Por Zé Carlos
Hoje estou alegre. Não era prá menos. Vi ontem na pesquisa
do Datafolha que a candidata Dilma reagiu e já pode até ganhar no primeiro
turno. Alegria por isso? Não. Alegria maior ainda por soube pelas análises que
foi o Nordeste que proporcionou esta virada da candidata. Alegria por isso?
Não. Alegria apenas pelos meus 6 leitores desta coluna semanal, que continuarão rindo.
Como vocês sabem a Dilma é a maior colaboradora desta coluna
quase todas as semanas. Eu lembro até daquela personagem de uma novela que
dizia lá na Praia de Ramos: “Cada
mergulho é um flash!” . Em relação a Dilma podemos dizer que “cada fala é um riso!”. Talvez eu não
pudesse mais escrever esta coluna e nem meus leitores rirem sem a sua colaboração
diuturna. E saber que o Nordeste está contribuindo com este resumo semanal, eu
só tenho a agradecer a este povo sofrido de minha região, que se embrenhou pelo
Bolsa Família e eu não vejo perspectiva de saída, com o lema: “se Dilma está com nós, quem será contra nós?”
Antes era o Lula, o Padre Cícero e até o Antônio Conselheiro, e, indo fundo na
história, o primeiro foi o Dom Sebastião. Povo crente está ai.....
Para não dizer que estou inventando coisas, e que estou
elogiando ou babando o ovo da candidata (meus queridos, como ela costuma dizer
com aquele seu ar maternal, não estou dizendo que ela tem ovo nem o põe, isto é
apenas uma figura de linguagem) vejam qual é sua reação quando ela diz
(obrigado Zezinho pela sua colaboração em seu bom texto aqui):
“Retomamos o
investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado.”
“A taxa de inflação
anual tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada
pelo sistema de metas.”
“Não descuramos da
solidez fiscal e da estabilidade monetária.”
“Protegemos o Brasil
frente à volatilidade externa. Soubemos dar respostas à grande crise econômica
mundial, deflagrada em 2008.”
“Se em 2002, mais da
metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje 3 em cada 4 brasileiros
integram a classe média e os extratos superiores.”
“Outro valor
fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção.”
Eu não sei vocês, mas eu só não bolo de rir porque estou
sentado, escrevendo este texto. Se gostam mesmo de rir, voltem e releiam com
atenção. Mesmo aquela dançarina do programa do Chacrinha, que não sorria nunca
(seria a Rita Cadilac?), iria dar gargalhadas gerais se entendesse isto. E só
quem não rir é aquele que não tem como se informar bem. No entanto, hoje com a
quase generalização das comunicações (Dilma diria que foi mais uma obra do PT)
até o nordestino pode rir com as falas dela pela televisão. E este povo pobre e
ordeiro quer mesmo é sorrir, e não entender coisa alguma. E agora tenho a
perspectiva de que esta coluna poderá subsistir por mais 4 anos, para que não
falte riso a este país, nem aos meus parcos leitores.
E vejam se cada fala não é um riso! Eu confesso que quando
as li, nesta ordem, ainda aguentei até a última. Mas, quando ela falou que seu “valor fundamental é o respeito à coisa
pública e o combate sem tréguas à corrupção”, eu tive que parar de fazer o
que estava fazendo e rolar pelo chão de tanto rir. Eu ficava imaginando o que
Zé Dirceu, o Delúbio e o Genoíno estavam fazendo durante todo o tempo em que
ela militou pelo governo. Imagino o que ela disse ao Paulo Roberto Costa, o
Paulinho da Petrobrás, quando ele foi cumprimentá-la no casamento de sua filha.
E ao Renan? Será que o Alberto Youssef foi convidado pela Dilma Roussef? Antes
era uma rima e uma solução. Hoje, nunca se viram. Não aguentava mais de rir ao ponto de ter que
me voltar para outro assunto para ver se não morria.
Viro uma página da semana e lá vem a Dilma outra vez, e
agora direto do auditório da ONU para o mundo, depois de fazer um imenso
comício, que os presentes não entenderam nada porque ninguém, nestes cantos,
sabe português com exceção do chanceler português que faltou propositalmente.
Os outros, já precavidos, tiraram os fones de ouvido para não ouvirem a
tradução. Desculpem se os forço outra vez a rir, pois ainda tem um filme para
vocês assistirem. Porém não posso deixar de apresentar o que a Dilma disse
sobre as ações do Estado Islâmico (EI), que vive assombrando o mundo lá pelo
oriente médio, querendo tornar todo mundo um seguidor de Alá, e quem não quiser
“vai pro pau”:
“Lamento enormemente
isso [ataques aéreos na Síria contra o EI]. O Brasil sempre vai acreditar que a
melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU. Eu não acho que
nós podemos deixar de considerar uma questão. Nos últimos tempos, todos os
últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência. Perda de vidas
humanas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar
ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências.”
