Por Zé Carlos
Eu não sei
nem como começar esta coluna semanal. Mas, como diria um grande filósofo de Bom
Conselho: “Começa do começo, idiota!”. E é isto que faço agora, com a lembrança
de que morei, uma grande parte de minha vida, numa rua chamada José do Amaral,
e que antes era chamada Rua da Cadeia. E nada mais apropriado para começar a
descrever os fatos que se passaram na semana passada, que poderiam ser
resumidos numa frase: “Delcídio do Amaral está na cadeia”. E nem vou começar
explicando que minha rua e minha cadeia não tem nada a ver com os eventos que
borbulharam durante esse período.
A semana que
passou foi tão surreal que a única forma de enquadrá-la no espírito humorístico
desta coluna, é tentar descrevê-la contando os fatos sem tirar nem por. E, como
sempre acontece, as pessoas que não tem senso de humor ficam pensando que o
Brasil está encalacrado política e economicamente. Eu e meus leitores, sabemos
que o que foi mostrado nela, foi apenas mais um capítulo do grande show de
humor que grassa neste país.
Acreditem
amigos que houve um surto de inveja pelo sucesso de Dilma, Lula, Cunha e outros
grandes humoristas que habitam esta coluna, e todos agora querem ter o seu próprio
show, já fazendo, ao invés de “stand-ups”,
verdadeiras peças teatrais com humor de grande qualidade. E foi com este
espírito invejoso que o Delcídio do Amaral, resolveu encenar uma peça de sua
autoria, que está convulsionando o país de tanto rir.
Imaginem, que
veio a público um ensaio da peça, feito num quarto de hotel, onde os atores
principais deram nela os últimos retoques. Eram eles, o próprio Delcídio, sim,
aquele senador parecido com o Antônio Fagundes, de cabelos brancos e com
pensamentos negros como a noite que não tem luar; o filho do Nestor Cerveró,
sim, aquele diretor da Petrobrás que vê tudo, em cima e em baixo, com a mesma
olhada; e o advogado deste diretor, sim, aquele que não conhecia, mas é um
também um grande ator cômico. Nome da peça: “A fuga do Cerveró”.
É claro que
não vou repetir aqui todo o enredo, para manter os meus leitores vivos e sem
risco de embolia hilariante, mesmo porque há um final apoteótico que não queria
privar aqui da satisfação de vocês de verem de surpresa.
Tudo se passa
num quarto de hotel, onde os três atores conversam abertamente sobre como fazer
para que o Cerveró possa fugir para a Espanha sem que o Sérgio Moro o pegue. No
cenário há apenas retratos dos ministros do STF, do Renan, do Michel Temer, da
Dilma e, como não poderia deixar de ser, do Lula, e alguns outros. Vejam alguns
trechos deste primeiro ato (BERNARDO é o filho do Cerveró, DELCÍDIO é o
Delcídio e EDSON é o advogado):
.................
DELCIDIO – Ai tá, pra acabar de
complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, é, com
Romário.
EDSON – Rss.
DELCIDIO – e com Ferraço
EDSON – ué, fizeram acordo né?
DELCIDIO Diz o Eduardo que fez.
EDSON – tranquilo.
EDSON – tinha conta realmente do
Romário.
BERNARDO – tinha essa conta?
DELCIDIO – E em função disso fizeram
acordo.
EDSON – seu amigo, então (Toc, Toc),
foi comprado (Toc, Toc), (vozes sobrepostas) Ahhhh.
EDSON – tira porque senão você vai
preso. (Toc,TocToc)
DELCIDIO – o que eu achei estranho,
ele ter chegado (Vozes Sobrepostas) o que você, Romario o que você tá fazendo
aqui, … não, não, vim acompanhando o Eduardo.
EDSON - Esquisito
DELCIDIO – Esquisito pra caramba
EDSON – essa é informação que me deram
DELCIDIO – Aí o, aí o, o Eduardo falou
assim: não Delcidio, porque o Eduardo tenho intimidade, o Eduardo foi
companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos Correios, ele foi meu braço
direito aqui … ai disse não Delcidio eu chamei aqui o Romário, na frente do
Romário. Chamei o Romário, ó, nos acertamos uma aliança o Romário apoiar o
Pedro Paulo é isso que ele tá falando. Mas tem esse motivo.
EDSON – foi o que eles disseram...
quem pode melhor apurar é você.
DELCIDIO – porque, porque bicho, não é
possível, hoje quando eles chegarem, ué o que
vocês tão fazendo aqui … juntos. Aí o
Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição
juntos.
EDSON – Apoiar o Pedro Paulo.
DELCIDIO – e aí eu fui tirar uma foto
com ele né que ele (…) porra aí tirar uma fotografia
com todo mundo com a mão assim... uma
em cima da outra.
EDSON - Rss
DELCIDIO – Eu não entendi mais nada.
EDSON – Loucura né. É isso aí
(O Pedro
Paulo é aquele que “bate em mulher mas
faz” e o Romário, todos conhecem, é aquele que além de fazer gols, agora é
senador e esqueceu as contas que tinha na Suíça, igualzinho ao Cunha. Vejam o
potencial para riso)
............
DELCIDIO – é mas nós conseguimos, nós
conseguimos a do Fernando, nós conseguimos aquilo que dizia respeito a mim.
EDSON – a você olha só, eu não tenho
que confirmar, só quem poderia confirmar alguma coisa é Nestor, perfeito, a
partir de agora é impossível uma proposta dessa louca, dois anos
isso é loucura, é a mesma coisa que tá
preso, ele preso mais um ano resolve
DELCIDIO – não, nós temos que tirar o
Nestor, Edson.
EDSON – não, eu preciso tirar o Nestor
daqui.
DELCIDIO- nos precisamos tirar ele.
(Parece que o
Fernando é o Fernando Baiano, aquele que agora já está só amarrado pelo
tornozelo)
............
DELCÍDIO: Entendi.
EDSON: Pode ficar tranquilo, não tem
risco.
DELCÍDIO: Agora, agora, Edson e
Bernardo, é eu acho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei
com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar,
o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com
o Zelada , e eu vou conversar com o Gilmar também.
EDSON: Tá.
DELCÍDIO: Por que, o Gilmar ele oscila
muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e eu sou um dos poucos
caras...
EDSON: Quem seria a melhor pessoa pra
falar com ele, Renan, ou Sarney...
DELCÍDIO: Quem?
EDSON: Falar com o Gilmar
DELCÍDIO: Com o Gilmar, não, eu acho
que o Renan conversaria bem com ele.
EDSON: Eu também acho, o Renan, é
preocupante a situação do Renan.
DELCÍDIO: Eu acho que, mas por que,
tem mais coisas do Renan? Não tem...
(Neste ponto da
peça, vêm os efeitos especiais e os retratos dos Ministros do STF se tornam
vivos e falantes. É arrebatador o efeito cênico. Agora só me lembro do retrato
da ministra Carmem Lúcia dizendo:
"Na história recente da nossa
pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou no
mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos
com a Ação Penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela
esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime
não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e
das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão
entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as
juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro,
porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não
passarão sobre a Constituição do Brasil” (obrigado Zezinho))
E quando todo
mundo pensa que a peça vai se tornar uma tragédia, continua a comédia, com as
negativas do Gilmar, do Renan, do Temer, do Toffoli, contando a piada maior do
Lula: “Eu não sabia”. Imaginem as
gargalhadas.
..............
BERNARDO: É, eu já até pensei, a gente
tava pensando em ir pela Venezuela, mas acho que... deve se sair, sai com
tornozeleira, tem que tirar a tornozeleira e entrar, acho que o melhor jeito
seria um barco... É, mais porque aí chega na Espanha, pelo menos você não passa
por imigração na Espanha. De barco, de barco você deve ter como chegar...
EDSON: Cara é muito longe.
DELCÍDIO: Pois é, mas a idéia é sair
de onde de lá?
BERNARDO: Não, da Venezuela, ou da...
EDSON: É muito longe.
DELCÍDIO: Não, não.....
BERNARDO: Não, mas o pessoal faz cara,
eu tenho um amigo que trouxe um veleiro agora de...
EDSON: Não, tudo bem, (vai matar o teu
velho).
BERNARDO: É … mas não sei, acho que...
EDSON: [risos] … Pô, ficar preso (...)
BERNARDO: Pegar um veleiro bom...
DELCÍDIO: Não mas a saída pra ele
melhor, é a saída pelo Paraguai...
BERNARDO: Mercosul...
EDSON: Mercosul, porque o pessoal tem
convenções no Mercosul, a informação é muito rápida.
DELCÍDIO: É?
EDSON: É
EDSON: E ao inverso… seria melhor,
porque ele tá no Paraná, atravessa o Paraguai...
DELCÍDIO: A fronteira seca...
EDSON: (…) Entendeu, e vai embora, eu
já levei muita gente por ali, mas tem convênio, quando você sai com o
passaporte, mesmo...
DELCÍDIO: Eles trocam...
EDSON: (…) Rápido, Venezuela não tá no
Mercosul, então a informação é mais demorada, um pouco mais demorada, então
quanto mais você dificultar, melhor.
DELCÍDIO: Mas ele tando com
tornozeleira como é que ele deslocaria?
BERNARDO: Não, aí tem que tirar a
tornozeleira, vai apitar e já tira na hora que tiver, ou a gente conseguir
alguém que...
EDSON: Isto a gente vai ter que
examinar.
(E, por aí
vai....)
..........
Aviso que
estes são apenas trechos importantes do roteiro que apresentamos lá embaixo,
depois do filme do UOL, na íntegra. Eu suplico, não o leiam, por enquanto, e deixem
para ver a peça, quando pronta. Talvez até a entrada seja gratuita pois a
montagem deve ser financiada pela Lei Sarney. E isto foi só um ensaio,
realizado no início de novembro.
Na semana que
passou, ela começou a ser encenada, com a entrada em cena, ao vivo, dos
ministros do STF decretando a prisão do Delcídio. E não houve brasileiro que
não risse com a sessão do Senado da República na qual os senadores tiveram que
decidir se a prisão dele deveria ser mantida ou não. Só o esforço do Renan para
não abrir um precedente no qual ele fatalmente será tragado no futuro, com suas
mungangas e trejeitos de “rato escondido
com o rabo de fora”, foi um verdadeiro show de humor. Mas, pensando bem, se
um dia prenderem o Renan, pode ser que ninguém saiba o porquê de sua prisão,
mas, ele certamente saberá por está sendo preso. E Delcídio, já disse que quem
colocou o Cerveró na Petrobrás foi o Renan. Se verdade, ele poderá até se
tornar um personagem central da peça.
E entrou o
Senador Jáder Barbalho, sim, aquele que tem tantos processos na justiça, que
não sabe mais distinguir se são contra ou a favor dele, e disse, com outras palavras,
que se o Delcídio ficasse preso, seria um grande risco para sistema carcerário,
pois, poderia haver superlotação dos presídios em Brasília.
Eu estranhei
o Collor não ter falado nada, embora, coerentemente tenha votado como o Renan,
a favor do voto secreto para a decisão, e também pela soltura do colega
Delcídio. Mas, pensando bem, nunca devemos estranhar a coerência dele, desde o
tempo de PC Farias.
Para quem não
entende a vida política poderia até pensar que eles estavam todos compungidos
com a situação. O senador Humberto Costa, numa atuação magistral, mostrava uma
tristeza e um embananamento tais que nos levava ao riso, pelo choro. Mas, também
foi coerente, e fez tudo igualzinho ao Collor.
Eu seria
injusto se dissesse de forma radical que o episódio Delcídio foi o único a nos
fazer rir durante a semana passada. Fora o silêncio da Dilma sobre o caso, e
sua viagem a Paris, para negociar com o Estado Islâmico, sobre o que fazer com
o Sérgio Moro, tivemos uma pequena reação de Lula às confissões do Delcídio,
dizendo que ele fora “imbecil e idiota”.
Alguém que não tem o privilégio de ler esta coluna semanal poderia pensar que
estaria falando sério. Que nada. É mais apenas uma piada surrada para tirar o
corpo fora, com aqueles lances que a plateia amestrada adora.
No fundo, no
fundo o Lula estava era preocupado com o que dizer depois que disseram que seu
filho, o Lulinha II, ganhou R$ 2.500.000,00 para praticar o “Ctrl + c, Ctrl + v”, numa postagem do
Wikipedia e apresentar como seu grande trabalho. Agora, só estou esperando a
próxima piada do Lula: “Eu não disse que
meu filho era eficiente!?”. É, como dizia outro grande humorista: “Tem pai que é cego”.
Mas, agora,
se ainda tiver alguém com vida, vejam abaixo o filme do UOL, no qual a fuga do
Cerveró é cantada em prosa e versos, antes, lendo roteiro feito pelos
produtores. Se ainda tiverem condições físicas e psicológicas vejam o roteiro
completo da peça produzida e dirigida pelo Delcídio, que saiu na mídia. É
longa, mas vale a pena, para se convencer que este é um país onde o humor
abunda. Tenham uma boa semana.
“O senador Delcídio do Amaral (PT-MS)
dançou a galopeira. Bolou um plano de fuga do país para o ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró, preso na operação Lava Jato. A ideia era colocá-lo em
um jato rumo ao Paraguai. Flagrado em uma gravação feita pelo filho do
ex-diretor da estatal, acabou preso.”
---------------
Transcrição
da fita gravada no apartamento de Bernardo Cerveró, copiado e colado do G1 da
Globo.com:
(Início da
gravação)
BERNARDO -
(…) Já vai.
BERNARDO -
(…) E aí.
DELCIDIO -
Pô, na verdade (vozes sobrepostas) aqui desse lado aqui (vozes sobrepostas),
Vocês só
gostam desse lado aqui é.
BERNARDO - É
a primeira vez que eu, como é que tá.
EDSON – Meio.
BERNARDO – A
votação é hoje lá né?
EDSON – Da
repatriação.
DELCIDIO - Da
repatriação é.
BERNARDO -
(…..)
DELCIDIO – O
problema rapaz … é, hoje eu tava com minha agenda toda organizadinha só
a partir das
13:00 horas.
BERNARDO –
Ah.
DELCIDIO – Ai
tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro
Paulo, é, com Romário.
EDSON – Rss.
DELCIDIO – e
com Ferraço
EDSON – ué,
fizeram acordo né?
DELCIDIO Diz
o Eduardo que fez.
EDSON –
tranquilo.
EDSON – tinha
conta realmente do Romário.
BERNARDO –
tinha essa conta?
DELCIDIO – E
em função disso fizeram acordo.
EDSON – seu
amigo, então (Toc, Toc), foi comprado (Toc, Toc), (vozes sobrepostas) Ahhhh.
EDSON – tira
porque senão você vai preso. (Toc,TocToc)
DELCIDIO – o
que eu achei estranho, ele ter chegado (Vozes Sobrepostas) o que você, Romario
o que você tá fazendo aqui, … não, não, vim acompanhando o Eduardo.
EDSON -
Esquisito
DELCIDIO –
Esquisito pra caramba
EDSON – essa
é informação que me deram
DELCIDIO – Aí
o, aí o, o Eduardo falou assim: não Delcidio, porque o Eduardo tenho
intimidade, o Eduardo foi companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos
Correios, ele foi meu braço direito aqui … ai disse não Delcidio eu chamei aqui
o Romário, na frente do Romário. Chamei o Romário, ó, nos acertamos uma aliança
o Romário apoiar o Pedro Paulo é isso que ele tá falando. Mas tem esse motivo.
EDSON – foi o
que eles disseram... quem pode melhor apurar é você.
DELCIDIO –
porque, porque bicho, não é possível, hoje quando eles chegarem, ué o que
vocês tão
fazendo aqui … juntos. Aí o Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição
juntos.
EDSON –
Apoiar o Pedro Paulo.
DELCIDIO – e
aí eu fui tirar uma foto com ele né que ele (…) porra aí tirar uma fotografia
com todo
mundo com a mão assim... uma em cima da outra.
EDSON - Rss
DELCIDIO – Eu
não entendi mais nada.
EDSON –
Loucura né. É isso aí
DELCIDIO –
Bernardo como é que você ta?
BERNARDO – tô
bem, hoje a minha filha foi lá no...em Curitiba.
DELCIDIO –
foi visitar o.
BERNARDO –
foi visitar
DELCIDIO – o
avô.
BERNARDO – é,
ai foi com minha mulher, tava falando com ela agora no, no , mas parece que foi
bom.
DELCIDIO –
foi bom.
BERNARDO –
foi bom
DELCIDIO –
ele tem paixão por ela
BERNARDO – é
DELCIDIO – e
sua mãe como é que ta?
BERNARDO – e
tava um ano já sem ver.
DELCIDIO –
tava um ano sem ver.
BERNARDO –
porque ele foi pra Inglaterra... a Anita tava viajando, ai ficou lá um mês e
meio, voltou já foi direto para Curitiba, deve ter quase um ano, porra nessa
idade só cada, cada semana é uma novidade né.
DELCIDIO- com
quantos anos que ela tá?
BERNARDO – é,
vai fazer nove 28 de novembro.
DELCIDIO –
puta que pariu rapaz, eu vi ela pequenininha.
BERNARDO –
ela é demais.
DELCIDIO - tá
com 9 anos já?
BERNARDO –
quebra tudo, ai tem um grupinho no whatsapp pra, a minha, a tia dela fala que
ela é sargitariana não vai mudar, é assim mesmo, chega no restaurante derruba
tudo, quebra copo ai ela falou, em vez de brigar com ela tira uma foto me manda
que ai você se acalma, rsss, é engraçado.
DELCIDIO – e,
e ela tá hoje lá?
BERNARDO – tá
hoje lá. Já, já tá voltando já
DELCIDIO – já
tão voltando já! E ele deve ter ficado feliz né?
BERNARDO –
ele tá, ele deve ser transferido amanhã pro, pro complexo medico penal, que
ai é onde tá
o resto do pessoal e ai não sei porque, não sei se tem outra operação pra vir,
mas me falaram que ele vai ser transferido a Alessi a advogada de lá … e tamo
levando.
DELCIDIO –
ele tá sendo transferido pra, pro presídio
BERNARDO – é
ele tá na Policia Federal, e deve ir amanhã pro complexo médico penal.
DELCIDIO –
será que vai vir outra operação?
BERNARDO – a
gente especulou que, que corre o risco
EDSON – eu
acho que dessa vez vem uns 50 ai preso... eu acho que é possível que venha
pessoal de
nível de gerência, operadores, doleiros. deve ser isso.
DELCIDIO –
agora nessa operação?
EDSON - É
DELCIDIO –
José Carlos Bumlai?
EDSON –
Bumlai.....eu acho. Bumlai
BERNARDO – é
porque o Fernando fala do Bumlai.
EDSON - O
Moreira essa turma toda vai.
BERNARDO – A
gente tava naquela assim, de, de, ainda tentamos fazer o acordo, ainda tem essa
possibilidade, mas a gente segurou muito a informação...é eles estão com a gente
não sabe se, se, eles até comentaram isso pra advogada que por ser funcionário
publico a diretoria eles queriam ferrar mesmo.
DELCIDIO –
eles falaram isso?
BERNARDO –
falaram isso...é... e ai a gente, a gente calculou que o pior dos cenários ele
fica...
EDSON – 3
anos.
BERNARDO – 3
anos , mais 3 anos.
EDSON – mais
3 anos.
BERNARDO – E
eles estão acenando com 2 anos de, de, mais 2 anos fechado dentro dum acordo de
delação... e aí...
EDSON - pra
não aceitar.
BERNARDO –
para não aceitar.
DELCIDIO –
não, claro isso é pra não aceitar, isso não tem nenhum sentido, isso não tem
nenhum sentido...agora é o Fernando pegou o material que o Nestor tinha feito?
EDSON – é
isso ai , é isso ai.
DELCIDIO – é
brincadeira um negocio desse.
EDSON – é
isso ai
DIOGO – quase
um ctrl c, crtl v.
EDSON –
exatamente isso.
DELCIDIO – o
Nestor sabe disso?
BERNARDO –
Sabe, sabe... tá meio puto.
DELCIDIO –
como, Mas como rapaz....
BERNARDO –
mas também tem coisa, tem, a gente não sabe, a gente tentou, o advogado Sergio
Riera se atravessou na estória, quando a negociação ficou difícil e ai numa de
ajudar
fez essa,
essa (….) essa sacanagem.
EDSON – fez
essa sacanagem pra ajudar o Fernando.
BERNARDO – é
DELCIDIO –
bicho, fazer isso com Nestor.
EDSON – olha
só, não que ele tenha feito, havia acordo entre o Nestor e ele... Nestor, ele,
Duque e Zelada...faria os 4... e aí o Duque saiu na frente...deixou todo mundo
pra trás...entendeu, aí ficou a expectativa, ai não foi aceita a do Duque não
foi isso, ai o Fernando foi e não aceitaram a do Nestor tava indo e o
(Fernando) dizia o seguinte, quem pode ficar preocupado é o Nestor …só que
deixaram pra trás o Nestor, e foi aceitada a do Musa, então o quer dizer, hoje
como é que tá a situação de prova... Fernando não pode aceitar de ninguém.
DELCIDIO – Eu
tive....nos tivemos acesso a ... delação do Fernando.
BERNARDO –
(Vozes sobrepostas) já integral.(Vozes sobrepostas)
DELCIDIO- Ó,
eu peguei supostamente, eu não vi porque são várias….
BERNARDO –
Ham, Ham
EDSON – são
9. 8 ou 9
BERNARDO –
são 13.....16
EDSON – são
16
BERNARDO –
ah, tá, então é isso.é...que tinha, começou como 9...
EDSON – é que
o Sergio me falou que era 8 ou 9...assuntos.
DIOGO – são
16, (Vozes sobrepostas) … são 16 termos né (Vozes sobrepostas)
DELCIDIO – é
mas nós conseguimos, nós conseguimos a do Fernando, nós conseguimos aquilo que
dizia respeito a mim.
EDSON – a
você olha só, eu não tenho que confirmar, só quem poderia confirmar alguma
coisa é Nestor, perfeito, a partir de agora é impossível uma proposta dessa
louca, dois anos
isso é
loucura, é a mesma coisa que tá preso, ele preso mais um ano resolve
DELCIDIO –
não, nós temos que tirar o Nestor, Edson.
EDSON – não,
eu preciso tirar o Nestor daqui.
DELCIDIO- nos
precisamos tirar ele.
EDSON - esse
HC tá pronto pra isso, o Duque também tá esperando agora...
BERNARDO –
(Vozes sobrepostas) é tá 40 dias na... (Vozes sobrepostas)
EDSON – os
dois devem ser julgados juntos é o que eu acredito.
DIOGO – 45.
BERNARDO - tá
esperando o parecer (Vozes sobrepostas)
DIOGO – 45 o
Duque o Nestor ta 30 e...31 eu acho
EDSON: O
Nestor ta menos. Não sei se chega a tudo isto não. É eu não lembro...
DELCÍDIO:
Mais este é o HC do STF?
EDSON: STF,
ok.
DIOGO
Esperando a manifestação da PGR
EDSON: Esse é
o melhor. O próprio Teori quando negou disse que tinha o embasamento
bom.
DIOGO: Negou
querendo...
DELCÍDIO:
Querendo querendo aceitar...
EDSON: É,
Deferir...
EDSON: Então
foi bom, a gente tá aguardando isto, (…) to aguardando sair da Procuradoria pra
vir aqui, com o parecer do (Geraldo Prado), conversar com todo mundo, fazer
aquela média...
DELCÍDIO:
Agora Edson, (hum), eu acho que isto, esta estratégia nós temos que seguir pra
tirar de qualquer maneira, temos que tirar não só ele quanto o Renato, por que
não tem, não tem (santo).
EDSON: O que
vai acontecer ele saindo vai vir uma nova denúncia e o Moro vai decretar uma
nova prisão preventiva, tá certo, então eu vou abrir o jogo aqui, é sair e ir
embora, ele
não fica
aqui...
BERNARDO: É,
a gente considera essa opção.
DIOGO: Eu
acho que tem que ser
DELCÍDIO: É,
eu acho que...
EDSON: E aí
lá eu aguardo a nova denúncia e faço um puta discurso político, entendeu, de
tortura e
tudo mais...
DELCÍDIO: E
aí ele iria pra Espanha.
EDSON: Sim.
DELCÍDIO: Hum...
Ele tem dupla cidadania, não teria problema nenhum.
EDSON: Aí que
tá, não é bem assim, você não pode ser extraditado, mas você pode cumprir
pena.
DELCÍDIO: Lá?
EDSON: Lá.
Então a gente vai ter que bater nessa condenação dizendo que ela contraria
tudo, tudo sobre direito, entendeu, criar um caso, um fato político, levar isto
até pra corte interamericana, essa é a idéia, mantém ele lá a coisa ameniza pra
ele, pelo menos por um tempo, até ver o que o Moro vai fazer.
DIOGO: Aquela
alternativa de transferi-lo pro Rio não tá (...)
EDSON: Eles
tão negando de todas maneiras, eu entro com o pedido eles negam.
DELCÍDIO: Não
(...)
EDSON: Não,
não, eles tão ganhando tempo pra ver se tem uma nova denúncia, se o nosso
argumento ajuda além desse, o que que ele tá fazendo lá?
DELCÍDIO: O
que que ele tá fazendo lá?
EDSON: E o
despacho diz: expectativa de uma nova ação penal, porra isso não existe.
BERNARDO: É,
isto que a gente ficou preocupado, a questão do Evoque...
EDSON: Vamos
aguardar, estão aguardando uma nova ação, pra justificar a prisão dele.
DELCÍDIO: Mas
o que é esse Evoque?
EDSON: Nada!
BERNARDO:
Não, é porque eles usam isso no decreto pra negar, dizendo que vem outro, outra
denúncia...
