Por Zezinho de Caetés
Minha tarefa de analista político está cada dia mais difícil de ser exercida, neste país. Talvez uma solução fosse começar é escrever só sobre política internacional, pois lá fora, apesar dos Berlusconnis da vida, sempre aparece algo sério.
Aqui neste país quase acabaram os assuntos, pois só restou um. A expectativa, a tensão nervosa, a ansiedade, para alguns, o prazer, para outros o terror de esperar a revista Veja no final de semana. Mas, isto não seria problema se tivéssemos todos os dias uma variação dos temas da revista. Por exemplo, alguma dia ainda trouxesse uma notícia positiva do governo Dilma por, exemplo. Sei que a Veja tentou, e o restante da imprensa também, criar a imagem positiva da Dilma faxineira, a lá Jânio Quadros, brandindo a piaçava de um lado prá outro.
Agora, com a parada da limpeza e cada dia mais a sujeira se acumulando pelas peripécias do ministro do trabalho, e o engavetamento da vassoura, não há mais assuntos, a não ser este para tratar. O grande problema é o enorme número de jornalista de boa cepa, como o Ricardo Noblat, que publicou ontem um texto acachapante sobre “o amante à moda antiga”, o Carlos Lupi, o ministro que trabalhou sempre fazendo “malfeitos” e que cada dia mais enreda a presidenta com suas teias de sedutor barato. Não há mais espaços para analistas políticos bissextos como eu.
Então minha tarefa de analista político aqui no blog passou a ser quase só, citar artigo dos outros, pois eu não faço falta a ninguém, como faria se não transcrevesse completo o texto referido acima, que tem como título “Fora com Lupi!”, embora, o próprio seja uma dúvida cruel sobre se a presidente vai honrar ou não as saias que veste e fazer o óbvio que uma mandatária séria, e não comprometida com a anti-ética “governabilidade”, deveria fazer.
E para não dizer que não falei de flores, como gostava de dizer o nosso Diretor Presidente, eu lembrei que hoje é dia de aniversário da proclamação de nossa república, que chegou a partir de um golpe de estado que prometia, já naquela época, a mesma coisa: a governabilidade. Mas, de qualquer forma estamos tentando, a duras penas, burilar nossa república, e seria um bom presente para povo, que a presidenta, comemorasse o dia, brindando a saída do ministro canastrão. Mas, sem golpes, e sim com os poderes emanados do povo, pois para punir “malfeitos” ela sempre teve. Fiquem com o Noblat e comemorem. Uma boa República para todos. Se possível, sem o Lupi.
“Quer saia logo do governo ou não, Carlos Lupi, ministro do Trabalho, garantiu modesta nota de pé de página em livro de História sobre o governo Dilma Rousseff como o auxiliar que mais constrangeu a presidente antes de levar finalmente um merecido pé na bunda.
Até aqui, pelo menos, trata Dilma como se ela não passasse de um desdentado tigre de papel.
Diga-se a favor de Lupi que ele não foi o único a resistir a deixar o cargo.
Salvo Nelson Jobim, ministro da Defesa e afilhado de casamento de José Serra, os demais desabrigados do governo em sua fase inaugural foram embora contrariados ou cuspindo fogo. Afinal, ser ministro é muito bom. Todos o cortejam e paparicam. Sem falar das vantagens que de fato importam.
O fogo cuspido por um ou outro não provocou mossa em Dilma - longe disso. Ela foi hábil ao lidar com as diversas situações.
Antônio Palocci, ministro da Casa Civil, por exemplo, saiu sob aplausos. Os olhos de Dilma ficaram marejados.
Só faltou uma orquestra de metais para embalar com músicas épicas a saída triunfal de Orlando Silva do ministério do Esporte. Foi emocionante!
Alguém estranho aos nossos costumes – um nórdico ou anglo-saxão - teria dificuldade em entender por que se demite um ministro e depois se junta um coro de carpideiras para chorar sua saída.
Somos latinos e melífluos, essa é que é a verdade. E também cínicos por natureza.
Lupi dispensou choro, vela e tapinhas nas costas. Aproveitou sua condição de único e inquestionável donatário do PDT fundado por Leonel Brizola para falar grosso, dizer desaforos e comportar-se como se lhe coubesse dirigir a cena protagonizada por ele mesmo.
Quis ser valente – foi apenas vulgar. Tentou fazer graça – pareceu um cafajeste.
O grosso: “Conheço a presidente Dilma há 30 anos. Duvido que ela me tire. Nem na reforma ministerial”.
O desaforado: “Daqui ninguém me tira. Só se for abatido à bala. E tem de ser bala de grosso calibre porque sou pesado”.
O vulgar: “Sou osso duro de roer”.
O cafajeste: “Presidente, me desculpe se fui agressivo. Dilma, eu te amo”.
Se não tivesse outros motivos para demitir Lupi, Dilma ganhou de graça um poderoso e definitivo motivo ao ouvir dele em depoimento no Congresso o debochado pedido de desculpas.
“Dilma, eu te amo” é a maneira mais sarcástica de tirar de alguém a majestade do seu cargo e de reduzir-lhe a autoridade.
Deveria ter sido despachado no ato. Mas o tigre só miou.
