Em manutenção!!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

E os jogos continuam....




Por Zezinho de Caetés

Hoje acordei tarde. Nem ainda fui à mídia para ver o que está acontecendo depois que vi o Brasil perder mais uma vez para os Estados Unidos no voleibol. Aliás, à tarde já havia tido este desprazer na ginástica artística ao ver, outra vez a Simone Biles dar piruetas magistrais e levar os americanos ao pódios. E nem continuo com o Michel Phelps para não ficar monótono e tristonho.

Porém, ao mesmo tempo que tenho desprazeres, tenho prazeres, por constatar que é o capitalismo que traz medalhas atualmente. Há anos atrás, quando existia a União Soviética e havia uma disputada acirrada entre os dois mundos, ditos socialista e capitalista, ainda se pensava outra coisa. Hoje não, o capitalismo venceu, até em número de medalhas.

E há gente no Brasil que ainda continua pensando que “socialismo” ainda é uma palavra útil. E talvez seja por isso que ainda amargamos apenas 3 medalhas, até ontem. Eu não sei quantas ganharemos, mas, se depender da ideologia que neste mês se encerra no Brasil, com o lulopetismo dizimado, tenho certeza que serão menos do que o da próxima olimpíada.

Aliás, um dos grandes erros do meu conterrâneo Lula foi ter trazido para cá a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Se no primeiro evento tomamos de 7 x 1, de quanto tomaremos agora, nesta crise da qual os próprios jogos fazem parte?

E para não dizer que não encontrei nada melhor sobre os esportes do que ficar falando de nossa dificuldades, para fechar esta postagem, vejam o que diz o Nelson Mota (“A era do esporte-show” – O Globo), onde ele mostra seu dia a dia esportivo no Rio de Janeiro e, tal qual eu, confessa que seu grande esporte agora é usar o controle remoto da TV.

Só para concluir, tenho desistido de ver esportes que exigem muito preparo físico. Na maratona, chego a ficar cansado. Quem ninguém siga meu exemplo, nem o do Nelson. Fiquem com ele.

“Depois dos rios de sujeira da Lava-Jato, é um alívio para os brasileiros poder mergulhar no mundo limpo da alta competitividade e da excelência profissional em que vencem o talento, o esforço e a vontade, e se orgulhar da nossa produção do evento e das oportunidades de vitória de nossos atletas.

Enquanto a paixão e o entusiasmo da torcida nas arenas e piscinas emocionam pelo volume e intensidade e, às vezes, atrapalham pela falta de educação esportiva, nas redes sociais a selvageria e a covardia contra atletas perdedores, ou vencedores, movidas a ódio, inveja e estupidez, até com ameaças de morte e de estupro, mostram que estamos longe do espírito esportivo.

Claro, os gringos reclamam da pressão do público local contra os adversários — como em todos os estádios e arenas do mundo —, mas é tudo do jogo e parte inseparável do esporte.

Fui ao Maracanãzinho ver as meninas do vôlei e assisti a uma noite de festa eletrônica, com show de luz e DJ tocando em volume demencial batidas empolgantes, preenchendo com música todos os espaços entre as bolas paradas e incendiando a torcida, transformando o jogo em parte de um espetáculo multimídia em que o público se diverte mais, e o esporte não perde nada em eficiência e beleza: a mistura americana esporte + entretenimento é um sucesso, para o bem e para o mal.

Mas era muito bom e emocionante assistir aos jogos só com os cantos, vaias e aplausos espontâneos da torcida, o som da bola batendo na quadra e os gritos das jogadoras ecoando no ginásio.

A Olimpíada lembra que a esportividade não está só no esporte. É jogar limpo na vida, é reconhecer seus erros e derrotas, o valor e os méritos dos adversários, é aceitar os mistérios do acaso e da sorte, conviver com as diferenças individuais nas forças e nas fragilidades da condição humana.

Ou, como dizem no Rio de Janeiro, diante de uma aposta, uma discussão ou uma namorada perdida: levar na esportiva. Ou como diz Rita Lee em São Paulo: brinque de ser sério, leve a sério a brincadeira.

Praticante de caminhadas, natação e ioga, minha principal atividade esportiva tem sido trocar de canal no controle remoto.”

---------
P.S.: A foto acima (dois atletas brasileiros da Olimpíadas), aparentemente não tem nada a ver com o texto, mas, seu eu o tivesse intitulado "Viva a diferença!", todos iriam entender. Por isso pedi ao blog para colocá-la. (Zezinho de Caetés)

Nenhum comentário:

Postar um comentário