EDSON: Tem
Passadena que tem Evoque
BERNARDO: Que
foi o dinheiro, é carro [ sobreposição de falas]
EDSON: É o
carro que o Fernando teria comprado do Nestor, mas não é isto que tá na
delação, ele teria ajudado na aquisição, indicando uma agência e só.
DELCÍDIO: Mas
nessa, neste , (…) nós temos que imprimir isto aí...
EDSON: Tem,
tem
DIOGO: Tem
na, no dois, no dois...
DELCÍDIO: No
dois?
DIOGO: a
gente acabou olhando com mais ênfase o...
EDSON: O
Sérgio me garantiu que tem isso, ele teria dito que houve uma indicação apenas
DIOGO: Hum
hum!
EDSON: Tanto
que o dinheiro, o dinheiro foi colocado na agência por uma pessoa da própria
agência, não
foi nem a família, nem ninguém.
DIOGO:
Entendi!
EDSON: Nem de
Fernando não.
DELCÍDIO: Foi
o cara da agência...
EDSON: Foi o
cara da agência que mandou o funcionário foi lá e botou o dinheiro, então, se
aparecer
filmagem, tudo mais, tá tranquilo.
DELCÍDIO:
Entendi.
EDSON: Pode
ficar tranquilo, não tem risco.
DELCÍDIO:
Agora, agora, Edson e Bernardo, é eu acho que nós temos que centrar fogo no STF
agora, eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli
conversar com o Gilmar, o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel
tá muito preocupado com o Zelada , e eu vou conversar com o Gilmar também.
EDSON: Tá.
DELCÍDIO: Por
que, o Gilmar ele oscila muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e
eu sou um dos poucos caras...
EDSON: Quem
seria a melhor pessoa pra falar com ele, Renan, ou Sarney...
DELCÍDIO:
Quem?
EDSON: Falar
com o Gilmar
DELCÍDIO: Com
o Gilmar, não, eu acho que o Renan conversaria bem com ele.
EDSON: Eu
também acho, o Renan, é preocupante a situação do Renan.
DELCÍDIO: Eu
acho que, mas por que, tem mais coisas do Renan? Não tem...
EDSON: Não,
mas o..., acho que o Fernando fala nele, não fala?
DELCÍDIO:
Fala, mas fala remetendo ao Nestor.
EDSON: A é,
também? Então tudo bem.
DELCÍDIO:
Como também fala do Jader, remetendo ao Nestor.
EDSON: Então
tudo bem. Escolheu o Fernando
DELCÍDIO:
Agora, então nós temos que centrar fogo agora pra resolver isto...
EDSON: Mas
então seria bom ver Renan olha só...
DELCÍDIO: Não
eu vou falar com ele...
DIOGO: Hoje
tem reunião de líderes
DELCÍDIO: Eu
falo com o Renan hoje.
EDSON: Tá
bom.
DELCÍDIO:
Hoje eu falo, porque acho que o foco é o seguinte, tirar, agora a hora que ele
sair tem que ir embora mesmo.
BERNARDO: É,
eu já até pensei, a gente tava pensando em ir pela Venezuela, mas acho que...
deve se sair, sai com tornozeleira, tem que tirar a tornozeleira e entrar, acho
que o melhor jeito seria um barco... É, mais porque aí chega na Espanha, pelo
menos você não passa por imigração na Espanha. De barco, de barco você deve ter
como chegar...
EDSON: Cara é
muito longe.
DELCÍDIO:
Pois é, mas a idéia é sair de onde de lá?
BERNARDO:
Não, da Venezuela, ou da...
EDSON: É
muito longe.
DELCÍDIO:
Não, não.....
BERNARDO:
Não, mas o pessoal faz cara, eu tenho um amigo que trouxe um veleiro agora
de...
EDSON: Não,
tudo bem, (vai matar o teu velho).
BERNARDO: É …
mas não sei, acho que...
EDSON:
[risos] … Pô, ficar preso (...)
BERNARDO:
Pegar um veleiro bom...
DELCÍDIO: Não
mas a saída pra ele melhor, é a saída pelo Paraguai...
BERNARDO:
Mercosul...
EDSON:
Mercosul, porque o pessoal tem convenções no Mercosul, a informação é muito
rápida.
DELCÍDIO: É?
EDSON: É
EDSON: E ao
inverso… seria melhor, porque ele tá no Paraná, atravessa o Paraguai...
DELCÍDIO: A
fronteira seca...
EDSON: (…)
Entendeu, e vai embora, eu já levei muita gente por ali, mas tem convênio,
quando você sai com o passaporte, mesmo...
DELCÍDIO: Eles
trocam...
EDSON: (…)
Rápido, Venezuela não tá no Mercosul, então a informação é mais demorada, um
pouco mais demorada, então quanto mais você dificultar, melhor.
DELCÍDIO: Mas
ele tando com tornozeleira como é que ele deslocaria?
BERNARDO:
Não, aí tem que tirar a tornozeleira, vai apitar e já tira na hora que tiver,
ou a gente conseguir alguém que...
EDSON: Isto a
gente vai ter que examinar.
BERNARDO:
É...
EDSON: Por
que a minha expectativa é que o Moro faça uma nova preventiva, se bem que não
existe motivo nenhum
DIOGO: É isto
que eu tô pensando.
BERNARDO: Mas
isto não impediu ele no passado...
EDSON: O
ideal seria, ele sai, deixa (com a lei), tranquilo, se o Moro vier com uma nova
preventiva, sem motivo nenhum, a gente faz até uma reclamação no Supremo,
entendeu...
DELCÍDIO: Eu
acho que a gente...
EDSON:
Tecnicamente o ideal é não fugir agora.
DELCÍDIO:
Edson, a gente tem que fazer o possível pro Nestor ter tranquilidade aqui.
EDSON: É.
DELCÍDIO: Até
por questões de caráter familiar...
BERNARDO: É,
a gente já evitou dele...
EDSON: se o
Supremo solta, não vai ter nenhum elemento, o grande problema é que os
processos estão correndo rápido, né [sopreposição de falas]...
DELCÍDIO:
Você acha que eles estão tentando encaminhar pra terminar isto ou não?
EDSON: Sim.
DELCÍDIO: A
idéia, impressão de vocês é esta?
EDSON: Tá
correndo, então já vai julgar segunda instância agora do Nestor, as sondas, aí
eu tenho recurso especial extraordinário que não tem efeito suspensivo, então
meu medo qual é? Que o tribunal julgue e determine a prisão, entendeu, e aí eu
vou ter que entrar com outro HC pra enviar (...), embora eu tenha...
DELCÍDIO: Que
tribunal que julga?
EDSON: TRF 4,
Porto Alegre, esse é meu medo, entendeu...
DELCÍDIO: TRF
4 (...)
EDSON: E aí
se determinar a prisão meu amigo, vai dividir (…), eu vou ter que entrar com
outro HC, e aí tem recurso especial e extraordinário me dá o efeito suspensivo,
mas enquanto
isto corre
outro tormento pro teu pai, então eu vou analisar muito bem esta questão, esses
dias agora, a gente vê horário, tudo certinho, o que que dá pra fazer, até um
avião particular, embora pra lá, talvez seja o ideal, entendeu...
BERNARDO:
É...
EDSON: Não
sei o custo disso, vou apurar tudo isso eu tenho amigos que tem empresa de taxi
aéreo, de aviação, entendeu, ver com eles qual o custo disto, a gente bota no
avião e vai
embora.
DIOGO: Mas
estes de pequeno porte eles cruzam?
EDSON: vai
até... Hã...
DIOGO: Estes
de pequeno porte eles cruzam?
BERNARDO:
Deve parar na Madeira, alguma coisa assim
EDSON:
Depende, se você pegar um...
DELCÍDIO:
Não, depende do avião.
EDSON:
Citation
DELCÍDIO:
Não, não Citation tem que parar no meio..., tem que pegar um Falcon 50, alguma
coisa
assim...
DIOGO: Mas
pára na Venezuela...
DELCÍDIO: Aí
vai direto, vai embora...
EDSON: Se for
direto ótimo.
DELCÍDIO:
Desce na Espanha
DIOGO: Sai
daqui já desce lá
DELCÍDIO:
Falcon 50, o cara sai daqui e vai direto até lá...
EDSON: Vai
Vai. Eu quero viajar contigo com aviões (…) a empresa é a Rico linhas aéreas, é
de um amigo meu, sou advogado dele há trinta e tantos anos... só que eu sei que
eles quebraram lá em Manaus, não sei se eles estão operando em algum lugar.
DELCÍDIO: A
Rico eu voei com eles quando ainda tava na Shell, era uma empresa deste
tamaninho assim.
DIOGO: Como
era o nome deste homem?
EDSON: Era o
dono, Munur Yutsever, era conhecido como Mickey, o dono, e os filhos hoje é o
Átila e o Metin, e tem o tio que é o Omar, Omar Yutsever, é, Átila Yutsever.
DELCÍDIO: Eu
andava direto na época que nós estávamos abrindo uma mina de bauxita pela
(Biliton) lá em.
EDSON: Qual o
ano?
DELCÍDIO:
Isto foi mil novecentos... acho que noventa e um, e nós tínhamos eles eles.
EDSON: Tava
em Manaus?
DELCÍDIO: É,
a base era Manaus, mas eles atendiam a gente, que a nossa base era Santarém.
EDSON: Eles
tinham muito bandeirantes.
DELCÍDIO: É é
nós voávamos com bandeirantes
EDSON: DC3
Bandeirantes
DELCÍDIO:
Rico Táxi Aéreo, isso mesmo … mas aí existe hoje ainda.
EDSON: Até
pouco tempo caíram dois aviões dele, Manaus eu não sei se eles fecharam, não
sei o que
aconteceu, hoje eu tô afastado desde algum tempo.
DELCÍDIO: Bom
agora Edson, só para a gente resumir esta questão jurídica, então já tá com o
HC aqui viu. E é basicamente ele e o Duque juntos né.
EDSON: Isso.
DIOGO: Na
mesma situação ó.
DELCÍDIO: O
STJ, ontem eu conversei com o Zé Eduardo muito possivelmente o Marcelo na Turma
vai sair.
EDSON:
Acredito.
BERNARDO:
Quando aquele dia ele já (…) agora é a qualquer momento. [vozes sobrepostas]
DIOGO: A
decisão, a decisão foi muito, a decisão que negou pro Dantas, né, foi muito...
sem nada né, literalmente assim deixa jogar pra turma.
DELCÍDIO:
Pois é, jogar pra turma pra turma julgar né. Isso acho que é bom.
EDSON: É. Eu
tô com aquele outro HC que tá na mão do Fachin.
DELCÍDIO: Tá
com, tá com o Fachin?
EDSON: Tá.
[vozes sobrepostas]
DELCÍDIO: Ah
é você me falou (…)
EDSON: Que é
pra anular (...)
DELCÍDIO:
Conversar com Fachin.
EDSON: Se a
gente anula aquilo, a situação de todos tá resolvido por que aí eu vou anular
em cadeia, eu anulo a dele, Paulo Roberto, anulo a do Fernando Baiano. [vozes
sobrepostas]
EDSON: A do
Fernando Baiano eu anulo.
DIOGO: É pra
anular a delação premiada.
EDSON: Eu
peço aí, aí, oh só. [vozes sobrepostas]
EDSON: Paulo
Roberto, por que, por que foi homologada pelo Supremo, aí eu consigo anular
a do Ricardo
Pessoa, enquanto Supremo também eu peço suspensão e anulo aquela porcaria
também em situação idêntica. Consigo anular a do Fernando Baiano, a do Barusco
e a do Júlio Camargo. Pô cara!
DELCÍDIO: E
tá com o Fachin? Eu tô precisando fazer uma visita pra ele lá hein!
EDSON: Essa é
a melhor por que acaba a operação. Por que se na decisão disser que não anula
apenas [vozes sobrepostas]
DIOGO: É a
130 a 106?
EDSON: eu
tenho aqui, eu tenho aqui (…) espaços, por que se isso aqui for anulado e se a
decisão
disser a partir [vozes sobrepostas].
DELCÍDIO:
Você quer atender?
EDSON: Não, é
mensagem, mas a partir da anulação tudo resta nulo, tudo.
DELCÍDIO:
Isso tá com o Fachin?
EDSON: E o
bom, a nossa tese é cível, e ele é civilista.
DIOGO:
Exatamente.
EDSON: Isso
foi a melhor coisa que aconteceu (…) foi pô, Fachin (…) [vozes sobrepostas]
BERNARDO: O
problema é ele, ele, tem a possibilidade de ele redistribuir uma porra assim?
EDSON: Não!
BERNARDO:
Não!
DIOGO: Não,
não, acho que não!
EDSON: É ele.
Não tem jeito!
DELCÍDIO:
Diogo, nós precisamos, nós precisamos marcar isso logo com o Fachin, viu!
DIOGO: Hum
rum!
DELCÍDIO:
Fala com o Tarcisio lá.
DIOGO: Tá!
DELCÍDIO: Pra
ver se eu faço uma visita pro Fachin.
EDSON: Esse
todo mundo devia cair em cima e pedir por que resolve tudo
DELCÍDIO:
Esse mata tudo... Quer dizer sobre o ponto de vista jurídico em função do HC só
tá faltando o Gilmar.
DIOGO: Han
rã!
DELCÍDIO: E
eu vou essa idéia do Edson é boa, e eu vou falar com Renan também ... é, é, e
na verdade tá tá Renato e e
EDSON: Isto,
são os dois
DELCÍDIO: E
Nestor está na mesma, na mesma, (...)
EDSON: E aí
vai servir para Zelada também que é igual [vozes sobrepostas]
DELCÍDIO: E
outra é falar com Tarcísio para marcar um café meu com Fachin ... é importante
isso.
EDSON: Nesse
o Zelada vai junto. Ele vai dar extensão pro Zelada.
DELCÍDIO: Aí
puxa... Bom, depois, havendo a soltura aí são outros quinhentos que tem que
avaliar.
EDSON: Isso
aí.
BERNARDO:
Sim, a gente a gente operacionaliza rapidamente e a gente só vai precisar do...
EDSON: Eu
preciso mantê-lo aqui por enquanto, mas eu quero examinar analisar muito calmo
essa situação do TRF, questão de tempo.
BERNARDO: É,
acho que vai depender muito do resultado desse HC, por que até [vozes
sobrepostas] sim (...)
EDSON: Só
depende do HC.
BERNARDO:
Não, do do Fachin, por que aí (...) é sinal que a coisa aí ele (…) teria mais
motivo pra ficar.
EDSON: Ah,
sim!
BERNARDO: Se
se se começar a anulação.
EDSON: Tudo
anulado não tem porque fugir porra. Não vai dar nada pra ninguém... Bom, então
é ... Eu não falei com Kakay, eu falei por alto com Kakay. Eu encontrei com ele
num restaurante no Leblon, ele até me pediu uma cópia desse HC, eu não mandei a
cópia pra ele,
tá, eu
esperei falar com vocês pra saber se falo ou não falo com ele … por que eu
tenho medo.
DELCÍDIO: Ele
vai usar esse HC.
EDSON: Vai.
DELCÍDIO: E
vai dizer que é dele.
EDSON: Pra
mim não tem problema, olha só.
DELCÍDIO: O
importante é resolver, né.
EDSON: Se
resolver.
DELCÍDIO: É
mas, não sei se.
EDSON: Eu não
sei se ele atrapalha ou se ajuda.
DELCÍDIO: É é
o problema é esse, porque o Kakay pelo estilo que ele tem é complicado.
EDSON: É, é.
DELCÍDIO: Eu
não sei.
EDSON: Ele
vai dizer, porra, a minha avaliação dele é a seguinte: ele pode querer derrubar
esse pra aproveitar o corpo desse e fazer um outro.
DELCÍDIO: E
fazer um outro e dizer que é dele.
EDSON:
Exatamente. Ele abrir o estilo dele.
DELCÍDIO: Ele
é muito complicado.
EDSON: É, é
vaidade pura ali.
DELCÍDIO: É
um cara difícil de você.
EDSON: Eu sei
DELCÍDIO:
Bom, outra coisa. Com relação ao nosso amigo lá, de São Paulo, a única coisa, o
momento que a gente tá vivendo é um momento que a gente tem que ter muito
cuidado nas coisas, eu fui falar com ele na semana passada, o Diogo te falou
né. É, eu tive com ele... aquele … anexo que o Nestor. Queria, eu queria fazer
uma pergunta pra vocês, o seguinte. Aquele anexo do Nestor que que eu conheço.
BERNARDO:
Pela Época.
DELCÍDIO:
Pela... não
DIOGO: Por
vocês mesmo
BERNARDO: Ah,
tá!
DELCÍDIO: É,
é, o o material que o próprio Edson encaminhou pra mim.
BERNARDO:
Sim, sim!
DELCÍDIO:
Edson, eu achei estranhíssimo porque o da Época foi calcado naquele
BERNARDO: É,
mas (…) [vozes sobrepostas] a gente não sabe por que se já tinha o Musa
falando, se já tinha o Riera fornecendo informação por que tem coisa ali que a
gente não tinha.
DELCÍDIO: Não
tinha.
BERNARDO: Não
tinha conhecimento. Não tinha, não tinha passado pelo Ministério Público.
DELCÍDIO:
Entendi.
BERNARDO: E
não sei se eles botaram na conta do meu pai essa estória em função das
informações que ele já tinha.
DELCÍDIO: A
matéria eles botam na conta de quem eles querem.
EDSON: Tudo.
BERNARDO: É
exatamente.
DELCÍDIO:
Bom, aí eu cheguei lá, sentei com o André, falei ó André eu tô com o pessoal...
é, eu já conversei com a turma, … já falei com o Edson, vou conversar com o
Bernardo, é, eu acho que é importante agora a gente encaminhar definitivamente
aquilo que nós conversamos. É, você mesmo me procurou, né, até pra (distoriar)
que ele me procurou, ele tava preocupado, né, especialmente com relação aquela
operação (…) dos postos, né.
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO: É,
aí e eu procurei o Edson, a gente entende que você tava e nós também nos
distanciamos quando vocês deram o sinal também, nós.
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO:
Ficamos de longe até em função do que tava acontecendo lá, e o próprio as
próprias ações do Nestor e nós procuramos respeitar, por isso que nós
distanciamos, né, por que nesse momento quem.
EDSON: É, foi
até pedido do Bernardo.
DELCÍDIO:
Pedido de vocês. Quem tem a temperatura das coisas melhor que isso, são vocês.
Ele disse não Delcídio, não tem problema nenhum, oh, eu tô interessado, eu
preciso resolver isso, oh, o meu banco é enorme se eu tiver problema com o meu
banco eu tô fudido, só para (distoriar) vai que você não conhece essa estória,
oh eu quero ajudar, quero atender o advogado, quero atender a família, ajudo,
sou companheiro, pá pá. E a conversa fluiu bem. A única coisa que eu achei
estranho foi o seguinte: é no meio da, por que banqueiro vocês conhecem, vocês
sabem como é que banqueiro é foda, né. Ele quer ajuda, ele quer apoio, ele dá
apoio, mas ele chora as pitangas e vai criando, onde ele puder enganchar, ele
engancha. Ele trouxe um paper, aquele paper.
EDSON: Hum!
DELCÍDIO: É,
do Nestor. Mas com anotações que suponho tem a ver com as do Nestor. Vocês
chegaram a ter acesso algum documento assim?
EDSON: Eu
não, você viu?
BERNARDO: Ele
fazia mas ficava com ele na cela.
DELCÍDIO:
Pois é, então ou alguém reproduziu isso.
BERNARDO:
Esse, esse que é o lance... o que foi vazado a gente acha que pode ter sido
vazado ali de dentro, Youssef na cela com ele, uma coisa assim.
DELCÍDIO: Por
que aí.
BERNARDO:
Mas, não sei.
DELCÍDIO: Ele
complementa.
DIOGO: Até
mesmo o que a gente tem, ele vem complementando.
DELCÍDIO: E
ele vem complementando. Então vou dar um exemplo.
Olha só... O
que eu tenho é o original porque a Alessi me passou e passou pra vocês.
DELCÍDIO:
Pois é, mas esse, tem anotações a mão.
EDSON: Tinha
umas anotaçõezinhas do Nestor (…) num tem jeito
DELCÍDIO:
Aí... ele pegou. Porque eu não tinha. Não tinha falado nada que eu tinha o
documento. Num falei nada. Dentro daquilo que nós combinamos. Num falei porra
nenhuma. Aí ele falou olha, Delcidio ta aqui ó. Aí ele pegou e viu lá no
(embandeiramento) Você disse que não ia falar. Ai porque eu peguei... dei uma
desviada né. Eu sabia há muito tempo...
BERNARDO: Mas
eu não sei porque tem uma versão que ficou a Alessi. Eu até tenho um e-mail com
Edson falando isso, que é a versão que a gente apresentou para os procuradores.
São tópicos e tem muita coisa que não vai.
DELCÍDIO: Não
mas esse que ele tava é igual a esse do Edson
DIOGO: Era de
44 (páginas)
BERNARDO: Eu
falei (…) não vamo tirar. A gente tira.
EDSON: … Foi
aquele caderno que a Alessi me entregou e eu entreguei pra quem? Pra você ou
pro Riera? Pra você...
BERNARDO: Pro
Riera.
EDSON:
Direto. Então é o mesmo
BERNARDO:
Pode ter sido.
EDSON: Então
quer dizer... Foi esse que foi entregue à Procuradoria?
BERNARDO: Não
EDSON: Não foi?
BERNARDO:
Não.
EDSON: É
menos?
BERNARDO: É
menos.
DELCÍDIO:
Essa tese do Bernardo pode ter acontecido que tiraram de lá da cela.
BERNARDO:
Sim. Só pode.
EDSON: De
qualquer maneira...
BERNARDO:
Porque o Fernando... (Vozes Sobrepostas)
EDSON: Só pra
colocar. O que que eu combinei com o Nestor que ele negaria tudo com relação a
você e tudo com relação ao (...). Tudo. Não é isso?
BERNARDO: Sim
EDSON: Tá
acertado isso. Então não vai ter. Não tendo delação, ficaria acertado isso. Não
tendo delação. Tá? E se houvesse delação, ele também excluiria. Não é isto?
DELCÍDIO: É
isso.
EDSON: É
isto.
DELCÍDIO:
Bom, aí mas porque que eu to falando isso.
EDSON: Porque
aí não tem nada assinado.
BERNARDO: É,
basicamente isso.
EDSON: Não e
mais existe um termo de confidencialidade que mesmo que tenha a letra do
Nestor... um
grafotécnico... o grafotécnico só pode ser feito no original... Depois desse
termo se o MP fizer ele tá ocorrendo em crime. Ele tá vedado. Então valor
probatório nenhum. Isso vira prova nula.
DELCÍDIO: Mas
Édson, entendo... coloque na situação... Ele pegou porque.... Vocês conhecem o
André Esteves ou não?
EDSON: Não
DELCÍDIO:
André tem 43 anos.
BERNARDO: É
novo.
DELCÍDIO: É
um puta de um gênio cara. Você conversa com ele é uma máquina, uma locomotiva o
cara. Aí ele oh Delcídio, porra! porque que eu... me veio a isso... Como ele
chegou a isso eu não sei te dizer. Não sei. fiquei na minha... e eu fingi
surpresa. Porra André, você conseguiu como? E aí ele mostrou o paper e com
anotações. Então por exemplo... aí ele foi virando as páginas e eu fui vendo...
No paper que você me mandou tem lá por exemplo: o Jorge Lúcio, Jader e Renan.
Aí tem uma anotação que eu suponho que é do Nestor e bota assim (Del)... no
caso, então supostamente, corrigir. Depois...
BERNARDO: Eu
saberia... saberia identificar a letra dele né...
DIOGO: É pois
é, eu não tenho...
DELCÍDIO: Eu
não podia nem pedir isso
BERNARDO:
Não, o que? Tem o que? Essas anotações?
DELCÍDIO:
Não, mas você tem essa anotação?
EDSON: Eu
tenho e você conhece.
BERNARDO:
Isso já foi mexido
DELCÍDIO:
Não, não, não... Mas esse documento o Edson é o documento padrão. (não é
digitado)
EDSON: Vamos
ver se é isso aqui...
DIOGO: Quer
beber alguma coisa ou não?
DELCÍDIO:
Não, não, não.
DELCÍDIO: Eu
preciso comer, senão eu desmaio. Eu to tomando...
BERNARDO: A
gente almoçou cedo
DELCÍDIO: Eu
to tomando uma medicação que se eu não comer é foda.
DELCÍDIO: É é
um que é digitado mas com anotações
EDSON: to.
Não? Então vamos ver outra. Essa é sua?
BERNARDO:
uhum
EDSON: Essa é
sua também?
BERNARDO: não
EDSON: Não?
EDSON: É do
teu pai?
BERNARDO: É
EDSON: É?
BERNARDO:
Acho que é
EDSON: (Quem)
queria.
BERNARDO: Não
é do Collor
EDSON: Pera
aí, vamos lá... Vamos buscar mais...
BERNARDO: Mas
e aí?
DELCÍDIO: Aí,
por exemplo, no tópico da Dilma...
EDSON: E
aqui...
DELCÍDIO: Ele
complementa...
EDSON: Olha
aqui.
DELCÍDIO:
Então ele bota assim, a Dilma sabia de todos os movimentos de Passadena.
EDSON: E esse
aqui?
EDSON: Como
quem... depois aqui embaixo..
EDSON: É teu?
BERNARDO: É.
Isso é meu.
DIOGO: Deixa
eu ver.
DELCÍDIO:
Esse aqui é...
DIOGO: É
dele.
EDSON: Não,
mas não é essa daquei não. É uma letra, é uma letra corrida
DELCÍDIO:
letra de forma eu guardaria. Ah ah, eu presumo...
EDSON: Isso é
tudo maravilhoso. (Se fudendo) é ótimo.
DELCÍDIO:
Não, mas não é essa letra de forma não é não.
