Por Zezinho de Caetés
Eu havia começado, ontem, a escrever um texto para hoje,
sobre o “encalacramento” do governo
do PT, mesmo que o impeachment da Dilma não saísse este ano. Então, o mundo
caiu. E caiu feio sobre o governo e sobre todos nós, com a inusitada prisão do
Delcídio do Amaral, pelo STF.
Rasguei o que escrevi porque não tinha mais nenhum sentido.
Ontem foi “um dia de cão” para o
nossa linda Pátria que não está mais dormindo em berço esplêndido. Desde cedo,
os carros da Policia Federal cortavam as ruas para prender o senador e líder do
governo no Senado. Não desliguei mais dos meios de informação.
Tudo parecia um sonho para uns e um pesadelo para outros,
porque, como diz meu conterrâneo, o Lula, nunca, na história deste país, havia
um senador sido preso no exercício do mandato. Seria até lastimável se houvesse
motivo para se pensar numa crise institucional, envolvendo os poderes da
República. E tudo levava a crer que estaria assim configurado um conflito que
poderia nos levar a retroceder politicamente.
No entanto, quando se soube o motivo da prisão do senador
Delcídio, fomos obrigados a abrir um sorriso. O senador, agiu de uma forma tão
leviana, ao reunir-se com o filho do Cerveró, para comprar-lhe o silencia em
relação a ele na Lava Jato, que o Brasil inteiro deve ter gritado: “Deixa o cara na cadeia que ele merece”.
E foi o que aconteceu, mesmo contra a vontade de Renan
Calheiros, quando o Senado, em votação histórica, deu razão aos ministros do
STF, e deixou o senador no xilindró. Foi um dia, que, espero, seja mais um na
derrocada final do PT.
Hoje, eu poderia pegar qualquer texto para que vocês entrem
em detalhes sobre o dia 15 de novembro de 2015, que será lembrado nas escolas
no futuro, porque todos tratam disto, mas, escolhi logo dois deles para ficar
bem registrado para posteridade. O primeiro, é de Murillo Aragão, que tem como
título: “Forte revés para o governo”.
O outro é da Mary Zaydan, que no seu estilo leve e solto escreve: “Bandidos de estimação”, no qual cita uma
parte da fala da ministra do STF, na decisão de prender o Delcídio, e que aqui
reproduzimos para a posteridade:
"Na história
recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros,
acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois,
nos deparamos com a Ação Penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido
aquela esperança. Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O
crime não vencerá a Justiça. Aviso aos navegantes dessas águas turvas de
corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e
da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os
juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo
brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço
público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”
Agora leiam, para detalhes, o Aragão, e em seguida a Mary,
que eu vou voltar à mídia para ver qual será o petista da vez.
“A prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder da presidente Dilma
Rousseff no Senado, nesta quarta-feira, 25, arrasta o governo para o leito da
Operação Lava-Jato. Nos últimos meses, os articuladores oficiais tentavam jogar
a crise no colo do Legislativo, visando aliviar a pressão dos acontecimentos.
É a segunda notícia fortemente negativa para o Palácio do Planalto em
apenas 24 horas. Na terça-feira, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do
ex-presidente Lula, foi para a cadeia. Caso resolva falar o que sabe causará
imensos constrangimentos que podem, inclusive, atingir o centro do governo.
Pela manhã, a tendência do plenário do Senado, quando chegasse a hora
de apreciar a comunicação do Supremo Tribunal Federal referendando a prisão do
senador, era aprovar a decisão em votação secreta por maioria absoluta de
votos.
No início da noite, um grande número de influentes senadores passou a
advogar a revogação da prisão como forma de evitar que o caso Delcídio se
tornasse um exemplo, ameaçando toda a classe política. A oposição entrou com
mandado de segurança preventivo no Supremo defendendo o voto aberto, uma
maneira de evitar um acordão em benefício do líder do governo no Senado.
Definido o voto aberto e mantida a prisão, graças à forte pressão nas
redes sociais, se a demora for muito longa Delcídio corre o risco de acabar
cassado em uma circunstância parecida com a do ex-senador Demóstenes Torres
(DEM-GO), em 2012.
Com os dois fatos (Bumlai e Delcídio), o governo, Lula e o PT voltam a
ser alvos preferenciais da Operação Lava-Jato. O evento desmonta o argumento do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que a presidente Dilma fizera um acordo
com o Ministério Público para que as investigações se limitasse a ele, poupando
o Executivo.
A primeira reação da presidente foi afastar o senador Delcídio da
Liderança do governo, uma vez que ele é acusado de um crime – de obstrução do
trabalho dos investigadores. Perdeu as condições de representar o Planalto nas
negociações políticas com a Mesa e os demais partidos. Um nome dado com certo
para substituí-lo é o do senador Wellington Fagundes (PR-MT).
No curtíssimo prazo, a principal consequência de sua prisão é
comprometer a agenda de votações do ajuste fiscal, cujo processo de votação o
principal coordenador político, ministro Jaques Wagner, da Casa Civil, vinha
conseguindo acelerar aos poucos.
