Por Zezinho de Caetés
Ontem ao fuçar pela mídia, escrita, falada, blogada e
televisionada, deparei-me com as notícias das pesquisas e manchetes eleitorais
e esportivas, que me deixaram mais alegre, e até mais otimista em relação ao futuro
do nosso país. E isto porque estou vendo meu conterrâneo Lula apelar quase
todos os dias para sua verdadeira vocação: enganar para subir. É certo que na
parte esportiva, eu fiquei pessimista porque o Dunga foi confirmado como novo
técnico da seleção. Mas, pensando bem, se Dilma for reconhecida com a Mulher do
Dunga, além de Mãe do PAC, o desastre para ela em outubro será grande.
Alguns dirão que eu estaria falando de todos os políticos, quando
falo em enganar e subir, e pode até ser, com as honrosas exceções, mas o Lula
sempre foi especial. E agora está se sentindo acuado porque ficou arrependido
de não ter pegado logo a candidatura e ser ele mesmo o candidato a presidente,
deixando a gerenta presidenta que ele mesmo criou de lado. Ela diz agora que “daqui não saio, daqui ninguém me tira”.
Mas, quem acreditar que ela tem força para impor isto não conhece o Lula e sua
trupe. Esta está encastelada em todos os lugares, apenas esperando que as
pesquisas digam com mais certeza, quem vai realmente para o segundo turno, se o
Aécio ou o Eduardo.
Como tudo indica que será o Aécio (e será que o Eduardo continuará
oposição ou vai de Dilma, no segundo turno?) o Lula já começou a agir. O texto
abaixo, do Ricardo Noblat, publicado em seu blog em 21/07/2014, tendo como
título: “Me acode, Lula!”, mostra
com maestria o que poderá ser o novo volta
Lula, agora com a gerenta presidenta sendo tida pelos asseclas de Lula com
a geranta presidanta.
Pelo que vocês lerão abaixo, poderão concluir que ele está
desesperado, porque, se perder, vai ter a Papuda se abrindo à sua frente. Vi um
vídeo de um evangélico, o Pastor Silas Malafaia, que transita pelo YouTube (ver lá embaixa, depois do texto do Noblat),
onde ele acusa abertamente o Lula de espertalhão, incluindo o seu filho Lulinha
como grande beneficiário de suas maracutaias. Ele, o pastor, pode até estar
errado mas que o Lula vai ter que explicar, isto vai. Aliás, ele ainda não
disse nada sobre as acusações do Romeu Tuma Júnior, em seu livro, que o acusa
de tentar assassinar sua reputação, além da versão exata da morte do Celso
Daniel.
Se o Lula ou a Dilma não forem eleito, mesmo sem o Joaquim
Barbosa na ativa, a justiça vai chegar para ele, mais dias, menos dias. Quando
ele hoje diz que “A política está
apodrecida no Brasil” e é preciso que acabar com a farra dos partidos que
se vendem em troca de tempo na TV, pode-se ver que seu desespero chegou ao
supremo grau de ebulição. E é por isso que estou otimista com as eleições de
outubro, pois sei que o meu conterrâneo, o Lula, não dá ponto sem nó. O desespero é grande.
Fiquem com o Noblat, na esperança de que o “Me acode, Lula” dê certo, e ele venha se
molhar, porque entrou na chuva há muito tempo e agora, queira Deus, fique todo molhado
com a chuva que cairá em São Paulo, mesmo contra sua vontade. E respondendo à
pergunta final do jornalista eu diria que não acredito em nada que Lula diga.
Chega de enganação.
“Quem disse indignado na semana passada: “A política está apodrecida no
Brasil”?
E quem disse: “É preciso acabar com partidos laranjas, de aluguel, que
utilizam seu tempo [de propaganda eleitoral no rádio e na TV] para fazer
negócio"?
Por último, quem disse que deveriam “ser consideradas crime
inafiançável doações de empresas privadas para partidos”?
Está de pé? Melhor sentar. Foi Lula quem disse. Acredite!
Estou de acordo: não é de hoje que Lula diz o contrário do que faz. Ou
afirma algo que nega amanhã. Ou simplesmente reescreve fatos conhecidos.
Procede assim porque acha que a política é para ser feita assim.
Aprendeu de tanto observar os costumes alheios quando era líder sindical ou
político novato.
Aprendeu, também, depois de perder três eleições presidenciais
seguidas.
Agora, chega! – concluiu em 1998 ao ser derrotado pela segunda vez por
Fernando Henrique. Deve ser por isso que sempre o trata mal. Parece esquecido
de que foi cabo eleitoral dele.
Adiante.
Lula mandou chamar à sua presença o presidente do PT, à época José
Dirceu. E ordenou-lhe que jogasse as regras do jogo para elegê-lo. Não estava
mais disposto a bancar o bobo.
A semente do escândalo do mensalão caiu em terra fértil quando Lula, na
companhia de José Alencar, seu futuro vice, assistiu à compra por pouco mais de
R$ 6 milhões do apoio do PL do então deputado Valdemar Costa Neto.
O negócio foi fechado em um apartamento de Brasília. Lula e Alencar
ficaram no terraço. Dirceu, Delúbio Soares, tesoureiro do PT, e Valdemar, se
trancaram num quarto.
O efeito devastador sobre o governo do escândalo do mensalão obrigou
Lula a convocar uma cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir
desculpas aos brasileiros.
Uma vez terminado o julgamento do mensalão, disse que ele jamais
existiu. E acusou o Supremo Tribunal Federal, cuja maioria dos ministros foi
nomeada por ele, de ter se curvado à pressão da mídia.
Incoerência? Que nada. Esperteza!
Em 2005, Severino Cavalcanti (PP-PE), presidente da Câmara dos
Deputados, renunciou ao cargo e ao mandato para escapar de ser cassado.
Recebera um mensalinho pago pelo dono de um restaurante.
Lula saiu em defesa dele três anos depois. Afirmou que o respeitava
muito. E culpou parte da “elite paulista” pela queda de Severino. Ainda não
existia a “elite branca” capaz de vaiar Dilma.
A um amigo, em conversa recente, Lula referiu-se a Dilma como “aquela
mulher”. Lamentou não ter combinado abertamente com ela que a substituiria já
este ano como candidato a presidente.
Dilma conta a história de que consultou Lula sobre seu desejo de voltar
ao poder. E diz que ele negou o desejo.
Antes de se lançar candidato do PSB à vaga de Dilma, Eduardo Campos
ouviu de Lula que não disputaria a eleição.
O “Volta, Lula!” esfriou. O “Me acode, Lula!” só faz esquentar. Para
tristeza de Dilma.
Ela imaginou que chegaria às vésperas da eleição deste ano menos
dependente de Lula. Mas não. Em primeiro lugar, depende de Lula para se
reeleger. Em segundo, do engenho e arte do seu marqueteiro.
O tempo de propaganda eleitoral de Dilma será três vezes maior que o de
Aécio e cinco vezes maior que o de Eduardo. Por que?
Porque Lula costurou uma aliança de 10 partidos, a maioria de aluguel,
que doou a Dilma seu tempo de propaganda em troca de dinheiro e de cargos no
governo.
Se tudo der certo, Lula promete acabar com os meios reprováveis que
teriam ajudado Dilma a se reeleger.
Você acredita?”
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