BERNARDO: Mas
é o que você falou. Isso tá com confidencialidade e e e não foi essa tanto que
tá minha (...)
EDSON: É,
Essa é dele
BERNARDO: É
dele. É dele
EDSON:
Estudou com o Collor
DELCÍDIO: Eu
só sei o seguinte. Vamos lá. Ele num. Ele é... É uma letra por extenso.
EDSON: Não
escreve por letra de forma não?
BERNARDO:
Não, escreve por extenso ele.
DELCÍDIO: Mas
o Edson, pra gente liberar só a… só a... Mas o que, o que me chamou atenção foi
aquele documento digitado mas com anotações
EDSON: Esse
tem anotações também, agora...né?
BERNARDO:
Pode ter sido na cela
DELCÍDIO: Aí
por exemplo, no caso da Dilma, ele disse: A Dilma sabia de tudo de Passadena.
Ela me cobrava diretamente. “Pa Pa Pa”. Fiz várias reuniões
EDSON: Fez
(duas)
DELCÍDIO: Não
entendi
BERNARDO:
Quer dizer é sigla né? (Vozes Sobrepostas)
DELCÍDIO:
Bicho eu não sei. Eu sempre tive uma letra por extenso. E é uma cópia não é
assim azul. É preto.
EDSON: Mas é
cópia. Isso é cópia então.
DELCÍDIO: Aí
ele fala da Dilma. Dizendo que: a Dilma acompanhava tudo de perto. Papapa
Papapa
Papapa...
EDSON: Esse
tal de “donguinho” Essa letra é dele?
BERNARDO:
Essa letra é minha mas éeeeh, porque ele me corrigiu... Isso aí nem sei quem é.
EDSON: Isso
aí...
DELCÍDIO: É,
é, é, mas isso... pois é, mas isso você já tinha me perguntado. Mas não é essa
letra não.
EDSON: Não
essa letra é dele.
DELCÍDIO: Não
é essa letra não. Tenho certeza que não é.
EDSON: Ver se
eu acho aqui porque porra tem que tá aqui
DELCÍDIO:
Edson, talvez seja uma anotação dele que ele tenha guardado lá. É a única razão
BERNARDO:
Sim! Ele ficou com muito papel, muito caderno, muita...
EDSON: Só se
tem gente pegando coisa dele lá
BERNARDO:
Não, mas isso a gente já sabia desse risco. A gente tentou evitar
EDSON: Tem
nada aqui não só tem essa.
BERNARDO: Mas
agora, é.. não serve como prova.
DELCÍDIO: Eu
vou tentar arrumar, eu vou tentar vê se consigo arrumar.
EDSON: Uma
cópia.
DELCÍDIO: Uma
cópia.
EDSON: Isso.
BERNARDO:
Porque de repente, dos Procuradores né...não sei..
DELCÍDIO: É
estranho.
BERNARDO:
Estranho.
DELCÍDIO: Mas
aí, eu comecei a ver, e eu achei, eu comecei, quando eu fui vendo, aí ele viu,
viu BTG e tal não sei o que. É.. eu falei porra Delcídio, não fala nada. Olha
eu desconheço, eu vou checar direitinho, o advogado dele tá fora, né. É.. eu eu
não tenho falado com... até citei o teu nome, perdoe-me Bernardo citei o teu
nome. O...
BERNARDO: Eu
entrei nesse processo mais para o final, nas primeiras reuniões eu tava. Falei
não, eu preciso ajudar aqui pra conduzir até porque a gente passou a conversar.
Mas...
DELCÍDIO:
Bom, mas aí eu comecei a ver... é...é.. e ele folheando, aí eu olhava, lia,
fingia que tava lendo, né. Eu já tinha visto, já tinha me dado, tinha mandado.
Mas aí, e comecei a ver as anotações e eu peguei todas elas e aí eu fui olhando
página por página as anotações,
né. Tem
várias anotações. É, tem várias anotações e o que me chamou atenção que eu
achei que poderia ser, é... é... é... a letra do Nestor, na última página dá
uma olhada...na última página. tem assim ó, é... acordo 2005 Suíça.
BERNARDO:
Hurum.
DELCÍDIO: Aí,
ele bota assim ALSTOM.
BERNARDO:
Hum!
DELCÍDIO: Aí
ele diz, aí ele bota assim...
EDSON: Acho
que não tá apresentado não.
BERNARDO: Oi?
Não. Isso foi...
DELCÍDIO: Mas
ta trás. Eu vi porque tá escrito.
BERNARDO: Não,
não foi. Com certeza não foi. O problema é que eles jogaram esse verde...
DELCÍDIO: Mas
ele anotar...
BERNARDO:
Naquela primeira reunião que eu tive... [vozes sobrepostas]
EDSON: O MP,
foi até o (….) que me contou. Eles falaram isso aí, sobre a Suíça né, jogando
verde.
BERNARDO: É,
tanto é que naquela primeira reunião.
EDSON: E até
eu tinha falado para o teu pai, sobre esse assunto, não falo porque eles não
podem usar esse documento, que o Procurador de lá entregou, que eu sabia que
tinha entregue oficiosamente. Eles não têm isso oficialmente, eles não podem
usar isso em hipótese alguma.
DELCÍDIO: Tá
lá assim, acordo de 2010, aí ele bota lá um troço assim, eu não lembro o nome
agora, porque porra rapaz! Eu levei um...Você imagina, você vai conversar com o
cara, de repente o cara me aparece com uma porra daquela, quer dizer, como é
que esse cara conseguiu? E com as anotações, aí ele diz assim, ele cita o nome
Guimarães operador Delcídio. E se..se fosse, que vantagem eu teria de falar
para vocês que eu não...
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO: Mas
aí eu vi o troço, inclusive o cara mesmo, o André falou assim ó, mas eu tenho
uma anotação tua aqui, olha aqui ó, ele me mostrou na última parte. Inclusive,
é aquele caderno né, que ele...aquele material que você mandou... onde aparece
esse comentário... a mão, né. E eu fiquei quieto.
EDSON: Porque
pode ter sido alguma anotação que você tenha feito na hora da reunião, tá.
DELCÍDIO:
Não, mas não é. É a mesma...
EDSON: Tá,
você tava anotando alguma coisa lá?
DELCÍDIO:
Não, mas não é. É a mesma letra das outras folhas. É a mesma letra, por extenso
(…) mesma letra. Bom, para resumir a ópera, eu disse a ele, eu disse não eu vou
conversar com eles até para saber o que que é que está acontecendo. Porque
rapaz...você.. é igual, você entrar... vai jogar contra um time o cara faz 5x0
em você em 10 minutos.
BERNARDO:
Alemanha.
DELCÍDIO:
Puta que o pariu, né! Aí, aí eu disse olha você me dá um tempo que eu vou olhar
isso, mas ó.. André pô! O advogado do Nestor é um cara sério, um cara que tem
tem história, e tal, família do Nestor, eu conheço a família desde... O
Bernardo, por exemplo, conheço desde pequeno e foi assim. Mas agora, eu acho
que eu já, eu acho que essa tese tua alguém...
BERNARDO: os
caras não tinham uma escuta em cima da.. da cela?
DELCÍDIO:
Alguém pegou isso aí e deve ter reproduzido. Agora quem fez isso é que a gente
não sabe.
EDSON: É o
japonês. Se for alguém é o japonês.
DIOGO: É o
japonês bonzinho.
DELCÍDIO: O
japonês bonzinho?
EDSON: É. Ele
vende as informações para as revistas.
BERNARDO: É,
é.
DELCÍDIO: É.
Aquele cara é o cara da carceragem ele que controla a carceragem.
BERNARDO:
Sim, sim.
DELCÍDIO:
Bom, é para gente deixar é... é...claro as coisas, bom...é, eu fiquei de
falar... eu disse a ele que eu fiquei de falar com vocês essa semana, que a
gente já tinha...o Diogo já tinha combinado com vocês. Eu to indo amanhã para
São Paulo. Vou conversar e já vou combinar um papo nosso lá.
EDSON: Tá! O
que eu queria que você ouvisse do próprio Bernardo. Com esse acordo, isso foi
feito, falado por mim e pelo Bernardo amanhã... ok? Tá certo...
BERNARDO: O
que?
EDSON: De que
não haverá ninguém para pedir mais nada pro Delcídio, nem (...)
BERNARDO: É,
a hora é essa sim porque...
EDSON: Valeu?
BERNARDO: Os
caras deram esse, esse...
DELCÍDIO:
Agora a única coisa, Bernardo, sabe que, que é...é que eu fiquei... porque
rapaz, eu tava falando com o Diogo. Rapaz! Eu levei um choque, eu cheguei
quando o cara vem, ele deixou... ele conversou comigo, mas pera aí que eu quero
te mostrar uma coisa...e me aparece com aquele negócio.
EDSON: Tudo
bem olha só...
DELCÍDIO: Só
que aí...
EDSON:
Poderia ter sido até muito mais.
DELCÍDIO: Ter
anotado. [vozes sobrepostas]
BERNARDO: É
mas...[vozes sobrepostas]
EDSON: [vozes
sobrepostas] aí não pode ser usado... agora mas isso numa revista.
DELCÍDIO: É
uma merda, entendeu? E mexe com a cabeça...
BERNARDO:
Isso não tá na Época né? [vozes sobrepostas]
EDSON: Não,
não.
BERNARDO:
Para você vê né. [vozes sobrepostas] já é outro...parece que já é outra versão.
DELCÍDIO:
Deve ser outra versão. E na cabeça deles..pô.. ele...
EDSON: Só
quem pode tá passando isso, Sérgio Riera
BERNARDO: Mas
eu já cortei...
EDSON: Milton
e Youssef.
DELCÍDIO:
Quem que é Milton?
BERNARDO: É o
japonês.
EDSON: E o
Youssef, só os dois. [vozes sobrepostas] O Sérgio, porque o Sérgio traiu...
BERNARDO:
Sim. Ele fez o jogo do MP, assinou. Tá..tá
EDSON:
Fernando
BERNARDO:
Fernando tá solto, Fernando...
EDSON: (...)
o Youssef, em cada delação que ele faz ele melhora a situação dele lá dentro.
DIOGO: Ele
saí na semana que vem?
DELCÍDIO:
Quem?
BERNARDO:
Fernando Baiano.
DELCÍDIO: Ah,
ele já sai semana que vem?
BERNARDO:
Semana que vem.
DIOGO: Eu
pensava que era no fim do mês.
BERNARDO:
Não.
DELCÍDIO: Não
sei se é impressão de vocês, porque, por exemplo, aquilo que ele fala a meu
respeito ele
sempre cita o Nestor, tem alguma validade isso?
EDSON: Nada.
DIOGO: Não?
EDSON: Só se
o Nestor (…)
BERNARDO: Eu
não vi a delação, não.
EDSON: Não,
mas hoje eu conversei com o Sérgio na praia, eu sentei com ele lá num barzinho
na praia e ele me disse, né. Até para tranquilizar...eu falei olha só, to
dependendo desse assunto....acho que eu te falei isso...
DELCÍDIO: Tu
me falou...
EDSON: Eu to
dependendo desse assunto (...) O que que tá lá? Ele disse ó fica tranquilo, que
ele realmente falou, mas ele coloca o Nestor para confirmar, se o Nestor não
confirmar, ele não era funcionário, ele não deu dinheiro, (…) então... Se não
tem a confirmação, não tem
nada. Foi o
que ele me disse, eu não li nada dele lá. Mas segundo o Serjão, tudo ficou para
o Nestor confirmar.
DELCÍDIO:
Não, é bom a gente mandar tudo. Mandar o... Pede para o Edson.
EDSON: Eu não
tenho. Ele tá nos enrolando, porra! há muito tempo.
BERNARDO: É,
ontem eu sentei com ele...
EDSON: A mim,
ao Nélio a todo mundo. Ele não entrega nada para ninguém.
BERNARDO: Ele
falou que ia abrir... porque eu falei eu porra, vem cá, a gente ajudou. O
Fernando diz que é amigo do meu pai, aí ele tá...usou os anexos como...
DELCÍDIO:
Isso é uma vergonha! É uma vergonha o que ele fez! Bicho! Para as oportunidades
que o Nestor deu, porra! Pro, pro, pro...Fernando
EDSON:
Fernando.
DELCÍDIO:
Fernando fazer uma calhordice dessa, uma... uma canalhice dessas.
EDSON: É ele
segurou para o Eduardo. Não botou o nome do Eduardo.
DELCÍDIO:
Inclusive no texto tem diálogos dele com o Eduardo com relação a outras
pessoas. Que
impede né (….)
BERNARDO:
Caiu meu Ipad aqui (…) [Ruídos]
DELCÍDIO: (…)
Mas esse é apple?
BERNARDO: É.
É o Ipad. É...é.
DELCÍDIO:
Então é... assim... é... tudo isso é inacreditável.
EDSON: Quero
dá uma olhadinha nisso, para passar para teu pai.
DELCIDIO: E
ele relata coisas, assim, tipo, é que eu liguei pro Nestor junto com o Silas.
Se o próprio Nestor viesse imediatamente aqui a Brasília para uma reunião com o
Jader, com não sei quem...eu reuni... você sabe que eu já levantei minha agenda
inteira. Eu tenho a melhor secretária do Senado disparado, não tem ninguém
melhor que minha secretária. A minha secretária faz umas (...) diária de tudo
que eu faço, de ligação que eu fiz de com quem que eu converso ela sabe tudo,
tudo, nem minha mulher sabe onde é que eu ando como a Genilce sabe. O período
que ele fala eu não tive contato com esse pessoal.
EDSON: Maravilha!
Maravilha
DELCIDIO:
Hoje eu chequei com a Genilce antes de vir para cá, não tem um telefonema, não
tem uma agenda.
EDSON:
(Genilce, geral) ou Gerusa é?
DELCIDIO: Na
CPI dos Correios
DIOGO: Ele
não era Senador. No período que falam das reuniões prévias né de 2006
EDSON: Não
era Senador?
DIOGO: Não,
estava licenciado
DELCIDIO: Eu
não era senador.
DIOGO: Nem em
Brasilia ele tava.
DELCIDIO: Mas
não tinha nenhum. Nós checamos ligação checamos tudo. Olha que exagero, quanto
eu recebia, se eu ia jantar em algum lugar com quem, que ela anota tudo.
EDSON: fica
confirmada a minha tese. A pessoa quando vai pra delação sendo torturada fala a
verdade
DELCIDIO: E
conta uns troços. Pra vcs terem uma idéia o Silas veio me procurar na semana
seguinte a matéria da Globo. O Silas chegou pra mim e falou Delcídio com todo
respeito eu saí da casa do Sarney agora porque o Silas é (...). Aí ele disse assim
Delcídio eu fui lá no Sarney e disse pro presidente Sarney o seguinte: porra
falar que eu me reuni com o Jader ou
com Renan
tudo bem, mas com o Delcídio? O único cara que eu teria intimidade pra falar
determinadas coisas é com o Delcídio porque eu conheço o Delcidio desde 1988 e
nunca o Delcidio eu mesmo ministro teve a ousadia de me pedir qualquer coisa.
Aí fala que ele ia viajar e tava apavorado dele ser preso e eu falei Silas se
manda vai viajar com tua família esqueça dessa porra aqui qualquer coisa deixa
suas coordenadas eu te aviso. Mas ele mesmo foi lá vc me desculpa Delcidio
porque porra eu acabei de sair da casa do presidente Sarney mas um troço
completamente fora de esquadro mas nós checamos tudo levantamos tudo. Hoje
inclusive antes de vir para cá eu peguei com a Genilce vi lá o resumo todo né
desde que eu tomei posse como Senador com quem que eu falei e tal não tem. Esse
período que ele cita que é 2006 e 2007, nada.
EDSON: Ótimo
DELCIDIO: Pra
não dizer que não tem nada tem uma ligação do Jader pra mim eu acho que
dezembro de 2006 e depois duas ou três ligações em no segundo trimestre de 2007
EDSON: O que
eu posso fazer, a única coisa que eu posso fazer (...)
DIOGO:
Considerando que são dois senadores se falando né
BERNARDO: Se
falando...rs
EDSON: O que
tenho feito e você pode utilizar quando sai alguma reportagem dessa eu vou pra
imprensa faço uma nota eles não publicam aí eu boto no meu facebook então você
pode usar isso Mato Grosso.
DELCIDIO:
Você acha que eu ia chamar pra falar com um pastor que não sabe falar
EDSON: Mas o
que vier daqui pra frente esse é o procedimento eu tenho negado tudo e vou
continuar negando
BERNARDO:
Mas, mas ele...
DELCIDIO:
Isso é importante (...) Então Bernardo o que que eu vou fazer: eu amanhã tô
indo a São Paulo já vou conversar com ele e nós....Você semana que vem não tá
aqui né? Como que eu falo com você? Não. Eu eu vou fazer o seguinte da conversa
amanhã eu acordei com você pra você tabelar com ele. E em princípio Bernardo, é
São Paulo
BERNARDO: Eu
fiquei muito preocupado porque o Edson ele comentou que por duas vezes
foi revistado
no.... aí eu falei foi até um dos motivos que eu falei então é melhor a gente
não se encontrar porque os caras estão em cima.
DELCIDIO: Eu
combinei com eles o seguinte e aí também pra mim é mais seguro. Porque pô
bicho do
jeito que tá esse troço pelo menos (acordo em casa) na cabeça dele eu não sou
eu tenho relação com ele o bicho quando você tá indo ele já foi e voltou umas
dez vezes. Ele fala assim pô você ta vendendo os caras. Não ganho porra nenhuma
e ai pô a operação que ele tá fazendo é pra ele. Ele pode pensar assim. Por
isso que é importante que ele veja vocês. Ele...
EDSON: Ele
tem que sentir
DELCIDIO: tem
que sentir. Então porque que eu vou fazer. Eu amanhã vou lá vou explicar pra
ele isso o que está acontecendo à luz aí do que vocês me contaram.
EDSON: É bom
o senhor ir também. Não é só advogado, porque porra advogado as pessoas
ficam em
dúvida.
BERNARDO:
Mas...não sei como colocar isso assim. Mas a gente precisa a gente ainda tem a
possibilidade de fazer um acordo. E dessas informações serem usadas. Então a
gente precisa desse posicionamento claro nesse momento assim.
DELCIDIO:
Claro. Claro
BERNARDO:
Isso foi indicação do meu pai. Falou ó é a hora deles me ajudarem
DELCIDIO:
Claro. Pô mas nós sempre andamos juntos
BERNARDO: Tô
falando do do...só que assim claro que tá no papel. Tá na mão do meu pai assim.
Ele que se retirou das negociações.
EDSON: Papel
você não (inaudível)
BERNARDO: É
não isso não serve pra nada
DELCIDIO:
Agora o que eu levei um susto é que de alguma maneira o cara manteve isso
BERNARDO:
Isso é foda o cara realmente não tem
DELCIDIO: Já
já a gente ajustar as coisas lá
EDSON: Porque
pode ser informação da Alstom
DELCIDIO: E
tava lá atrás tava na última página virada na parte em branco
EDSON: Isso
eu não vi. Mas...
BERNARDO:
Isso foi aquela estória que no final você falou. Que no final eles jogaram. A
gente sabe que vocês fizeram que você fez acordo com a Procuradoria que é um
acordo de
confidencialidade
mas que em off o tal do procurador suíço
DELCIDIO: Mas
ele chegou a fazer algum acordo com aquele procurador suíço?
EDSON: Foi
fez. Pagou
DELCIDIO: Mas
a título de que ele fez?
EDSON: Pagou.
Pra não ser processado.
BERNARDO: Pra
não ser processado lá.
DELCIDIO: Ah
por causa de depósito em conta?
EDSON: Todo
dinheiro que tava lá na Suíça ficou pra Procuradoria da Suíça. Então ele foi
processado e o assunto morreu aí.
DELCIDIO:
Pois é. E esse dinheiro era o dinheiro da Alstom? Ah foi por isso que ele fez o
acordo? Entendi. Ele nunca me falou isso
EDSON: Ele, o
Moreira
DELCIDIO: Ele
diz lá Nestor, Moreira, tem mais uns nomes que não me lembro. Que porra de
(...) Fiquei na minha quieto. Porque também eu não podia...Falei não eu vou
checar isso, vou tirar a limpo isso
EDSON: Não
pode ser usado
BERNARDO:
Agora o Fernando não falou dele? O Baiano. Do André?
DELCIDIO: Não
aí é que tá. Eu não consegui.
EDSON: Não
dos poços, eu acho que ele deve ter falado da África. Dos poços não. O acordo
deixa eu falar aqui. Havia um acordo do Fernando com o teu pai que era para não
se falar nisso. Até porque o Fernando tinha uma participação a empresa do
Fernando tinha uma participação nisso.
DELCIDIO:
Bernardo é o seguinte. Porque que nós pegamos a nossa parte. Nós conseguimos a duras
penas arrumar aquilo que ele faz referência a mim.
BERNARDO: Sim
DELCIDIO: E
os outros a gente pegou um ou dois né. Tem vários mas não todos.
BERNARDO: Um,
dois, três, quatro...seis
DELCIDIO: É o
que fala do Bumlai, do Lula, que é basicamente o roteiro. Foi o roteiro que ele
pegou. É eu não sei questão de África. Isso eu não sei. África eu não sei.
EDSON: Eu não
sei se ele falou sobre isso. Eu sei que ele fez um acordo com o teu pai para
não falar sobre assunto porque era de uma empresa espanhola que se não me
engano era dele também.
BERNARDO: Sim
EDSON: Isso
aí ele não confessou, ficou fora.
BERNARDO: É
pelo que eu sei meu pai não recebeu nada dessa estória
EDSON: Não
DELCIDIO: E
ce vê como é que ele é como é que ele é matreiro. A delação quando ele conta
quando ele me
conheceu quando eu era diretor e o Nestor era gerente que ele foi apresentado a
mim por um amigo. Ele poupou ao Gregorio Marin Preciado.
EDSON:
Ahhhhhh
DELCIDIO:E as
conversas que nós ouvimos é que numa dessas reuniões que ocorreram eu não sei
com relação a qual desses projetos houve uma reunião dessa na Espanha que os
caras já rastrearam quem tava nessa reunião e existia um espanhol nessa reunião
que eles não souberam identificar quem era. Bingo!
EDSON:
Gregório
DELCIDIO: Ou
seja o Fernando tá na frente das coisas mas atrás quem organiza é o Gregório
Marin. O Serra me convidou para almoçar outro dia e ele rodeando no almoço
rodeando que ele é cunhado do Serra
BERNARDO: José
Serra
DELCIDIO: E
uma das coisas que eles levantaram, houve uma reunião na Espanha, eu não
sei se sobre
sonda sobre, se sobre Pasadena, mas houve uma reunião na Espanha. Existia um
espanhol na reunião que não foi identificado. É o Gregório... É o Gregório...
Não sei se, o Nestor conheceu o Gregório.
BERNARDO: Não
sei, esse nome eu nunca ouvi falar.
DELCIDIO: ...
mas o Nestor conheceu, porque quando o Fernando entrou na Petrobras ele conta,
o contrato que o seu pai assinou com a (Union Fenosa) que foi um contrato, né,
bem feito, pra gestão... de usinas termoelétricas, ele conta tudo isso aí. Até
que eles queriam entrar até na (Termorio). Aí eu achei, quando eu vi aquele...
01:01:07
EDSON: Paulo não deixou. o Fernando entrar na (Termorio).
DELCIDIO:
Quem não deixou?
EDSON: Paulo
Roberto
DELCIDIO:
Paulo Roberto? É, mas ele fala que, não, mas ele fala que...
EDSON: ... na
época... hoje?
DELCIDIO: É.
Não mas aí ele disse... que... eu tinha uma inclinação pra botar os espanhóis
pela
experiência que os espanhóis... tinham é mas que aí houve uma decisão
superior... que ele não diz quem, quem é...
EDSON: Ah,
mas isso aí já é 2006...
DELCIDIO:
Não, isso é dois mil e... dois mil e...
EDSON: Três e
quatro.
DELCIDIO: Não
isso é...no, no dois mil... dois mil.
EDSON: Ah
logo no início
DELCIDIO:
É... quando ele entrou, quando ele conheceu a Petrobras.
EDSON: Ah,
tá.
DELCIDIO: Aí
ele fala que houve uma decisão que tirou os espanhóis em cima da (TERMORIO) e
botou um fundo.
EDSON: Isso.
DELCIDIO: Um
fundo americano. Que é de quem? Do Paulo (Dote), que tava associado ao
Paulo (Dote).
Ou seja, ele conta a história... Ele conta certinho a história e tal, mas diz
que não houve nada e papapá, papapá. Mas que ele entendia que a minha
preferência era com os espanhóis, mas aí veio uma ordem de cima pra colocar o
tal pessoal da... Porque o Paulo tinha uma operação forte dentro da Petrobras.
Sempre foi. Hoje não sei se tem, mas antes tinha.
EDSON: Parou.
DELCIDIO:
É... Mas o, o, o... Então, e outra coisa que me chamou a atenção naquele
material que você mandou, quando o Nestor fala como ele separa os quinze
milhões, eu não tô na relação. Só tá embaixo dizendo assim: que ele doou um
milhão e meio.
EDSON: (Dois)
e meio.
BERNARDO: Pra
campanha.
EDSON: Isso é
o que deixou o pessoal puto do MP.
BERNARDO: É.
EDSON: Tava
querendo proteger (...)
DELCIDIO: E o
que me intrigou é o seguinte: é que, quando veio o assunto... do Fernando... o
Jornal Nacional botou uma matéria dizendo que eu teria tido uma participação em
Pasadena de um milhão e meio... Só que na delação do Fernando não tem isso.
BERNARDO: Ah,
na do Fernando não tem isso?
DELCIDIO: Não
tem.
EDSON: E a do
Nestor quando ele cita você é contraditório.
DELCIDIO: É
contraditório.
