Por Zé Carlos
Não poderia ser diferente. A campanha presidencial está nas
ruas, se interpretarmos por “ruas” os
programas de comunicação eleitoral que, eventualmente, são vistos a partir do
mostruário de televisores em lojas do ramo. Foi dada a partida para o trono
supremo em Brasília. É o que mostra o filme que gostamos de comentar, feito pela
UOL e mostrado lá em baixo, e que sugiro ver antes de ler este meu texto, pois,
quem sabem, talvez, até desistam de lê-lo, o que seria uma pena.
E nem é pensado que, até outubro de 2014, muita água pode
rolar por debaixo da ponte. E eu espero que seja pela ponte do colégio lá em
Bom Conselho, acabando de vez com as mazelas de nossa seca secular (ou milenar)
que tanto enriquece alguns e empobrece outros. Os candidatos principais já
estão no palco à cata de votos.
A primeira é a própria presidenta. Eu tenho uma vontade
danada de sentar na cadeira suprema do planalto, só para ver de que ela é feita
e o que produz este transe quase hipnótico de nunca mais querer deixá-la. Teria
alguma seringa com droga, que é introduzida na primeira sentada, viciando o
cidadão ou cidadã?
Lembro que uma vez, crente de sua vitória para prefeito de
São Paulo o Fernando Henrique Cardoso, antes das eleições sentou na cadeira do
prefeito, e depois, foi humilhado pelo Jânio Quadros, que venceu as eleições,
tendo este limpado a cadeira antes de se sentar. Eu não me lembro se o Fernando
Henrique ficou triste, mas, que foi contaminado pela droga, isto foi. Depois
foi presidente e ainda criou a reeleição. Na Venezuela já tivemos a
re-re-re-eleição, e o Chávez quer ficar na cadeira mesmo depois de morto. É uma
droga muito forte.
Agora o nosso governador já embarcou na campanha e já é
chamado pelo nosso colega Roberto Almeida, de Garanhuns, como o nosso novo
Collor. Pela propagando do seu partido, ele até pode não querer ser comparado a
Collor, mas, que os marqueteiros capricharam em sua estampa, isto o fizeram. E
ele ainda tem um plus: os olhos
verdes. Um bom slogan para sua campanha seria o nome de uma canção: “Aquele olhos verdes”, ou “Aquellos ojos verdes” se quiser atingir
os hispânicos. Seria uma vitória certa mesmo que a presidenta, com sua imensa capacidade
de comunicação, diga que ele torce para o Brasil dar errado.
Talvez, quem veja o filme só para sorrir, e é para isto que
o divulgamos, não tenha tido a curiosidade de olhar nele o semblante de Marta
Suplicy, ao lado da marechala presidenta,
nos passando a mensagem: “E agora que
tipo gafe vem por aí?”. Eu lembrei, do seu “relaxe e goze”, e tentei fazer o mesmo, continuando a ver o filme.
E quanto à campanha só tenho a acrescentar que Marina e Aécio não tem os olhos
claros. Será que ainda vai aparecer um candidato com os olhos azuis?
O caso do cirurgião que quer se tornar deputado federal, eu
não comento, pois ainda estou tentando explicar o caso do Tiririca, quando
comparado ao de Romário.
E a “Caxirola”
para substituir a “Vuvuzela”? Tinha
que ser um baiano o criador. E nessa, nosso estado de Pernambuco passou batido
por que quis. Mas, ainda temos tempo de adotarmos algo que nos alivie do vexame
de usar mais um instrumento baiano em nosso copa, além do Trio Elétrico. Que
tal a “Chocalhora”? Serie um chocalho
daquele que é usado em nosso maracatu rural, já vindo em forma de boneca do
maracatu, nas cores verde e amarela. Ou, mesmo a “Frevirola” que seria uma sombrinha do frevo que pouparia os nossos
ouvidos do som horrível da “Caxirola”.
Ou ainda o “Boiorola” que seria feito
de borracha e que quando apertado emitiria o som: “Fora Felipão!”. Enfim, mandem suas sugestões pelo nosso mural,
porque ele é genuinamente pernambucano. Estamos precisando empreender.
Agora fiquem com o resumo dos produtores do filme, e o vejam
abaixo, esperando que vocês não confundam o nosso Lewandowski com o Lewandowski
do time de futebol alemão, nem o nosso STF com Real Madrid.
“Se a política
brasileira precisa de uma reforma, o Doctor Hollywood se oferece para invadir o
Congresso. O cirurgião e apresentador de TV se filiou ao PSC, o mesmo partido
do polêmico deputado Marco Feliciano. Outra celebridade que passou por Brasília
foi o músico baiano Carlinhos Brown, para apresentar o instrumento caxirola,
que será a vuvuzela brasileira para a Copa de 2014. Quem quer ficar famoso pelo
Planalto, principalmente ocupando a cadeira de titular do Planalto, são os
presidenciáveis Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva, que começam a mexer
os pauzinhos para a lutar com Dilma na campanha do ano que vem.”
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