Por Zé Carlos
E a vida continua. Pelo menos a vida política, pois não sei
até quando eu vou aguentar o Guia Eleitoral. Eu desligo a TV no horário deste
guia, que não guia ninguém, com medo de morrer de embolia pela entrada de sujeira
nos meus vasos linfáticos ligados ao riso. Vamos rir, mas, como dizia meu pai:
Tudo de mais é veneno!
Foi uma semana que, se eu estivesse esperando novidades, até
seu meio, estaria frustrado pois foi muito morna, em termos políticos. Tirando o tombo que o Lula levou
num comício na Bahia, tudo se passou igualzinho como na semana passada. Dilma
acusando o PSDB de Aécio, que acusa o PSB de Marina, que acusa o PT a velha
política, que não acusa ninguém, pois todos dela se locupletam. Até sexta-feira
tudo parecia passar em brancas nuvens, quando os furões da imprensa, furaram a
Revista VEJA, que furou a Polícia Federal, que furou o Paulo Roberto Costa, que
não queria furar ninguém, mas, com tanta gente a furá-lo, começou a furar
também. Foi uma rima mas não uma explicação para o que a Veja trouxe de
novidade, esquentando a semana, ao ponto que temos que rir obrigatoriamente
para não chorar.
Meus senhores e senhoras, meus 6 leitores queridos, eu não
me comprometo, caso vocês continuarem a ler estas mal traçadas linhas, com suas
seguranças física e emocional. Mais uma vez a revista semanal me deixou
atônito, ao mostrar as pessoas que estão envolvidas com as maracutaias na
Petrobrás, antes a grande joia da coroa de todos os governos. Portanto se não
tiverem com os seus check-ups em dia, parem por aqui.
Eu, pessoalmente, quando li lista de pessoas envolvidas
fiquei me perguntando, por que eu não estava surpreso com ela. Sei que o que a
revista publicou é apenas uma parte dos envolvidos no assalto aos cofres
públicos, segundo ela. Se surpresa houve foi apenas a falta de algumas pessoas,
que provavelmente virão em outras listas por aí, provavelmente o Maluf já por todos esperado pela sua expertise em malufar.
Antes de começar a rir para não chorar eu fixei minha
atenção no baixo índice percentual das propinas envolvidas. Segundo a Veja,
durante a delação premiada do Paulinho (como era chamado pelo o Lula o assessor
delator premiadíssimo, que abriu a boca), as pessoas que se beneficiaram só recebiam 3% das
verbas envolvidas, um percentual baixíssimo para o nível de corrupção no
Brasil. Ou seja, o escândalo foi coisa de país civilizado. Dizem que na
Dinamarca o percentual está na casa dos 0,000003%. Em países irmãos do Brasil,
pelo menos na era Lula, como a Venezuela, chega a 20%, fácil, fácil. Como se vê
ainda estamos bem na fita. Dizem as organizações encarregadas de estudar a corrupção
no mundo que o Brasil é o 62° no ranking mundial. Ou seja temos solução ainda,
mas, tenho certeza que com este caso da Petrobrás passaremos aos últimos do
ranking. E para ser franco acho que nunca se corrompeu tanto em tão pouco tempo
nos últimos 12 anos. Ainda bem não saímos do Mensalão, do qual resultou prisões inéditas, já estamos em outra.
Mas, vida que segue. E vida política que é dureza, e é para
seguir, porque precisamos dela. E eu só estou esperando nos novos debates, para
ver como a Dilma e a Marina explicam o envolvimento dos seus aliados (vivos ou
mortos) no esquema do Petrolão, como já está sendo chamado o novo escândalo da
República. Porque as explicações que eu vi até agora só apenas me deram vontade
de rir mais ainda para evitar o choro convulsivo. Marina disse que eram apenas
“ilações” e a Dilma que era apenas “especulação”, enquanto a Polícia Federal
diz que foi apenas “delação”. E revista
Veja diz que “qualquer semelhança com o mensalão, não é mera coincidência”, tem
tudo a ver. A única diferença é que as cifras usadas para corromper políticos
gira em torno de bilhões de reais. O mensalão girava num montante mil vezes
menor.
E como diz uma radialista aqui em Recife: “Durma-se com um
bronca dessas!”. Eu penso que nem podemos dormir e nem chorar. Temos que rir e
deixar para chorar depois das eleições se o povo votar, novamente, errado. E seria possível não rir muito quando ouvi ontem no Fantástico da Rede Globo de que os envolvidos disseram que são todos inocentes? Agora só falta ser eleito aquele para quem será cantado o coro: "Fulano, guerreiro do povo brasileiro!". Se pelo menos o Zé Dirceu estivesse envolvido seria o Fulano da vez. Estou apenas esperando que o PT escolha o Fulano, para cair na gargalhada.
E o filme do UOL, de que trata hoje? Da delação? Não.
Infelizmente, parece não ter dado tempo para que seus produtores abordassem o
tema que a Revista Veja trouxe e que, outra vez, faz a república tremer. Eles
abordaram o debate do SBT, pela Folha de S. Paulo e pela rádio Jovem Pan, além
do próprio UOL. Confesso que não vi todo o debate, porque errei de horário. Só
vi o final, e foi o suficiente para constatar o que seria motivo de riso. Mas, vendo o filme
agora, vi que o Levy Fidelis é impagável. É o único candidato a presidente
realmente profissional, e dizem que ele já tem carteira assinada e tudo pelo
PRTB, cujo fundo partidário é de míseros 100.000 reais, que não dá nem para pagar um salário
compensador para tal grau de profissionalismo. Ele só poderia ser ultrapassado
pelo Eymael que não sei porque não participou.
Ri mais com a Vera Verão que ficou danada com o recuo de
Marina em relação ao casamento gay. Só faltou mesmo Ronaldo Caiado para
perguntar à candidata quando ela iria comer um churrasco lá na Agronegócio S.
A.. E pelos seus recuos o convite já foi aceito. E o Aécio coitado, agora já
chamado de Seu Flor e suas duas mulheres, é que lucrou com o novo escândalo do
século. Até agora ele não foi citado pelo Paulinho do Lula, e parece que
mensalão mineiro, diante do Petrolão é um pingo de petróleo no pré-sal.
Em suma, tenho certeza que o Petrolão ainda renderá muito
esta semana que entra, e a eleição se tornará cada vez mais emocionante. Façam
check-up e não percam o próximo capítulo, muito choro e muito riso são
esperados. Agora fiquem com o resumo do roteiros dos produtores do UOL e vejam
o filme de hoje logo abaixo.
“Sete candidatos a
presidente participaram na segunda-feira (1º) do debate eleitoral promovido
pelo UOL, pelo SBT, pela Folha de S.Paulo e pela rádio Jovem Pan. Parece que os
ares do SBT, onde o debate foi realizado, mexeram com os presidenciáveis. O
candidato Levy Fidelix (PRTB) lembrou o personagem João Plenário, interpretado
por Saulo Laranjeira em A Praça é Nossa.
As polêmicas da
campanha durante a semana também remeteram a personagens e passagens do
programa humorístico. O que Vera Verão (Jorge Lafond) diria do recuo da
candidata Marina Silva (PSB) a respeito do casamento gay? Marina, aliás, foi
muito apertada pelos adversários durante a semana. Parecia o Homem do Telefone,
interpretado por Canarinho. Caindo nas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) está
parecendo o personagem Phipho (Rony Rios).”
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