A soberba de Lupi voltou a se manifestar quando ele foi homenageado na última sexta-feira pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Agarrado à calça que a todo instante ameaçava deixá-lo só de cuecas, Lupi prometeu como se lhe sobrasse poder para tanto: “Vou acabar com o ciclo de ministros demitidos no grito. Ah, vou!”.
Dilma pensou a mesma coisa quando Lupi começou a ser atingido por denúncias de malfeitos. Disse a um assessor: “Não, não vou deixar que a imprensa derrube um ministro a cada semana”.
Evoluiu depois para a posição de demitir Lupi ao reformar seu ministério. Não está mais certa disso depois de ter lido a VEJA no fim de semana.
Ali resta provado que Lupi mentiu ao Congresso ao negar que tivesse voado em jatinho de empresário. E que mentiu novamente ao fingir que mal conhecia Adair Meira, um gaúcho dono de ONGs.
Lupi viajou pelo interior do Maranhão no jatinho King Air de Meira. E mais: na companhia do próprio Meira, aquinhoado depois com contratos suspeitos no governo.
Roubar nas barbas do presidente não é necessariamente razão para ser demitido. Não é mesmo.
Ao lotearem seus governos com os partidos, os presidentes sabem que pagarão o preço de fechar os olhos a pequenos grandes roubos.
Mas mentir ao Congresso, por mais que o Congresso seja uma casa de mentiras, é um crime grave. Ou assim deveria ser encarado.
A se admitir que nada aconteça ao ministro de Estado que mente diante dos representantes do povo, o melhor é decretar de uma vez por todas que vivemos em uma falsa democracia. E que o servidor público número um, o presidente da República, é também o farsante público número um.”
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(*) Arte na imagem por Jameson Pinheiro.
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(*) Arte na imagem por Jameson Pinheiro.
DESDE 2003, ERA PT, ESTA É A NONA VEZ CONSECUTIVA QUE SE COMEMORA O 15 DE NOVEMBRO. POIS BEM, TODOS NÓS, PATRIOTAS, DE SEMBLANTES SISUDOS, GARBOSOS E PERFILADOS, CANTEMOS ALGUNS TRECHOS DO HINO DA PÁTRIA PETISTA. DIGA-SE DE PASSAGEM, UM HINO ESCROTO, COMPOSTO POR UM GARANHUENSE ESCROTO, CONHECIDO PELA ALCUNHA DE: POETICUS DIGUERRILHAS ACRATICUS. VAMOS AO HINO:
ResponderExcluir---Ouviram do Ipiranga as margens trágicas
De um povo o grito heróico relutante.
E o sol da opressão, em raios lúgubres,
PeTezou no céu da terra nesse instante.
---Se o valor dessa igualdade
Conseguiram derrotar com braço forte,
Em teu seio, ó santidade,
Nos impuseram com a corrupção a nossa morte!!!
---Terra assaltada, Amargurada, Salve, salve!!!
PT, de um sonho intenso a raio mórbido,
De horror e desamor a terra desce,
Se em teu formoso céu, agora ríspido
A imagem de Zé Dirceu resplandece.
---Mensalão, era tua natureza
E bela, e forte a sua beleza
E o teu futuro encontrou com a sorte!!!
Terra roubada
Entre outras mil
És tu PT,
Ó terra escrava!
Dos filhos deste solo és rameira vil,
Terra amada, PT!!!
---Jogado eternamente em braços lânguidos,
Na solidão do mar, no fim do mundo,
Ocultas, ó PT florão da América,
“Iluminado”, ao sol da velha Cuba!!!
---Do que a terra, tal qual ferida
Sem seus campos, sem seus povos, nossas flores;
Nossos bosques não mais têm vida,
Nossas vidas no teu ventre restam dores
Terra assaltada, Amargurada, Salve, salve!!!
---PT, por tempo eterno serás símbolo
Dos escravos que te foram arrancados
E diga o sangue-negro desta flâmula
Teus filhos sem futuro e sem passado.
---E roubas da justiça à clava forte,
E entregas o teu filho a própria sorte,
Não ama, e nos odeia até na morte!
TERRA ROUBADA!!!
---Entre outras mil,
És tu PT, Ó terra escrava!!!
Dos filhos deste solo és rameira vil,
Terra amada, PêTêziu!!! Ziu!!! Ziu!!!
P.S.: - HOJE, PINHEIRINHO TÁ COM A MACACA. VIRADO NA “MULESTA DOS CACHORRO”. SABE LÁ DEUS, JÁ VAI NO SEGUNDO “LITRÃO” DE CANA DE CABEÇA COM RAIZ DE UMBURANA e CASCA DE JUÁ... E UMAS PIABINHAS ASSADAS...
Vije, como é chic ter cranio.
ResponderExcluirQuero apenas agradecer ao poeta garanhunense POETICUS DIGUERRILHAS ACRATICUS pelo hino da pátria petista, que vem valorizar e muito a minha postagem.
ResponderExcluirZezinho de Caetés
Não tenho duvida nenhuma de quem seja a letra desse hino. Como sugestão se o autor quizer colocar a musica a dica seria Baixo Peroba.
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