Por Zezinho de Caetés
Ontem escrevi aqui que haveria uma demanda de Prozac, quando
novembro vier, impulsionada pelo povo do PT que deixaria a terra prometida por
Lula, depois deste descobrir que a terra não era só dele. A Marina,
provavelmente, obterá o seu quinhão a partir de 2015, e adeus PT. Adeus à boca
livre do dinheiro público para, em nome dos pobres, deixar ricos até aqueles
que habitam a Papuda.
Hoje leio um texto do Sandro Vaia, que é impossível deixar
de comentar, mesmo que os meus comentários sejam apenas redundantes. Ele tem é
que ser mesmo divulgado e lido, por resumir, com sensibilidade, humor e
expertise literária a saga do Lula, quando descobriu alguém mais pobre do que
ele, que está pedindo passagem. O Vaia intitulou o texto de “Marina de Wall Street” (Blog do Noblat –
19/09/2014), que é a caricatura que o PT está apresentando da Marina para meter
medo nos eleitores, da mesma forma que a Regina Duarte meteu medo, pelas
promessas do PT, na campanha de 2002.
Naquela época foi necessária uma Carta ao Povo Brasileiro,
na qual o Lula prometia que, se eleito, tudo continuaria onde o FHC tinha
colocado. E enquanto esta promessa foi cumprida, tudo ia bem com nossa
economia. No final do seu segundo mandato, já vendo que o título de “neoliberal” (que até hoje não sei o que
significa) havia nele pegado, resolveu usar o “Tudo pelo Social” do Sarney, seu aliado de primeira hora, para
comprar votos para a Dilma em 2010. En passant
li ontem que o Sarney criticou duramente a Marina. Concordo com quem disse: “Eita candidata de sorte”. Ser criticada
por certos políticos no Brasil é vitória na certa.
E o resto todos já sabem. A gerenta presidenta, que nunca
foi nem gerente nem presidente, quis ir além de seu criador, tentando passar
por faxineira e no final, nem isto conseguiu. Voltou de braços dados com o lixo
da política brasileira para garantir mais um tempo para o PT.
Foi então que, mesmo não sendo de minas, surgiu a pedra
Marina no meio do caminho ou talvez uma floresta inteira para sufocá-los. E
eles, os petistas, presos e soltos, estão desesperados. Leiam o Sandro Vaia e
vejam como isto está ocorrendo com o Lula, que agora deu para abraçar prédio
junto com Pedro Stédile, o maior enrolão desta república que está para morrer,
e dá lugar a uma nova. Eu só espero é que a
República da Floresta seja um pouco melhor para o Brasil do que a república do
lulopetismo. Pensando bem, se for pior, que Deus tenha piedade de nós.
“Campanhas eleitorais produzem milagres.
Transformam Neca Setúbal, por exemplo, a notável educadora de 2012
convidada a integrar o governo revolucionário do cicloviário Fernando Haddad,
num pérfido logotipo do Itaú interessado em obter perdão de suas dívidas e
defender a autonomia do Banco Central para agradar a neoliberal Marina Silva,
seringueira de Wall Street.
Marina de Wall Street quer, num golpe de mestre, tirar a comida da mesa
das crianças brasileiras para reforçar o banquete dos banqueiros.
En passant, a seringueira quer eliminar o Bolsa Familia, o 13o salário,
as férias, o salário mínimo e acabar com esse mar de abundância que passou a
assolar a mesa dos pobres brasileiros depois que o PT colocou a miséria fora da
lei.
Mas isso Marina de Wall Street não vai conseguir porque o coração
valente de Dilma Rousseff não permitirá que aconteça, “nem que a vaca tussa”.
Estamos falando apenas dos lances mais edificantes e mais educativos da
campanha eleitoral. Há também as baixarias, como a ameaça daquele Stédile –
dos-sem- terra, de colocar sua gente nas ruas “todos os dias” para evitar que a
ex-fada da floresta, mesmo que escolhida equivocadamente pelo povo, aplique o
veneno neoliberal diretamente nas veias da Nação.
No pasarán!
E os que já passaram não querem nem pensar em comprar o bilhete de
volta.
Alternância de poder, desde que seja uma alternância interna - esse
parece ser o lema da versão revista e reduzida do tipo de democracia com o qual
o PT sonha nas noites de verão.
Uns 40 mil cargos de confiança clamam aos céus: daqui não saio, daqui
ninguém me tira.
Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem castigar. O
“abraço” na Petrobras, liderado por ex-lider sindical e ex-presidente da
República com o rosto visivelmente afogueado e a fala transtornada, exala
desespero.
O tratamento que estava reservado aos inimigos de alma, os tucanos de
sempre, gêmeos separados no nascimento, teve que ser desviado à criatura
nascida e aleitada no mesmo berço, ungida não só pela infância pobre e uma
história de vida semelhante à daquele que acredita que o Brasil é obra dele,
mas também por uma trágica viuvez política que aumentou seu ar de madonna
addolorata e seu cacife de votos.
Como Marina não é elite branca, não é liberal, como teve uma origem
pobre, como é magra, frágil, diáfana, não é gerentona, nunca teve uma loja de
R$ l,99 nem pode ser chamada de tucana, o PT não sabe como desconstrui-la sem
dar um tiro na própria cabeça.
Talvez por isso Lula e o PT não saibam o que fazer com a faca que
colocaram entre os dentes.
Marina de Wall Street, definitivamente, foi a mais indigente das
invenções retóricas de seus intelectuais organicamente serviçais.”
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P.S: Eu não sou a favor do Bolsa Família como ele foi aplicado pelo Lula e Dilma, como forma de escravizar os eleitores pobres, sem mostrar-lhe uma saída. Espero que a Marina não faça o mesmo. O que não pode ser dito é que ela é contra o programa, apenas para fazer terrorismo eleitoral. Vejam este video: (Zezinho)
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