EDSON: Porque
se doou
DELCIDIO:
Não, porque você pega os quinze milhões e vê como é que foi separado Moreira
(...) não sei o que é lá, papapá, e separa. Porque pelo o que ele tá dizendo lá
em Pasadena não tinha política. Era uma operação interna mesmo. Aí, só embaixo
que ele coloca assim: não recebi os dois milhões e meio... Doei um milhão e
meio para o Delcidio. (...) doou
EDSON: ...até
tá grifado embaixo
DELCIDIO:
doou... Doou em que condição? Como é que foi?
EDSON: Aí foi
perguntado a ele. (...) disse: o Delcidio sabia da ilegalidade? Não.
BERNARDO:
Isso foi na primeira reunião.
EDSON: Cê
tava lá?... ... E o pessoal ficou puto da vida dizendo que ele tava protegendo
você, mas que não tinha problema que tinha muita coisa contra ele depois.
BERNARDO:
Não, isso eu não me lembro.
EDSON: (...)
BERNARDO:
Sinceramente isso eu não me lembro. Agora...
EDSON: ...
que eles disseram que tinham outra coisa...
BERNARDO: Que
eles fizeram outras reuniões sem mim. Mas aí parou, deu um “pause”.
DELCIDIO:
Agora, então... o que eu queria combinar com vocês... ... Que eu vou ter que
voltar pro meu inferno lá. (Risos discretos). É, é ... eu amanhã tô lá, aí nós
já agendamos. Eu vou tentar ver se a gente faz uma conversa no Rio de Janeiro.
EDSON: Ok.
DELCIDIO: É
melhor. E aí a gente encaminha as coisas conforme o combinado. Vê como é que
vai ser a operação de que jeito contratualmente, aquilo tudo que eu conversei
com você.
BERNARDO:
É...sim... tá ok.
DELCIDIO: E
aí, Bernardo...
EDSON: Mas
fala, pode falar.
BERNARDO:
Não, aquela questão de talvez botar no contrato...
EDSON: fazer
um contrato de honorários incluindo a parte...
BERNARDO:
Talvez
EDSON: ...
botar uma coisa só?
DELCIDIO: É,
eu, eu acho, amanhã eu vou terminar de conversar com eles, porque eu confesso
que eu levei um susto quando ele veio com aquele negócio lá. Ou seja, eles têm
informação...
EDSON: É até
bom que seja no contrato, comigo porque aí a gente tem garantia.
DELCIDIO:
É...
EDSON: ... de
que isso vai acontecer, senão executa, papapá,
BERNARDO: ...
no longo prazo é... Bom, a gente tá trabalhando então com (...) é claro que a
gente quer que ele saia, mas se for o caso de ficar dois anos não precisa saber
que esses dois anos vão...
DELCIDIO:
Claro!
BERNARDO: ...
vão... a gente vai estar assistido.
DELCIDIO:
Não, não, não tem... Bernardo... Esse é o compromisso que foi assumido, né?...
E nós vamos honrar.
EDSON: (...)
pelo menos.
BERNARDO: É o
pensamento positivo (risos discretos).
EDSON: nós
vamos trabalhar duro.
BERNARDO: Tem
que tirar ele
EDSON: na
pior das hipóteses são três anos
DELCIDIO:
Edson, outra coisa também que eu queria, outra notícia que eu queria... Eu
estive com o Armando... Toledo.
EDSON: Esse
negócio...
DELCIDIO: Eu
acho.
EDSON: Não.
BERNARDO:
Quem é Armando Toledo?
DELCIDIO: Eu
tô dizendo...
EDSON: ...
mas tem uma solução mas depois conversa pessoalmente.
DELCIDIO:
Não, não. Pois é, mas, hoje ele me detalhou o que é que é... Esse negócio de
advogado tá dando um bode filho da puta lá dentro da Petrobras. Tem rolo... pra
tudo quanto é lado, porque, como você tem a seguradora, a seguradora, é...
entrou no processo e onde ela pode botar... botar problema, botar impedância
ela, ela coloca. Então o que é que... ele disse pra mim que ia te ligar. Tá?
Não sei se vai te ligar essa semana, não sei. Mas que semana que vem ele ia te
chamar. Pra todos os efeitos você não sabe de nada. Eles tão, eles, eles,
parece que ou se reuniram ou vão se reunir com a seguradora pra buscar um
denominador comum nesse negócio aí. Porque, segundo ele, as seguradoras elas
tão abusando dessa situação. E como possivelmente o Dida, o Dida já tinha me
falado que tava com muito problema. Possivelmente o Dida tá administrando
muitas dificuldades, muitos problemas, ele inclusive disse que o advogado do Duque
tava no meio também.
EDSON: Tava.
O próprio Felipe que trabalha comigo (sei lá tinha um recebível) de 170 mil
dele com outra pessoa Gabriel Quintanilha... não recebeu!
BERNARDO: Mas
é da Lava Jato?
DELCIDIO: E
ele disse que existem outros ex-funcionários e tal, ex-diretores...
EDSON: Não tá
pagando ninguém.
DELCIDIO: Diz
que tá pagando ninguém. Então, diz que eles vão fazer uma reunião
DIOGO: É
praxe de seguradora.
DELCIDIO: É
claro (...) E aí ele vai, ele diz o seguinte: que ele, ele, iria te chamar, pra
todos os efeitos você não sabe de nada. Ele iria te chamar porque a ideia é
eles zerarem essas pendências com relação a você. É, mas, mas com os outros
advogados...
EDSON: O que
ele diz é o seguinte: vai ter uma outra solução que não seja a que você tá querendo.
Mas aí (...) outra solução.
DELCIDIO: Mas
aí o que, ele disse o seguinte: olha Delcidio, nós tamos estudando uma solução,
porque nós queremos tirar esse assunto da frente até o final de novembro.
EDSON: Tá.
DELCIDIO:
Então ele deve te ligar pra conversar com você, né, e eu não entrei muito no
detalhe.
EDSON: Sem
problema.
DELCIDIO: Ele
falou: “olha Delcidio, tá dando um problema pra cacete, nós queremos tirar esse
negócio daqui que esse negócio já tá nos atrapalhando.
EDSON: Nós
tamos de olho nele.
DELCIDIO:
Tamo de olho nele. Cê sabe...
EDSON: Outra
coisa: quem tá lá na Petrobras hoje?...Cê sabe?
DELCIDIO: E
vamos ver.
EDSON: Graça
Foster.
DELCIDIO:
Graça Foster?
EDSON: (...)
DELCIDIO:
Graça Foster?
BERNARDO: É
do... do (...)
DELCIDIO: Cê
sabe que eles não nomearam ninguém até agora
EDSON: (...)
noventa a cem dias pra nomear. Solange Guedes e Jorge Celestino. Jorge
Celestino já, já vai aparecer na... nas folhas
DELCIDIO: Nas
folhas?
EDSON: É. E é
o nome da Graça.
DELCIDIO: E
esse Jorge Celestino pra quê que é? Vai pra onde?
EDSON: Ele é
o gerente, mas tá com força total. Solange Guedes, Jorge Celestino são pessoas
da Graça...tá? Tão mandando. O que aconteceu com o Bendini ... tudo articulado
com essa turma.
01:10:06
DELCIDIO: O Bendini tá numa situação difícil.
EDSON: Tá...
... Aqui você vai entender algumas coisas. Depois ainda tem mais coisas sobre a
Petrobras. Essa matéria aqui é minha.
DELCIDIO: O
que é que é? Vice Presidência...
EDSON: ...
isso é o que ele engoliu, feito pelo núcleo assinalado ... ... aqui... ... fala
da GRAÇA
DELCIDIO: Meu
Deus do Céu, eles vão rebaixar gás e energia em engenharia que é a essência da
Petrobras.
EDSON: Eles
estão com toda força. Tudo isso é Graça, tá?
DELCIDIO: 90
a 100 dias.
EDSON: Aqui
embaixo tá: quem convidou esse grupo foi a Graça Foster
DELCIDIO:
Bendini tá na roda, não tá?
EDSON: Tá. E
aqui (...).
DELCÍDIO:
(...) Gás e Abastecimento... Produção... Conformidade, Engenharia. Certo? É
muito mais (rasgado)... .... Você sabe que ontem, eu ia trazer o Ivan Monteiro
ontem. E eles acabaram não vindo porque vai sair o balancete trimestral. Eles
não podem dar entrevista, não podem falar nada até publicar o balancete...
Reunião com a Dilma e com os Ministros políticos... Aí eu fiz questão de
registrar. Aí a ... ... Eu estou fazendo esse comentário, porque tem tudo a ver
com o que você está falando... É... Ela chegou e disse assim: Eles devem estar
com algum problema, porque eles pediram audiência para mim. Aí ontem de tarde
eu voltei no Planalto e dei de cara com o Bendine.
EDSON: Olha
só. O que me parece...
DELCÍDIO:
Espera. Só para você ver... O Eduardo Braga é um cara que foi companheiro nosso
de Senado. É um cara mandão pra caralho. Na conversa, na reunião com os
Ministros, ele não deu um pio... Ou seja, a Petrobras está sendo comandada pela
DILMA. E indiretamente...
BERNARDO: É.
Faz sentido
DIOGO: E o
Bendine está só ali para atender o (compliance).
DELCÍDIO: É
isso mesmo!... Isso aqui pode ficar comigo?
DIOGO: É pra
ficar
EDSON: (...)
Deixa eu te fazer uma pergunta. Aqueles dois nomes... É possível ou não é
possível?
DELCÍDIO: É
possível!
EDSON: Então
tá. Pelo seguinte... É que me perguntaram...
DELCÍDIO: É
possível!
EDSON: Se eu
vou definir... Porque senão a gente tenta...
DELCÍDIO:
Não! É possível!
EDSON:
(Palocci) ou alguma coisa
DELCÍDIO:
Não! É possível! E... e... vai ser agora.
EDSON: Então
tá
DELCÍDIO:
Agora que nós vamos, porque ele não conseguiu fazer um movimento.
EDSON: Não!
EDSON: Se
conseguíssemos fazer a Gerência de TI... , já era...O ideal era fazer uma
Diretoria só de TI
DELCÍDIO: É,
mas não dá.
EDSON: Porque
vai de tudo
DELCÍDIO:
Pois é, mas não tem jeito.
EDSON: Esse
era o ideal.
DELCÍDIO: É!
Mas não tem jeito. Tem que fazer a Gerência de TI. Porque a Gerência de TI, ela
não não tá... ela não é atividade fim. É atividade meio. E ninguém enche o
saco.
EDSON: Não
(...) Mas podia fazer uma Gerência de TI, tirando (...) tudo que é TI...
DIOGO: das
outras Gerências... juntaria todas
EDSON: (...)
por que tem TI na Engenharia, TI “lá vai” ... Porra! Faz só TI.
DELCÍDIO: É,
mas na verdade é o seguinte. Hoje ... Hoje, mas hoje, na engenharia, tem uma TI
que atende a companhia. EDSON: (...) tem orçamento. Então, se faz tudo, só TI...
DELCÍDIO:
Quem que é o cara que está na TI lá? Sabe eu não conheço...
EDSON:
Álvaro.
DELCÍDIO:
Alvaro?
EDSON: E o
meu candidato é o Edson Feitosa dos Santos.
DELCÍDIO:
Não! Esse... o candidato você já passou pra gente.
EDSON: Esse
Álvaro é o Gerente de TI
DELCÍDIO: Mas
ele já está há muito tempo?
EDSON: Não
sei
DELCÍDIO: Eu
vou ver direitinho isso... ... porque TI não está na linha de frente e ó...
EDSON: Não!
DELCÍDIO: É o
que você falou... tem o orçamento de 1 bilhão
EDSON:
BENDINI é a rainha da Inglaterra
BERNARDO: Não
é visado.
DELCÍDIO: O
quê?
BERNARDO: Não
é tão visado
EDSON:
BENDINE é a Rainha da Inglaterra
DELCÍDIO:
(risos)... E ontem ficou claro para mim. Outro dia, uma pessoa me perguntou:
“escuta aqui! A quem o Bendine se subordina? É ao Ministro ou é à Dilma?”.
Ontem ficou claro. Inclusive o Pimentel, que é Senador comigo, e é líder do
Congresso, né? líder no Congresso: “você viu quem é que despacha Petrobras?”.
Aí (ele chegou) e falou assim: “a
Dilma”.
EDSON: Mas
ela está correndo risco com esse Celestino tá. (...)
DELCÍDIO: Não
vai demorar muito não
EDSON: Já
DELCÍDIO:
Aí... Aí...o, o, o ... Pimentel, que conhece bem...
EDSON: O
próprio Nestor... O próprio Nestor no anexo fala nele
DELCÍDIO: Ah
é?
EDSON: É.
Pega o anexo mostra isso... Que é hora desse camarada sair, para não dar
problema... que vai ser escândalo
DELCÍDIO:
Porque a, a ... Ontem o Pimentel, quando a Dilma fez a intervenção dela, aí nós
saímos, ele
falou: “você viu que o Eduardo Braga não deu uma palavra? É sinal que a
Petrobras está totalmente desconectada do Ministério de Minas e Energia”
EDSON: Hã-ram
DELCÍDIO: O
Ministério de Minas e Energia hoje é setor elétrico e mineração e metalurgia
EDSON: Tá na
mão dela.
DELCÍDIO: Vai
fazer ou (tá cagando)?
BERNARDO:
(risos)
DELCÍDIO:
Senhores... eu vou voltar para o meu inferno.
EDSON: Quem é
que está no IPHAN? Você sabe?
DELCÍDIO: No
IPHAN é uma...... Como é o nome da menina lá?
EDSON: (...)
Entrou por agora
DELCÍDIO: É
uma gerente
EDSON:
Assumiu por agora nesse mês
DELCÍDIO:
Não, não sei se... Não! Não! Ela já está há algum tempo. Ela é craque.
Competente.
EDSON: Eu
soube que mudou alguém agora no Rio.
DELCÍDIO: É o
que?
EDSON:
Gerência Rio então.
DELCÍDIO: A
gerência Rio? ... É possível, porque é a mesma gerente, é a mesma presidente
do IPHAN é
que já tava, continuou
EDSON: Foi
uma indicação do Ministro da Cultura. Não foi... IPHAN?
DELCÍDIO: Foi
EDSON: Não é
isso?
DELCÍDIO:
Como? Não! O Eduardo é... Não!
EDSON: Acho
que foi indicação do Ministro da Cultura. Não foi isso?
DELCÍDIO:
Essa?
EDSON: É
DELCÍDIO:
Foi... Foi do, indicação do Juca. E aí, quando a Marta entrou... ... aliás era
do Juca, a Marta assumiu e ela ficou.
BERNARDO:
Mas... e ela continua então? Quando o Juca voltou?
DELCÍDIO:
Essa do IPHAN continua... Presidente do IPHAN... Você precisa de alguma coisa?
EDSON: Uma
amiga minha tem um hotel lá na Joatinga e o IPHAN está criando caso ela tá
com um
projeto muito bonito pra lá e... porra!
DELCÍDIO:
Porra! Passa pro... Passa pro...
EDSON: Posso
fazer?
DELCÍDIO: Pro
Diogo e eu falo com ela. Eu não estou lembrando o nome dela.
EDSON: Aí
depois eu passo o número do processo
DELCÍDIO: Ela
ajudou muito o Estado lá, ajudou muito o Mato Grosso do Sul.
EDSON: (...)
Como era o nome dela? Porra.
DIOGO: (...)
Eu tenho aqui.
DELCÍDIO:
Vocês vão, vocês vão dormir hoje aqui?
EDSON: Eu tô
indo embora
BERNARDO: Eu
durmo aqui. Tem um amigo meu que está com dois filhos já grandes que eu
não conheço.
Vou aproveitar. Estou sempre em Brasília, passo o dia e não...
DELCÍDIO:
(...) Só fica em hotel de rico
BERNARDO:
(risos)
DELCÍDIO:
hotel de pobre, ele não fica não.
BERNARDO:
Não! A gente foi lá pro outro. É porque estava lotado. Estava, está tendo...
Porra!
EDSON:
Jurema! É Jurema?
BERNARDO:
Está tendo um Congresso do Ministério Público aqui
DELCÍDIO: Não
é Jurema não.
EDSON:
Superintendente Regional: Ivo Matos.
DELCÍDIO:
Não! (...)
DIOGO: É
Jurema!
DELCÍDIO: É
Jurema! ... ...
EDSON: Ela
foi Superintendente de Minas Gerais (...) ... (som de TV)
DELCÍDIO: Ô,
Diogo! Aproveita que o Coronel Rabelo ta aí... Será que tem alguma... pelo
menos uma barra de ..., porque eu estou tomando uma medicação, rapaz! ... Uma
barra de chocolate aí ou não?
DIOGO: tenho
uma barrinha de cereal. Se quiser, eu tenho barra. Tem o frigobar aqui (...)
DELCÍDIO: Tem
alguma barra de chocolate aí ou não?
BERNARDO:
Fique à vontade. (ruídos aumentam e Delcidio se afasta da pessoa que está
gravando e
volta a conversar com o grupo)
DELCÍDIO: É
Jurema! Eu vou aproveitar o Coronel Rabelo (...) porque o Coronel Rabelo
já vê isso
agora.
DELCÍDIO:
(...) e não é porque a Jurema é enrolada não. O povo dela que é enrolado. Ela é
muito competente.
EDSON: (...)
eu até falei pra... ..
DIOGO: Esse,
esse 130196
EDSON: 196,
né?
DELCÍDIO:
Cadê meu celular, Diogo? Hum
EDSON: (...)
pensei que fosse PC do B.
DELCÍDIO:
(... ....) Porque o Juca é PT...
EDSON: (...)
É, eu sei. Ele já veio do Lula, depois foi reconduzido
DIOGO: 130106
é o do (...).
DELCÍDIO:
Depois o Juca saiu e entrou a Marta. A Jurema ficou. Agora voltou o Juca de
novo. A Jurema tá lá.
EDSON: Tá. Se
puderem vocês realmente ver que a situação deles
DELCÍDIO:
(...)
EDSON: Não,
não! A situação deles financeira
DIOGO: tá
braba!
EDSON: é
zero. Sendo honesto... Zero!
DELCÍDIO: Nós
vamos começar a rodar agora. Eu parei porque você mandou parar.
BERNARDO: Não
é, a gente não sabia que, que … qual era o nível de de espionagem que tinha de.
DELCÍDIO :
Por que começou um zum zum e também no final...
EDSON : Eu
disse isso pra ele
BERNARDO : É
o Edson que me falou essa porra, eu não tenho ideia, eu acho, tem duas
possibilidades num dia a gente no, no Nélio Machado o Edson chegou de viagem e
o outro...
não sei,
justamente, algum comentário lá dentro (...). Algum deputado? Falando de que?
EDSON :
Valor.
DIOGO: Mas
naquela reunião no clube tinha muita gente.
BERNARDO : É
tinha estagiário
EDSON : Não,
não. Exatamente
DELCÍDIO :
Aquela reunião não podia acontecer.
DIOGO: Estava
agoniado ali.
EDSON : O
Nélio errou, o Nélio errou
DELCÍDIO : Só
faltou a torcida do Flamengo ali.
EDSON : Filho
dele até tudo bem... agora (...) o tal de João eu fui contra.
DIOGO: Me diz
uma coisa... ... lembra que ia ter uma reunião aqui com o Nélio? E que ia ser
na, na, na,
no... no apartamento dele, só que ele bateu a porta com o cartão dentro? Quem
era o outro advogado que estava com ele?
EDSON : É o
João
DIOGO: É o
João, né?
EDSON : É o
João que tava naquela reunião.
DIOGO: Pois
é, o João... ele está aparecendo direto como advogado do Youssef, né? Ou
não?
EDSON :
Youssef? Não, não... não, não.
BERNARDO :
Não, ele apa... ele aparece com, com... imagem antiga do, do Fernando.
DIOGO : Junto
com o Fernando?
BERNARDO : É.
EDSON : (...)
e com Fernando
BERNARDO : É,
eu tenho visto, eu vi algumas imagens de arquivo...
DIOGO :
(...)Youssef é o João.
DELCÍDIO :
Agora bicho... com todo respeito... teu pai é boa gente pra caralho, e os caras
passando a
perna nele.
BERNARDO : É
um cara ético, né?
DELCÍDIO :
Bicho, é um cara bacana, porra, generoso cacete, e os caras dando nó nele,
aquela turma que cresceu em função dele, todo mundo dando nó... ... Você viu
aquela conversa que nós tivemos?
EDSON : Isso,
com o Alexandre. (...)
DELCÍDIO : Cê
viu agora?
EDSON : Só
que ali (...).
DELCÍDIO :
Mas agora o outro... a outra Cunha é esse.
EDSON : Eu
sei. E é o próximo... porque ali ele sabe quem tá ganhando.
DELCÍDIO :
Enquanto o Bumlai (...)
EDSON :
Alexandre (Aguiar), o advogado dele deve ser o Ferrão.
DELCÍDIO : Aí
eu não sei.
EDSON : Quem
tava usando, ele tava usando o Ferrão. Ele me falou. Eu ia pra lá justamente
fazer a parte
(...) pra ele.
DELCÍDIO :
(...)
EDSON : Não,
e hoje eu tô aqui com uma pessoa que é melhor ainda. Candidato à Presidência da
Ordem daqui... é o (Nunes) Pinheiro, que é o procurador geral da Bahia, e o
Jaques Wagner (...). Tá com o Jaques direto. Então tô com ele ... Chega de
(“malufa”), né? Do Alexandre...
BERNARDO :
Senador...obrigado
01:27:28
DELCÍDIO : Bom, bom, abraço na sua mãe, na sua irmã. Conta comigo, no... no
paizão lá e na gatinha. A gatinha deve tá assim já, né? Edson... fica com Deus.
Eu vou tentar. Eu vou tentar ajustar Rio.
EDSON : Tá.
DELCÍDIO :
Agora, aí vai ser no campo dele. Ele que vai dizer onde que é.
EDSON : Sem
problema... onde ele quiser.
DELCÍDIO :
Abre aqui senão não (volto).
EDSON : Aí eu
falei pra ele. Falei assim oh.
BERNARDO :
Mas aí como é que os cara sabe?
EDSON : Essa
porra. Bicho. Olha, só tem traidor pra caralho nessa merda. Que nem eu tenho
conhecimento disso.
BERNARDO :
Mas é aquilo ali que você tem. Num sei se ele tem. É também né. É porque a
Alessi ficou trabalhando com ele, né?
EDSON : Mas
olha só. Só pode ter saído, do escritório da Alessi, Polícia Federal ou Sergio
Riera. Saber da Alessi se ela passou pro Sergio alguma coisa com (algo) atrás
escrito.
BERNARDO :
rapaz chegar na mão do BTG, no André, cara.
EDSON : Por
que chegou lá?
BERNARDO :
Porque o Fernando já se queimou com o cara. Já falou dele.
EDSON : Quem
é que poderia levar isso pro André?
BERNARDO : Eu
acho que é carcereiro. O cara dá 50 mil ai pra você.
EDSON : A
gente num entende, pô!
BERNARDO :
Carcereiro, Nilton... os caras são muito legais.
EDSON : Mas
tem muita informação, cara... Só tranquilizar ele aí com o negócio do seu pai
BERNARDO :
Não, e eu dei uma cobrada. Falei. Oh, tá! Tudo bem, tudo bem, mas e aí?
EDSON : (...)
BERNARDO :
(...) Eu não sei. Ouviu falar alguma homologação? Não tem nada homologado.
EDA semana –
Delcídio e a “Fuga do Cerveró”.
Por Zé Carlos
Eu não sei
nem como começar esta coluna semanal. Mas, como diria um grande filósofo de Bom
Conselho: “Começa do começo, idiota!”. E é isto que faço agora, com a lembrança
de que morei, uma grande parte de minha vida, numa rua chamada José do Amaral,
e que antes era chamada Rua da Cadeia. E nada mais apropriado para começar a
descrever os fatos que se passaram na semana passada, que poderiam ser
resumidos numa frase: “Delcídio do Amaral está na cadeia”. E nem vou começar
explicando que minha rua e minha cadeia não tem nada a ver com os eventos que
borbulharam durante esse período.
A semana que
passou foi tão surreal que a única forma de enquadrá-la no espírito humorístico
desta coluna, é tentar descrevê-la contando os fatos sem tirar nem por. E, como
sempre acontece, as pessoas que não tem senso de humor ficam pensando que o
Brasil está encalacrado política e economicamente. Eu e meus leitores, sabemos
que o que foi mostrado nela, foi apenas mais um capítulo do grande show de
humor que grassa neste país.
Acreditem
amigos que houve um surto de inveja pelo sucesso de Dilma, Lula, Cunha e outros
grandes humoristas que habitam esta coluna, e todos agora querem ter o seu próprio
show, já fazendo, ao invés de “stand-ups”,
verdadeiras peças teatrais com humor de grande qualidade. E foi com este
espírito invejoso que o Delcídio do Amaral, resolveu encenar uma peça de sua
autoria, que está convulsionando o país de tanto rir.
Imaginem, que
veio a público um ensaio da peça, feito num quarto de hotel, onde os atores
principais deram nela os últimos retoques. Eram eles, o próprio Delcídio, sim,
aquele senador parecido com o Antônio Fagundes, de cabelos brancos e com
pensamentos negros como a noite que não tem luar; o filho do Nestor Cerveró,
sim, aquele diretor da Petrobrás que vê tudo, em cima e em baixo, com a mesma
olhada; e o advogado deste diretor, sim, aquele que não conhecia, mas é um
também um grande ator cômico. Nome da peça: “A fuga do Cerveró”.
É claro que
não vou repetir aqui todo o enredo, para manter os meus leitores vivos e sem
risco de embolia hilariante, mesmo porque há um final apoteótico que não queria
privar aqui da satisfação de vocês de verem de surpresa.
