Por Zé Carlos
Esta coluna quase que não sai nesta segunda-feira.
Simplesmente porque na semana passada pouco se tratou de política, nossa
especialidade. Todos estavam ligadíssimos no futebol. Desta vez, outra vez, o
número 7 pega o Brasil pela frente. Estão pensando que me refiro ao resultado
de um jogo, tempos atrás? Não somente. Foram presos 7 dirigentes da FIFA, por
corrupção. A coluna só saiu quando percebi que em futebol e política a
corrupção abunda, e tem brasileiro envolvido em ambas as coisas.
Enquanto a Operação Lava Jat tenta pegar os corruptos aqui,
uma operação lá nos Estados Unidos, que não sei o nome, mas bem poderia se
chamar de “car wash”, pegava mesmo
alguns corruptos, estes ligados ao futebol. Então está tudo explicado porque se
diz que não se deve discutir sobre política, futebol e religião. Se se discute,
sempre aparecem corruptos. E lá vamos nós, com o intuito maior de fazer rir
esta nossa pátria muito ligada a estas três complexas áreas.
Começando um pouco pelo final da semana, vi ontem num blog
umas pedaladas da Dilma lá em Brasília. Não, não estou me referindo às
pedaladas fiscais que ela deu antes, e sim de pedaladas literais, cercada de
seguranças. Dizem que ela pedalou uns 5 quilômetros, o que faz parte de sua
dieta para perder peso. E, pasmem, ela não foi reconhecida por ninguém a não
ser por uma equipe xereta de uma TV, cujos componentes foram os únicos a usar umas
panelas velhas que eles tinham de plantão, para eventualidades como esta. É,
realmente, com a dieta e com os acontecimentos políticos, a nossa musa está
sumindo. E breve, a poderemos ter aqui, na coluna, tempo integral. Eu só sinto
pelo gasto que se fez em panelas para serem usadas nas ocasiões em que ainda
aparecia.
Aliás, depois que ela entregou as decisões políticas ao
Temer e as econômicas ao Levy, o Enrolado, a Dilma tem produzido muito mais
para nossa coluna semanal. E, como meus 9 leitores sabem, isto é muito bom para
o nosso fígado. Ela anda agora a inaugurar obras, algumas pela quinta vez, e a
fazer discursos. E como ela só abre a boca quando tem certeza de que está
fazendo alguém rir, esta coluna fica deliciosa.
Voltando ao início da semana, vimos que a oposição
protocolou uma representação contra a Dilma por causa das “pedaladas fiscais”. Dizem que ela (a oposição) esqueceu o
impeachment e tentou logo ir ao ponto, impedir que ela pedale livremente pelas
ruas de Brasília. Como vocês viram acima, nossa musa é tinhosa e não deixa de
pedalar por nada deste mundo.
Enquanto isto, no Congresso, o Senado, gostou tanto das
pedaladas, que deu uma grande vitória a ela (a Dilma) na questão do ajuste
fiscal. Depois vejam no filme do UOL lá embaixo que as sessões tiveram de tudo.
Até um deputado vendo pornografia no Whatsapp. Também pudera, né! Aguentar
ouvir a Maria do Rosário o tempo todo, é dose. Ele resolveu apenas mudar um
pouco.
Mas, enfim, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, menos
os trabalhadores que estão à cata do seguro desemprego, e aqueles que casaram
ano passado e a mulher morreu. Embora digam que as pessoas estavam querendo
casar apenas com quem tivesse mais de 80 anos para ganhar um dinheirinho, e
parece que agora vão ter que esperar mais um pouco, eu penso que em casa que
não tem pão, todos choram e todos tem razão. Ou seria não tem razão? Não
importa, vamos sorrir.
O IBGE descobriu, só na semana passada que o PIB brasileiro
caiu no primeiro trimestre. Eu já tinha descoberto há muito mais tempo, pois
estou comprando metade do que comprava no primeiro trimestre do ano passado.
Mas, estatística é assim mesmo, são elaboradas para que riamos, e muito.
E para terminar a política estrita, dizem que o Eduardo
Cunha, nosso Cunhão, perdeu feio no senado, quando tentou fazer uma reforma
política, para ser delegado de um Distritão. Aliás, já estão chamando a reforma
de “reforma Porcina”, a que era sem
nunca ter sido. Ou seja, de reforma política, não houve reforma nenhuma. Já
para entrar logo no futebol, os parlamentares disseram: “Em time que está ganhando, não se mexe!”. E eles estão ganhando de
7 x 1, dos brasileiros. O Cunhão, que de besta só tem as penas, completou o
quadro aprovando o financiamento privado de empresas para campanhas. Aí, vocês
me perguntam: “Mas, isto já não existia
antes?”. Eu respondo, por isso mesmo. A ordem é aquela mesma de quando o
time está ganhando.
E agora, o futebol. Foi um desmoronamento geral. E no mundo
todo. Os americanos descobriram que o montante de propina que corria na FIFA,
era maior do que seu PIB. E, como todos sabem, eles não podem ficar por baixo.
Imaginem, foi preso lá na Suiça o José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Quanta injustiça! Um homem probo que dava o seu nome ao prédio da entidade
máxima do futebol brasileiro. E como não bastasse, um tal de Nero, tal qual o
imperador romano, mandou arrancar as letras do nome do Marin do prédio. E agora
está com um problema. Dentro do nosso futebol, qual o nome que vai
substituí-lo. O de Romário ou o de Roberto Dinamite? Eu colocaria o do Kuki.
Enfim, se aguentaram até aqui, poderão aguentar mais, ao ver
o filme abaixo, que aborda com mais humor do que o que eu estou hoje. Está tudo
lá. A nossa antiga “pátria de chuteiras”
agora parece que virou a “pátria de
propinas”. E vamos ao estádio!
Fiquem com o resumo do roteiro, pelos produtores do filme, e
depois vejam o filme, e comecem a semana sorrindo pela nossa conquista próxima
da Copa da Corrupção, a ser realizada
nos Estados Unidos.
“A semana foi agitada
no futebol e na política. A prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin e
de outros seis dirigentes da Fifa remete a outro momento histórico da
"pátria de chuteiras" em que o número sete foi importante. E na
reforma política, os deputados se esforçaram para reformar sem mexer em quase
nada.”
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