia e da Força Nacional que não dispararam um único tiro?
Enfim, um golpe previsto e regulado pela Constituição?
Por ignorância ou má fé, vozes importantes no exterior engoliram a
narrativa do golpe construída pelo PT para explicar o fim dos seus 14 anos de
poder. Mas o que elas dirão a partir de amanhã? Que a toga de Lewandowski,
ministro do Supremo que deve sua indicação a Lula, rendeu-se à força do golpe?
Que o país, distraído pelos Jogos Olímpicos, mal se deu conta do que se
passava?
O PT respira aliviado com o desfecho próximo do impeachment. Imagine o
peso de sustentar um governo desastroso como o de Dilma por mais dois anos e
pouco... A própria Dilma, a essa altura, já respira aliviada. Como conseguiria
governar carente de apoio no Congresso? Há meses que ela finge lutar por seu
mandato enquanto esvazia dos seus pertences o palácio que habita.
A História não absolverá Dilma. Nem Lula. Nem o PT. Lula já é objeto da
Justiça. Dilma será. Restará ao PT reinventar-se se for capaz.”
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