Tudo se passa
num quarto de hotel, onde os três atores conversam abertamente sobre como fazer
para que o Cerveró possa fugir para a Espanha sem que o Sérgio Moro o pegue. No
cenário há apenas retratos dos ministros do STF, do Renan, do Michel Temer, da
Dilma e, como não poderia deixar de ser, do Lula, e alguns outros. Vejam alguns
trechos deste primeiro ato (BERNARDO é o filho do Cerveró, DELCÍDIO é o
Delcídio e EDSON é o advogado):
.................
DELCIDIO – Ai tá, pra acabar de
complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro Paulo, é, com
Romário.
EDSON – Rss.
DELCIDIO – e com Ferraço
EDSON – ué, fizeram acordo né?
DELCIDIO Diz o Eduardo que fez.
EDSON – tranquilo.
EDSON – tinha conta realmente do
Romário.
BERNARDO – tinha essa conta?
DELCIDIO – E em função disso fizeram
acordo.
EDSON – seu amigo, então (Toc, Toc),
foi comprado (Toc, Toc), (vozes sobrepostas) Ahhhh.
EDSON – tira porque senão você vai
preso. (Toc,TocToc)
DELCIDIO – o que eu achei estranho,
ele ter chegado (Vozes Sobrepostas) o que você, Romario o que você tá fazendo
aqui, … não, não, vim acompanhando o Eduardo.
EDSON - Esquisito
DELCIDIO – Esquisito pra caramba
EDSON – essa é informação que me deram
DELCIDIO – Aí o, aí o, o Eduardo falou
assim: não Delcidio, porque o Eduardo tenho intimidade, o Eduardo foi
companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos Correios, ele foi meu braço
direito aqui … ai disse não Delcidio eu chamei aqui o Romário, na frente do
Romário. Chamei o Romário, ó, nos acertamos uma aliança o Romário apoiar o
Pedro Paulo é isso que ele tá falando. Mas tem esse motivo.
EDSON – foi o que eles disseram...
quem pode melhor apurar é você.
DELCIDIO – porque, porque bicho, não é
possível, hoje quando eles chegarem, ué o que
vocês tão fazendo aqui … juntos. Aí o
Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição
juntos.
EDSON – Apoiar o Pedro Paulo.
DELCIDIO – e aí eu fui tirar uma foto
com ele né que ele (…) porra aí tirar uma fotografia
com todo mundo com a mão assim... uma
em cima da outra.
EDSON - Rss
DELCIDIO – Eu não entendi mais nada.
EDSON – Loucura né. É isso aí
(O Pedro
Paulo é aquele que “bate em mulher mas
faz” e o Romário, todos conhecem, é aquele que além de fazer gols, agora é
senador e esqueceu as contas que tinha na Suíça, igualzinho ao Cunha. Vejam o
potencial para riso)
............
DELCIDIO – é mas nós conseguimos, nós
conseguimos a do Fernando, nós conseguimos aquilo que dizia respeito a mim.
EDSON – a você olha só, eu não tenho
que confirmar, só quem poderia confirmar alguma coisa é Nestor, perfeito, a
partir de agora é impossível uma proposta dessa louca, dois anos
isso é loucura, é a mesma coisa que tá
preso, ele preso mais um ano resolve
DELCIDIO – não, nós temos que tirar o
Nestor, Edson.
EDSON – não, eu preciso tirar o Nestor
daqui.
DELCIDIO- nos precisamos tirar ele.
(Parece que o
Fernando é o Fernando Baiano, aquele que agora já está só amarrado pelo
tornozelo)
............
DELCÍDIO: Entendi.
EDSON: Pode ficar tranquilo, não tem
risco.
DELCÍDIO: Agora, agora, Edson e
Bernardo, é eu acho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei
com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar,
o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com
o Zelada , e eu vou conversar com o Gilmar também.
EDSON: Tá.
DELCÍDIO: Por que, o Gilmar ele oscila
muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e eu sou um dos poucos
caras...
EDSON: Quem seria a melhor pessoa pra
falar com ele, Renan, ou Sarney...
DELCÍDIO: Quem?
EDSON: Falar com o Gilmar
DELCÍDIO: Com o Gilmar, não, eu acho
que o Renan conversaria bem com ele.
EDSON: Eu também acho, o Renan, é
preocupante a situação do Renan.
DELCÍDIO: Eu acho que, mas por que,
tem mais coisas do Renan? Não tem...
(Neste ponto da
peça, vêm os efeitos especiais e os retratos dos Ministros do STF se tornam
vivos e falantes. É arrebatador o efeito cênico. Agora só me lembro do retrato
da ministra Carmem Lúcia dizendo:
"Na história recente da nossa
pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou no
mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos
com a Ação Penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela
esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime
não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e
das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão
entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as
juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro,
porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não
passarão sobre a Constituição do Brasil” (obrigado Zezinho))
E quando todo
mundo pensa que a peça vai se tornar uma tragédia, continua a comédia, com as
negativas do Gilmar, do Renan, do Temer, do Toffoli, contando a piada maior do
Lula: “Eu não sabia”. Imaginem as
gargalhadas.
..............
BERNARDO: É, eu já até pensei, a gente
tava pensando em ir pela Venezuela, mas acho que... deve se sair, sai com
tornozeleira, tem que tirar a tornozeleira e entrar, acho que o melhor jeito
seria um barco... É, mais porque aí chega na Espanha, pelo menos você não passa
por imigração na Espanha. De barco, de barco você deve ter como chegar...
EDSON: Cara é muito longe.
DELCÍDIO: Pois é, mas a idéia é sair
de onde de lá?
BERNARDO: Não, da Venezuela, ou da...
EDSON: É muito longe.
DELCÍDIO: Não, não.....
BERNARDO: Não, mas o pessoal faz cara,
eu tenho um amigo que trouxe um veleiro agora de...
EDSON: Não, tudo bem, (vai matar o teu
velho).
BERNARDO: É … mas não sei, acho que...
EDSON: [risos] … Pô, ficar preso (...)
BERNARDO: Pegar um veleiro bom...
DELCÍDIO: Não mas a saída pra ele
melhor, é a saída pelo Paraguai...
BERNARDO: Mercosul...
EDSON: Mercosul, porque o pessoal tem
convenções no Mercosul, a informação é muito rápida.
DELCÍDIO: É?
EDSON: É
EDSON: E ao inverso… seria melhor,
porque ele tá no Paraná, atravessa o Paraguai...
DELCÍDIO: A fronteira seca...
EDSON: (…) Entendeu, e vai embora, eu
já levei muita gente por ali, mas tem convênio, quando você sai com o
passaporte, mesmo...
DELCÍDIO: Eles trocam...
EDSON: (…) Rápido, Venezuela não tá no
Mercosul, então a informação é mais demorada, um pouco mais demorada, então
quanto mais você dificultar, melhor.
DELCÍDIO: Mas ele tando com
tornozeleira como é que ele deslocaria?
BERNARDO: Não, aí tem que tirar a
tornozeleira, vai apitar e já tira na hora que tiver, ou a gente conseguir
alguém que...
EDSON: Isto a gente vai ter que
examinar.
(E, por aí
vai....)
..........
Aviso que
estes são apenas trechos importantes do roteiro que apresentamos lá embaixo,
depois do filme do UOL, na íntegra. Eu suplico, não o leiam, por enquanto, e deixem
para ver a peça, quando pronta. Talvez até a entrada seja gratuita pois a
montagem deve ser financiada pela Lei Sarney. E isto foi só um ensaio,
realizado no início de novembro.
Na semana que
passou, ela começou a ser encenada, com a entrada em cena, ao vivo, dos
ministros do STF decretando a prisão do Delcídio. E não houve brasileiro que
não risse com a sessão do Senado da República na qual os senadores tiveram que
decidir se a prisão dele deveria ser mantida ou não. Só o esforço do Renan para
não abrir um precedente no qual ele fatalmente será tragado no futuro, com suas
mungangas e trejeitos de “rato escondido
com o rabo de fora”, foi um verdadeiro show de humor. Mas, pensando bem, se
um dia prenderem o Renan, pode ser que ninguém saiba o porquê de sua prisão,
mas, ele certamente saberá por está sendo preso. E Delcídio, já disse que quem
colocou o Cerveró na Petrobrás foi o Renan. Se verdade, ele poderá até se
tornar um personagem central da peça.
E entrou o
Senador Jáder Barbalho, sim, aquele que tem tantos processos na justiça, que
não sabe mais distinguir se são contra ou a favor dele, e disse, com outras palavras,
que se o Delcídio ficasse preso, seria um grande risco para sistema carcerário,
pois, poderia haver superlotação dos presídios em Brasília.
Eu estranhei
o Collor não ter falado nada, embora, coerentemente tenha votado como o Renan,
a favor do voto secreto para a decisão, e também pela soltura do colega
Delcídio. Mas, pensando bem, nunca devemos estranhar a coerência dele, desde o
tempo de PC Farias.
Para quem não
entende a vida política poderia até pensar que eles estavam todos compungidos
com a situação. O senador Humberto Costa, numa atuação magistral, mostrava uma
tristeza e um embananamento tais que nos levava ao riso, pelo choro. Mas, também
foi coerente, e fez tudo igualzinho ao Collor.
Eu seria
injusto se dissesse de forma radical que o episódio Delcídio foi o único a nos
fazer rir durante a semana passada. Fora o silêncio da Dilma sobre o caso, e
sua viagem a Paris, para negociar com o Estado Islâmico, sobre o que fazer com
o Sérgio Moro, tivemos uma pequena reação de Lula às confissões do Delcídio,
dizendo que ele fora “imbecil e idiota”.
Alguém que não tem o privilégio de ler esta coluna semanal poderia pensar que
estaria falando sério. Que nada. É mais apenas uma piada surrada para tirar o
corpo fora, com aqueles lances que a plateia amestrada adora.
No fundo, no
fundo o Lula estava era preocupado com o que dizer depois que disseram que seu
filho, o Lulinha II, ganhou R$ 2.500.000,00 para praticar o “Ctrl + c, Ctrl + v”, numa postagem do
Wikipedia e apresentar como seu grande trabalho. Agora, só estou esperando a
próxima piada do Lula: “Eu não disse que
meu filho era eficiente!?”. É, como dizia outro grande humorista: “Tem pai que é cego”.
Mas, agora,
se ainda tiver alguém com vida, vejam abaixo o filme do UOL, no qual a fuga do
Cerverá é cantada em prosa e versos, antes, lendo roteiro feito pelos
produtores. Se ainda tiverem condições físicas e psicológicas vejam o roteiro
completo da peça produzida e dirigida pelo Delcídio, que saiu na mídia. É
longa, mas vale a pena, para se convencer que este é um país onde o humor
abunda. Tenham uma boa semana.
“O senador Delcídio do Amaral (PT-MS)
dançou a galopeira. Bolou um plano de fuga do país para o ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró, preso na operação Lava Jato. A ideia era colocá-lo em
um jato rumo ao Paraguai. Flagrado em uma gravação feita pelo filho do
ex-diretor da estatal, acabou preso.”
<iframe
width="480" height="315"
src="https://www.youtube.com/embed/HbNjW-n5jRc"
frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
---------------
Transcrição
da fita gravada no apartamento de Bernardo Cerveró, copiado e colado do G1 da
Globo.com:
(Início da
gravação)
BERNARDO -
(…) Já vai.
BERNARDO -
(…) E aí.
DELCIDIO -
Pô, na verdade (vozes sobrepostas) aqui desse lado aqui (vozes sobrepostas),
Vocês só
gostam desse lado aqui é.
BERNARDO - É
a primeira vez que eu, como é que tá.
EDSON – Meio.
BERNARDO – A
votação é hoje lá né?
EDSON – Da
repatriação.
DELCIDIO - Da
repatriação é.
BERNARDO -
(…..)
DELCIDIO – O
problema rapaz … é, hoje eu tava com minha agenda toda organizadinha só
a partir das
13:00 horas.
BERNARDO –
Ah.
DELCIDIO – Ai
tá, pra acabar de complicar ainda mais o jogo aparece o Eduardo Paes, com Pedro
Paulo, é, com Romário.
EDSON – Rss.
DELCIDIO – e
com Ferraço
EDSON – ué,
fizeram acordo né?
DELCIDIO Diz
o Eduardo que fez.
EDSON –
tranquilo.
EDSON – tinha
conta realmente do Romário.
BERNARDO –
tinha essa conta?
DELCIDIO – E
em função disso fizeram acordo.
EDSON – seu
amigo, então (Toc, Toc), foi comprado (Toc, Toc), (vozes sobrepostas) Ahhhh.
EDSON – tira
porque senão você vai preso. (Toc,TocToc)
DELCIDIO – o
que eu achei estranho, ele ter chegado (Vozes Sobrepostas) o que você, Romario
o que você tá fazendo aqui, … não, não, vim acompanhando o Eduardo.
EDSON -
Esquisito
DELCIDIO –
Esquisito pra caramba
EDSON – essa
é informação que me deram
DELCIDIO – Aí
o, aí o, o Eduardo falou assim: não Delcidio, porque o Eduardo tenho
intimidade, o Eduardo foi companheirão meu aqui, principalmente na CPI dos
Correios, ele foi meu braço direito aqui … ai disse não Delcidio eu chamei aqui
o Romário, na frente do Romário. Chamei o Romário, ó, nos acertamos uma aliança
o Romário apoiar o Pedro Paulo é isso que ele tá falando. Mas tem esse motivo.
EDSON – foi o
que eles disseram... quem pode melhor apurar é você.
DELCIDIO –
porque, porque bicho, não é possível, hoje quando eles chegarem, ué o que
vocês tão
fazendo aqui … juntos. Aí o Eduardo explicou, diz que fizeram uma composição
juntos.
EDSON –
Apoiar o Pedro Paulo.
DELCIDIO – e
aí eu fui tirar uma foto com ele né que ele (…) porra aí tirar uma fotografia
com todo
mundo com a mão assim... uma em cima da outra.
EDSON - Rss
DELCIDIO – Eu
não entendi mais nada.
EDSON –
Loucura né. É isso aí
DELCIDIO –
Bernardo como é que você ta?
BERNARDO – tô
bem, hoje a minha filha foi lá no...em Curitiba.
DELCIDIO –
foi visitar o.
BERNARDO –
foi visitar
DELCIDIO – o
avô.
BERNARDO – é,
ai foi com minha mulher, tava falando com ela agora no, no , mas parece que foi
bom.
DELCIDIO –
foi bom.
BERNARDO –
foi bom
DELCIDIO –
ele tem paixão por ela
BERNARDO – é
DELCIDIO – e
sua mãe como é que ta?
BERNARDO – e
tava um ano já sem ver.
DELCIDIO –
tava um ano sem ver.
BERNARDO –
porque ele foi pra Inglaterra... a Anita tava viajando, ai ficou lá um mês e
meio, voltou já foi direto para Curitiba, deve ter quase um ano, porra nessa
idade só cada, cada semana é uma novidade né.
DELCIDIO- com
quantos anos que ela tá?
BERNARDO – é,
vai fazer nove 28 de novembro.
DELCIDIO –
puta que pariu rapaz, eu vi ela pequenininha.
BERNARDO –
ela é demais.
DELCIDIO - tá
com 9 anos já?
BERNARDO –
quebra tudo, ai tem um grupinho no whatsapp pra, a minha, a tia dela fala que
ela é sargitariana não vai mudar, é assim mesmo, chega no restaurante derruba
tudo, quebra copo ai ela falou, em vez de brigar com ela tira uma foto me manda
que ai você se acalma, rsss, é engraçado.
DELCIDIO – e,
e ela tá hoje lá?
BERNARDO – tá
hoje lá. Já, já tá voltando já
DELCIDIO – já
tão voltando já! E ele deve ter ficado feliz né?
BERNARDO –
ele tá, ele deve ser transferido amanhã pro, pro complexo medico penal, que
ai é onde tá
o resto do pessoal e ai não sei porque, não sei se tem outra operação pra vir,
mas me falaram que ele vai ser transferido a Alessi a advogada de lá … e tamo
levando.
DELCIDIO –
ele tá sendo transferido pra, pro presídio
BERNARDO – é
ele tá na Policia Federal, e deve ir amanhã pro complexo médico penal.
DELCIDIO –
será que vai vir outra operação?
BERNARDO – a
gente especulou que, que corre o risco
EDSON – eu
acho que dessa vez vem uns 50 ai preso... eu acho que é possível que venha
pessoal de
nível de gerência, operadores, doleiros. deve ser isso.
DELCIDIO –
agora nessa operação?
EDSON - É
DELCIDIO –
José Carlos Bumlai?
EDSON –
Bumlai.....eu acho. Bumlai
BERNARDO – é
porque o Fernando fala do Bumlai.
EDSON - O
Moreira essa turma toda vai.
BERNARDO – A
gente tava naquela assim, de, de, ainda tentamos fazer o acordo, ainda tem essa
possibilidade, mas a gente segurou muito a informação...é eles estão com a gente
não sabe se, se, eles até comentaram isso pra advogada que por ser funcionário
publico a diretoria eles queriam ferrar mesmo.
DELCIDIO –
eles falaram isso?
BERNARDO –
falaram isso...é... e ai a gente, a gente calculou que o pior dos cenários ele
fica...
EDSON – 3
anos.
BERNARDO – 3
anos , mais 3 anos.
EDSON – mais
3 anos.
BERNARDO – E
eles estão acenando com 2 anos de, de, mais 2 anos fechado dentro dum acordo de
delação... e aí...
EDSON - pra
não aceitar.
BERNARDO –
para não aceitar.
DELCIDIO –
não, claro isso é pra não aceitar, isso não tem nenhum sentido, isso não tem
nenhum sentido...agora é o Fernando pegou o material que o Nestor tinha feito?
EDSON – é
isso ai , é isso ai.
DELCIDIO – é
brincadeira um negocio desse.
EDSON – é
isso ai
DIOGO – quase
um ctrl c, crtl v.
EDSON –
exatamente isso.
DELCIDIO – o
Nestor sabe disso?
BERNARDO –
Sabe, sabe... tá meio puto.
DELCIDIO –
como, Mas como rapaz....
BERNARDO –
mas também tem coisa, tem, a gente não sabe, a gente tentou, o advogado Sergio
Riera se atravessou na estória, quando a negociação ficou difícil e ai numa de
ajudar
fez essa,
essa (….) essa sacanagem.
EDSON – fez
essa sacanagem pra ajudar o Fernando.
BERNARDO – é
DELCIDIO –
bicho, fazer isso com Nestor.
EDSON – olha
só, não que ele tenha feito, havia acordo entre o Nestor e ele... Nestor, ele,
Duque e Zelada...faria os 4... e aí o Duque saiu na frente...deixou todo mundo
pra trás...entendeu, aí ficou a expectativa, ai não foi aceita a do Duque não
foi isso, ai o Fernando foi e não aceitaram a do Nestor tava indo e o
(Fernando) dizia o seguinte, quem pode ficar preocupado é o Nestor …só que
deixaram pra trás o Nestor, e foi aceitada a do Musa, então o quer dizer, hoje
como é que tá a situação de prova... Fernando não pode aceitar de ninguém.
DELCIDIO – Eu
tive....nos tivemos acesso a ... delação do Fernando.
BERNARDO –
(Vozes sobrepostas) já integral.(Vozes sobrepostas)
DELCIDIO- Ó,
eu peguei supostamente, eu não vi porque são várias….
BERNARDO –
Ham, Ham
EDSON – são
9. 8 ou 9
BERNARDO –
são 13.....16
EDSON – são
16
BERNARDO –
ah, tá, então é isso.é...que tinha, começou como 9...
EDSON – é que
o Sergio me falou que era 8 ou 9...assuntos.
DIOGO – são
16, (Vozes sobrepostas) … são 16 termos né (Vozes sobrepostas)
DELCIDIO – é
mas nós conseguimos, nós conseguimos a do Fernando, nós conseguimos aquilo que
dizia respeito a mim.
EDSON – a
você olha só, eu não tenho que confirmar, só quem poderia confirmar alguma
coisa é Nestor, perfeito, a partir de agora é impossível uma proposta dessa
louca, dois anos
isso é
loucura, é a mesma coisa que tá preso, ele preso mais um ano resolve
DELCIDIO –
não, nós temos que tirar o Nestor, Edson.
EDSON – não,
eu preciso tirar o Nestor daqui.
DELCIDIO- nos
precisamos tirar ele.
EDSON - esse
HC tá pronto pra isso, o Duque também tá esperando agora...
BERNARDO –
(Vozes sobrepostas) é tá 40 dias na... (Vozes sobrepostas)
EDSON – os
dois devem ser julgados juntos é o que eu acredito.
DIOGO – 45.
BERNARDO - tá
esperando o parecer (Vozes sobrepostas)
DIOGO – 45 o
Duque o Nestor ta 30 e...31 eu acho
EDSON: O
Nestor ta menos. Não sei se chega a tudo isto não. É eu não lembro...
DELCÍDIO:
Mais este é o HC do STF?
EDSON: STF,
ok.
DIOGO
Esperando a manifestação da PGR
EDSON: Esse é
o melhor. O próprio Teori quando negou disse que tinha o embasamento
bom.
DIOGO: Negou
querendo...
DELCÍDIO:
Querendo querendo aceitar...
EDSON: É,
Deferir...
EDSON: Então
foi bom, a gente tá aguardando isto, (…) to aguardando sair da Procuradoria pra
vir aqui, com o parecer do (Geraldo Prado), conversar com todo mundo, fazer
aquela média...
DELCÍDIO:
Agora Edson, (hum), eu acho que isto, esta estratégia nós temos que seguir pra
tirar de qualquer maneira, temos que tirar não só ele quanto o Renato, por que
não tem, não tem (santo).
EDSON: O que
vai acontecer ele saindo vai vir uma nova denúncia e o Moro vai decretar uma
nova prisão preventiva, tá certo, então eu vou abrir o jogo aqui, é sair e ir
embora, ele
não fica
aqui...
BERNARDO: É,
a gente considera essa opção.
DIOGO: Eu
acho que tem que ser
DELCÍDIO: É,
eu acho que...
EDSON: E aí
lá eu aguardo a nova denúncia e faço um puta discurso político, entendeu, de
tortura e
tudo mais...
DELCÍDIO: E
aí ele iria pra Espanha.
EDSON: Sim.
DELCÍDIO: Hum...
Ele tem dupla cidadania, não teria problema nenhum.
EDSON: Aí que
tá, não é bem assim, você não pode ser extraditado, mas você pode cumprir
pena.
DELCÍDIO: Lá?
EDSON: Lá.
Então a gente vai ter que bater nessa condenação dizendo que ela contraria
tudo, tudo sobre direito, entendeu, criar um caso, um fato político, levar isto
até pra corte interamericana, essa é a idéia, mantém ele lá a coisa ameniza pra
ele, pelo menos por um tempo, até ver o que o Moro vai fazer.
DIOGO: Aquela
alternativa de transferi-lo pro Rio não tá (...)
EDSON: Eles
tão negando de todas maneiras, eu entro com o pedido eles negam.
DELCÍDIO: Não
(...)
EDSON: Não,
não, eles tão ganhando tempo pra ver se tem uma nova denúncia, se o nosso
argumento ajuda além desse, o que que ele tá fazendo lá?
DELCÍDIO: O
que que ele tá fazendo lá?
EDSON: E o
despacho diz: expectativa de uma nova ação penal, porra isso não existe.
BERNARDO: É,
isto que a gente ficou preocupado, a questão do Evoque...
EDSON: Vamos
aguardar, estão aguardando uma nova ação, pra justificar a prisão dele.
DELCÍDIO: Mas
o que é esse Evoque?
EDSON: Nada!
BERNARDO:
Não, é porque eles usam isso no decreto pra negar, dizendo que vem outro, outra
denúncia...
EDSON: Tem
Passadena que tem Evoque
BERNARDO: Que
foi o dinheiro, é carro [ sobreposição de falas]
EDSON: É o
carro que o Fernando teria comprado do Nestor, mas não é isto que tá na
delação, ele teria ajudado na aquisição, indicando uma agência e só.
DELCÍDIO: Mas
nessa, neste , (…) nós temos que imprimir isto aí...
EDSON: Tem,
tem
DIOGO: Tem
na, no dois, no dois...
DELCÍDIO: No
dois?
DIOGO: a
gente acabou olhando com mais ênfase o...
EDSON: O
Sérgio me garantiu que tem isso, ele teria dito que houve uma indicação apenas
DIOGO: Hum
hum!
EDSON: Tanto
que o dinheiro, o dinheiro foi colocado na agência por uma pessoa da própria
agência, não
foi nem a família, nem ninguém.
DIOGO:
Entendi!
EDSON: Nem de
Fernando não.
DELCÍDIO: Foi
o cara da agência...
EDSON: Foi o
cara da agência que mandou o funcionário foi lá e botou o dinheiro, então, se
aparecer
filmagem, tudo mais, tá tranquilo.
DELCÍDIO:
Entendi.
EDSON: Pode
ficar tranquilo, não tem risco.
DELCÍDIO:
Agora, agora, Edson e Bernardo, é eu acho que nós temos que centrar fogo no STF
agora, eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pro Toffoli
conversar com o Gilmar, o Michel conversou com o Gilmar também, porque o Michel
tá muito preocupado com o Zelada , e eu vou conversar com o Gilmar também.
EDSON: Tá.
DELCÍDIO: Por
que, o Gilmar ele oscila muito, uma hora ele tá bem, outra hora ele tá ruim e
eu sou um dos poucos caras...
EDSON: Quem
seria a melhor pessoa pra falar com ele, Renan, ou Sarney...
DELCÍDIO:
Quem?
EDSON: Falar
com o Gilmar
DELCÍDIO: Com
o Gilmar, não, eu acho que o Renan conversaria bem com ele.
EDSON: Eu
também acho, o Renan, é preocupante a situação do Renan.
DELCÍDIO: Eu
acho que, mas por que, tem mais coisas do Renan? Não tem...
