Por Carlos Sena. (*)
Das histórias do passado, em Bom
Conselho, lembro-me de algumas singulares. A primeira delas era a que contava a
história de uma menina que bateu na porta de seu Costa que era dono de uma
bodega: Sr. Costa, tem pasta? - Tem não, nega besta, tem bosta, você gosta? -
Mas seu Costa que resposta?
A segunda seguia no mesmo
diapasão. A mesma menina teria batido na porta da casa de Sr Tatá: Sr. Tatá tá?
E a esposa de seu Tatá responde: seu Tatá num ta não, mas a mulher de seu Tatá
tando é mesmo que seu Tatá tá. Tá ou num tá?
A terceira é uma história que se
diz aconteceu por lá com um garoto que veio a ser, mais tarde, prefeito da
cidade. Na época Manoel (nome fictício) foi comprar sabonete na loja de Seu
Joaquim, o pai de Tiana. Essa loja de seu Joaquim era um"Vuco-Vuco" -
vendia de um tudo. Meio que um shopping tupiniquim. Pois bem: o pai de Manoel
teria lhe recomendado a compra de um sabonete LEVER (da Gessy LEVER, lembram?),
e lá se foi Manoel: Sr. Joaquim, quero um sabonete "leve". Seu
Joaquim colocou vários sabonetes no balcão e Manoel pegou um, pegou outro e não
comprou nenhum. Em casa, disse ao pai que nenhum sabonete era leve, pois ele
pegou em todos e todos eram pesados.
Corre a boca miúda essa história como sendo ver-dedeira. Mais dadeira do
que pra se ver.
Esta, A quarta e ultima eu
garanto que foi verdadeira, pois eu fui testemunha auricular: Sr. Adnísio
Padilha pedia para Tadeu (um amigo de infância) ir até lá em baixo, perto da
ponte do Colégio, ver se ele, Adnisio, estava lá. Tadeu não só ia, como na
volta dizia: Seu Adnisio, o Senhor num tava lá não. Depois de muito tempo,
vendo a gente rir a esmo, era que ele, Tadeu, sentia a "ficha cair".
Nunca mais eu vi o Tadeu. Depois da música "seu delegado prenda o
Tadeu", até pensei que fosse ele,
meu amigo, o inspirados da canção.
Entro por uma perna de pinto saio
por uma perna de pato, quem quiser que
conte mais quatro.
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(*) Publicado no Recanto de
Letras em 20/05/2014
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