Mesmo se não fosse pela reação do mundo em relação aos
bandidos do EI, da qual falar contra já é uma grande piada, a nossa governante
faz um raciocínio tão profundo quando as o Açude da Nação, lá de Bom Conselho,
em época de seca. Dizer que os conflitos envolvem baixas dos dois lados é algo
tão inteligente quanto dizer a melhor forma para resolver conflito é o diálogo.
Eu não sei de onde a candidata foi tirar algo tão profundo para servir aos
objetivos de nossa coluna que é fazer rir.
Se eu fosse escrever sobre as peripécias da candidata na
semana que passou, vocês não aguentariam nem ver o filme que está lá embaixo.
Não farei isto, mas, recomendo que vejam a entrevista da Dilma ao Bom Dia
Brasil, que foi quase uma “stand up
comedy”, mesmo que ela passasse o tempo todo sentada, mas, falou sozinha o
tempo todo. Foi muito mais hilária do que o Rafinha Bastos, o Fábio Porchart ou
o Leandro Rassum. Ri mais do que quando ela disse, tempos atrás: “Ontem eu disse ao presidente Obama que era
claro que ele sabia que depois que a pasta de dentes sai do dentifrício ela,
dificilmente, volta pra dentro do dentifrício, então, que a gente tinha de
levar isso em conta…”. Afinal de contas, não saber que dentifrício é o
mesmo que pasta, não é um grande problema pois seu governo distribui muitas
dentaduras aqui no Nordeste, e por isso ela é tão querida por aqui.
Santo Deus, e os outros candidatos não fizeram nada risível?
Que discriminação é essa desta coluna absolutamente neutra em termos políticos.
Só apenas poucas coisas para não perder o hábito.
O Aécio ainda acredita que vai para o segundo turno, quando
vai perder até em Minas, e Marina acha ainda que vai governar com os bons.
Dizem que ela já convidou o Papa Francisco, o Dalai Lama e o Pastor Edir Macedo
para assessorá-la. É claro que ela também convidou o Lula, que infelizmente não
pôde aceitar porque espera ser secretário do Alexandre Padilha em São Paulo.
Só nos resta citar um grande filósofo de Bom Conselho que
dizia: “Quando se tem que ser safado para
combater a safadeza é porque tudo virou uma safadeza só”.
Vamos ao filme então, que esta semana veio muito curtinho.
Talvez porque os seus produtores não tenham lido a Veja desta semana nem a
propaganda gratuita de Dilma de sábado. Bastava apenas estas duas notícias para
que o filme despertasse mais humor do que o caso de “Lula e suas duas mulheres”. Não seriam três contando com a
Rosemary, ou quatro se incluirmos a Marisa? De qualquer forma, ouvir que a
Dilma agora, depois de 4 anos de governo resolveu combater a corrupção é
impagável. Só faltou ela dizer que ao deixar o Paulinho dar dinheiro ao Palocci
para ajudar em sua campanha em 2010, fazia tudo parte do seu plano, que será
lançado agora se reeleita for. Estou quase acreditando no grande filósofo de
Bom Conselho.
Mas não deixem de ver o filme, pois ver Lula dançar é uma
alegria só. E ainda tem a discussão da Dilma e da Miriam Leitão para ver quem
tem a barriga maior. O que é que vocês acham? “Pois é a vida é complicada”. Então riamos! Como pediria o Maluf no
final do filme, logo após o Aécio pedir ajuda a Padre Cícero. Eita região
querida este Nordeste. Em época de eleição ninguém esquece dele.
Agora leiam o resumo dos produtores do UOL, ou se não
quiserem redundância vão direto para o filme. Não morram de rir. Ainda temos
uma semana antes da eleição, com um segundo turno no meio, até janeiro. E se a
Dilma for reeleita, esta coluna, que tenta ser engraçada, vai bombar.
“Existe um triângulo
amoroso político nas eleições? Em comícios realizados na Grande São Paulo, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior cabo eleitoral de Dilma Rousseff
(PT), disse amar a candidata Marina Silva (PSB), ministra do Meio Ambiente
durante seu governo.
Lula ponderou, no
entanto, que eleição não é questão de amor, explicando a preferência por Dilma.
No começo de setembro,
o petista fez críticas à candidata do PSB, que chegou a chorar e a se dizer
injustiçada. Durante a semana, em entrevista à TV Globo, Marina comentou o
assunto e afirmou que chora porque é sensível.
Em entrevista à mesma
emissora, a presidente Dilma Rousseff divergiu da jornalista Miriam Leitão sobre
os efeitos da crise econômica mundial no país. As duas entraram em uma
discussão sobre o tamanho da “barriga” da economia brasileira. Quem tem a maior
barriga do mundo?
Atrás de Dilma e
Marina nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSDB, Aécio Neves,
resolveu pedir ajuda ao Padre Cícero na eleição. Será que o padre gostaria do
que a equipe tucano fez em São Paulo? Tratada como “coisa de elite”, a
cachorrinha Duda, de uma simpatizante do senador mineiro, foi barrada em um
evento do candidato.
E o deputado federal
Paulo Maluf (PP-SP), barrado pela Justiça Eleitoral por causa da lei da Ficha
Limpa, adotou o lema do palhaço Bozo e mandou sua equipe sorrir.”
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