EDSON: Não,
mas o..., acho que o Fernando fala nele, não fala?
DELCÍDIO:
Fala, mas fala remetendo ao Nestor.
EDSON: A é,
também? Então tudo bem.
DELCÍDIO:
Como também fala do Jader, remetendo ao Nestor.
EDSON: Então
tudo bem. Escolheu o Fernando
DELCÍDIO:
Agora, então nós temos que centrar fogo agora pra resolver isto...
EDSON: Mas
então seria bom ver Renan olha só...
DELCÍDIO: Não
eu vou falar com ele...
DIOGO: Hoje
tem reunião de líderes
DELCÍDIO: Eu
falo com o Renan hoje.
EDSON: Tá
bom.
DELCÍDIO:
Hoje eu falo, porque acho que o foco é o seguinte, tirar, agora a hora que ele
sair tem que ir embora mesmo.
BERNARDO: É,
eu já até pensei, a gente tava pensando em ir pela Venezuela, mas acho que...
deve se sair, sai com tornozeleira, tem que tirar a tornozeleira e entrar, acho
que o melhor jeito seria um barco... É, mais porque aí chega na Espanha, pelo
menos você não passa por imigração na Espanha. De barco, de barco você deve ter
como chegar...
EDSON: Cara é
muito longe.
DELCÍDIO:
Pois é, mas a idéia é sair de onde de lá?
BERNARDO:
Não, da Venezuela, ou da...
EDSON: É
muito longe.
DELCÍDIO:
Não, não.....
BERNARDO:
Não, mas o pessoal faz cara, eu tenho um amigo que trouxe um veleiro agora
de...
EDSON: Não,
tudo bem, (vai matar o teu velho).
BERNARDO: É …
mas não sei, acho que...
EDSON:
[risos] … Pô, ficar preso (...)
BERNARDO:
Pegar um veleiro bom...
DELCÍDIO: Não
mas a saída pra ele melhor, é a saída pelo Paraguai...
BERNARDO:
Mercosul...
EDSON:
Mercosul, porque o pessoal tem convenções no Mercosul, a informação é muito
rápida.
DELCÍDIO: É?
EDSON: É
EDSON: E ao
inverso… seria melhor, porque ele tá no Paraná, atravessa o Paraguai...
DELCÍDIO: A
fronteira seca...
EDSON: (…)
Entendeu, e vai embora, eu já levei muita gente por ali, mas tem convênio,
quando você sai com o passaporte, mesmo...
DELCÍDIO: Eles
trocam...
EDSON: (…)
Rápido, Venezuela não tá no Mercosul, então a informação é mais demorada, um
pouco mais demorada, então quanto mais você dificultar, melhor.
DELCÍDIO: Mas
ele tando com tornozeleira como é que ele deslocaria?
BERNARDO:
Não, aí tem que tirar a tornozeleira, vai apitar e já tira na hora que tiver,
ou a gente conseguir alguém que...
EDSON: Isto a
gente vai ter que examinar.
BERNARDO:
É...
EDSON: Por
que a minha expectativa é que o Moro faça uma nova preventiva, se bem que não
existe motivo nenhum
DIOGO: É isto
que eu tô pensando.
BERNARDO: Mas
isto não impediu ele no passado...
EDSON: O
ideal seria, ele sai, deixa (com a lei), tranquilo, se o Moro vier com uma nova
preventiva, sem motivo nenhum, a gente faz até uma reclamação no Supremo,
entendeu...
DELCÍDIO: Eu
acho que a gente...
EDSON:
Tecnicamente o ideal é não fugir agora.
DELCÍDIO:
Edson, a gente tem que fazer o possível pro Nestor ter tranquilidade aqui.
EDSON: É.
DELCÍDIO: Até
por questões de caráter familiar...
BERNARDO: É,
a gente já evitou dele...
EDSON: se o
Supremo solta, não vai ter nenhum elemento, o grande problema é que os
processos estão correndo rápido, né [sopreposição de falas]...
DELCÍDIO:
Você acha que eles estão tentando encaminhar pra terminar isto ou não?
EDSON: Sim.
DELCÍDIO: A
idéia, impressão de vocês é esta?
EDSON: Tá
correndo, então já vai julgar segunda instância agora do Nestor, as sondas, aí
eu tenho recurso especial extraordinário que não tem efeito suspensivo, então
meu medo qual é? Que o tribunal julgue e determine a prisão, entendeu, e aí eu
vou ter que entrar com outro HC pra enviar (...), embora eu tenha...
DELCÍDIO: Que
tribunal que julga?
EDSON: TRF 4,
Porto Alegre, esse é meu medo, entendeu...
DELCÍDIO: TRF
4 (...)
EDSON: E aí
se determinar a prisão meu amigo, vai dividir (…), eu vou ter que entrar com
outro HC, e aí tem recurso especial e extraordinário me dá o efeito suspensivo,
mas enquanto
isto corre
outro tormento pro teu pai, então eu vou analisar muito bem esta questão, esses
dias agora, a gente vê horário, tudo certinho, o que que dá pra fazer, até um
avião particular, embora pra lá, talvez seja o ideal, entendeu...
BERNARDO:
É...
EDSON: Não
sei o custo disso, vou apurar tudo isso eu tenho amigos que tem empresa de taxi
aéreo, de aviação, entendeu, ver com eles qual o custo disto, a gente bota no
avião e vai
embora.
DIOGO: Mas
estes de pequeno porte eles cruzam?
EDSON: vai
até... Hã...
DIOGO: Estes
de pequeno porte eles cruzam?
BERNARDO:
Deve parar na Madeira, alguma coisa assim
EDSON:
Depende, se você pegar um...
DELCÍDIO:
Não, depende do avião.
EDSON:
Citation
DELCÍDIO:
Não, não Citation tem que parar no meio..., tem que pegar um Falcon 50, alguma
coisa
assim...
DIOGO: Mas
pára na Venezuela...
DELCÍDIO: Aí
vai direto, vai embora...
EDSON: Se for
direto ótimo.
DELCÍDIO:
Desce na Espanha
DIOGO: Sai
daqui já desce lá
DELCÍDIO:
Falcon 50, o cara sai daqui e vai direto até lá...
EDSON: Vai
Vai. Eu quero viajar contigo com aviões (…) a empresa é a Rico linhas aéreas, é
de um amigo meu, sou advogado dele há trinta e tantos anos... só que eu sei que
eles quebraram lá em Manaus, não sei se eles estão operando em algum lugar.
DELCÍDIO: A
Rico eu voei com eles quando ainda tava na Shell, era uma empresa deste
tamaninho assim.
DIOGO: Como
era o nome deste homem?
EDSON: Era o
dono, Munur Yutsever, era conhecido como Mickey, o dono, e os filhos hoje é o
Átila e o Metin, e tem o tio que é o Omar, Omar Yutsever, é, Átila Yutsever.
DELCÍDIO: Eu
andava direto na época que nós estávamos abrindo uma mina de bauxita pela
(Biliton) lá em.
EDSON: Qual o
ano?
DELCÍDIO:
Isto foi mil novecentos... acho que noventa e um, e nós tínhamos eles eles.
EDSON: Tava
em Manaus?
DELCÍDIO: É,
a base era Manaus, mas eles atendiam a gente, que a nossa base era Santarém.
EDSON: Eles
tinham muito bandeirantes.
DELCÍDIO: É é
nós voávamos com bandeirantes
EDSON: DC3
Bandeirantes
DELCÍDIO:
Rico Táxi Aéreo, isso mesmo … mas aí existe hoje ainda.
EDSON: Até
pouco tempo caíram dois aviões dele, Manaus eu não sei se eles fecharam, não
sei o que
aconteceu, hoje eu tô afastado desde algum tempo.
DELCÍDIO: Bom
agora Edson, só para a gente resumir esta questão jurídica, então já tá com o
HC aqui viu. E é basicamente ele e o Duque juntos né.
EDSON: Isso.
DIOGO: Na
mesma situação ó.
DELCÍDIO: O
STJ, ontem eu conversei com o Zé Eduardo muito possivelmente o Marcelo na Turma
vai sair.
EDSON:
Acredito.
BERNARDO:
Quando aquele dia ele já (…) agora é a qualquer momento. [vozes sobrepostas]
DIOGO: A
decisão, a decisão foi muito, a decisão que negou pro Dantas, né, foi muito...
sem nada né, literalmente assim deixa jogar pra turma.
DELCÍDIO:
Pois é, jogar pra turma pra turma julgar né. Isso acho que é bom.
EDSON: É. Eu
tô com aquele outro HC que tá na mão do Fachin.
DELCÍDIO: Tá
com, tá com o Fachin?
EDSON: Tá.
[vozes sobrepostas]
DELCÍDIO: Ah
é você me falou (…)
EDSON: Que é
pra anular (...)
DELCÍDIO:
Conversar com Fachin.
EDSON: Se a
gente anula aquilo, a situação de todos tá resolvido por que aí eu vou anular
em cadeia, eu anulo a dele, Paulo Roberto, anulo a do Fernando Baiano. [vozes
sobrepostas]
EDSON: A do
Fernando Baiano eu anulo.
DIOGO: É pra
anular a delação premiada.
EDSON: Eu
peço aí, aí, oh só. [vozes sobrepostas]
EDSON: Paulo
Roberto, por que, por que foi homologada pelo Supremo, aí eu consigo anular
a do Ricardo
Pessoa, enquanto Supremo também eu peço suspensão e anulo aquela porcaria
também em situação idêntica. Consigo anular a do Fernando Baiano, a do Barusco
e a do Júlio Camargo. Pô cara!
DELCÍDIO: E
tá com o Fachin? Eu tô precisando fazer uma visita pra ele lá hein!
EDSON: Essa é
a melhor por que acaba a operação. Por que se na decisão disser que não anula
apenas [vozes sobrepostas]
DIOGO: É a
130 a 106?
EDSON: eu
tenho aqui, eu tenho aqui (…) espaços, por que se isso aqui for anulado e se a
decisão
disser a partir [vozes sobrepostas].
DELCÍDIO:
Você quer atender?
EDSON: Não, é
mensagem, mas a partir da anulação tudo resta nulo, tudo.
DELCÍDIO:
Isso tá com o Fachin?
EDSON: E o
bom, a nossa tese é cível, e ele é civilista.
DIOGO:
Exatamente.
EDSON: Isso
foi a melhor coisa que aconteceu (…) foi pô, Fachin (…) [vozes sobrepostas]
BERNARDO: O
problema é ele, ele, tem a possibilidade de ele redistribuir uma porra assim?
EDSON: Não!
BERNARDO:
Não!
DIOGO: Não,
não, acho que não!
EDSON: É ele.
Não tem jeito!
DELCÍDIO:
Diogo, nós precisamos, nós precisamos marcar isso logo com o Fachin, viu!
DIOGO: Hum
rum!
DELCÍDIO:
Fala com o Tarcisio lá.
DIOGO: Tá!
DELCÍDIO: Pra
ver se eu faço uma visita pro Fachin.
EDSON: Esse
todo mundo devia cair em cima e pedir por que resolve tudo
DELCÍDIO:
Esse mata tudo... Quer dizer sobre o ponto de vista jurídico em função do HC só
tá faltando o Gilmar.
DIOGO: Han
rã!
DELCÍDIO: E
eu vou essa idéia do Edson é boa, e eu vou falar com Renan também ... é, é, e
na verdade tá tá Renato e e
EDSON: Isto,
são os dois
DELCÍDIO: E
Nestor está na mesma, na mesma, (...)
EDSON: E aí
vai servir para Zelada também que é igual [vozes sobrepostas]
DELCÍDIO: E
outra é falar com Tarcísio para marcar um café meu com Fachin ... é importante
isso.
EDSON: Nesse
o Zelada vai junto. Ele vai dar extensão pro Zelada.
DELCÍDIO: Aí
puxa... Bom, depois, havendo a soltura aí são outros quinhentos que tem que
avaliar.
EDSON: Isso
aí.
BERNARDO:
Sim, a gente a gente operacionaliza rapidamente e a gente só vai precisar do...
EDSON: Eu
preciso mantê-lo aqui por enquanto, mas eu quero examinar analisar muito calmo
essa situação do TRF, questão de tempo.
BERNARDO: É,
acho que vai depender muito do resultado desse HC, por que até [vozes
sobrepostas] sim (...)
EDSON: Só
depende do HC.
BERNARDO:
Não, do do Fachin, por que aí (...) é sinal que a coisa aí ele (…) teria mais
motivo pra ficar.
EDSON: Ah,
sim!
BERNARDO: Se
se se começar a anulação.
EDSON: Tudo
anulado não tem porque fugir porra. Não vai dar nada pra ninguém... Bom, então
é ... Eu não falei com Kakay, eu falei por alto com Kakay. Eu encontrei com ele
num restaurante no Leblon, ele até me pediu uma cópia desse HC, eu não mandei a
cópia pra ele,
tá, eu
esperei falar com vocês pra saber se falo ou não falo com ele … por que eu
tenho medo.
DELCÍDIO: Ele
vai usar esse HC.
EDSON: Vai.
DELCÍDIO: E
vai dizer que é dele.
EDSON: Pra
mim não tem problema, olha só.
DELCÍDIO: O
importante é resolver, né.
EDSON: Se
resolver.
DELCÍDIO: É
mas, não sei se.
EDSON: Eu não
sei se ele atrapalha ou se ajuda.
DELCÍDIO: É é
o problema é esse, porque o Kakay pelo estilo que ele tem é complicado.
EDSON: É, é.
DELCÍDIO: Eu
não sei.
EDSON: Ele
vai dizer, porra, a minha avaliação dele é a seguinte: ele pode querer derrubar
esse pra aproveitar o corpo desse e fazer um outro.
DELCÍDIO: E
fazer um outro e dizer que é dele.
EDSON:
Exatamente. Ele abrir o estilo dele.
DELCÍDIO: Ele
é muito complicado.
EDSON: É, é
vaidade pura ali.
DELCÍDIO: É
um cara difícil de você.
EDSON: Eu sei
DELCÍDIO:
Bom, outra coisa. Com relação ao nosso amigo lá, de São Paulo, a única coisa, o
momento que a gente tá vivendo é um momento que a gente tem que ter muito
cuidado nas coisas, eu fui falar com ele na semana passada, o Diogo te falou
né. É, eu tive com ele... aquele … anexo que o Nestor. Queria, eu queria fazer
uma pergunta pra vocês, o seguinte. Aquele anexo do Nestor que que eu conheço.
BERNARDO:
Pela Época.
DELCÍDIO:
Pela... não
DIOGO: Por
vocês mesmo
BERNARDO: Ah,
tá!
DELCÍDIO: É,
é, o o material que o próprio Edson encaminhou pra mim.
BERNARDO:
Sim, sim!
DELCÍDIO:
Edson, eu achei estranhíssimo porque o da Época foi calcado naquele
BERNARDO: É,
mas (…) [vozes sobrepostas] a gente não sabe por que se já tinha o Musa
falando, se já tinha o Riera fornecendo informação por que tem coisa ali que a
gente não tinha.
DELCÍDIO: Não
tinha.
BERNARDO: Não
tinha conhecimento. Não tinha, não tinha passado pelo Ministério Público.
DELCÍDIO:
Entendi.
BERNARDO: E
não sei se eles botaram na conta do meu pai essa estória em função das
informações que ele já tinha.
DELCÍDIO: A
matéria eles botam na conta de quem eles querem.
EDSON: Tudo.
BERNARDO: É
exatamente.
DELCÍDIO:
Bom, aí eu cheguei lá, sentei com o André, falei ó André eu tô com o pessoal...
é, eu já conversei com a turma, … já falei com o Edson, vou conversar com o
Bernardo, é, eu acho que é importante agora a gente encaminhar definitivamente
aquilo que nós conversamos. É, você mesmo me procurou, né, até pra (distoriar)
que ele me procurou, ele tava preocupado, né, especialmente com relação aquela
operação (…) dos postos, né.
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO: É,
aí e eu procurei o Edson, a gente entende que você tava e nós também nos
distanciamos quando vocês deram o sinal também, nós.
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO:
Ficamos de longe até em função do que tava acontecendo lá, e o próprio as
próprias ações do Nestor e nós procuramos respeitar, por isso que nós
distanciamos, né, por que nesse momento quem.
EDSON: É, foi
até pedido do Bernardo.
DELCÍDIO:
Pedido de vocês. Quem tem a temperatura das coisas melhor que isso, são vocês.
Ele disse não Delcídio, não tem problema nenhum, oh, eu tô interessado, eu
preciso resolver isso, oh, o meu banco é enorme se eu tiver problema com o meu
banco eu tô fudido, só para (distoriar) vai que você não conhece essa estória,
oh eu quero ajudar, quero atender o advogado, quero atender a família, ajudo,
sou companheiro, pá pá. E a conversa fluiu bem. A única coisa que eu achei
estranho foi o seguinte: é no meio da, por que banqueiro vocês conhecem, vocês
sabem como é que banqueiro é foda, né. Ele quer ajuda, ele quer apoio, ele dá
apoio, mas ele chora as pitangas e vai criando, onde ele puder enganchar, ele
engancha. Ele trouxe um paper, aquele paper.
EDSON: Hum!
DELCÍDIO: É,
do Nestor. Mas com anotações que suponho tem a ver com as do Nestor. Vocês
chegaram a ter acesso algum documento assim?
EDSON: Eu
não, você viu?
BERNARDO: Ele
fazia mas ficava com ele na cela.
DELCÍDIO:
Pois é, então ou alguém reproduziu isso.
BERNARDO:
Esse, esse que é o lance... o que foi vazado a gente acha que pode ter sido
vazado ali de dentro, Youssef na cela com ele, uma coisa assim.
DELCÍDIO: Por
que aí.
BERNARDO:
Mas, não sei.
DELCÍDIO: Ele
complementa.
DIOGO: Até
mesmo o que a gente tem, ele vem complementando.
DELCÍDIO: E
ele vem complementando. Então vou dar um exemplo.
Olha só... O
que eu tenho é o original porque a Alessi me passou e passou pra vocês.
DELCÍDIO:
Pois é, mas esse, tem anotações a mão.
EDSON: Tinha
umas anotaçõezinhas do Nestor (…) num tem jeito
DELCÍDIO:
Aí... ele pegou. Porque eu não tinha. Não tinha falado nada que eu tinha o
documento. Num falei nada. Dentro daquilo que nós combinamos. Num falei porra
nenhuma. Aí ele falou olha, Delcidio ta aqui ó. Aí ele pegou e viu lá no
(embandeiramento) Você disse que não ia falar. Ai porque eu peguei... dei uma
desviada né. Eu sabia há muito tempo...
BERNARDO: Mas
eu não sei porque tem uma versão que ficou a Alessi. Eu até tenho um e-mail com
Edson falando isso, que é a versão que a gente apresentou para os procuradores.
São tópicos e tem muita coisa que não vai.
DELCÍDIO: Não
mas esse que ele tava é igual a esse do Edson
DIOGO: Era de
44 (páginas)
BERNARDO: Eu
falei (…) não vamo tirar. A gente tira.
EDSON: … Foi
aquele caderno que a Alessi me entregou e eu entreguei pra quem? Pra você ou
pro Riera? Pra você...
BERNARDO: Pro
Riera.
EDSON:
Direto. Então é o mesmo
BERNARDO:
Pode ter sido.
EDSON: Então
quer dizer... Foi esse que foi entregue à Procuradoria?
BERNARDO: Não
EDSON: Não foi?
BERNARDO:
Não.
EDSON: É
menos?
BERNARDO: É
menos.
DELCÍDIO:
Essa tese do Bernardo pode ter acontecido que tiraram de lá da cela.
BERNARDO:
Sim. Só pode.
EDSON: De
qualquer maneira...
BERNARDO:
Porque o Fernando... (Vozes Sobrepostas)
EDSON: Só pra
colocar. O que que eu combinei com o Nestor que ele negaria tudo com relação a
você e tudo com relação ao (...). Tudo. Não é isso?
BERNARDO: Sim
EDSON: Tá
acertado isso. Então não vai ter. Não tendo delação, ficaria acertado isso. Não
tendo delação. Tá? E se houvesse delação, ele também excluiria. Não é isto?
DELCÍDIO: É
isso.
EDSON: É
isto.
DELCÍDIO:
Bom, aí mas porque que eu to falando isso.
EDSON: Porque
aí não tem nada assinado.
BERNARDO: É,
basicamente isso.
EDSON: Não e
mais existe um termo de confidencialidade que mesmo que tenha a letra do
Nestor... um
grafotécnico... o grafotécnico só pode ser feito no original... Depois desse
termo se o MP fizer ele tá ocorrendo em crime. Ele tá vedado. Então valor
probatório nenhum. Isso vira prova nula.
DELCÍDIO: Mas
Édson, entendo... coloque na situação... Ele pegou porque.... Vocês conhecem o
André Esteves ou não?
EDSON: Não
DELCÍDIO:
André tem 43 anos.
BERNARDO: É
novo.
DELCÍDIO: É
um puta de um gênio cara. Você conversa com ele é uma máquina, uma locomotiva o
cara. Aí ele oh Delcídio, porra! porque que eu... me veio a isso... Como ele
chegou a isso eu não sei te dizer. Não sei. fiquei na minha... e eu fingi
surpresa. Porra André, você conseguiu como? E aí ele mostrou o paper e com
anotações. Então por exemplo... aí ele foi virando as páginas e eu fui vendo...
No paper que você me mandou tem lá por exemplo: o Jorge Lúcio, Jader e Renan.
Aí tem uma anotação que eu suponho que é do Nestor e bota assim (Del)... no
caso, então supostamente, corrigir. Depois...
BERNARDO: Eu
saberia... saberia identificar a letra dele né...
DIOGO: É pois
é, eu não tenho...
DELCÍDIO: Eu
não podia nem pedir isso
BERNARDO:
Não, o que? Tem o que? Essas anotações?
DELCÍDIO:
Não, mas você tem essa anotação?
EDSON: Eu
tenho e você conhece.
BERNARDO:
Isso já foi mexido
DELCÍDIO:
Não, não, não... Mas esse documento o Edson é o documento padrão. (não é
digitado)
EDSON: Vamos
ver se é isso aqui...
DIOGO: Quer
beber alguma coisa ou não?
DELCÍDIO:
Não, não, não.
DELCÍDIO: Eu
preciso comer, senão eu desmaio. Eu to tomando...
BERNARDO: A
gente almoçou cedo
DELCÍDIO: Eu
to tomando uma medicação que se eu não comer é foda.
DELCÍDIO: É é
um que é digitado mas com anotações
EDSON: to.
Não? Então vamos ver outra. Essa é sua?
BERNARDO:
uhum
EDSON: Essa é
sua também?
BERNARDO: não
EDSON: Não?
EDSON: É do
teu pai?
BERNARDO: É
EDSON: É?
BERNARDO:
Acho que é
EDSON: (Quem)
queria.
BERNARDO: Não
é do Collor
EDSON: Pera
aí, vamos lá... Vamos buscar mais...
BERNARDO: Mas
e aí?
DELCÍDIO: Aí,
por exemplo, no tópico da Dilma...
EDSON: E
aqui...
DELCÍDIO: Ele
complementa...
EDSON: Olha
aqui.
DELCÍDIO:
Então ele bota assim, a Dilma sabia de todos os movimentos de Passadena.
EDSON: E esse
aqui?
EDSON: Como
quem... depois aqui embaixo..
EDSON: É teu?
BERNARDO: É.
Isso é meu.
DIOGO: Deixa
eu ver.
DELCÍDIO:
Esse aqui é...
DIOGO: É
dele.
EDSON: Não,
mas não é essa daquei não. É uma letra, é uma letra corrida
DELCÍDIO:
letra de forma eu guardaria. Ah ah, eu presumo...
EDSON: Isso é
tudo maravilhoso. (Se fudendo) é ótimo.
DELCÍDIO:
Não, mas não é essa letra de forma não é não.
BERNARDO: Mas
é o que você falou. Isso tá com confidencialidade e e e não foi essa tanto que
tá minha (...)
EDSON: É,
Essa é dele
BERNARDO: É
dele. É dele
EDSON:
Estudou com o Collor
DELCÍDIO: Eu
só sei o seguinte. Vamos lá. Ele num. Ele é... É uma letra por extenso.
EDSON: Não
escreve por letra de forma não?
BERNARDO:
Não, escreve por extenso ele.
DELCÍDIO: Mas
o Edson, pra gente liberar só a… só a... Mas o que, o que me chamou atenção foi
aquele documento digitado mas com anotações
EDSON: Esse
tem anotações também, agora...né?
BERNARDO:
Pode ter sido na cela
DELCÍDIO: Aí
por exemplo, no caso da Dilma, ele disse: A Dilma sabia de tudo de Passadena.
Ela me cobrava diretamente. “Pa Pa Pa”. Fiz várias reuniões
EDSON: Fez
(duas)
DELCÍDIO: Não
entendi
BERNARDO:
Quer dizer é sigla né? (Vozes Sobrepostas)
DELCÍDIO:
Bicho eu não sei. Eu sempre tive uma letra por extenso. E é uma cópia não é
assim azul. É preto.
EDSON: Mas é
cópia. Isso é cópia então.
DELCÍDIO: Aí
ele fala da Dilma. Dizendo que: a Dilma acompanhava tudo de perto. Papapa
Papapa
Papapa...
EDSON: Esse
tal de “donguinho” Essa letra é dele?
BERNARDO:
Essa letra é minha mas éeeeh, porque ele me corrigiu... Isso aí nem sei quem é.
EDSON: Isso
aí...
DELCÍDIO: É,
é, é, mas isso... pois é, mas isso você já tinha me perguntado. Mas não é essa
letra não.
EDSON: Não
essa letra é dele.
DELCÍDIO: Não
é essa letra não. Tenho certeza que não é.
