Por Carlos Sena (*)
Alguém pode não crer na doutrina
espírita. Isso é bom, inclusive, para mostrar que essa doutrina, diferente das
demais, não fica angariando adeptos, não vende corrente, nem rosa ungida, nem
manto sagrado, nem dízimo, nem... Ela se faz no silêncio das convicções.
Edifica-se no tripé AMOR, CARIDADE E PERDÃO. Todo seu trabalho doutrinário
acontece na lógica do "dar com a
mão direita sem que a esquerda perceba". Por isso se tem tornado um oásis
que abriga a todos indistintamente. A doutrina espírita não separa pecado de
pecador, mas busca que todos se transformem em pescador de boas sementes para
uma nova construção moral do planeta. Essa construção moral, implica numa ética
que conduza os seres humanos a uma convivência sem julgamentos interpessoais
tão geradores de preconceitos. Como doutrina, abriga a todos e não prega nem
incita o ódio contra negros, mulheres, gays, judeus, prostitutas, cafetinas,
rameiras, etc. Talvez por isso e pelo seu compromisso com o amor, a doutrina
Kardecista caminha silenciosa por entre os mercadores da fé que tudo vendem e
que a muitos engabela.
Assim, nunca será demais plantar
um grão de entendimento endereçado àqueles que, por ventura, estejam
desanimados, achando que "todas calçam 40" como na política.
Se alguém quiser observar um dos
ditames fortes dessa magnífica doutrina disponha-se a vê-la acontecendo no seio
da sua própria família. Verá que cada membro carrega consigo uma missão; que
cada um tem uma idiossincrasia (ou várias) e que na intimidade, há inúmeras
diferenças sendo convocadas pela "espiritualidade"; vera, outrossim,
que quando crianças são todos unidos, mas que adultos se tornam indiferentes.
Ou não sendo indiferentes são pouco afeitos aos laços familiares. A
espiritualidade tem um árduo trabalho para reunir as pessoas que compõem as
famílias aqui na terra. Até porque somos um planeta de expiação e provas. Claro
que quem não é espírita dificilmente crê nesses princípios. Mas, independente
de crença ou não crença, a grande maioria já desperta para uma leitura da vida
através da intuição, da lei do retorno, dos processos cármicos. E pela compreensão de que na vida não existe
acaso e que muitas vezes somos nós que, limitados, não alcançamos os
movimentos.
Que diremos da REENCARNAÇÃO?
Maktub, porque "já está
escrito"
Maktub, porque "já está
escrito"
Maktub, porque "já está
escrito"
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(*) Publicado no Recanto de
Letras em em 23/05/2014
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