Por Carlos Sena (*)
Calma. Não é literalmente em cima
de Alexandre, mas em cima da sua pertinente fala num dos “BOM DIA BRASIL”.
Alexandre, o Garcia, tem esse viés de dizer o que queremos ouvir nem sempre na
hora certa, mas no momento exato. Neste caso, o momento exato é o da EDUCAÇÃO e
todo o seu “ôba-ôba”. Porque educação que vive de “Ôba-ôba” já deixou de sê-la
faz tempo. Na fala do Garcia, ficaram claras algumas definições de educação
emitidas por pessoas ligadas a educação, mas não necessariamente educadoras.
Uma delas é o pouco uso da palavra PROFESSOR que alguns alunos chamam de “tio
ou tia”. Muitos estão sublocando e verbalizando o termo “educador”, “pedagogo”, para significar
PROFESSOR. Porque segundo o articulista, “se nasce professor”! Com isto eu
também concordo, bem como concordo que EDUCADOR seja o pai e a mãe e PEDAGOGO é
uma formação importante, mas que não suprime o Professor. Professor é o que
professa. Só professa quem tem o sentimento interior acerca de sua real vocação
de professar, independente das condições. Segundo o Garcia, Professor é tão
além de tudo isso que não deveria constar como profissão. Profissão seria
Médico, Engenheiro, etc., professor não. Professor é e pronto. Qual o médico ou
o engenheiro, físico, químico, etc., que não teve um Professor para inicia-lo
na vida? Um Professor na visão de Alexandre e na nossa não é aquele que apenas
cuida do saber formal, mas ele também interfere no desenvolvimento interior das
pessoas. Professor é aquele que além da matéria que ensina, ensina modo de
vida, decência, ética...
Portanto, em cima de Alexandre
não custa nada fazer esse breviário. Porque há muita gente por aí se dizendo
professora, mas que não passa de gente apenas com formação em Pedagogia ou em
magistério, porque não passaram em outro vestibular de maior complexidade. Como
se não fosse complexo ser professor! Assim, vale a pena lembrar aos pais que
tenham cuidado com os professores que ensinam seus filhos. Eles poderão sê-lo
no melhor sentido da palavra, mas há um risco muito forte de seus filhos
estarem entregues a “topeiras” da educação. Aqueles que mal sabem ensinar a
matéria curricular e ainda inoculam nas crianças preconceitos e outras formas
de viver totalmente equivocadas no que concerne à inversão de valores e
conceitos. Um Professor com “P” maiúsculo não tem dinheiro que pague, eu que o
diga, pois tive excelentes professores nos meus tempos de Grupo escolar e de
Ginásio.
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(*) Publicado no Recanto de
Letras em 13/08/2014
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