Em manutenção!!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Assédio moral e promessas. Quem será o próximo?





Por Zezinho de Caetés

Eu já li muito, semana passada e este fim de semana, sobre as declarações do bandido Zé Dirceu sobre o ministro do STF Luiz Fux. É um caso, não raro hoje no PT, de desespero completo ou da “síndrome da gaiola de ouro”.

Hoje, não são só os bandidos condenados Dirceu, Delúbio, João Paulo Cunha e Genoíno que estão desesperado. É todo o bando de mensaleiros, mesmo os não condenados, ainda, como meu conterrâneo, o Lula.

O Lula chegou até a antecipar uma campanha para presidente da república para tirar os olhos da imprensa de cima dele e da Rosemary, vendo ao fundo, ou na frente, o Marcos Valério. Eu nunca vi tanta irresponsabilidade junta. No entanto, parece que ele deu um tiro no pé. A antecipação da campanha deu direito à oposição (será que existe mesmo?) fazer o mesmo e já surgiram candidatos, às pencas, para melar o sonho petista de continuísmo. Parece que o partido não foi protegido pela múmia do Chávez, que continuará a levar os venezuelanos para o buraco, como os petistas querem fazer com o Brasil.

Mas, voltando ao assunto, o Dirceu espalhou que o ministro Luiz Fux andou prometendo a ele absolvê-lo na Ação Penal 470, vulgo, mensalão. E ele, muito bestinha, terminou o ajudando a pegar a função ou cargo de ministro. Sobrou para o poste Dilma. Ela estava apagada quando, se verdade o dito pelo bandido, nomeou o Fux diante deste assédio moral evidente.

Penso que quem deve se explicar é a Dilma perante à opinião pública e não o ministro, que nega a acusação. E por que? Porque, segundo me consta quem é o correligionário e amigo da Dilma é o Dirceu e não Fux. O que Dirceu disse dar a entender que a proposta foi repassada à presidanta (vi que está errado mas, gostei do erro) e ela, doida para livrar o PT da gaiola, concordou em nomear o ministro. E isto, vai além, colocando sob suspeita os ministros nomeados por ela antes do julgamento.

Mas, estes ficaram livres das suspeitos, de fato, pelos seus votos no julgamento. Só ficaram mal na fita, os ministro Lewandowsky e Dias Tófolli que passaram o julgamento todos cumprindo o que tinham prometido a alguém, que não sei quem, absolvendo bandidos.

Fiquem com o texto do jornalista Luis Fabiano que vai além na análise deste episódio que é deprimente, mas, possível, com a forma com são escolhidos os ministros. Eu vou prometer que absolverei o nosso governador de qualquer pecado se ele ajudar na criação da Academia Caeteense de Letras, para a qual o Lula me negou apoio, e assim mesmo porque acho que ele (o Eduardo) só tem pecados maneiros, e vai atrapalhar a Dilma.

“Não se sabe exatamente o que pretendeu o ex-ministro José Dirceu ao contar novamente (Folha de S. Paulo, 10.04) sua versão da nomeação do ministro Luiz Fux ao Supremo Tribunal Federal.

Não é uma história edificante: Fux, depois de “assediá-lo moralmente por seis meses”, teria obtido o apoio de Dirceu sob o compromisso de inocentá-lo no processo do Mensalão.

Se as coisas se deram exatamente como Dirceu conta, não é apenas a reputação do magistrado que sai manchada. É também a de Dirceu e de todo o processo de nomeação dos integrantes dos tribunais superiores. Aliás, isso também não é novidade.

Sabe-se há muito que as nomeações para esses tribunais são mais políticas que técnicas. Não basta um bom currículo: é necessário, mas não resolve. É preciso um ou mais padrinhos de peso. As decisões ocorrem nos bastidores. As sabatinas do Senado são, em regra, coreográficas. Ninguém é rejeitado.

Diante disso, resta saber por que Dirceu voltou ao tema da nomeação de Fux? Ele não é político de desabafos, nem de jogar conversa fora. Ao contrário, mede bem as palavras, exibe impressionante autocontrole quando provocado e é criterioso nos temas em que embarca. Ou seja, a entrevista, que ocupou duas páginas do jornal, não foi gratuita. E não é difícil decifrá-la.

 Por meio de Fux, que se transformou em desafeto pessoal, Dirceu atinge todo o Supremo, em busca de caracterizar sua condenação como “política” e “arbitrária”, à revelia dos autos e sob intensa pressão da mídia. Um “julgamento de exceção”, em suma.

E avisa, também pela enésima vez, que vai “bater às portas da Comissão Internacional de Direitos Humanos”. Considera, por isso mesmo, que sua prisão pode ser revertida. É improvável que uma Corte internacional reverta uma decisão da Suprema Corte de um país democrático, em julgamento a céu aberto, em que os réus contaram com alguns dos melhores advogados do mercado.

Dirceu reconta o episódio Fux na expectativa de que seja anulada sua participação no julgamento e que constitua mais um argumento para desmoralizar o STF. Ora, se Dirceu reconhece como inadequada a conduta de Fux, suficiente para impedi-lo de ter participado do julgamento, por que não fez essa denúncia antes?

A conclusão é inevitável: não o fez porque confiava no cumprimento do compromisso. Mais: se Fux o assediou moralmente e conseguiu a nomeação, isso significa que Dirceu é susceptível a esses expedientes.

E quem mais o foi, no caso Fux? A presidente Dilma, que o nomeou? O ex-presidente Lula, que demonstrou interesse em agir pessoalmente para adiar o julgamento do Mensalão?

O que se sabe é da decepção da alta cúpula do PT, expressa em reiteradas declarações à imprensa, contra ministros do STF nomeados por governos do partido e que o teriam “traído” ao condenar réus petistas.

A escaramuça de Dirceu não deve se esgotar aí. A proximidade de execução das sentenças deve ensejar outras iniciativas tendentes a desmoralizar o Supremo, caracterizar o julgamento como de exceção e justificar o recurso dos réus às cortes internacionais. Assédio moral é isso aí.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário