Por Zezinho de Caetés
Estava eu procurando assunto para escrever aqui e quase não
encontrava. Sabem porque? Porque estava procurando um texto sobre política que
não tivesse a palavra “Delcídio”. É
como se, de repente, o senador do PT tivesse adentrado o baile da corrupção de
sapatinho de cristal, e agora todos comentam sua saída, como abóbora.
Encontrei o pequeno texto, abaixo transcrito, do Mansueto
Almeida (“Lula: o fim de um mito?”),
que é um economista e que escreve sobre política por vias tortas, citando a
pesquisa do Datafolha, feita recentemente, que mostra, além de outras coisas
menores, o “enterro” político do meu
conterrâneo, o Lula.
Num resumo objetivo, o grande dado da pesquisa é que 47% dos
eleitores brasileiros não votariam em Lula de jeito nenhum, ou seja, nem que “a vaca tossisse”. É um percentual
respeitável, porque indica que nunca na história do mundo alguém foi eleito com
tamanha taxa de rejeição.
O problema é, se isto perdura até 2018. E eu acho que não.
Penso que quando lá chegarmos o Lula já estará em Caetés, fazendo parte de
nossa comunidade, de onde nunca deveria ter saído, e as pesquisas já o terão
até esquecido. Mesmo que tenha a oposição do Rafael Brasil, ele estará sentado
na cadeira número 13 da Academia Caeteense de Letras, que até lá, se Deus
quiser, eu já a terei inaugurado.
O autor abaixo ainda conjectura se não surgirá algum outro
candidato viável para o PT. Minha cabeça roda, roda, e roda e eu não encontro.
Ora, se o Lula está morto e enterrado, quem vai pegar o trem descarrilado?
No entanto, seguindo a filosofia do PT, que revela o seu
bolivarianismo explícito, de não deixar o poder jamais, mesmo que perca a
ternura, quem sabe, eles não lançam o Delcídio?
Agora fiquem com o Mansueto, que eu volto a ler a mídia, de
onde o Delcídio não sai. Vade retro!
“No último domingo, 29, o jornal Folha de S. Paulo publicou uma nova
pesquisa Datafolha com simulações para candidatos a presidente para 2018. Claro
que uma pesquisa deste tipo, neste momento, representa apenas uma figura do momento.
Não se pode tirar daí nada de muito concreto para uma eleição que só ocorrerá
em 2018.
Vale lembrar que se pesquisa definisse eleição, Aécio Neves não teria
ido para o segundo turno das eleições, em 2014, e Marina Silva teria grandes
chances de ser hoje a presidente do Brasil. Mas, apesar de vários cientistas
políticos terem dito, em setembro de 2014, que era IMPOSSÍVEL Aécio Neves
recuperar os votos que havia perdido para a candidata Marina Silva, o que vimos
foi que Aécio recuperou os votos e foi para o segundo turno.
De qualquer forma, com todas essa ressalvas, não deixa de ser
interessante na pesquisa divulgada a taxa elevada de rejeição do ex-presidente
Lula, que já chegou a ser considerado imbatível e sempre “o coringa no baralho
do PT”.
Segundo o Datafolha (ver aqui), Aécio é rejeitado por 24% atualmente; o
vice Michel Temer (PMDB), por 22%. Alckmin e Marina, por 17%, e o ex-presidente
Lula por 47%!
O mais interessante é que, com o Lava Jato e o forte envolvimento do
PT, as notícias da grande e da pequena imprensa sobre o ex-presidente Lula
continuarão a ser francamente desfavoráveis e, no caso do PT, não há hoje um
único candidato a presidente competitivo.
Claro que candidatos podem ser criados, mas é muito difícil se criar um
candidato em um governo que terá quatro anos com crescimento do PIB negativo.
Uma das apostas do partido era o atual govenador de Minas Gerais, Fernando
Pimentel. Mas o que escuto de jornalistas é que o governador dificilmente se
recuperará do estrago na sua imagem causado pela confusão com o financiamento
de sua campanha para governador.
Nisso tudo, assusta como o PT colocou todas as suas fichas e a sua
imagem em uma única pessoa: o eterno candidato e ex-presidente Luís Inácio Lula
da Silva ( a Rede vai pelo mesmo caminho?). Vale lembrar que, fora Lula, o
único candidato do PT a Presidente da República foi a atual Presidente Dilma. E
todos os presidenciáveis históricos do partido –José Dirceu, José Genoíno,
Antônio Palocci, Fernando Pimentel, deixaram de sê-lo.
O que acontecerá com o PT?”
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