Por Zezinho de Caetés
Hoje nem procurei um texto para transcrever pois tive medo
de não achar, igual a ontem. E foi ontem, carente de textos bem atuais que
achei o que abaixo transcrevo. E quando quero textos bem atualizados em matéria
política, eu vou a Blog da Lucinha Peixoto. Lá, encontrei um sobre o qual
fiquei em dúvida se o comentava agora ou no dia 31 de agosto, quando ele faz 5
anos da publicação original (31 de agosto de 2011 – aqui).
Estava procurando algo sobre o dia de hoje, que é uma data
muito importante para os brasileiros, porque é aniversário do suicídio de
Getúlio Vargas, e encontrei um que trata do mês todo, escrito pela, um dia,
grande colega de trabalho. Onde estará a
Lucinha que há muito deixou de nos brindar com suas pérolas?
Na postagem a seguir, publicada em seu blog com o título: “Agosto e o Suicídio Político”, ela traz
coisas que não entendo, porque ligadas a ela e a sua cidade, Bom Conselho, da
qual sei muito pouco, mas, nos brinda quase com uma descrição dos dias atuais
em termos de “crime e castigo” para
políticos que não honram suas calças (e para ser politicamente correto, ou
calcinhas), e o que deve ser feito com eles.
Veio a calhar para esta semana, que amanhã se inicia, na
qual o Senado vai “suicidar” Dilma,
já que ela, tal qual o Lula, não tem coragem de fazê-lo como o fez o Getúlio,
mais de meio século atrás. É de se dizer: Não temos mais políticos como
antigamente. Hoje eles preferem a República de Curitiba ou a Papuda, a
suicídio. Que fazer?
Eu nunca torci pelo suicídio de ninguém. Eu torci sim, pela
renúncia de Dilma, que é a protagonista da semana. Se ela tivesse feito isto
antes, quando viu que o povo brasileiro, a quem ela mentiu para se eleger,
reconheceu a farsa, estaria doendo menos agora. Porém, agora é tarde.
Penso melhor, e digo, na base do “antes tarde do que nunca”, que, se no dia em que ela fosse ao
Senado, como está marcado, no dia 29, ela fosse ler uma carta de renúncia,
reconhecendo que foi um fiasco como presidenta e que fez tudo isto por causa do
PT, ela poderia entrar para História pela porta da frente, ao invés de sair
pela porta dos fundos, como está fazendo. Mas, conhecendo a peça, como quem nasce para Lula, nunca
chega a Getúlio, quem nasce para Dilma não chega a Lucinha Peixoto. Isto será
difícil de acontecer. Ela morrerá politicamente com o osso na boca.
Fiquem com a minha amiga Lucinha e divirtam-se com suas
jocosidades das quais todos nós temos saudades. Eu vou me preparar psicologicamente
para aguentar o Lewandowski e o Renan posando de bons moços no julgamento da
ex-presidenta bolorenta.
“Grande parte da vezes, nossa inspiração para escrever vem de
acontecimentos repetitivos, mas marcantes a cada hora que eles nos chegam.
Aniversários, festas cívicas, notícias de corrupção no governo, enchentes no
Recife, dias santos importantes, e também feriados importantes.
Por exemplo, está próximo o dia 7 de setembro, dia em que o Etiene, vai
a Bom Conselho, e me desafiou para um duelo, e pelo seu nível de civilização eu
penso que seria com palavras, sobre se ele teria sido contra ou a favor do Sr.
Ccsta, quanto à questão do anonimato, da qual ele até agora só escreveu
obviedades jurídicas, e agora, lendo o Dr. Renato Curvelo, eu diria que
erradas. Este dia, poderia ser um motivo para inspiração, e talvez até seja, se
quando ele chegar eu ficar me lembrando, quando cruzávamos Bom Conselho
galhardamente, desde o pátio do Ginásio São Geraldo, até a frente da
Prefeitura.
