Por Zezinho de Caetés
Vamos e convenhamos, o impeachment de Dilma ainda vai ser o
pão nosso de cada dia, durante meses. Ontem foi lido o pedido de impedimento da
nossa gerenta incompetenta presidenta, feito Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e
Miguel Reale. Óbvio que não ouvi a leitura feita pelo secretário da Câmara,
como também ninguém ouviu, mas, isto não tem importância. Penso até que, quando
ele chegou ao final, já não estava entendendo mais nada. O importante é que o
povo brasileiro tenha ouvido e entendido o que se passa nesta nossa república.
Logo em seguida, o Cunha com aquela sua figura de mistura de
mordomo e pastor, leu sua justificativa para aceitar o pedido. Também não ouvi,
como ninguém ouviu, mas, também não tem importância. E desta vez, o povo nem
precisa ter ouvido, pois, na realidade o Cunha nada tem com o impeachment, a
não ser, o fato dele ser, no momento, presidente da Câmara.
O que os brasileiros pediam desde janeiro, aconteceu, embora
de forma ainda parcial. Ninguém aguenta mais a Dilma Roussef. O populismo a colocou lá, junto com meu
conterrâneo Lula, e, agora a vai tirar de lá porque mentiu e continua mentindo
ao povo. E eu espero que o pedido impedimento tenha sucesso, e agora parodio as
grandes manifestações, depois do golpe de 64: “Impeachment para o bem do Brasil” e “Populismo nunca mais”.
O que resta, para termos certeza de que o impeachment será
bem sucedido, é a manifestação popular, e para isto temos apenas que dizer a
verdade ao povo. E ela é exatamente o contrário do que o PT apregoa: O
impeachment não é golpe e não tem nada a ver com o comportamento do Cunha.
Quem pediu o impeachment não foi o Cunha e sim algumas
pessoas ilustres que se preocupam com o destino do país, porque ele não pode ficar
na mão de alguém que diz o seguinte, respondendo a declarações do presidente da
Câmara:
“Não paira sobre mim
nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público; não possuo contas no exterior:
nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meu
interesse”
Examinem bem a frase e vejam, pelo menos pela Teoria do
Domínio do Fato, se há alguma verdade nela. É realmente uma incompetenta, e o
Brasil não merece isto.
Para detalhes, leiam abaixo, o Sandro Vaia (Blog do Noblat –
“Jogos vorazes” – 04/12/2015), que
tenta colocar um pouco de ordem na zorra em que virou a política neste país.
E, eu continuarei a tentar entender, o que a Dilma ainda
está querendo fazer sentada lá naquela cadeira do Planalto. Terminar a dieta
Ravena? Como estou na veia parodiante de minha colega (quanta saudade) Lucinha
Peixoto, eu arrisco:
“Você pensa que
impeachment é golpe?
Impeachment não é
golpe não!
Golpe vem do PT
E impeachment da
Constituição.”
“Vamos tentar colocar um pouco de ordem nessa bagunça.
Sim, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, não é um homem digno de
confiança. Corre contra ele um processo do Conselho de Ética que visa tirar-lhe
o cargo ou até o mandato.
Mentiu dizendo que não tinha conta na Suíça até que apareceram os
extratos. A origem do dinheiro mereceu dele explicações rocambolescas.
Os votos dos três deputados do PT que fazem parte do Conselho são
decisivos para traçar o destino de Cunha. Eles podem absolvê-lo ou condená-lo.
Por outro lado, Cunha é o presidente da Câmara até o momento em que for
apeado do cargo e só ele, constitucionalmente, tem o poder de acolher um pedido
de impeachment da presidente da República.
São os sortilégios da política: tanto poder concentrado na mão de um
deputado que pode ser cassado a qualquer momento.
Enquanto ele tentava barganhar com o governo uma troca dos 3 votos pelo
pedido de impeachment, disse que o governo
tentava era barganhar com ele. Conhecendo os atores envolvidos, é bem provável
que ambos tenham razão.
Enquanto o governo e Cunha tentavam acertar as suas barganhas, o PT
endureceu e seus 3 deputados anunciaram que votarão a favor da aceitação da denúncia.
Mas o PT não é governo, e o governo, afinal não é do PT? Mais uma vez,
sortilégios da política. Fica parecendo que entre a desmoralização definitiva e
a sorte de sua presidente não tão amada, o PT fez uma escolha clara: salvar o
que ainda é salvável.
Depois de anunciada por Cunha a aceitação da proposta de impeachment
encabeçada pelo ex-petista Hélio Bicudo, a presidente, que alterna seu estado
de espírito entre a perplexidade e o estarrecimento, resolveu tornar pública,
desta vez, a sua indignação.
Disse: “Não paira sobre mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro
público; não possuo contas no exterior: nunca coagi ou tentei coagir
instituições ou pessoas na busca de satisfazer meu interesse”. Uma resposta
diretamente endereçada a Cunha, elaborada mais com a participação do fígado do
que com a razão.
Sim, Cunha é acusado de tudo isso, mas não é sobre nenhuma dessas
acusações que se sustenta o pedido de impeachment da presidente. Ficou
parecendo a resposta de uma adolescente zangada com as provocações de uma
desafeta de turma.
Outro paralogismo muito usado pelos partidários do governo, é aquele
que repete que o processo de impeachment é golpe e que Dilma foi legitimamente
eleita pelo povo e por isso é preciso deixá-la cumprir seu mandato até o fim.
Pode-se defender qualquer coisa, menos que um processo constitucional
seja golpe e, de resto, convém lembrar, a bem da lógica mais primária, que só
um mandante legitimamente eleito é que pode sofrer impeachment. Não há hipótese
de tirar o mandato de alguém que não tenha sido eleito.
O PT lançou mão das armas que tem e recorreu ao Supremo tentando anular
a decisão de Eduardo Cunha, mas retirou a ação quando soube que ela seria
relatada por Gilmar Mendes. E o mercado reagiu à notícia da aceitação da
denúncia com acenos de simpatia, via Bolsa e ações da Petrobras e do Banco do
Brasil subindo e o dólar caindo.
O recado da sociedade é claro: o Brasil quer voltar a andar, e se para
isso tiver que se livrar de Dilma e também de Cunha, que assim seja. O que não
dá é o País ficar refém dos jogos vorazes de uma classe política inepta que
está nos colocando na rota de uma depressão que pode destruir todas as nossas
pontes para o futuro.”
-----------
Não resisti quando recebi o texto do Zezinho, e fui procurar
algo para ilustrá-lo. Encontrei isto, que espero que gostem (Zé Carlos):
Nenhum comentário:
Postar um comentário