Por Zé Carlos
O feriadão do Dia do Trabalho para nós, eu e minha mulher,
não foi dos mais agitados em termos de sair de nossa toca. Fomos ao cinema,
aproveitar o subsídio da meia-entrada e voltamos, nos enfurnando em casa, hoje
sozinhos. As filhas criadas e longe, satisfeitos nossos desejos, nós poderíamos
descansar, mas, ao invés de vender caranguejos fomos mexer em papeis velho.
Sim, aqueles mesmos que colocamos num canto, num armário,
numa prateleira, e esquecemos que existem, e por isso mesmo não servem para
nada. Declaração de Imposto de Renda de 1982. Para que serviria uma coisa
dessas? Talvez, para no futuro, colocá-lo no Instituto Zé Carlos, construído num
terreno doado pela prefeitura de Bom Conselho. Mas, era preciso ser o Lula para
que isto acontecesse, e eu estou longe do “cara”.
E este é apenas um exemplo do que virou material reciclável, fazendo a festa,
no dia seguinte, dos seletores de lixo.
No entanto, mexer com o passado sempre traz recordações. É aquela
foto nossa, com o cabelo tão preto e tão magrinho que chegamos a duvidar que seria
nós mesmos. Fotos de antepassadas que passaram e nos lembram de quanto se
sacrificaram por nós, ao que nem sempre somos gratos, e agora estamos pagando
na mesma moeda. E nesta mexida, entre outras coisas que irei descrevendo aos
poucos, encontramos, num papel impresso, um HINO DE BOM CONSELHO.
Ficamos intrigados porque nunca havia ouvido falar nele. Nem
sabíamos que existia. Não há autor e nós não sabemos se existe mesmo uma música
que o torne um hino, ou se era apenas para rezá-lo como fazíamos com o Pai
Nosso ou Ave-Maria. Transcrevemo-lo abaixo, na esperança de que alguém nos
informe (através dos comentários ou e-mail) sobre este achado
histórico/arqueológico, pelo menos para nós:
HINO DE BOM CONSELHO
Bom Conselho no
início foi fazenda,
Progredindo
prosperando forte e bela,
Conhecida região de
Papacaça,
De Antônio Anselmo da
Costa Vilela.
Salve o dia de sua
emancipação,
Os seus filhos
entoando contentes,
Cantam livres a
canção de Bom Conselho,
Desmembrado do
município Correntes.
Tradição lembra
papacaceiros,
Relembrados na
memória do povo,
Por castrar os
animais depois soltá-los,
Quando fortes
capturá-los de novo.
Com Anselmo e Joaquim
Antônio,
Um povoado foi se
tornando esteio,
E o colégio veio
depois louvando a santa,
E deus o nome ao
município de Bom Conselho.
Eis aí um Hino de nossa terra. Não sabemos se a letra está
completa e nem a consideramos um primor, mas, também não consideramos a do Hino
Nacional, e hoje o cantamos em cada esquina. Pelo menos, se encontrarmos a
música (e eu espero que nos mande que a publicaremos aqui), já temos algo para
entoar no início dos jogos no nosso Carecão.
Caro Zé Carlos,
ResponderExcluirEu também nunca ouvi falar deste hino. Com a palavra nossos historiadores ou curiosos.
Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)
Recebemos, em forma por e-mail o seguinte comentário do amigo Luiz Clério, e o publicamos aqui em forma de comentário para ver se incentiva os bom-conselhenses a descobrir seus mistérios. Depois eu publicarei os hino enviado de autoria do meu colega (de conclusão do São Geraldo) Zé de Puluca. Se alguém tiver mais informação, pode usar este espaço ou o mandar um e-mail. E já agradeço ao Clério pelo informação. Zé Carlos.
ResponderExcluir“Amigo Zé,
No inicio dos anos 90 recebemos de um amigo, não lembramos quem e nome, uma fita cassete com um discurso de campanha feito por Walmir Soares, com uma de suas tiradas históricas: "Doutor, quando eu disser que a burra morreu, pode queimar a cangaia". Nesta mesma fita tinha esta composição que nós passamos a tê-la como o hino de BC. Procuramos saber de quem era a autoria e ninguém soube responder. Uma informação pequena nos foi dada por Manoel Luna, disse ele, na época, que se tratava de uma música feita para a campanha de um candidato a prefeito.
A Gazeta por diversas edições já tratou do assunto Hino de Bom Conselho, inclusive, sugerindo a oficialização por parte dos poderes competentes: PMB e CV. Tudo porque contamos com dois hinos, este que faz parte de seu artigo e o composto por Zé de Puluca, em anexo.
Abraços,
Luiz Clério”
eu sou bomcoselheçe
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