Por Zé Carlos
Os vídeos do UOL estão cada dia com menos humor, e só apenas
ontem (devido a viagem) eu o vi e só ri mesmo quando um jornalista declarou que
“pau que dá em Francisco também dá em
Chico”. No fundo, no fundo é a discriminação que ainda existe no sistema
prisional brasileiro (e em outros setores, que agora não vêm ao caso), onde
todos deveriam ser iguais perante à Lei mas uns se consideram mais iguais do
que os outros.
O Rap dos Punho Cerrados, se vocês prestarem atenção à
letra, verão que é uma realidade do Brasil. Atualmente, nem todos os bandidos
são iguais e alguns pedem e obtém privilégios inalcançáveis ao João de Manoela,
que era um ladrão de galinhas lá em Bom Conselho, e que as famílias que possuíam
as penosas no quintal, ficavam alerta quando ele estava solto.
E hoje, o Brasil vive outra realidade. E os colarinhos
brancos já agem de forma diferente, pois podem ter que cerrar os punhos a
qualquer hora se fizerem algum mal feito. Isto tudo, para mim, é um motivo de
alegria. Nossas instituições funcionaram, e mesmo aqueles que hoje criticam o
STF por prender alguns políticos faziam festas quando ganharam a questão dos
embargos infringentes.
Melhor passar para aquele que fugiu, e não se sabe para
onde. Uns dizem que foi para Itália, outros dizem que foi para Espanha, e ainda
outros dizem que ele ainda está por aqui. Espero que não esteja em Bom
Conselho.
E então, o filme aborda outro caso de corrupção envolvendo
vários outros partidos políticos e no final um repórter pergunta: “Onde estão os outros, além dos mensaleiros
presos?” Boa pergunta. O que eu espero é que, se forem culpados, estejam
também na cadeia brevemente, com colarinho branco, azul, vermelho ou até cor de
rosa.
Fiquem com o resumo dos roteirista do UOL e depois vejam o
filme. Se não rirem, reflitam.
“O rap é a trilha
sonora dos mensaleiros presos nos últimos dias na Papuda, em Brasília. Há
boatos de que Genoino e Dirceu formaram uma dupla de MCs no xadrex. A prisão
dos condenados no mensalão em pleno feriado gerou muitas críticas ao STF
(Supremo Tribunal Federal) ao ministro Joaquim Barbosa. Enquanto isso, em São
Paulo, um ex-diretor da Siemens botou a boca no trombone: acusou figuras do
alto escalão do PSDB e outros partidos de montarem um grande esquema de
corrupção e usarem o dinheiro desviado para o caixa dois de campanhas.”
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