Por Zé Carlos
Meus caros
leitores. A semana que passou não nos deixou muitos atos de humorismo, no
entanto, aqueles que apareceram foram de uma intensidade tão grande, que posso
repetir aquele velho chavão de que “mais
vale qualidade do que quantidade”. Óbvio que ele não se aplica às eleições
e aos eleitores, pois cada voto tem a mesma importância dentro da urna, sendo
comprado ou não, bom ou ruim, consciente ou inconsciente. E isto é bom e mau
como todas as coisas na vida. Isto se resolveria de forma imediata se os
desejos de Lula, em seu mais importante show de humor, depois que assumiu em
definitivo, como diz o Galvão Bueno, a presidência da república, que foi uma
entrevista que deu ao Roberto D’ávila, como declarados na seguinte frase:
“Eu espero que um dia Deus, vendo tudo
que está acontecendo no Brasil, carimbe na testa das pessoas o que ele vai ser
quando ele tiver um emprego, se vai ser ladrão, se vai ser honesto ou não. Você
sabe que muitas vezes aquele cara que parece que é um santo, na verdade é um
bandido. O que parece bandido é um santo.”
Claro, muitos
do que estavam assistindo à entrevista, como eu, ficaram esperando e implorando
a Deus, que Ele, em sua infinita sabedoria, mandasse o carimbo na testa dele,
para de uma vez por todas tirar as nossas dúvidas. Será que o Lula é um santo
ou um bandido? Mas, enquanto Deus não nos ajuda, só nos resta rir com ele e até
com outros. Como lá embaixo comentamos mais alguns trechos deste show
maravilhoso do nosso colaborador, cada semana com contribuições mais
importantes à nossa coluna.
A semana
também teve outras coisas que nos fizeram rir. Vejam por exemplo o prefeito do
Rio, o Eduardo Paes, quer que o Pedro Paulo seja seu sucessor. Mas que mal ou
que graça há nisto? Mal nenhum, mas, graça tem muito quando se soube que o
esporte favorito do seu candidato, o Pedro Paulo, é “caça à esposa”. Não, vocês não leram errado, não é aquele esporte
inglês aristocrático de “caça à raposa”,
é mesmo a esposa que ele caça e não as raposas, como o Cunha, o Renan, o Temer,
o Pezão, que são raposas felpudas da política nossa de cada dia. Dizem que ele,
na primeira caçada, deu um murro nela que extraiu-lhe um dente. O Paes
justificou que ela estava com dor de dente e que isto em nada deveria influenciar
em sua candidatura. Como isto é uma coluna de humor, temos que dar a palavra ao
Prefeito, quando foi informado a respeito:
“De forma nenhuma. [referindo à influência
das porradas dadas na mulher pelo candidato...]. Estamos falando de algo da vida
pessoal e familiar do secretário Pedro Paulo. Não estamos falando algo da
dimensão pública dele. Na dimensão pública, ele é o quadro mais preparado para
assumir essa função. Estou falando de alguém que, nesses sete anos de mandato,
foi o ‘primeiro-ministro’ do governo, gerenciando todas as nossas intervenções,
num governo que faz muito e de que a gente se orgulha. Portanto, não acho que
afeta em nada. Pedro Paulo vai ser o candidato apoiado por mim na minha
sucessão.”
Eu fico
imaginando se alguma mulher carioca ainda vai votar no Pedro Paulo. E, para,
começar mesmo a matar muitos de rir, vejam como poderia ser interpretado o Paes
de forma sucinta: “Lancei um candidato a
prefeito que espanca mulher, mas faz”, como diz um blogueiro. Isto é
impagável, depois do “rouba, mas faz”,
do Ademar de Barros, do “quanto mais
rouba, mais faz”, do Maluf, do “não
rouba, e não faz”, da Dilma, do “tem
contas na Suíça, mas faz”, do Cunha, temos ainda mais esta forma de
governar, que até agora não deu certo em lugar nenhum. Por exemplo, o Clinton,
nos Estados Unidos tentou lançar, o “é chupado,
mas faz” e quase não dava certo. Mas, como isto é Brasil, tudo poderá
acontecer, inclusiva a Dilma apoiar o Pedro Paulo.
