Em manutenção!!!

sábado, 26 de maio de 2012

O modelo de Dilma: "Quem não deve não tem..."





Por Zezinho de Caetés

Esta semana li dois texto que são complementares e que falam sobre o modelo econômico que a presidenta Dilma pretende e já está colocando em prática no Brasil, que é uma variante mais ousada daquele adotado pelo Lula em 2009 para empurrar  a crise, o que ele chamou de “marolinha” com a barriga.

A “marolinha” continua crescendo no exterior e já nos atingem através do câmbio e do baixo crescimento de alguns países. E a tônica do governo é a mesma. Segundo a presidenta estamos 100%, 200% e 300% preparados para enfrentar a crise. Eu penso que é otimismo demais para enfrentar a realidade dura que nos rodeia.

Abaixo, para não gastar minhas teclas reproduzo um texto do Luiz Alberto Machado, que é vice-presidente do Instituto Liberal e que encontrei na página Deu nos Blogs desta AGD. É um bom alerta. Logo em seguida transcrevo um texto da Miriam leitão, publicado em seu blog no último dia 23, que é um alerta muito mais específico, mas, não menos importante. Afinal de contas, chegamos à cultura financeira no Brasil moderno de que “quem não deve não tem”. Vamos ver até onde isto vai.

------------

Sinais de esgotamento do modelo atual

Por Luiz Alberto Machado

Se a semana que se encerrou foi marcada pela divulgação de notícias dando conta de um desempenho econômico aquém do esperado pelo governo, a que se inicia traz a notícia de que a presidente Dilma Rousseff, sem conseguir esconder a irritação com a situação, está preparando um “pacotinho” a ser anunciado no próximo dia 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente – com medidas para estimular o consumo em setores determinados, como o de automóveis e construção civil.

Em se confirmando, será mais um sinal do esgotamento do modelo de crescimento baseado no consumo, já que depende, cada vez mais, de medidas pontuais para garantir sua sobrevida.

A meu juízo – e não estou sozinho nesse ponto de vista – a coisa é mais grave, pois indica claramente a falta de uma política econômica digna desse nome, constituída de ações de curto, médio e longo prazos, entre as quais as sempre prorrogadas reformas tributária, trabalhista e previdenciária, sem as quais os problemas estruturais da nossa economia continuarão sem solução.

Dois rápidos comentários a respeito disso tudo.

O primeiro sobre o “estilo” autoritário da presidente da República de governar, que já se tornou quadro de sucesso no programa de humor Casseta & Planeta. O personagem Dilmandona retrata fielmente o caráter centralizador e voluntarioso de Dilma Rousseff, com pitadas constantes de inquietação e impaciência. Pena – para ela – que a solução dos problemas econômicos não dependa apenas desses ingredientes.

O segundo, a respeito do clima quase generalizado de grande otimismo presente na esmagadora maioria das análises da conjuntura econômica brasileira, veiculadas pela mídia. São raras as análises equilibradas, ponderando não apenas sobre os aspectos positivos, mas também sobre os problemas reais que temos pela frente. Considerando que entre os analistas que embarcaram no clima de euforia geral tem muita gente bem preparada, não há como não ficar com a pulga atrás da orelha.

-----------

Incentivar endividamento é perigoso

Por Miriam Leitão

O governo anunciou um novo pacote de estímulo ao consumo, mas um levantamento do BC mostra dados preocupantes. Quase metade da renda anual dos brasileiros está comprometida com dívidas. O governo, no entanto, quer facilitar ainda mais o crédito, o que pode ser uma armadilha.

Outro cálculo mostra que o que as pessoas têm de pagar, mensalmente, de juros e dívida principal saiu de 15,58% da renda mensal em janeiro de 2005 para 22,4% em dezembro de 2012. Essa taxa é maior do que a dos EUA, que acabaram de ter uma crise.

Outro dado importante: R$ 39 bilhões de dívidas estão em atraso com mais de 90 dias (pessoa física).

É preocupante que o governo incentive o aumento do endividamento. Ele tem feito dois movimentos; um deles está correto, que é o de reduzir juros, incentivar a renegociação para que o consumidor aproveite as taxas mais baixas. Mas estimular o aumento do endividamento, antes de fazer um balanço do que isso significa, não.

Vinte e dois por cento estão comprometidos com dívidas, e o brasileiro ainda tem de pagar habitação, transporte, educação, alimentação, conta de luz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário