Por Zezinho de Caetés
Eu li num dos blogs do nosso Agreste Meridional umas três
postagens sobre um episódio de um grupo de pessoas que “ofenderam” o Chico
Buarque de Holanda, por motivos políticos. Como era de se esperar, pelas
posições políticas do seu editor, eles espinafram os “ofensores” do Chico,
deixando o Chico de lado.
Estava, até hoje, procurando uma evidência para saber se o
que Lula, meu conterrâneo disse do episódio (para ler a posição do nosso “letrado” e 657 vezes doutor, o Lula,
clique aqui)
tinha algum fundamento, o que não consigo ver há muito tempo em alguma de suas
poucas palavras depois de ficar enredado com polícia.
Então achei, um texto do Blog do Reinaldo Azevedo, com o filme
da dita “ofensa” ao nosso bom músico, péssimo escritor e péssimo político, o “filhinho de papai”, Chico da Banda.
E neste dia de Natal, eu o reproduzo abaixo, com filmes e
tudo, para vocês concluírem se o Chico é mesmo um merda ou não. Quanto a mim, depois de saber que a Dilma, nossa presidenta incompetenta disse no twitter, tentando defendê-lo: "É preciso respeitar as divergências de opinião. A disputa política é saudável, mas deve ser feita de forma respeitosa, não furiosa." , não tenho a menor dúvida: O Chico é um merda!
Fiquem com o Reinaldo e tirem suas próprias conclusões, e
tenham um Feliz Natal.
“Essa gente não quer mesmo que eu tire férias, né? Eita ano que não
termina! E que não vai terminar. Só em 2016, com o impeachment de Dilma
Rousseff. Que virá! Vamos seguir. Será que Chico Buarque é um merda? Eu vou
responder neste texto. Fernando Holiday, do Movimento Brasil Livre, se
pronuncia num vídeo.
Está a maior onda na Internet por causa de um pequeno bate-boca — muito
menos grave do que gritaram os coelhinhos do Bambi — entre Chico Buarque,
acompanhado de alguns amigos bêbados, e um grupo de rapazes que decidiu lhe
fazer algumas cobranças políticas. Creio que todo mundo saiba já do que falo.
Se não souber, segue aqui.
Volto
Será que Chico Buarque é um merda?
Em primeiro lugar, todos sabem, e o arquivo está aí, não endosso que
pessoas sejam abordadas em restaurantes, bares ou lojas em razão de sua posição
política — a menos que seja uma manifestação de simpatia, como vive acontecendo
comigo, o que me deixa muito feliz. Mais de uma vez, já escrevi aqui e disse na
rádio Jovem Pan que quem pretende cassar o direito de o adversário se
manifestar é o PT.
Em segundo lugar, o tal “merda” que tanto barulho fez precisa ser
devidamente qualificado. Chico trata seus interlocutores com evidente menoscabo
e, num dado momento, a exemplo de alguns outros pinguços que estão com ele,
manda ver: “Você é um merda!”. Ao que o outro responde: “Eu queria ouvir da sua
boca: ‘Você é um merda’ E quem apoia o PT o que é que é?”. E Chico responde:
“Um petista!”. E ouve: “É um merda!”.
Embora eu insista que esse tipo de abordagem, ainda que na rua, não me
agrada, não há agressividade na fala dos rapazes, mas indignação com as
opiniões políticas de um sujeito que usa a fama conquistada na música para
fazer política. Logo, se ele colhe reações políticas de seu discurso — não
consta que seus interlocutores estivessem ali para contestar os seus trinados
—, isso está absolutamente dentro do aceitável, desde que as coisas sejam ditas
e expressas de modo civilizado.
E civilizada, convenham, a conversa estava, até que Chico rompe o
padrão para, segundo indica o vídeo, chamar o outro de “merda” (1min08s). Sim,
ele o fez primeiro.
O filhinho de papai
Em terceiro lugar, destaque-se a arrogância do fidalgo, que começou a
vida sendo incensado porque, afinal, era filho de Sérgio Buarque de Holanda, o
autor, entre outros, do clássico “Raízes do Brasil”. É nesse livro que Buarque
de Holanda, o pai, explica Buarque de Holanda, o filho.
