Por Zezinho de Caetés
Como todos sabem, estou de recesso, junto com este Blog, que
seguiu minha ideia de publicar coisas do passado, porque neste período de
carnaval, politicamente, fica tudo no passado, e o futuro a Deus pertence.
No entanto, vi algo na mídia que me trouxe de volta, mesmo
me aprontando para ir brincar o carnaval na rua, que é ainda a mais barata
forma de fazê-lo. Nestes tempos de Dilma, tudo vira bicudo e a maré financeira
não está para peixes pequenos como eu. Um saco de confete está uma fortuna, e
já vem cotado em dólar, e 2 metros de serpentina, já é impossível comprar.
E quem me trouxe de volta, foi o meu conterrâneo o Lula,
quando declarou, semana passada, numa de suas palestras aos blogueiros
amestrados o seguinte:
“Se tem uma coisa de
que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem neste País
uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, do
Ministério Público, da Igreja Católica, da igreja evangélica, nem dentro do
sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido...”
Realmente, aquela estória de nossa infância, do Lula, pegar
as rolinhas que eu abatia, e colocar no bizaco dele, era coisa de criança. Lula
cresceu, e como alguns políticos passou a encher o bizaco apenas com verbas que
ganhou em palestra dadas pelo mundo. Ganhou muito dinheiro, e, agora eu sei,
com justeza porque, não é toda hora que se pode conhecer o homem mais honesto
do mundo.
Pagavam-no a peso de ouro para ele mostrar como é um homem
honesto. Dizem que o Obama quando o encontrava, pedia para passar a mão nele
porque sua honestidade contagiava quem o tocasse. A Angela Merkel, sabendo
desta faceta do meu conterrâneo, não tocava nele devido a não querer que sua
mulher Marisa ficasse com ciúmes, guardava o copo no qual ele bebia uma caninha
51, para depois tomar chopp lá nos bares de Berlim.
Ou seja, o homem virou lenda no mundo, e no Brasil, ninguém
sabia. Enquanto, sua alcunha no exterior era “Lula, o honesto”, aqui, internamente, ele era conhecido como o “Lula,
o ladrão”. Oh, povo indecente! Mas, eles também falam o mesmo do Maluf. Quanta
injustiça!
Só agora, que ele, o Lula, viu, achegaram-se dele algumas pessoas
tentando mostrar que a Dilma está certa, quando diz que ele é culpado de tudo,
e o Obama está errado, ele resolveu abrir o jogo e fez a declaração acima. Que
homem inteligente, que sentimento nobre, este meu conterrâneo. Quis, com ela, apenas
mostrar que, quando acusam seus filhos de “descomer”
dinheiro de propina, quando dizem que ele é dono de um “triplex” lá no Guarujá em São Paulo, ele continua, como sempre,
não “sabendo de nada”.
O que digo é que vai ser muito difícil pegar o Lula como desonesto,
pois o que ocorreu durante todo este tempo, é que ele realmente, não sabia de
nada, e a declaração acima deveria ter o seguinte teor:
“Se tem uma coisa de
que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem neste País
uma viva alma mais inocente do que
eu. Nem dentro da Polícia Federal, do Ministério Público, da Igreja Católica,
da igreja evangélica, nem dentro do sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido...”
Isto só não seria óbvio para aqueles que o acusam de roubar
e deixar roubar, ao contrário do Maluf que roubava mas ficava danado quando os
outros queriam competir com ele. Gente, o Lula não sabia de nada, o inocente!
Podem perguntar ao Zé Dirceu.
Me engana que eu gosto! E como dizia o “marrentinho carioca”,
personagem do saudoso Bussunda: “Fala sério!” E coloco aí embaixo um filme que
vi nas redes sociais, que é a grande reação do povo brasileiro, a sua “inocente”
declaração.
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