Por Altamir Pinheiro
De um modo geral, os eleitores do
Agreste Meridional são desinformados e com pouco conhecimento político. Assim,
os cidadãos tomam decisões eleitorais, quase sempre, às cegas. Por outro
lado, a literatura eleitoral, sobretudo do VOTO DE REELEIÇÃO, defende
que, embora eleitores possuam informações incompletas, suas tomadas de posições
votantes são competentes, logo, absolvem ou punem políticos/partidos de acordo
com o seu desempenho na sua aldeia. Em termos gerais ou na sua maioria, são
incompetentes, desinformados e com pouco conhecimento. Por conseguinte, os
cidadãos tomam decisões eleitorais míopes no que diz respeito àquele candidato
que se apresenta como salvador da pátria. Porém, A probabilidade
média de reeleição nas eleições de nossa região sempre foi relativamente alta,
em torno de 70%. Em outras palavras, de cada dez candidatos à reeleição, sete
foram bem-sucedidos. Agora, um fator inusitado e tanto quanto
curioso, emblemático e contemplativo que se deve relatar é que, com o advento
da reeleição, jamais, no município de Bom Conselho, um candidato a prefeito
atingiu o ápice da reeleição, nunca!!! Talvez, o atual, que deve concorrer,
seja o primeiro a desmistificar este fenômeno que ocorre na terra de
PAPACAÇA, quem sabe, se acontecer, será o primeiro e, ao mesmo tempo, o último
tiro que a CAÇA vai virar PAPA...
O sociólogo e cientista político
Alberto Moreira – autor do bom livro A CABEÇA DO ELEITOR – explica que o
fato de um prefeito ser reeleito tem relação direta com dois fatores: os
índices de aprovação do candidato – seria o elemento principal – e os quatro
anos que ele teve de exposição, o que lhe garante ser bem conhecido pelo
eleitor. “Não existe mistério nisso. O candidato que tem mais de 50% de bom ou
ótimo na avaliação de sua gestão provavelmente será reeleito. O eleitor segue
uma lógica. Ele não vai votar em outro se tem um candidato que já conhece e
avalia bem”, diz.
Pois bem!!! Baseado em que, se tem
tanta convicção que 90% dos prefeitos do Agreste Meridional serão
reeleitos?!?!?! Vamos aos fatos: os municípios que estão num miserê
e liseu desgraçados, raspando o fundo do tacho, vão respirar fundo e tomar um
bom fôlego, mais ou menos, no limiar do meio do ano, mais precisamente nos
meses de maio para junho. Quer dizer, vão escapar fedendo em razão dos seus
respectivos Fundos de Participações(FPM), virão bombados e sarados. Ou seja,
dinheiro a fole, haja vista o que foi aprovadono projeto de lei que prevê a repatriação de dinheiro mantido
por brasileiros no exterior que não haviam sido declarados à Receita Federal.
A proposta é uma das prioridades do Executivo para tentar equilibrar as
finanças públicas. Isso que dizer que, deste dinheiro que vai ser urgentemente
repatriado, o seu respectivo dono, por lei, tem de deixar nos cofres públicos,
30% desse montante, para efeito de imposto de renda obrigatório. Como se sabe, Cabe
ao Tesouro Nacional, em cumprimento aos dispositivos constitucionais, efetuar
as transferências dos recursos arrecadados referente ao imposto de rendas e IPI
aos entes federados, nos prazos legalmente estabelecidos, o que denominamos de
Fundo de Participação dos municípios(FPM ou FPE). O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos
entre os entes federados representa um montante a perder de vista. Conforme reza no projeto de lei aprovado pelo
Congresso, Considerando-se a cotação do dólar de 31 de dezembro de 2014 de R$
2,66, ressalta o texto, isso representa a possibilidade de arrecadação de uma
bagatela de cerca de R$ 320 bilhões.
Em que pese os prefeitos candidatos a
reeleição estarem bombando ou rindo à toa nos últimos quatro meses da eleição
em função do repatriamento dos bilhões de dólares do exterior e transformado em
transferência para os municípios, esta vai ser a última
reeleição no calendário eleitoral brasileiro, e mesmo ela se realizando nos
grotões de cidades interioranas, as campanhas eleitorais, é bom que se saiba,
deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos
cederam lugar À PESQUISA(Candidato que não trabalhar com pesquisa eleitoral
está bombardeado); os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem,
aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito
e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para
se tornar profissional. Na verdadeira acepção da palavra há de se convir que,
Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o
produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um
lado o candidato e do outro os eleitores. Por isso, manda-se daqui uma dica
para todos os prefeitos que serão candidatos a derradeira reeleição: Procure
maximizar os pontos favoráveis e minimizar as falhas, se possível
convertendo-se em virtudes. E quem faz isso?!?!?! Ora!!! São os
estrategista políticos, o marqueteiro, a pesquisa de opinião pública e uma boa
estrutura de campanha...
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