Segundo Sérgio, um dos traços mais característicos da formação do
Brasil é o chamado “homem cordial”, aquele que não distingue o espaço público
do espaço privado; que usa da condição alcançada ou herdada na esfera privada
para impor a sua vontade no espaço público, de sorte que a lei do compadrio se
sobrepõe às instituições.
Vejam lá com que sem-cerimônia Chico exige credenciais de seus
interlocutores. Diz um dos jovens, aludindo ao fato de que o cantor, de fato,
passa a maior parte do tempo em Paris: “Meu pai também está em Paris. É gostoso
Paris, né?”. E Chico, com a empáfia do patronato descrito por seu pai: “Rapaz,
engraçado, eu não tou te reconhecendo!”. Aí diz o outro: “Você é famoso! Eu não
sou!”. Indagado, o interlocutor revela seu sobrenome, e o Chico do Sérgio o
repete, com esgar de desprezo. O filho de Sérgio Buarque exige credenciais de
quem fala com ele. O pai diria que o comportamento de seu rebento é a cloaca moral
do “homem cordial” de “Raízes do Brasil”.
E quer saber a quais “nomes de família” ele dá a graça de suas
bobagens. Sai perguntando a cada um. Um barbudo, visivelmente alterado pela
consciência etílica, quer saber de “onde” é um dos que conversam com ele. Ao
ouvir um “não interessa”, o pançudo grita: “Interessa! De onde cê é?”.
Há outras coisas até divertidas no vídeo. Quando um dos rapazes lembra
que Chico mora a maior parte do tempo em Paris, o que é fato, ele diz, em tom
de acusação, que o outro é leitor da VEJA.
Digamos que seja. Chico certamente gosta da imprensa de nariz marrom que
incensa tudo o que ele produz e escreve, preste ou não.
Nota: ele já fez músicas de alta qualidade, sim. Seus livros, no
entanto, são um lixo subliterário, e ele só parou de ganhar Jabutis em penca
depois que apontei a patuscada que fazia dele um vencedor que nem precisa
disputar. Ele me atacou num artigo. Demonstrei por que seus livros são ruins.
Ele enfiou o rabo entre as pernas. Fidalgo! Será que Chico é um merda?
Irresponsável
Chico Buarque, incensado pela imprensa também por suas ignorâncias, é
um homem notavelmente autoritário. Sai por aí, se preciso, a espalhar as
mentiras mais asquerosas em nome da ideologia. E, como se nota, não gosta de
ser cobrado. Escrevi aqui, no dia 16 de setembro, um
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/as-mentiras-asquerosas-de-stedile-e-chico-buarque/
sobre um vídeo que ele gravou com João Pedro Stedile, o chefão do MST, em que
ambos sustentam haver um plano de privatização da Petrobras. Vejam:
Fatos:
– Inexiste plano para privatizar a Petrobras — infelizmente!;
– o projeto a que se referem apenas permite que, caso a Petrobras não
possa ser sócia de campos de exploração do pré-sal, abra mão dessa primazia;
– o projeto é vital para o pré-sal porque, pela lei atual, se a
Petrobras não puder arcar com os 30% que lhe cabe na sociedade, nada se faz.
Mas Stedile e Chico mentem a respeito com o desassombro de que só o
esquerdismo e a má-fé são capazes. Será que Chico é um merda?
Trono da empulhação
Chico Buarque quer defender as causas mais estúpidas, violentas e
antipopulares, mas acha um absurdo que possa ser cobrado por isso — o que é
repetido bovinamente por boa parte da imprensa. Vejam as barbaridades
praticadas nas escolas públicas de São Paulo. Por mais que se possa censurar a
Secretaria de Educação por não ter sabido expor direito as vantagens da
reestruturação, esta era e é necessária. É mentira, pra começo de conversa, que
haverá “fechamento” de escolas.
Não obstante, um grupo de 18 ignorantes disfarçados de artistas,
liderados por Chico Buarque, produziu um vídeo hediondo, com uma letra idiota,
sobre uma causa estúpida. E tudo em defesa das invasões. O autor da enormidade
é um tal Dani Black, capaz de escrever barbaridades como:
“A vida deu os muitos anos de estrutura do humano
À procura do que Deus não respondeu
(…)
Ninguém tira o trono do estudar”.
