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domingo, 6 de maio de 2012

A Semana - Circo Para Investigar (CPI)





Por Zé Carlos

Como não poderia deixar de ser, esta semana que passou teve seu fato político mais importante a instalação da CPI do Cachoeira. Antes de ver o filme abaixo eu vi na TV um pedacinho da sessão de instalação. Previ que no filme da UOL, que sempre tende para o humorismo e ironia, esta instalação seria a bola da vez.

Realmente, não é possível se prever, a partir daquela instalação, algo que pelo menos irá cheirar a justiça ou punição de culpados pelos eventos de corrupção explícita que envolvem as denúncias. Para mim parecia mais um circo onde um bando de palhaços, sem querer ofender a classe, fazia malabarismo para cada um aparecer mais do que o outro. Desde dormir no recinto ou a pronunciação de frases de efeitos e gestos teatrais, tudo valeu. Nenhum poderia deixar de aparecer num momento como aquele. Alguns dizem que vai terminar em pizza. Ainda seria bom, pois, do que vi, parece que terminará em bosta de elefante.

Eu aguentei uma meia horinha diante da TV e fui esperar pelos telejornais e por este filme que sempre comento, com muito pesar mas sem deixar o humor de lado. No final, sempre, rir ainda é o melhor remédio.

E é possível ficar sem rir com uma CPI que quer investigar as proezas de um homem experto como o Carlinhos Cachoeira, sem incluir todas as ramificações que abrangem seu organograma de corrupção? Será possível deixar de fora a Construtora Delta, e os governadores que com ele tiveram relações?

E aqui eu me volto explicitamente ao papel do governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro. Para aquele espetáculo lamentável proporcionado pela chamada “gangue do guardanapo” em um restaurante em Paris. Quando vemos algo assim, até duvidamos do povo e da democracia.

Como não se descobriu que alguém que pudesse propiciar tal espetáculo, não deveria sufragado nas urnas e governasse um Estado que já sediou nosso capital, tão bela e formosa? É preciso retomar o fôlego e respirar fundo novamente para não querer “chamar o Pires”. Fazendo isto, vemos que democracia em nosso país, depois de alguns sobressaltos em nossa história, só nos últimos 30 anos começou a germinar. Ainda é plantinha nova e ainda nem sabemos se chegará a uma árvore frondosa com tanta praga que a ataca.

Seria bom erradicar logo a planta e colocar outra no lugar? Talvez fosse, se tivéssemos conhecimento de planta melhor do que aquela que estamos tentando fazer crescer. Porque outras se mantiveram em pé às custas de nossa liberdade. O melhor é cuidar da plantinha democracia, gerando anticorpos a partir de pessoas decentes e tentando que ela não morra com episódios como estes.

Vamos lutar para que, de um CPI como esta, saia algum remédio que possa fortificar nossa plantinha, embora, pelo andar da carruagem é muito difícil de imaginar. E nós da mídia, temos uma importância fundamental em seu crescimento. Sem nossa liberdade ela não terá salvação.

E eu já estou me estendendo demais, e até fui sisudo demais, para tratar de um humor tão sério quanto o do filme abaixo. E assim, eu poderei até ser confundido com o Demóstenes dizendo da tribuna do Senado: “Pode grampear à vontade e não encontrarão nada”. O diabo é que ele sabia que já haviam encontrado. É de morrer de rir.

Vejam o resumo do roteiro da equipe e se divirtam com os cochilos do Humberto Costa e os trejeitos do Sílvio Costa no filme abaixo:

“O "Escuta Essa!" desta semana dá destaque para a CPMI que investiga a relação entre o contraventor Carlinhos Cachoeira e o meio político. A comissão teve uma sessão inicial confusa, longa, cheia de falas engraçadas e com sonecas parlamentares. Por outro lado, as investigações apontam alvos bem além do senador Demóstenes Torres: três governadores são citados em gravações e podem se complicar.”

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