Infelizmente, hoje a minha inspiração é outra. Hoje é 31 de agosto,
último dia dos mais aziagos dos meses na história. Nele tivemos, desde a
matança de São Bartolomeu, até a morte de vários políticos brasileiros, que
escolheram este dia, ou foram escolhidos por Deus, para partirem desta para uma
melhor.
O que logo nos vem à mente é o suicídio do Getúlio Vargas. Muito se tem
escrito sobre isto, e, ao contrário dos americanos, não desenvolvemos uma
teoria conspiratória nos moldes de: “Quem matou Getúlio?”. Será que nos falta
imaginação? O Jô Soares andou escrevendo sobre o episódio tempos atrás. Mas,
como ele é humorista ninguém deu atenção, como se humor não fosse uma coisa
séria.
Como estou alegre por agosto está acabando e não ter morrido nenhum
“politicão” neste ano, eu posso abrir meu saco de jocosidades para dar asas à
imaginação. Eu ainda penso que o Getúlio não se suicidou. Ele foi suicidado.
Isto foi feito com tanto cuidado que até hoje ninguém suspeitou de nada. Basta
ver o local do tiro e verificar a precisão dele. No centro do coração. Dizem
que o Getúlio, em todas as revoluções de que participou, não disparou nenhum
tiro, porque nos treinamentos de tiro ele matou um soldado quando tentava
acertar o alvo. Como ele, naquele momento poderia ter um acerto daqueles?
Tem mais e muito. Como um homem, com seu tino político e amor pelo
Brasil, poderia usar o expediente do suicídio para garantir que estava fazendo
aquilo pelo bem do povo. Não pode ser. Eu acredito mais no Lula, que ao deixar
o poder, forçado pelas circunstâncias democráticas, ao invés de se suicidar foi
ficar rico dando palestras. Não concluam que não se fazem mais presidentes como
antigamente, pois ele ainda está vivo e ainda tem muitos agostos pela frente.
Nunca é tarde para ser um Getúlio.
De uma coisa podemos estar certos. Não se usa mais o suicídio como
recurso político, tenha Getúlio se suicidado ou não. Hoje, as pessoas se
suicidam politicamente, assaltando os cofres públicos e outros dizendo que não
sabiam, ou os inocentando.
Vejam o que ocorreu ontem na Câmara dos Deputados. Uma jovem senhora
recebeu uma propina, um jabá, um por fora, tempos atrás e alega que, por não
ser uma deputada, na época, isto seria normal. Depois de passar numa catedral
de Brasília e se confessar, acreditou, com o cumprimento da penitência, que foi
de quatro pai-nossos e dez ave-marias, que não havia mais culpa nenhuma em cima
dela. Candidatou-se a deputada e venceu. Que crime há nisso? Roubou, o padre e
o povo perdoaram. Como poderia ela ser condenada, por um crime que fez muito
antes de ser eleita?
Criou-se então a moral datada. Erros do passado, como os crimes nos Códigos,
prescrevem. Ou seja, alguém pode sempre se arrepender ou pagar por eles e
ficarem quites com a sociedade. O problema disto tudo é fixar a data. Eu quando
era menina lá em Bom Conselho, vivia suspirando quando o Leninho passava,
sabendo que ele tinha namorada. Será que hoje ainda devo ser punida por isso?
Os deputados que absolveram a Jaqueline Roriz, diriam que não, pois hoje eu só
suspiro por meu velho.
Quando se trata de política, a grande questão que se coloca, além da
data, é quem deve perdoar, e como representantes do povo, que foi o mais
atingido, jamais eles poderiam ter absolvido a moça.
Ainda bem que este gesto de boa vontade foi
cometido por suas excelências em agosto, o mês do suicídio, político. Se
dependesse de mim, nas próximas eleições todos eles seriam enterrados, e com
pouca semelhança com o Getúlio, que saiu da vida, para entrar na História. Suas
excelências devem sair para lata do lixo.”
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