E, como todos
devem ter visto, mais uma vez, a estrela maior da semana ainda foi o Eduardo
Cunha, sim, aquele mesmo que repete e repete, como presidente da Câmara de
deputados: “Daqui não saio, daqui ninguém
me tira...”, e continua perguntando: “Onde
é que eu vou morar?”. Esta semana, ele fez de tudo para que o Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados não continuasse o processo contra ele, com a
calúnia, segundo ele, de que ele tem contas na Suíça. Ele, igual ao Pedro Paulo
admitiu que já bateu, de leve, outras vezes na mulher, o Cunha já admitiu que
as contas estão lá, ele pode usá-las mas não são deles. Quando ninguém aceitou
as desculpas dadas por ele e querem lhe cassar o mandato de presidente da
Câmara, ele, simplesmente, mostra o que pode fazer um homem com o cargo dele. E
garanto, que, só vai rir do episódio, quem viu um bando de homens e mulheres
gritando para ele sair da presidência. Vejam o filme do UOL lá embaixo e
entenderão o que eu estou dizendo, para que riam com o inusitado da situação.
No entanto, a
melhor performance da semana, foi sem dúvida de Lula, em sua entrevista à
Globo. Claro, à Globo News, que ele tem um medo de panela que se pela. E logo
agora que ele já incorporou perfeitamente a Dilma, pois o que ele fez foi
mentir, mentir e mentir. O que mais me impressiona é sua capacidade de mentir
com tanta desenvoltura. Mas, é aí que está toda a graça dos seus shows. Vamos a
alguns trechos para deleite e felicidade de nossos 12 leitores.
Depois de
pressionar a Dilma para fazer uma reforma ministerial à moda Lula, e tentar
boicotar o trabalho do Levy, o tungado, ele disse na entrevista: “Eu não quero tirar o Levy nem quero
colocá-lo. O ministro da Fazenda é um problema da presidenta Dilma”. Mesmo
antes de quase ver o entrevistar bolar no chão de tanto rir, ele antes de
perguntar se era o Meirelles, sim aquele que poderia muito bem ser professor do
Levy, o aluno, Lula disparou: “Somente a
Dilma é que sabe. Eu tô vendo muito boato, muita bobagem. […] Eu às vezes vejo
coisas escritas que eu fico pasmo.”. E vejam bem a sutileza do seu humor,
quando admite que agora lê alguma coisa, e mais. Disse que já leu tantos
livros, que seus dedos não dão para contar.
E o ponto
alto da entrevista, se é que existiu um ponto alto em toda aquela patacoada do
Lula, foi quando ele disse que o seu filho, o Luís Cláudio Lula da Silva, que
alguns chamam de Lulinhazinho e outros de Luleco, para diferenciar do outro,
que encontrou o diamante na merda de um elefante e ficou rico, deveria provar
que é inocente, no caso em que ele recebeu mais de 2 milhões de reais, embora
não saiba porque recebeu. Muita gente, que não sabe que aquela entrevista era
apenas mais um show de humor dos tantos que o Lula comete quase toda semana,
ultimamente, pensa que ele traiu o filho, e que para se safar da cadeia bota o
filho no meio, sem o maior pudor. Claro que não fez isso, quando se sabe que a
pessoa que mais ele admira é sua mãe analfabeta, a Dona Lindu. Vejam o que ele
disse no show:
“Só tenho um valor na vida: é vergonha
na cara que aprendi com uma mãe analfabeta. Duvido que tenha neste país um
empresário que esteja na Lava-Jato ou não que esteja, que goste de mim ou que
não goste, que diga que um dia conversou qualquer coisa comigo que não fosse
coisa possível de ser concretizada.” E continuou:
“Fui presidente do sindicato (dos
metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema), fui presidente do PT, fui
presidente da República e nunca um desgraçado neste país falou assim para mim:
“Ô Lula, quero te dar
uma pera.” Se tem uma coisa que eu tenho
orgulho, é isso.”
Nesta hora, a
câmara focou somente o Lula. Comecei a me perguntar o porquê. Ora, todos vocês
que me leem, e que não sejam petista (parece que só tenho 3 leitores do PT,
mas, estão em vias de desistirem) sabem que a câmara não focou o entrevistador
porque ele tinha se retirado em riso convulsivo, igual a vocês estão agora.
Então, para
que não haja mortes hilariantes, termino por aqui, mas, vejam o curto vídeo do
UOL, se ainda puderem, e antes leiam o roteiro do resumo pelos seus produtores.
Tenham uma boa semana, que espero, seja
sempre mais risonha do que a anterior.
“Na última semana, a Câmara dos Deputados
viveu momentos de tensão quando o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
fez uma manobra para atrasar o processo contra ele no Conselho de Ética. A
deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) incorporou o personagem Capitão Nascimento, da
franquia Tropa de Elite, e pediu para que Cunha deixasse o cargo. “Levante
dessa cadeira, Cunha”, disse a deputada.”
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