A aprovação do projeto da repatriação ainda este ano, pelo menos, está
comprometida, já que o senador era o relator da proposta. Na verdade, todas as
votações de interesse do Planalto voltam a ficar sob risco por conta do
episódio.
As votações da revisão da meta do superávit de 2015, assim como o
Orçamento de 2016, podem ficar comprometidas. Em especial, se a oposição e o
PMDB não colaborarem.
Outro ponto importante a ser destacado é que a suposta oferta de fuga
feita por Delcídio a Nestor Cerveró sinaliza que o conteúdo da delação premiada
do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras é consistente e muito
perigoso.
Quem ganha fôlego momentâneo com a prisão de Delcídio é o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha. Com tempo e espaço da grande mídia ocupados pelo retorno
do governo ao cenário da Operação Lava-Jato, cai para segundo plano a crise de
Cunha, em momento crucial de conflito aberto com o Conselho de Ética, que
examina sua cassação.
As atividades da Esplanada, Congresso e mercados sofreram forte impacto
com a prisão de um senador importante do partido do governo. Senado e Câmara não
tiveram condições de realizar sessões deliberativas, exceto a respeito da
prisão. Respingos do escândalo da Petrobras podem atingir novos personagens e
segmentos da atividade econômico.
Numa dimensão mais extensa, o episódio – por envolver o banqueiro André
Esteves, um dos mais importantes do país – tem repercussões graves no sistema
financeiro e levanta a hipótese de risco sistêmico pelas incertezas que o
acontecimento traz.
O duro golpe da prisão de um senador em pleno exercício do mandato –
líder do governo e do PT – coloca, mais uma vez, o governo no córner e revela
que a conjuntura política continua submetida às surpresas das investigações da
Operação Lava Jato, que lenta e sistematicamente vai esgarçando o sistema
político.
As hipóteses de impeachment, mantidas em 40%, são consistentes dada a
evidente fragilidade do entorno político do governo.”
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“Após a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e a divulgação das
gravações que não deixam dúvidas quanto às ações criminosas do líder do governo
no Senado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez publicar nota oficial
na qual, como de costume, dá mais um tiro no pé.
Falcão revela sua perplexidade diante dos fatos que "ensejaram a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do senador",
enumerando explicações e providências.
A primeira delas - "Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador
têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou
como simples filiado" - é um primor. Na pressa de formalizar
distanciamento de Delcídio, o presidente do PT acaba por confessar e assumir
que as "tratativas" dos demais petistas presos e condenados - Dirceu,
Vaccari e companhia - tinham relação com a atividade partidária.
A cumplicidade com os bandidos de estimação se complementa com o
segundo item da nota: "Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a
qualquer gesto de solidariedade". Ou seja, Delcídio, ao contrário dos
demais, não pode frequentar o painel dos "heróis do povo brasileiro".
Por fim, Falcão afirma que convocará, "em curto espaço de tempo,
reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção
partidária julgar cabíveis". Algo que só foi feito - e depois desfeito -
com o tesoureiro Delúbio Soares, quando o PT ainda não tinha adotado a
tangente, ditada por Lula, de que o mensalão não existiu.
Como bem disse a ministra Cármen Lúcia, "a desfaçatez venceu o
cinismo".”
DE RELANCE, PERCEBE-SE CLARAMENTE QUE, O BANDIDO PETRALHA(MAIS UM) DO DELCÍDIO DO AMARAL(PT-MS) PARECE MAIS UM SENADOR ALMOFADINHA COM AQUELE “JEITÃO VASELINA”. AGORA, PARTINDO-SE DO PRINCÍPIO DO MODUS OPERANDI DO CANALHÃO DE CABELOS LONGOS, SEDOSOS E MACIOS, PODEMOS CONSIDERAR QUE O GRANDALHÃO LADRÃO DO PETROLÃO, TORNOU-SE NO HOMEM-BOMBA PARA PONDERAÇÕES FUTURAS QUE VAI ABALAR TRAGICAMENTE AS MURALHAS DO PALÁCIO DO PLANALTO DA ANTA E, O ALICERCE DO MURO BAIXO, DONDE, ESTÁ EDIFICADO, EM SÃO PAULO, O INSTITUTO DO SEBOSO... SÃO TANTOS MALFEITOS COM TAMANHA FREQUÊNCIA QUE A PARTE TRAGICÔMICA DESSE FILME ASSUSTOSO, ESTÁ PARECENDO MAIS QUE O PETRALHISMO É UM SERIAL KILLER E O ALFREDO HITCHKOCK SEJA O PRESIDENTE DE HONRA DO PT. VEM POR AÍ, CENAS SINISTRAS E MACABRAS NESTE CINEMA DE SUSPENSE. TEREMOS PELA FRENTE, NOITES HORRIPILANTES, ASSUSTADORAS, ATERRORIZANTES...
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