Por Zé Carlos
O que teve a semana anterior de curta, teve esta de longa.
Foram tantas as emoções. Mesmo com o feriado do Dia do Trabalho, parecia que
ela nunca iria terminar, pelo menos para o governo Dilma e para o PT, diante
dos percalços pelos quais passam esses entes políticos.
Logo na segunda-feira houve uma reunião da alta cúpula do
governo em busca de uma grande decisão, que parecia até, o que fosse ali
decidido poderia derrubar nossa república. Imaginem que estava em questão se nossa musa inspiradora, a Dilma, iria falar, em cadeia de rádio
e TV, em homenagem aos trabalhadores, no dia Primeiro de Maio, ou não. Dizem
que alguém quis encerrar a reunião propondo que fosse só “em cadeia”, mas, não de rádio ou TV. Depois de muitas sugestões,
propostas e contra propostas chegou-se a um veredicto: A Dilma não fala! Ou seja, continua como está, desde a reposse,
muda. Nada mais natural, se não fosse
pelo motivo alegado para que ela fugisse da missão quase imperativa para os
presidentes, depois de Getúlio Vargas, de falar aos trabalhadores, em seu dia.
Um dos assessores declarou que todo o estoque de panelas no país, estava a zero
e que já havia começado a importação do produto, da Venezuela. Ninguém
perguntou porque isto fez a comissão tomar a decisão da Dilma continuar muda, pois ninguém queria fazer papel de besta, pois
a resposta era óbvia. Ela não queria gastar as panelas do Brasil com coisas
bobas.
Então, sem a Dilma na TV, além do prejuízo de quem comprou
panelas para o grande panelaço, que não houve, na última sexta-feira, não
teremos a Dilma a nos proporcionar mais humor para esta coluna. Dizem que ela
só falou nas redes sociais. Eu vi apenas uma parte pequena do vídeo que foi
distribuído pelo Planalto, e quase morro de rir. Ela é boa nisto mesmo. Faz rir
até doente incurável. No Jornal Nacional, onde vi sua fala, a Rede Globo, pelo
menos desta vez, teve consciência, pois só passou uns poucos segundos da fala, para não
dar tempo do povo pegar as panelas. Eu mesmo, quando cheguei na janela com a
minha bateria, o discurso já havia passado.
Eu não sei ainda como vão fazer um panelaço nas redes
sociais, mas, o brasileiro é criativo e vamos ver o resultado do que já estão
chamando de “panelaçofobia” que
acomete a presidente.
Mas, não ficou só nisso, o início da semana. Soube que o
presidente do PDT, o Carlos Luppi, declarou: “O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobras. A gente não acha
que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram. O projeto deles
virou projeto de poder pelo poder.” E onde está o humor disto? Perguntarão
os meus 9 céticos leitores. Eu ri muito, não por causa da verdade contida na
frase, mas, sim pelo seu autor, que, segundo dizem, não prima pela honestidade,
e, apesar das exceções, um político quando diz a verdade, nestes termos, está
querendo mamar. E logo o Luppi que andou declarando amor à presidente? Façam-me
um favor, sorriam, que este é o melhor remédio.
No mesmo estilo, já para o meio da semana, o Renan, que não
estar nas exceções que citei acima, exemplifica como deve fazer um mestre da
política brasileira, só superado pelo nosso grande colaborador, o Lula. O
Renan, disse que a decisão da Dilma de não falar aos trabalhadores, em seu dia,
foi “ridícula”. Só lembrando as
últimas ações do presidente do senado, quase peço meus sais, para poder esperar
o que é que ele está tramando. Boa coisa não deve ser. Porém, enquanto não
sabemos, vamos sorrir, nesta nossa hilariante república.
Mas, o verdadeiro ponto alto da semana, foram as comemorações
do Dia do Trabalho lá em São Paulo. Duas facções do nosso “sindicalismo de exceção” que é aquele onde quem tem menos vez é
quem trabalha, se digladiaram naquela cidade para ver quais delas juntava mais
gente. De um lado do ringue o peso galo Aécio, tendo como técnico o Eduardo
Cunha, e do outro lado o nosso colaborador, o Lula, que além de experto agora
tornou-se marombeiro (Veja o filme da UOL, lá embaixo). É óbvio que, para esta
coluna, o Lula ganhou com muitos pontos à frente, pois este, faz rir de uma
forma tão natural, que não precisa nem falar. Basta sua figura e sua voz rouca
para arrancar o riso de qualquer plateia que pense, como o fazia o Justo
Veríssimo.
Aliás, quando ele fala, parece que estou ouvindo o
personagem do Chico Anísio (Justo Veríssimo) dizer: Eu quero que pobre se exploda! E a maior graça e originalidade é
que ele diz tudo ao inverso, o que só falta matar os outros de rirem. Vejamos
alguns exemplos:
- Não me chame para
briga porque eu volto. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada, mas eu
tenho vontade de brigar. A Dilma é presidente, e eu quero que ela governe esse
país, e eu fico quieto no meu lugar para não dizer que eu estou tendo
ingerência.
O homem é realmente um pândego. Depois de querer botar o
exército de Stédile na rua, ele ameaça com sua volta, porque tem vontade de
brigar. Ora, se algum incauto perguntasse a ele: Brigar com quem, cara pálida?
Ele diria, com a “elite branca” deste
país. Depois da risadaria geral, de quem não sabe o que é elite branca nem
elite preta, e a qual delas ele pertence, o mesmo incauto perguntaria: “Quem
foi que colocou a Dilma lá, foi a elite branca ou a elite preta?”
É óbvio que o nosso colaborador teria a resposta na ponta da
língua e consta que respondeu da seguinte forma:
- O que me assusta
profundamente é o medo que a elite brasileira teme que eu volte à Presidência
da República. É um medo inexplicável porque nunca eles ganharam tanto dinheiro
na vida como no meu governo.
Como vocês veem, pela resposta, ele é da elite branca, porque
nunca na história deste país um presidente ficou tão rico em tão pouco tempo.
Eu não sei se é verdade o que diz a revista Época desta semana, ao mostrar que
o avião de carreira do Lula era da Odebrecht , sim, aquela empresa que era
exclusiva do BNDES para assuntos internacionais em países ditos ditaduras e
socialistas. Mas, pelo jeito, acho que teremos o nosso colaborador, o Lula,
aqui na coluna, em tempo integral, mais cedo do que eu pensava.
Não é por outro motivo que ele disse serem algumas revistas
de nenhum valor para ele:
- Essas revistas
brasileiras são um lixo e não valem nada. Eu certamente serei criticado por
estar sendo agressivo, mas queria dizer que peguem todos os jornalistas da Veja
e da Época e enfiem um dentro do outro que não dá 10% da minha honestidade
neste país.
É por essas e por outras que queremos manter o Lula, como
faz também o New York Time, em nosso time de colaboradores, pois nele, pelas
suas palavras, a honestidade abunda, e podemos nos contaminar com ela por
osmose. É realmente, o homem é um pândego e ainda arremata, com sua capacidade
de medir honestidade em metros:
- Cada um que olhe
para o seu rabo. Se alguém acha que cheguei até onde cheguei, que fez o que eu
fiz neste país, que vou baixar o rabo e minha crista por conta de insinuação.
Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para briga porque eu sou bom de
briga.
Vejam bem o valor humorístico que temos em mão. Alguém que
nunca abaixa o rabo só pode se comparar a cachorro de elite, e com pedigree, e que
sempre foi bom de briga. Que o diga meu cachorro, o Bob, que morreu de “bola” lá em Bom Conselho, e eu, com
lágrimas nos olhos, o vi passando na carroça de Raimundo Chato, direto para o
lixo. Lembro, ele vivia sempre de rabo
em pé, ou seja, morreu de rabo em pé, igual ao Lula quer morrer. São dois
heróis da mesma espécie. E ele, ao terminar ainda disse:
- Não tenho intenção
de ser candidato a nada, mas eu tenho vontade de brigar. Está aceita a
provocação. Aos meus detratores, vou começar a percorrer o país outra vez. Vou
conversar com o povo brasileiro.
Ou seja, se ele não encontrar nenhuma “bola” (como pelo menos um dos meus leitores não é do nordeste,
explico que pelo Houassi quer dizer: bolo de carne ou bocado de comida envenenada
com que se matam cães) pela frente, o povo brasileiro que se cuide, pois
vai ter que aturá-lo, outra vez. Confesso que tenho saudade do Bob. Não sei se
sentirei saudades do Lula, se a “bola” for mal feita.
Como vocês verão no filme do UOL, que reproduzo sempre nesta
coluna, outro fato importante da semana foi a batida em retirada, do PT, da
Marta Suplicy. Segundo ela, hoje o PT chegou a um ponto, ao qual nem as “peruas”
aguentam. Ela deve ter declarado: Pior, pior, pior, e põe pior nisso. E isto
vem dos seus muitos anos de vida e sua multidão de plásticas, além de sua
militância histórica pelo PT. Parece que agora, não é a jiripoca que vai piar
em São Paulo, e sim a Perua, que tem uma cantiga só: Pior, pior, pior.....
E o filme aborda também a fala do governador do Paraná, o
Beto Richa, de que a polícia sob seu comando, não fez nada com os professores,
só ficou parada. Eu mesmo, acho que polícia não foi feita para apanhar de
meliante, e alguns na manifestação dos professores eram meliantes e não
professores, mas, ver inocência em algumas das cenas que vimos, é motivo de
riso, para não chorar.
Finalmente, vejam por vocês mesmos, o Lula, nosso grande
colaborador, na mudez da Dilma, fazendo ginástica numa academia, e, como
sempre, se gabando de sua performance. O momento em que ri mais, do filme, foi
quando ele foi dar uma banana solene ao povo brasileiro, e mostrou o esforço
para fazer isto, levantando uma maromba de 10kg. É, realmente, um pândego.
Fiquem agora com o resumo do roteiro dos produtores do filme
do UOL, e logo abaixo vejam o filme, que apesar de curto é muito sugestivo. E
na próxima semana, se nenhum do meus leitores não morrer de indigestão hilariante,
eu volto. Boa semana para todos!
“Após 33 anos, a
senadora Marta Suplicy se desfiliou do PT nesta semana. Ele disse ter perdido
espaço e fez críticas ao partido e ao governo. A direção do PT não curtiu e
devolveu na mesma moeda. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou em
seu perfil oficial no Facebook um vídeo em que ele aparece fazendo exercícios
físicos. Ele agora é da turma na maromba!”
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