Procurem no arquivo deste blog. Tenho um “IPI” infalível. O que é o
IPI? Índice de Picaretagem Intelectual. Sei que estou diante de um picareta
sempre que ele transforma verbo em substantivo, um processo que a gramática
chama de “derivação imprópria”. Basta que alguém diga algo como “o estudar”, “o
brincar”, “o fazer”, “o reivindicar”, e eu logo me desinteresso e olho para o
vazio. É que não suporto “o empulhar”.
Sem contar que Dani Black — quem é esse, caramba?! — acha que a busca
de Deus nada produziu de positivo para a cultura, talvez nem a “Suma
Teológica”… E o tal Dani e os outros 17 imbecis estão certos de que falam em
nome da cultura e da educação.
Como prosador, Chico é uma lástima, mas ele já soube produzir boas
letras, até ser derrotado por uma “mulher sem orifício” — seja lá o que isso
signifique e que não possa eventualmente ser remediado com Citrato de
Sildenafila, Tadalafila, chá de catuaba ou reza braba. É claro que o autor da
bela música “Soneto” é capaz de reconhecer uma letra ruim — embora seu soneto tenha
se atrapalhado um pouco no ritmo, com a irregularidade das tônicas: os versos
ora são sáficos, ora são heroicos, ora não são nada. Mas Chico é um letrista,
não um poeta, como dizem.
Prepotentes
O dado mais encantador dos nossos artistas “progressistas” é sua
alastrante ignorância. Acham que podem se posicionar sobre qualquer assunto que
diga respeito à sociedade, expelir regras, posicionar-se, entrar na rinha
política, mas se negam a ser cobrados. Quando isso acontece, agem como Chico
Buarque: “Seu merda!”. Ou, pior ainda do
que isso, apelam ao famoso “Sabem com quem está falando?”. Ou não foi isso o
que Chico fez, mas de modo espelhado: “Quero saber com quem estou falando…”?
Todos sabem que o movimento de invasão das escolas nada tinha a ver com
estudantes. Trata-se de uma inciativa liderada pelo PT — particularmente por
uma de suas milícias: o MTST, comandado por Guilherme Boulos — , com um claro
propósito político, partidário e ideológico. Será que Chico Buarque é um merda?
Abaixo, publico uma edição que o Movimento Brasil Livre fez do vídeo
dos ignorantes engajados, com comentário de Fernando Holiday, um dos
coordenadores. Volto depois.
Encerro
Holiday chama de “playboys” os que abordaram Chico. É o único pequeno
trecho de sua abordagem de que discordo. Nem sei se são. E se forem? Quando
“playboys” se opõem à roubalheira, seja a do PT, seja de qualquer outro, acho
isso positivo. Prefiro esses aos playboys e, sobretudo, “playmen” que passaram
a puxar o saco do PT para ter o privilégio do Bolsa Juros, do Bolsa Subsídio,
do Bolsa Desoneração, do Bolsa BNDES, do Bolsa Rico…
Chico Buarque, que jamais fez uma mísera crítica a ditaduras de
esquerda, tornou-se uma das faces visíveis da justificação de um governo
criminoso. Do alto de sua sapiência, diz que, se seus interlocutores acham o PT
bandido, ele, Chico, acha “o PSDB bandido”. Tem o direito de achar. Mas também
tem o dever de apontar onde está ou esteve o banditismo. Não duvido que haja ou
tenha havido bandidos no PSDB e em qualquer legenda. A questão está em definir
quando a bandidagem se torna um sistema de governo.
É possível que ainda volte ao assunto. Dito isso tudo, acho que vocês
já têm mais elementos para responder: será que Chico Buarque é um merda?
Ele deixou claro, de modo arrogante, que nem sabia com quem estava
falando. Mas nós sabemos muito bem com quem estamos falando.
Ademais, o mais laureado, nem importa se justa ou injustamente, dos
ditos “artistas brasileiros” deveria é se envergonhar de apelar a coisas como a
Lei Rouanet para divulgar a sua obra. O subsídio — porque é disso que se trata
— à obra de Chico, ora vejam, poderia virar remédio ou leitos nos hospitais do
Rio — não na Zona Sul, onde ele solta seus trinados.
Chico, em suma, é o homem que seu pai lastimou em “Raízes do Brasil”.
Será que Chico Buarque é um merda?”
gostei de seu ponto de vista, nunca escrevo comentario na internet, pois bem estou fazendo agora a exceção
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