Por Zezinho de Caetés
Já faz algum tempo que não transcrevo aqui o imortal Merval
Pereira. Hoje o faço, pelo seu comentário, em seu blog (“As dúvidas de Dilma” – 08/09/2015), sobre o discurso envergonhado
de nossa gerenta incompetenta presidenta, no Dia da Pátria, pelas redes
sociais, por não aguentar mais o barulho de panelas, durante pronunciamentos na
TV.
Ele resume muito bem o discurso. Mostrando frases antigas
dela, todas semelhantes, quando ela quer partir para o engodo do distinto
público. O que chega até a convencer os “bolsistas
familiares”, seu público predileto. Mas, o leiam lá embaixo. Agora vamos
tratar um pouco de ontem, o dia de nossa independência.
Depois de ler o texto do Zé Carlos aqui na AGD, onde ele
criou um apelido para a colega do Pixulula, que agora é sua companheira
inseparável pelas ruas do Brasil, que pode até nem “pegar”, mas, reflete muito bem a realidade: “A Ofélia do Planalto”. Quem não se lembra da Sônia Mamede (que depois
foi substituída por outra atriz mais jovem de quem não lembro o nome agora) e o
Lúcio Mauro, no famoso esquete do Balança Mas Não Cai? Realmente, ela só abre a
boca quando “não” tem certeza. O que
é mais parecido com a Ofélia é sua absoluta certeza de que está agradando,
mesmo que todos estejam vendo quão burra ela é.
E não deu outra, nossa Ofélia abriu a boca mais uma vez para
dizer bobagens e eu fiquei com medo que, quando ela citou o caso daquela
criança refugiada, morta na praia, que ele visse um cachorro atrás dela. Seria
o cúmulo da dissimulação e da vontade de usar os meios para obter fins
espúrios.
Mas, o melhor do Dia 7 foi o desfile de Brasília. Enquanto a
Dilma, sitiada por militares e uma cerca de aço, passava, o povaréu se divertia
com os amores do Pixulula e da Ofélia, lá de longe. Ela só não parecia com a
Ofélia, porque os criadores da boneca fizeram o nariz dela muito grande.
Não, não estou dizendo que eles não tenha sido realista,
porque poder-se-ia já dizer: “Dilma, teu
nome é mentira!”, o que nos leva ao Pinóquio, mas, seus gestos no carro
aberto, não deixavam dúvidas. Era uma boneca. Parecia que tinha um “ponto” no ouvido, que a dizia, de vez em
quando: “Acena para o povo!”. Então
ela sorria e acenava. Ainda bem que não a mandaram saudar a mandioca.
Certamente, foi o mais deprimente desfile do Dia da Pátria,
desde que o Brasil se tornou Pátria. E quem conseguiu isto? Perguntarão os
petistas. E eles respondem: Claro, foi a nossa “mulher sapiens”.
Fiquem com o Merval, que eu vou me preparar para escutar
mais uma dúvida da presidenta.
“A presidente Dilma tem uma estranha maneira de pedir desculpas. Como
se não quisesse, ou não pudesse, mas tendo que admitir erros para não complicar
mais ainda sua situação, fala sempre no condicional.
Na campanha presidencial, a uma semana do segundo turno, ela viu-se
diante de fatos cada vez mais contundentes demonstrando o que viria a ser
conhecido como o “petrolão”. Não tendo mais para onde escapar, saiu-se com
essa: “Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. E houve,
viu!”.
Ontem, foi a mesma coisa. Depois de muito tempo sem admitir seus erros
no primeiro mandato, lá veio a presidente Dilma com suas condicionais: “Se
cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los”. Diante do estrago que
está instalado no país, e com as investigações da Operação Lava-Jato chegando
inexoravelmente aos gabinetes mais importantes do Palácio do Planalto, não é
possível ter boa vontade com essa maneira quase sonsa de assumir os erros sem
fazê-lo diretamente, adotando uma linguagem que ainda tenta esconder seus
defeitos.
Da mesma maneira, é impossível que alguém se sinta seguro diante de uma
presidente que, mesmo frente a fatos concretos, ainda busca subterfúgios que
lhe permitam escapar da responsabilidade.
O fato é que a presidente Dilma está cada vez mais no centro da
investigação sobre corrupção no governo, por ter sido beneficiada pelo dinheiro
desviado da Petrobras em suas campanhas eleitorais e, necessariamente, por ter
sido durante anos e anos a presidente do Conselho de Administração da Petrobras
e não ter reagido, a não ser quando não era mais possível esconder o que havia
acontecido.
Mesmo nessa ocasião, reagiu de maneira dissimulada, revelando todo o
cuidado que lhe mereciam os diretores envolvidos nos escândalos. Nestor
Cerveró, por exemplo, foi transferido de funções com os elogios de praxe, isso
por que, na opinião de Dilma, foi o responsável pela compra de Pasadena com
base em relatórios incompletos e falhos.
Não houve nenhuma sindicância na Petrobras para saber se Cerveró fizera
aquilo, se é que fez, por má-fé ou ignorância. Sabe-se hoje que era de má-fé, e
ele, que negocia uma delação premiada com o Ministério Público de Curitiba,
poderá esclarecer se não foi punido por má-fé ou ignorância de quem fazia parte
do Conselho de Administração.
Outro retirado do cargo sem que nenhuma culpa lhe fosse imputada foi o
ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Temos assim que durante anos
a Petrobras foi espoliada por um conluio entre empreiteiros e políticos, com o
auxílio de pelo menos quatro diretores, e os presidentes da empresa e de seu
Conselho de Administração nada sabiam, nada viram. Um conjunto de incompetência
desse nível é difícil até mesmo de explicar.
O fato é que as investigações
chegam cada vez mais perto de Dilma e do ex-presidente Lula, reduzindo a margem
de manobra política que os dois têm diante de si. Os esquemas de corrupção do
mensalão e do petrolão aconteceram durante os oito anos dos mandatos de Lula,
quando Dilma foi, em uma sequência, ministra das Minas e Energia, Ministra
Chefe do Gabinete Civil e candidata a presidência da República.
Sob sua chefia foram tomadas as medidas que resultaram em um
crescimento acelerado em 2010 para elegê-la presidente, mas quebraram o país. E
sob seus cuidados, foram perpetrados os maiores crimes contra o patrimônio
público deste país. No seu governo, essas medidas econômicas foram aprofundadas.
E ela ainda tem dúvidas se
cometeu algum erro.”
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Para relembrar (Não faz parte do texto do Zezinho – AGD):
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