EDSON: Ver se
eu acho aqui porque porra tem que tá aqui
DELCÍDIO:
Edson, talvez seja uma anotação dele que ele tenha guardado lá. É a única razão
BERNARDO:
Sim! Ele ficou com muito papel, muito caderno, muita...
EDSON: Só se
tem gente pegando coisa dele lá
BERNARDO:
Não, mas isso a gente já sabia desse risco. A gente tentou evitar
EDSON: Tem
nada aqui não só tem essa.
BERNARDO: Mas
agora, é.. não serve como prova.
DELCÍDIO: Eu
vou tentar arrumar, eu vou tentar vê se consigo arrumar.
EDSON: Uma
cópia.
DELCÍDIO: Uma
cópia.
EDSON: Isso.
BERNARDO:
Porque de repente, dos Procuradores né...não sei..
DELCÍDIO: É
estranho.
BERNARDO:
Estranho.
DELCÍDIO: Mas
aí, eu comecei a ver, e eu achei, eu comecei, quando eu fui vendo, aí ele viu,
viu BTG e tal não sei o que. É.. eu falei porra Delcídio, não fala nada. Olha
eu desconheço, eu vou checar direitinho, o advogado dele tá fora, né. É.. eu eu
não tenho falado com... até citei o teu nome, perdoe-me Bernardo citei o teu
nome. O...
BERNARDO: Eu
entrei nesse processo mais para o final, nas primeiras reuniões eu tava. Falei
não, eu preciso ajudar aqui pra conduzir até porque a gente passou a conversar.
Mas...
DELCÍDIO:
Bom, mas aí eu comecei a ver... é...é.. e ele folheando, aí eu olhava, lia,
fingia que tava lendo, né. Eu já tinha visto, já tinha me dado, tinha mandado.
Mas aí, e comecei a ver as anotações e eu peguei todas elas e aí eu fui olhando
página por página as anotações,
né. Tem
várias anotações. É, tem várias anotações e o que me chamou atenção que eu
achei que poderia ser, é... é... é... a letra do Nestor, na última página dá
uma olhada...na última página. tem assim ó, é... acordo 2005 Suíça.
BERNARDO:
Hurum.
DELCÍDIO: Aí,
ele bota assim ALSTOM.
BERNARDO:
Hum!
DELCÍDIO: Aí
ele diz, aí ele bota assim...
EDSON: Acho
que não tá apresentado não.
BERNARDO: Oi?
Não. Isso foi...
DELCÍDIO: Mas
ta trás. Eu vi porque tá escrito.
BERNARDO: Não,
não foi. Com certeza não foi. O problema é que eles jogaram esse verde...
DELCÍDIO: Mas
ele anotar...
BERNARDO:
Naquela primeira reunião que eu tive... [vozes sobrepostas]
EDSON: O MP,
foi até o (….) que me contou. Eles falaram isso aí, sobre a Suíça né, jogando
verde.
BERNARDO: É,
tanto é que naquela primeira reunião.
EDSON: E até
eu tinha falado para o teu pai, sobre esse assunto, não falo porque eles não
podem usar esse documento, que o Procurador de lá entregou, que eu sabia que
tinha entregue oficiosamente. Eles não têm isso oficialmente, eles não podem
usar isso em hipótese alguma.
DELCÍDIO: Tá
lá assim, acordo de 2010, aí ele bota lá um troço assim, eu não lembro o nome
agora, porque porra rapaz! Eu levei um...Você imagina, você vai conversar com o
cara, de repente o cara me aparece com uma porra daquela, quer dizer, como é
que esse cara conseguiu? E com as anotações, aí ele diz assim, ele cita o nome
Guimarães operador Delcídio. E se..se fosse, que vantagem eu teria de falar
para vocês que eu não...
BERNARDO:
Sim.
DELCÍDIO: Mas
aí eu vi o troço, inclusive o cara mesmo, o André falou assim ó, mas eu tenho
uma anotação tua aqui, olha aqui ó, ele me mostrou na última parte. Inclusive,
é aquele caderno né, que ele...aquele material que você mandou... onde aparece
esse comentário... a mão, né. E eu fiquei quieto.
EDSON: Porque
pode ter sido alguma anotação que você tenha feito na hora da reunião, tá.
DELCÍDIO:
Não, mas não é. É a mesma...
EDSON: Tá,
você tava anotando alguma coisa lá?
DELCÍDIO:
Não, mas não é. É a mesma letra das outras folhas. É a mesma letra, por extenso
(…) mesma letra. Bom, para resumir a ópera, eu disse a ele, eu disse não eu vou
conversar com eles até para saber o que que é que está acontecendo. Porque
rapaz...você.. é igual, você entrar... vai jogar contra um time o cara faz 5x0
em você em 10 minutos.
BERNARDO:
Alemanha.
DELCÍDIO:
Puta que o pariu, né! Aí, aí eu disse olha você me dá um tempo que eu vou olhar
isso, mas ó.. André pô! O advogado do Nestor é um cara sério, um cara que tem
tem história, e tal, família do Nestor, eu conheço a família desde... O
Bernardo, por exemplo, conheço desde pequeno e foi assim. Mas agora, eu acho
que eu já, eu acho que essa tese tua alguém...
BERNARDO: os
caras não tinham uma escuta em cima da.. da cela?
DELCÍDIO:
Alguém pegou isso aí e deve ter reproduzido. Agora quem fez isso é que a gente
não sabe.
EDSON: É o
japonês. Se for alguém é o japonês.
DIOGO: É o
japonês bonzinho.
DELCÍDIO: O
japonês bonzinho?
EDSON: É. Ele
vende as informações para as revistas.
BERNARDO: É,
é.
DELCÍDIO: É.
Aquele cara é o cara da carceragem ele que controla a carceragem.
BERNARDO:
Sim, sim.
DELCÍDIO:
Bom, é para gente deixar é... é...claro as coisas, bom...é, eu fiquei de
falar... eu disse a ele que eu fiquei de falar com vocês essa semana, que a
gente já tinha...o Diogo já tinha combinado com vocês. Eu to indo amanhã para
São Paulo. Vou conversar e já vou combinar um papo nosso lá.
EDSON: Tá! O
que eu queria que você ouvisse do próprio Bernardo. Com esse acordo, isso foi
feito, falado por mim e pelo Bernardo amanhã... ok? Tá certo...
BERNARDO: O
que?
EDSON: De que
não haverá ninguém para pedir mais nada pro Delcídio, nem (...)
BERNARDO: É,
a hora é essa sim porque...
EDSON: Valeu?
BERNARDO: Os
caras deram esse, esse...
DELCÍDIO:
Agora a única coisa, Bernardo, sabe que, que é...é que eu fiquei... porque
rapaz, eu tava falando com o Diogo. Rapaz! Eu levei um choque, eu cheguei
quando o cara vem, ele deixou... ele conversou comigo, mas pera aí que eu quero
te mostrar uma coisa...e me aparece com aquele negócio.
EDSON: Tudo
bem olha só...
DELCÍDIO: Só
que aí...
EDSON:
Poderia ter sido até muito mais.
DELCÍDIO: Ter
anotado. [vozes sobrepostas]
BERNARDO: É
mas...[vozes sobrepostas]
EDSON: [vozes
sobrepostas] aí não pode ser usado... agora mas isso numa revista.
DELCÍDIO: É
uma merda, entendeu? E mexe com a cabeça...
BERNARDO:
Isso não tá na Época né? [vozes sobrepostas]
EDSON: Não,
não.
BERNARDO:
Para você vê né. [vozes sobrepostas] já é outro...parece que já é outra versão.
DELCÍDIO:
Deve ser outra versão. E na cabeça deles..pô.. ele...
EDSON: Só
quem pode tá passando isso, Sérgio Riera
BERNARDO: Mas
eu já cortei...
EDSON: Milton
e Youssef.
DELCÍDIO:
Quem que é Milton?
BERNARDO: É o
japonês.
EDSON: E o
Youssef, só os dois. [vozes sobrepostas] O Sérgio, porque o Sérgio traiu...
BERNARDO:
Sim. Ele fez o jogo do MP, assinou. Tá..tá
EDSON:
Fernando
BERNARDO:
Fernando tá solto, Fernando...
EDSON: (...)
o Youssef, em cada delação que ele faz ele melhora a situação dele lá dentro.
DIOGO: Ele
saí na semana que vem?
DELCÍDIO:
Quem?
BERNARDO:
Fernando Baiano.
DELCÍDIO: Ah,
ele já sai semana que vem?
BERNARDO:
Semana que vem.
DIOGO: Eu
pensava que era no fim do mês.
BERNARDO:
Não.
DELCÍDIO: Não
sei se é impressão de vocês, porque, por exemplo, aquilo que ele fala a meu
respeito ele
sempre cita o Nestor, tem alguma validade isso?
EDSON: Nada.
DIOGO: Não?
EDSON: Só se
o Nestor (…)
BERNARDO: Eu
não vi a delação, não.
EDSON: Não,
mas hoje eu conversei com o Sérgio na praia, eu sentei com ele lá num barzinho
na praia e ele me disse, né. Até para tranquilizar...eu falei olha só, to
dependendo desse assunto....acho que eu te falei isso...
DELCÍDIO: Tu
me falou...
EDSON: Eu to
dependendo desse assunto (...) O que que tá lá? Ele disse ó fica tranquilo, que
ele realmente falou, mas ele coloca o Nestor para confirmar, se o Nestor não
confirmar, ele não era funcionário, ele não deu dinheiro, (…) então... Se não
tem a confirmação, não tem
nada. Foi o
que ele me disse, eu não li nada dele lá. Mas segundo o Serjão, tudo ficou para
o Nestor confirmar.
DELCÍDIO:
Não, é bom a gente mandar tudo. Mandar o... Pede para o Edson.
EDSON: Eu não
tenho. Ele tá nos enrolando, porra! há muito tempo.
BERNARDO: É,
ontem eu sentei com ele...
EDSON: A mim,
ao Nélio a todo mundo. Ele não entrega nada para ninguém.
BERNARDO: Ele
falou que ia abrir... porque eu falei eu porra, vem cá, a gente ajudou. O
Fernando diz que é amigo do meu pai, aí ele tá...usou os anexos como...
DELCÍDIO:
Isso é uma vergonha! É uma vergonha o que ele fez! Bicho! Para as oportunidades
que o Nestor deu, porra! Pro, pro, pro...Fernando
EDSON:
Fernando.
DELCÍDIO:
Fernando fazer uma calhordice dessa, uma... uma canalhice dessas.
EDSON: É ele
segurou para o Eduardo. Não botou o nome do Eduardo.
DELCÍDIO:
Inclusive no texto tem diálogos dele com o Eduardo com relação a outras
pessoas. Que
impede né (….)
BERNARDO:
Caiu meu Ipad aqui (…) [Ruídos]
DELCÍDIO: (…)
Mas esse é apple?
BERNARDO: É.
É o Ipad. É...é.
DELCÍDIO:
Então é... assim... é... tudo isso é inacreditável.
EDSON: Quero
dá uma olhadinha nisso, para passar para teu pai.
DELCIDIO: E
ele relata coisas, assim, tipo, é que eu liguei pro Nestor junto com o Silas.
Se o próprio Nestor viesse imediatamente aqui a Brasília para uma reunião com o
Jader, com não sei quem...eu reuni... você sabe que eu já levantei minha agenda
inteira. Eu tenho a melhor secretária do Senado disparado, não tem ninguém
melhor que minha secretária. A minha secretária faz umas (...) diária de tudo
que eu faço, de ligação que eu fiz de com quem que eu converso ela sabe tudo,
tudo, nem minha mulher sabe onde é que eu ando como a Genilce sabe. O período
que ele fala eu não tive contato com esse pessoal.
EDSON: Maravilha!
Maravilha
DELCIDIO:
Hoje eu chequei com a Genilce antes de vir para cá, não tem um telefonema, não
tem uma agenda.
EDSON:
(Genilce, geral) ou Gerusa é?
DELCIDIO: Na
CPI dos Correios
DIOGO: Ele
não era Senador. No período que falam das reuniões prévias né de 2006
EDSON: Não
era Senador?
DIOGO: Não,
estava licenciado
DELCIDIO: Eu
não era senador.
DIOGO: Nem em
Brasilia ele tava.
DELCIDIO: Mas
não tinha nenhum. Nós checamos ligação checamos tudo. Olha que exagero, quanto
eu recebia, se eu ia jantar em algum lugar com quem, que ela anota tudo.
EDSON: fica
confirmada a minha tese. A pessoa quando vai pra delação sendo torturada fala a
verdade
DELCIDIO: E
conta uns troços. Pra vcs terem uma idéia o Silas veio me procurar na semana
seguinte a matéria da Globo. O Silas chegou pra mim e falou Delcídio com todo
respeito eu saí da casa do Sarney agora porque o Silas é (...). Aí ele disse assim
Delcídio eu fui lá no Sarney e disse pro presidente Sarney o seguinte: porra
falar que eu me reuni com o Jader ou
com Renan
tudo bem, mas com o Delcídio? O único cara que eu teria intimidade pra falar
determinadas coisas é com o Delcídio porque eu conheço o Delcidio desde 1988 e
nunca o Delcidio eu mesmo ministro teve a ousadia de me pedir qualquer coisa.
Aí fala que ele ia viajar e tava apavorado dele ser preso e eu falei Silas se
manda vai viajar com tua família esqueça dessa porra aqui qualquer coisa deixa
suas coordenadas eu te aviso. Mas ele mesmo foi lá vc me desculpa Delcidio
porque porra eu acabei de sair da casa do presidente Sarney mas um troço
completamente fora de esquadro mas nós checamos tudo levantamos tudo. Hoje
inclusive antes de vir para cá eu peguei com a Genilce vi lá o resumo todo né
desde que eu tomei posse como Senador com quem que eu falei e tal não tem. Esse
período que ele cita que é 2006 e 2007, nada.
EDSON: Ótimo
DELCIDIO: Pra
não dizer que não tem nada tem uma ligação do Jader pra mim eu acho que
dezembro de 2006 e depois duas ou três ligações em no segundo trimestre de 2007
EDSON: O que
eu posso fazer, a única coisa que eu posso fazer (...)
DIOGO:
Considerando que são dois senadores se falando né
BERNARDO: Se
falando...rs
EDSON: O que
tenho feito e você pode utilizar quando sai alguma reportagem dessa eu vou pra
imprensa faço uma nota eles não publicam aí eu boto no meu facebook então você
pode usar isso Mato Grosso.
DELCIDIO:
Você acha que eu ia chamar pra falar com um pastor que não sabe falar
EDSON: Mas o
que vier daqui pra frente esse é o procedimento eu tenho negado tudo e vou
continuar negando
BERNARDO:
Mas, mas ele...
DELCIDIO:
Isso é importante (...) Então Bernardo o que que eu vou fazer: eu amanhã tô
indo a São Paulo já vou conversar com ele e nós....Você semana que vem não tá
aqui né? Como que eu falo com você? Não. Eu eu vou fazer o seguinte da conversa
amanhã eu acordei com você pra você tabelar com ele. E em princípio Bernardo, é
São Paulo
BERNARDO: Eu
fiquei muito preocupado porque o Edson ele comentou que por duas vezes
foi revistado
no.... aí eu falei foi até um dos motivos que eu falei então é melhor a gente
não se encontrar porque os caras estão em cima.
DELCIDIO: Eu
combinei com eles o seguinte e aí também pra mim é mais seguro. Porque pô
bicho do
jeito que tá esse troço pelo menos (acordo em casa) na cabeça dele eu não sou
eu tenho relação com ele o bicho quando você tá indo ele já foi e voltou umas
dez vezes. Ele fala assim pô você ta vendendo os caras. Não ganho porra nenhuma
e ai pô a operação que ele tá fazendo é pra ele. Ele pode pensar assim. Por
isso que é importante que ele veja vocês. Ele...
EDSON: Ele
tem que sentir
DELCIDIO: tem
que sentir. Então porque que eu vou fazer. Eu amanhã vou lá vou explicar pra
ele isso o que está acontecendo à luz aí do que vocês me contaram.
EDSON: É bom
o senhor ir também. Não é só advogado, porque porra advogado as pessoas
ficam em
dúvida.
BERNARDO:
Mas...não sei como colocar isso assim. Mas a gente precisa a gente ainda tem a
possibilidade de fazer um acordo. E dessas informações serem usadas. Então a
gente precisa desse posicionamento claro nesse momento assim.
DELCIDIO:
Claro. Claro
BERNARDO:
Isso foi indicação do meu pai. Falou ó é a hora deles me ajudarem
DELCIDIO:
Claro. Pô mas nós sempre andamos juntos
BERNARDO: Tô
falando do do...só que assim claro que tá no papel. Tá na mão do meu pai assim.
Ele que se retirou das negociações.
EDSON: Papel
você não (inaudível)
BERNARDO: É
não isso não serve pra nada
DELCIDIO:
Agora o que eu levei um susto é que de alguma maneira o cara manteve isso
BERNARDO:
Isso é foda o cara realmente não tem
DELCIDIO: Já
já a gente ajustar as coisas lá
EDSON: Porque
pode ser informação da Alstom
DELCIDIO: E
tava lá atrás tava na última página virada na parte em branco
EDSON: Isso
eu não vi. Mas...
BERNARDO:
Isso foi aquela estória que no final você falou. Que no final eles jogaram. A
gente sabe que vocês fizeram que você fez acordo com a Procuradoria que é um
acordo de
confidencialidade
mas que em off o tal do procurador suíço
DELCIDIO: Mas
ele chegou a fazer algum acordo com aquele procurador suíço?
EDSON: Foi
fez. Pagou
DELCIDIO: Mas
a título de que ele fez?
EDSON: Pagou.
Pra não ser processado.
BERNARDO: Pra
não ser processado lá.
DELCIDIO: Ah
por causa de depósito em conta?
EDSON: Todo
dinheiro que tava lá na Suíça ficou pra Procuradoria da Suíça. Então ele foi
processado e o assunto morreu aí.
DELCIDIO:
Pois é. E esse dinheiro era o dinheiro da Alstom? Ah foi por isso que ele fez o
acordo? Entendi. Ele nunca me falou isso
EDSON: Ele, o
Moreira
DELCIDIO: Ele
diz lá Nestor, Moreira, tem mais uns nomes que não me lembro. Que porra de
(...) Fiquei na minha quieto. Porque também eu não podia...Falei não eu vou
checar isso, vou tirar a limpo isso
EDSON: Não
pode ser usado
BERNARDO:
Agora o Fernando não falou dele? O Baiano. Do André?
DELCIDIO: Não
aí é que tá. Eu não consegui.
EDSON: Não
dos poços, eu acho que ele deve ter falado da África. Dos poços não. O acordo
deixa eu falar aqui. Havia um acordo do Fernando com o teu pai que era para não
se falar nisso. Até porque o Fernando tinha uma participação a empresa do
Fernando tinha uma participação nisso.
DELCIDIO:
Bernardo é o seguinte. Porque que nós pegamos a nossa parte. Nós conseguimos a duras
penas arrumar aquilo que ele faz referência a mim.
BERNARDO: Sim
DELCIDIO: E
os outros a gente pegou um ou dois né. Tem vários mas não todos.
BERNARDO: Um,
dois, três, quatro...seis
DELCIDIO: É o
que fala do Bumlai, do Lula, que é basicamente o roteiro. Foi o roteiro que ele
pegou. É eu não sei questão de África. Isso eu não sei. África eu não sei.
EDSON: Eu não
sei se ele falou sobre isso. Eu sei que ele fez um acordo com o teu pai para
não falar sobre assunto porque era de uma empresa espanhola que se não me
engano era dele também.
BERNARDO: Sim
EDSON: Isso
aí ele não confessou, ficou fora.
BERNARDO: É
pelo que eu sei meu pai não recebeu nada dessa estória
EDSON: Não
DELCIDIO: E
ce vê como é que ele é como é que ele é matreiro. A delação quando ele conta
quando ele me
conheceu quando eu era diretor e o Nestor era gerente que ele foi apresentado a
mim por um amigo. Ele poupou ao Gregorio Marin Preciado.
EDSON:
Ahhhhhh
DELCIDIO:E as
conversas que nós ouvimos é que numa dessas reuniões que ocorreram eu não sei
com relação a qual desses projetos houve uma reunião dessa na Espanha que os
caras já rastrearam quem tava nessa reunião e existia um espanhol nessa reunião
que eles não souberam identificar quem era. Bingo!
EDSON:
Gregório
DELCIDIO: Ou
seja o Fernando tá na frente das coisas mas atrás quem organiza é o Gregório
Marin. O Serra me convidou para almoçar outro dia e ele rodeando no almoço
rodeando que ele é cunhado do Serra
BERNARDO: José
Serra
DELCIDIO: E
uma das coisas que eles levantaram, houve uma reunião na Espanha, eu não
sei se sobre
sonda sobre, se sobre Pasadena, mas houve uma reunião na Espanha. Existia um
espanhol na reunião que não foi identificado. É o Gregório... É o Gregório...
Não sei se, o Nestor conheceu o Gregório.
BERNARDO: Não
sei, esse nome eu nunca ouvi falar.
DELCIDIO: ...
mas o Nestor conheceu, porque quando o Fernando entrou na Petrobras ele conta,
o contrato que o seu pai assinou com a (Union Fenosa) que foi um contrato, né,
bem feito, pra gestão... de usinas termoelétricas, ele conta tudo isso aí. Até
que eles queriam entrar até na (Termorio). Aí eu achei, quando eu vi aquele...
01:01:07
EDSON: Paulo não deixou. o Fernando entrar na (Termorio).
DELCIDIO:
Quem não deixou?
EDSON: Paulo
Roberto
DELCIDIO:
Paulo Roberto? É, mas ele fala que, não, mas ele fala que...
EDSON: ... na
época... hoje?
DELCIDIO: É.
Não mas aí ele disse... que... eu tinha uma inclinação pra botar os espanhóis
pela
experiência que os espanhóis... tinham é mas que aí houve uma decisão
superior... que ele não diz quem, quem é...
EDSON: Ah,
mas isso aí já é 2006...
DELCIDIO:
Não, isso é dois mil e... dois mil e...
EDSON: Três e
quatro.
DELCIDIO: Não
isso é...no, no dois mil... dois mil.
EDSON: Ah
logo no início
DELCIDIO:
É... quando ele entrou, quando ele conheceu a Petrobras.
EDSON: Ah,
tá.
DELCIDIO: Aí
ele fala que houve uma decisão que tirou os espanhóis em cima da (TERMORIO) e
botou um fundo.
EDSON: Isso.
DELCIDIO: Um
fundo americano. Que é de quem? Do Paulo (Dote), que tava associado ao
Paulo (Dote).
Ou seja, ele conta a história... Ele conta certinho a história e tal, mas diz
que não houve nada e papapá, papapá. Mas que ele entendia que a minha
preferência era com os espanhóis, mas aí veio uma ordem de cima pra colocar o
tal pessoal da... Porque o Paulo tinha uma operação forte dentro da Petrobras.
Sempre foi. Hoje não sei se tem, mas antes tinha.
EDSON: Parou.
DELCIDIO:
É... Mas o, o, o... Então, e outra coisa que me chamou a atenção naquele
material que você mandou, quando o Nestor fala como ele separa os quinze
milhões, eu não tô na relação. Só tá embaixo dizendo assim: que ele doou um
milhão e meio.
EDSON: (Dois)
e meio.
BERNARDO: Pra
campanha.
EDSON: Isso é
o que deixou o pessoal puto do MP.
BERNARDO: É.
EDSON: Tava
querendo proteger (...)
DELCIDIO: E o
que me intrigou é o seguinte: é que, quando veio o assunto... do Fernando... o
Jornal Nacional botou uma matéria dizendo que eu teria tido uma participação em
Pasadena de um milhão e meio... Só que na delação do Fernando não tem isso.
BERNARDO: Ah,
na do Fernando não tem isso?
DELCIDIO: Não
tem.
EDSON: E a do
Nestor quando ele cita você é contraditório.
DELCIDIO: É
contraditório.
EDSON: Porque
se doou
DELCIDIO:
Não, porque você pega os quinze milhões e vê como é que foi separado Moreira
(...) não sei o que é lá, papapá, e separa. Porque pelo o que ele tá dizendo lá
em Pasadena não tinha política. Era uma operação interna mesmo. Aí, só embaixo
que ele coloca assim: não recebi os dois milhões e meio... Doei um milhão e
meio para o Delcidio. (...) doou
EDSON: ...até
tá grifado embaixo
DELCIDIO:
doou... Doou em que condição? Como é que foi?
EDSON: Aí foi
perguntado a ele. (...) disse: o Delcidio sabia da ilegalidade? Não.
BERNARDO:
Isso foi na primeira reunião.
EDSON: Cê
tava lá?... ... E o pessoal ficou puto da vida dizendo que ele tava protegendo
você, mas que não tinha problema que tinha muita coisa contra ele depois.
BERNARDO:
Não, isso eu não me lembro.
EDSON: (...)
BERNARDO:
Sinceramente isso eu não me lembro. Agora...
EDSON: ...
que eles disseram que tinham outra coisa...
BERNARDO: Que
eles fizeram outras reuniões sem mim. Mas aí parou, deu um “pause”.
DELCIDIO:
Agora, então... o que eu queria combinar com vocês... ... Que eu vou ter que
voltar pro meu inferno lá. (Risos discretos). É, é ... eu amanhã tô lá, aí nós
já agendamos. Eu vou tentar ver se a gente faz uma conversa no Rio de Janeiro.
EDSON: Ok.
DELCIDIO: É
melhor. E aí a gente encaminha as coisas conforme o combinado. Vê como é que
vai ser a operação de que jeito contratualmente, aquilo tudo que eu conversei
com você.
BERNARDO:
É...sim... tá ok.
DELCIDIO: E
aí, Bernardo...
EDSON: Mas
fala, pode falar.
BERNARDO:
Não, aquela questão de talvez botar no contrato...
EDSON: fazer
um contrato de honorários incluindo a parte...
BERNARDO:
Talvez
EDSON: ...
botar uma coisa só?
DELCIDIO: É,
eu, eu acho, amanhã eu vou terminar de conversar com eles, porque eu confesso
que eu levei um susto quando ele veio com aquele negócio lá. Ou seja, eles têm
informação...
EDSON: É até
bom que seja no contrato, comigo porque aí a gente tem garantia.
DELCIDIO:
É...
EDSON: ... de
que isso vai acontecer, senão executa, papapá,
BERNARDO: ...
no longo prazo é... Bom, a gente tá trabalhando então com (...) é claro que a
gente quer que ele saia, mas se for o caso de ficar dois anos não precisa saber
que esses dois anos vão...
DELCIDIO:
Claro!
BERNARDO: ...
vão... a gente vai estar assistido.
DELCIDIO:
Não, não, não tem... Bernardo... Esse é o compromisso que foi assumido, né?...
E nós vamos honrar.
EDSON: (...)
pelo menos.
BERNARDO: É o
pensamento positivo (risos discretos).
EDSON: nós
vamos trabalhar duro.
BERNARDO: Tem
que tirar ele
EDSON: na
pior das hipóteses são três anos
DELCIDIO:
Edson, outra coisa também que eu queria, outra notícia que eu queria... Eu
estive com o Armando... Toledo.
EDSON: Esse
negócio...
DELCIDIO: Eu
acho.
EDSON: Não.
BERNARDO:
Quem é Armando Toledo?
DELCIDIO: Eu
tô dizendo...
EDSON: ...
mas tem uma solução mas depois conversa pessoalmente.
DELCIDIO:
Não, não. Pois é, mas, hoje ele me detalhou o que é que é... Esse negócio de
advogado tá dando um bode filho da puta lá dentro da Petrobras. Tem rolo... pra
tudo quanto é lado, porque, como você tem a seguradora, a seguradora, é...
entrou no processo e onde ela pode botar... botar problema, botar impedância
ela, ela coloca. Então o que é que... ele disse pra mim que ia te ligar. Tá?
Não sei se vai te ligar essa semana, não sei. Mas que semana que vem ele ia te
chamar. Pra todos os efeitos você não sabe de nada. Eles tão, eles, eles,
parece que ou se reuniram ou vão se reunir com a seguradora pra buscar um
denominador comum nesse negócio aí. Porque, segundo ele, as seguradoras elas
tão abusando dessa situação. E como possivelmente o Dida, o Dida já tinha me
falado que tava com muito problema. Possivelmente o Dida tá administrando
muitas dificuldades, muitos problemas, ele inclusive disse que o advogado do Duque
tava no meio também.
EDSON: Tava.
O próprio Felipe que trabalha comigo (sei lá tinha um recebível) de 170 mil
dele com outra pessoa Gabriel Quintanilha... não recebeu!
BERNARDO: Mas
é da Lava Jato?
DELCIDIO: E
ele disse que existem outros ex-funcionários e tal, ex-diretores...
EDSON: Não tá
pagando ninguém.
DELCIDIO: Diz
que tá pagando ninguém. Então, diz que eles vão fazer uma reunião
DIOGO: É
praxe de seguradora.
DELCIDIO: É
claro (...) E aí ele vai, ele diz o seguinte: que ele, ele, iria te chamar, pra
todos os efeitos você não sabe de nada. Ele iria te chamar porque a ideia é
eles zerarem essas pendências com relação a você. É, mas, mas com os outros
advogados...
EDSON: O que
ele diz é o seguinte: vai ter uma outra solução que não seja a que você tá querendo.
Mas aí (...) outra solução.
DELCIDIO: Mas
aí o que, ele disse o seguinte: olha Delcidio, nós tamos estudando uma solução,
porque nós queremos tirar esse assunto da frente até o final de novembro.
EDSON: Tá.
DELCIDIO:
Então ele deve te ligar pra conversar com você, né, e eu não entrei muito no
detalhe.
EDSON: Sem
problema.
DELCIDIO: Ele
falou: “olha Delcidio, tá dando um problema pra cacete, nós queremos tirar esse
negócio daqui que esse negócio já tá nos atrapalhando.
EDSON: Nós
tamos de olho nele.
DELCIDIO:
Tamo de olho nele. Cê sabe...
EDSON: Outra
coisa: quem tá lá na Petrobras hoje?...Cê sabe?
DELCIDIO: E
vamos ver.
EDSON: Graça
Foster.
DELCIDIO:
Graça Foster?
EDSON: (...)
DELCIDIO:
Graça Foster?
BERNARDO: É
do... do (...)
DELCIDIO: Cê
sabe que eles não nomearam ninguém até agora
EDSON: (...)
noventa a cem dias pra nomear. Solange Guedes e Jorge Celestino. Jorge
Celestino já, já vai aparecer na... nas folhas
DELCIDIO: Nas
folhas?
EDSON: É. E é
o nome da Graça.
DELCIDIO: E
esse Jorge Celestino pra quê que é? Vai pra onde?
EDSON: Ele é
o gerente, mas tá com força total. Solange Guedes, Jorge Celestino são pessoas
da Graça...tá? Tão mandando. O que aconteceu com o Bendini ... tudo articulado
com essa turma.
01:10:06
DELCIDIO: O Bendini tá numa situação difícil.
EDSON: Tá...
... Aqui você vai entender algumas coisas. Depois ainda tem mais coisas sobre a
Petrobras. Essa matéria aqui é minha.
DELCIDIO: O
que é que é? Vice Presidência...
EDSON: ...
isso é o que ele engoliu, feito pelo núcleo assinalado ... ... aqui... ... fala
da GRAÇA
DELCIDIO: Meu
Deus do Céu, eles vão rebaixar gás e energia em engenharia que é a essência da
Petrobras.
EDSON: Eles
estão com toda força. Tudo isso é Graça, tá?
DELCIDIO: 90
a 100 dias.
EDSON: Aqui
embaixo tá: quem convidou esse grupo foi a Graça Foster
DELCIDIO:
Bendini tá na roda, não tá?
EDSON: Tá. E
aqui (...).
DELCÍDIO:
(...) Gás e Abastecimento... Produção... Conformidade, Engenharia. Certo? É
muito mais (rasgado)... .... Você sabe que ontem, eu ia trazer o Ivan Monteiro
ontem. E eles acabaram não vindo porque vai sair o balancete trimestral. Eles
não podem dar entrevista, não podem falar nada até publicar o balancete...
Reunião com a Dilma e com os Ministros políticos... Aí eu fiz questão de
registrar. Aí a ... ... Eu estou fazendo esse comentário, porque tem tudo a ver
com o que você está falando... É... Ela chegou e disse assim: Eles devem estar
com algum problema, porque eles pediram audiência para mim. Aí ontem de tarde
eu voltei no Planalto e dei de cara com o Bendine.
EDSON: Olha
só. O que me parece...
DELCÍDIO:
Espera. Só para você ver... O Eduardo Braga é um cara que foi companheiro nosso
de Senado. É um cara mandão pra caralho. Na conversa, na reunião com os
Ministros, ele não deu um pio... Ou seja, a Petrobras está sendo comandada pela
DILMA. E indiretamente...
BERNARDO: É.
Faz sentido
DIOGO: E o
Bendine está só ali para atender o (compliance).
DELCÍDIO: É
isso mesmo!... Isso aqui pode ficar comigo?
DIOGO: É pra
ficar
EDSON: (...)
Deixa eu te fazer uma pergunta. Aqueles dois nomes... É possível ou não é
possível?
DELCÍDIO: É
possível!
EDSON: Então
tá. Pelo seguinte... É que me perguntaram...
DELCÍDIO: É
possível!
EDSON: Se eu
vou definir... Porque senão a gente tenta...
DELCÍDIO:
Não! É possível!
EDSON:
(Palocci) ou alguma coisa
DELCÍDIO:
Não! É possível! E... e... vai ser agora.
EDSON: Então
tá
DELCÍDIO:
Agora que nós vamos, porque ele não conseguiu fazer um movimento.
EDSON: Não!
EDSON: Se
conseguíssemos fazer a Gerência de TI... , já era...O ideal era fazer uma
Diretoria só de TI
DELCÍDIO: É,
mas não dá.
EDSON: Porque
vai de tudo
DELCÍDIO:
Pois é, mas não tem jeito.
EDSON: Esse
era o ideal.
DELCÍDIO: É!
Mas não tem jeito. Tem que fazer a Gerência de TI. Porque a Gerência de TI, ela
não não tá... ela não é atividade fim. É atividade meio. E ninguém enche o
saco.
EDSON: Não
(...) Mas podia fazer uma Gerência de TI, tirando (...) tudo que é TI...
DIOGO: das
outras Gerências... juntaria todas
EDSON: (...)
por que tem TI na Engenharia, TI “lá vai” ... Porra! Faz só TI.
DELCÍDIO: É,
mas na verdade é o seguinte. Hoje ... Hoje, mas hoje, na engenharia, tem uma TI
que atende a companhia. EDSON: (...) tem orçamento. Então, se faz tudo, só TI...
DELCÍDIO:
Quem que é o cara que está na TI lá? Sabe eu não conheço...
EDSON:
Álvaro.
DELCÍDIO:
Alvaro?
EDSON: E o
meu candidato é o Edson Feitosa dos Santos.
DELCÍDIO:
Não! Esse... o candidato você já passou pra gente.
EDSON: Esse
Álvaro é o Gerente de TI
DELCÍDIO: Mas
ele já está há muito tempo?
EDSON: Não
sei
DELCÍDIO: Eu
vou ver direitinho isso... ... porque TI não está na linha de frente e ó...
EDSON: Não!
DELCÍDIO: É o
que você falou... tem o orçamento de 1 bilhão
EDSON:
BENDINI é a rainha da Inglaterra
BERNARDO: Não
é visado.
DELCÍDIO: O
quê?
BERNARDO: Não
é tão visado
EDSON:
BENDINE é a Rainha da Inglaterra
DELCÍDIO:
(risos)... E ontem ficou claro para mim. Outro dia, uma pessoa me perguntou:
“escuta aqui! A quem o Bendine se subordina? É ao Ministro ou é à Dilma?”.
Ontem ficou claro. Inclusive o Pimentel, que é Senador comigo, e é líder do
Congresso, né? líder no Congresso: “você viu quem é que despacha Petrobras?”.
Aí (ele chegou) e falou assim: “a
Dilma”.
EDSON: Mas
ela está correndo risco com esse Celestino tá. (...)
DELCÍDIO: Não
vai demorar muito não
EDSON: Já
DELCÍDIO:
Aí... Aí...o, o, o ... Pimentel, que conhece bem...
EDSON: O
próprio Nestor... O próprio Nestor no anexo fala nele
DELCÍDIO: Ah
é?
EDSON: É.
Pega o anexo mostra isso... Que é hora desse camarada sair, para não dar
problema... que vai ser escândalo
DELCÍDIO:
Porque a, a ... Ontem o Pimentel, quando a Dilma fez a intervenção dela, aí nós
saímos, ele
falou: “você viu que o Eduardo Braga não deu uma palavra? É sinal que a
Petrobras está totalmente desconectada do Ministério de Minas e Energia”
EDSON: Hã-ram
DELCÍDIO: O
Ministério de Minas e Energia hoje é setor elétrico e mineração e metalurgia
EDSON: Tá na
mão dela.
DELCÍDIO: Vai
fazer ou (tá cagando)?
BERNARDO:
(risos)
DELCÍDIO:
Senhores... eu vou voltar para o meu inferno.
EDSON: Quem é
que está no IPHAN? Você sabe?
DELCÍDIO: No
IPHAN é uma...... Como é o nome da menina lá?
EDSON: (...)
Entrou por agora
DELCÍDIO: É
uma gerente
EDSON:
Assumiu por agora nesse mês
DELCÍDIO:
Não, não sei se... Não! Não! Ela já está há algum tempo. Ela é craque.
Competente.
EDSON: Eu
soube que mudou alguém agora no Rio.
DELCÍDIO: É o
que?
EDSON:
Gerência Rio então.
DELCÍDIO: A
gerência Rio? ... É possível, porque é a mesma gerente, é a mesma presidente
do IPHAN é
que já tava, continuou
EDSON: Foi
uma indicação do Ministro da Cultura. Não foi... IPHAN?
DELCÍDIO: Foi
EDSON: Não é
isso?
DELCÍDIO:
Como? Não! O Eduardo é... Não!
EDSON: Acho
que foi indicação do Ministro da Cultura. Não foi isso?
DELCÍDIO:
Essa?
EDSON: É
DELCÍDIO:
Foi... Foi do, indicação do Juca. E aí, quando a Marta entrou... ... aliás era
do Juca, a Marta assumiu e ela ficou.
BERNARDO:
Mas... e ela continua então? Quando o Juca voltou?
DELCÍDIO:
Essa do IPHAN continua... Presidente do IPHAN... Você precisa de alguma coisa?
EDSON: Uma
amiga minha tem um hotel lá na Joatinga e o IPHAN está criando caso ela tá
com um
projeto muito bonito pra lá e... porra!
DELCÍDIO:
Porra! Passa pro... Passa pro...
EDSON: Posso
fazer?
DELCÍDIO: Pro
Diogo e eu falo com ela. Eu não estou lembrando o nome dela.
EDSON: Aí
depois eu passo o número do processo
DELCÍDIO: Ela
ajudou muito o Estado lá, ajudou muito o Mato Grosso do Sul.
EDSON: (...)
Como era o nome dela? Porra.
DIOGO: (...)
Eu tenho aqui.
DELCÍDIO:
Vocês vão, vocês vão dormir hoje aqui?
EDSON: Eu tô
indo embora
BERNARDO: Eu
durmo aqui. Tem um amigo meu que está com dois filhos já grandes que eu
não conheço.
Vou aproveitar. Estou sempre em Brasília, passo o dia e não...
DELCÍDIO:
(...) Só fica em hotel de rico
BERNARDO:
(risos)
DELCÍDIO:
hotel de pobre, ele não fica não.
BERNARDO:
Não! A gente foi lá pro outro. É porque estava lotado. Estava, está tendo...
Porra!
EDSON:
Jurema! É Jurema?
BERNARDO:
Está tendo um Congresso do Ministério Público aqui
DELCÍDIO: Não
é Jurema não.
EDSON:
Superintendente Regional: Ivo Matos.
DELCÍDIO:
Não! (...)
DIOGO: É
Jurema!
DELCÍDIO: É
Jurema! ... ...
EDSON: Ela
foi Superintendente de Minas Gerais (...) ... (som de TV)
DELCÍDIO: Ô,
Diogo! Aproveita que o Coronel Rabelo ta aí... Será que tem alguma... pelo
menos uma barra de ..., porque eu estou tomando uma medicação, rapaz! ... Uma
barra de chocolate aí ou não?
DIOGO: tenho
uma barrinha de cereal. Se quiser, eu tenho barra. Tem o frigobar aqui (...)
DELCÍDIO: Tem
alguma barra de chocolate aí ou não?
BERNARDO:
Fique à vontade. (ruídos aumentam e Delcidio se afasta da pessoa que está
gravando e
volta a conversar com o grupo)
DELCÍDIO: É
Jurema! Eu vou aproveitar o Coronel Rabelo (...) porque o Coronel Rabelo
já vê isso
agora.
DELCÍDIO:
(...) e não é porque a Jurema é enrolada não. O povo dela que é enrolado. Ela é
muito competente.
EDSON: (...)
eu até falei pra... ..
DIOGO: Esse,
esse 130196
EDSON: 196,
né?
DELCÍDIO:
Cadê meu celular, Diogo? Hum
EDSON: (...)
pensei que fosse PC do B.
DELCÍDIO:
(... ....) Porque o Juca é PT...
EDSON: (...)
É, eu sei. Ele já veio do Lula, depois foi reconduzido
DIOGO: 130106
é o do (...).
DELCÍDIO:
Depois o Juca saiu e entrou a Marta. A Jurema ficou. Agora voltou o Juca de
novo. A Jurema tá lá.
EDSON: Tá. Se
puderem vocês realmente ver que a situação deles
DELCÍDIO:
(...)
EDSON: Não,
não! A situação deles financeira
DIOGO: tá
braba!
EDSON: é
zero. Sendo honesto... Zero!
DELCÍDIO: Nós
vamos começar a rodar agora. Eu parei porque você mandou parar.
BERNARDO: Não
é, a gente não sabia que, que … qual era o nível de de espionagem que tinha de.
DELCÍDIO :
Por que começou um zum zum e também no final...
EDSON : Eu
disse isso pra ele
BERNARDO : É
o Edson que me falou essa porra, eu não tenho ideia, eu acho, tem duas
possibilidades num dia a gente no, no Nélio Machado o Edson chegou de viagem e
o outro...
não sei,
justamente, algum comentário lá dentro (...). Algum deputado? Falando de que?
EDSON :
Valor.
DIOGO: Mas
naquela reunião no clube tinha muita gente.
BERNARDO : É
tinha estagiário
EDSON : Não,
não. Exatamente
DELCÍDIO :
Aquela reunião não podia acontecer.
DIOGO: Estava
agoniado ali.
EDSON : O
Nélio errou, o Nélio errou
DELCÍDIO : Só
faltou a torcida do Flamengo ali.
EDSON : Filho
dele até tudo bem... agora (...) o tal de João eu fui contra.
DIOGO: Me diz
uma coisa... ... lembra que ia ter uma reunião aqui com o Nélio? E que ia ser
na, na, na,
no... no apartamento dele, só que ele bateu a porta com o cartão dentro? Quem
era o outro advogado que estava com ele?
EDSON : É o
João
DIOGO: É o
João, né?
EDSON : É o
João que tava naquela reunião.
DIOGO: Pois
é, o João... ele está aparecendo direto como advogado do Youssef, né? Ou
não?
EDSON :
Youssef? Não, não... não, não.
BERNARDO :
Não, ele apa... ele aparece com, com... imagem antiga do, do Fernando.
DIOGO : Junto
com o Fernando?
BERNARDO : É.
EDSON : (...)
e com Fernando
BERNARDO : É,
eu tenho visto, eu vi algumas imagens de arquivo...
DIOGO :
(...)Youssef é o João.
DELCÍDIO :
Agora bicho... com todo respeito... teu pai é boa gente pra caralho, e os caras
passando a
perna nele.
BERNARDO : É
um cara ético, né?
DELCÍDIO :
Bicho, é um cara bacana, porra, generoso cacete, e os caras dando nó nele,
aquela turma que cresceu em função dele, todo mundo dando nó... ... Você viu
aquela conversa que nós tivemos?
EDSON : Isso,
com o Alexandre. (...)
DELCÍDIO : Cê
viu agora?
EDSON : Só
que ali (...).
DELCÍDIO :
Mas agora o outro... a outra Cunha é esse.
EDSON : Eu
sei. E é o próximo... porque ali ele sabe quem tá ganhando.
DELCÍDIO :
Enquanto o Bumlai (...)
EDSON :
Alexandre (Aguiar), o advogado dele deve ser o Ferrão.
DELCÍDIO : Aí
eu não sei.
EDSON : Quem
tava usando, ele tava usando o Ferrão. Ele me falou. Eu ia pra lá justamente
fazer a parte
(...) pra ele.
DELCÍDIO :
(...)
EDSON : Não,
e hoje eu tô aqui com uma pessoa que é melhor ainda. Candidato à Presidência da
Ordem daqui... é o (Nunes) Pinheiro, que é o procurador geral da Bahia, e o
Jaques Wagner (...). Tá com o Jaques direto. Então tô com ele ... Chega de
(“malufa”), né? Do Alexandre...
BERNARDO :
Senador...obrigado
01:27:28
DELCÍDIO : Bom, bom, abraço na sua mãe, na sua irmã. Conta comigo, no... no
paizão lá e na gatinha. A gatinha deve tá assim já, né? Edson... fica com Deus.
Eu vou tentar. Eu vou tentar ajustar Rio.
EDSON : Tá.
DELCÍDIO :
Agora, aí vai ser no campo dele. Ele que vai dizer onde que é.
EDSON : Sem
problema... onde ele quiser.
DELCÍDIO :
Abre aqui senão não (volto).
EDSON : Aí eu
falei pra ele. Falei assim oh.
BERNARDO :
Mas aí como é que os cara sabe?
EDSON : Essa
porra. Bicho. Olha, só tem traidor pra caralho nessa merda. Que nem eu tenho
conhecimento disso.
BERNARDO :
Mas é aquilo ali que você tem. Num sei se ele tem. É também né. É porque a
Alessi ficou trabalhando com ele, né?
EDSON : Mas
olha só. Só pode ter saído, do escritório da Alessi, Polícia Federal ou Sergio
Riera. Saber da Alessi se ela passou pro Sergio alguma coisa com (algo) atrás
escrito.
BERNARDO :
rapaz chegar na mão do BTG, no André, cara.
EDSON : Por
que chegou lá?
BERNARDO :
Porque o Fernando já se queimou com o cara. Já falou dele.
EDSON : Quem
é que poderia levar isso pro André?
BERNARDO : Eu
acho que é carcereiro. O cara dá 50 mil ai pra você.
EDSON : A
gente num entende, pô!
BERNARDO :
Carcereiro, Nilton... os caras são muito legais.
EDSON : Mas
tem muita informação, cara... Só tranquilizar ele aí com o negócio do seu pai
BERNARDO :
Não, e eu dei uma cobrada. Falei. Oh, tá! Tudo bem, tudo bem, mas e aí?
EDSON : (...)
BERNARDO :
(...) Eu não sei. Ouviu falar alguma homologação? Não tem nada homologado.
EDSON : Se
ele vai falar amanhã com o André, nós vamos ser procurados terça ou
quarta-feirano máximo... Fazer essa reunião logo pra... Nilo, bota algum
dinheiro aqui... Enquanto a gente tá preparando o contrato. Mas bota logo um
dinheiro, pra respirar todo mundo. Até pra gente mostrar pro seu pai olha só...
BERNARDO :
Porra (isso não tem fim empresa) é muita coisa.
EDSON : Eu
quis falar isso aqui até (pra dar ajuda).
BERNARDO :
Não, exatamente.
EDSON : Tem
que ser uma coisa a longo prazo, porra! Seja lá o período que for enquanto
estiver tem que ajudar, um pouco mais aberto... pô ... Mas o que estou contando
é com o HC mesmo. Não sei se viu o Marcelo agora... Mas as coisas vão melhorar.
Porque sai o Marcelo, o Fernando é solto... Não justifica a prisão de mais
ninguém... A Procuradoria vai tentar segurar isso até o julgamento das ações na
segunda instância pra já chegar enfraquecido no Supremo, o HC.
BERNARDO : E
vai ser rápido isso, a segunda instância?
EDSON : Não,
ainda não abriu o prazo, só abre o prazo semana que vem, ou até sexta feira,
aí eu tenho
oito dias para apresentar. Aí remete à Procuradoria, e daí a Procuradoria volta
pra julgamento, ou seja, eu acho que isso vai ficar para o ano que vem, por que
o dia dezoito, dezenove de dezembro entra em recesso, só volta sete ou dez,
acho que é dez. Não vai dar tempo de julgar isso até lá em um mês e pouco...
Então vai ficar pro ano que vem, aí ótimo (...) amigo eu vou andando (...).
BERNARDO :
Mas teu voo é sete.
EDSON : Hã?
BERNARDO :
Teu voo é sete.
EDSON : Ah! É
sete? Eu não anotei cara, é Gol também, né? (...).
BERNARDO :
Ah, não! É nove.
EDSON : Nove
horas?
BERNARDO : É.
EDSON : Nove
da noite?
BERNARDO :
É... E eu peguei o último voo, não sabia que... talvez tenha, Santos Dumont os
caras te põem... deve ter.
(Fim da
gravação)SON : Se
ele vai falar amanhã com o André, nós vamos ser procurados terça ou
quarta-feirano máximo... Fazer essa reunião logo pra... Nilo, bota algum
dinheiro aqui... Enquanto a gente tá preparando o contrato. Mas bota logo um
dinheiro, pra respirar todo mundo. Até pra gente mostrar pro seu pai olha só...
BERNARDO :
Porra (isso não tem fim empresa) é muita coisa.
EDSON : Eu
quis falar isso aqui até (pra dar ajuda).
BERNARDO :
Não, exatamente.
EDSON : Tem
que ser uma coisa a longo prazo, porra! Seja lá o período que for enquanto
estiver tem que ajudar, um pouco mais aberto... pô ... Mas o que estou contando
é com o HC mesmo. Não sei se viu o Marcelo agora... Mas as coisas vão melhorar.
Porque sai o Marcelo, o Fernando é solto... Não justifica a prisão de mais
ninguém... A Procuradoria vai tentar segurar isso até o julgamento das ações na
segunda instância pra já chegar enfraquecido no Supremo, o HC.
BERNARDO : E
vai ser rápido isso, a segunda instância?
EDSON : Não,
ainda não abriu o prazo, só abre o prazo semana que vem, ou até sexta feira,
aí eu tenho
oito dias para apresentar. Aí remete à Procuradoria, e daí a Procuradoria volta
pra julgamento, ou seja, eu acho que isso vai ficar para o ano que vem, por que
o dia dezoito, dezenove de dezembro entra em recesso, só volta sete ou dez,
acho que é dez. Não vai dar tempo de julgar isso até lá em um mês e pouco...
Então vai ficar pro ano que vem, aí ótimo (...) amigo eu vou andando (...).
BERNARDO :
Mas teu voo é sete.
EDSON : Hã?
BERNARDO :
Teu voo é sete.
EDSON : Ah! É
sete? Eu não anotei cara, é Gol também, né? (...).
BERNARDO :
Ah, não! É nove.
EDSON : Nove
horas?
BERNARDO : É.
EDSON : Nove
da noite?
BERNARDO :
É... E eu peguei o último voo, não sabia que... talvez tenha, Santos Dumont os
caras te põem... deve ter.
(Fim da
gravação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário