Por Zé Carlos
A semana que passou foi mais hilariante do que o próprio filme da UOL que sempre apresentamos aqui, nos fins de semana. Dizíamos lá em Bom Conselho, em nossa mocidade, quando nos surpreendíamos com alguma coisa: “Mas, será o Benedito?!”. Até hoje eu não sei porque se dizia isto. Se hoje alguém me perguntasse assim, eu diria que não foi o Benedito, mas sim a Benetida da Silva, que abre o filme abaixo, pedindo ao vice-presidente para cuidar da presidenta. O vice não falou nada, mas a presidenta prometeu se cuidarem ambos, um do outro. “Mas, será a Benedita?!”
E o nosso futebol? Como fica sem o Ricardo Teixeira? Espero um texto do amigo Jameson nos contando o que acha disto. Aqui apenas comento o filme onde alegam ter sido a presidenta que demitiu o cartola. Sei lá, eu penso que foi a FIFA, que já conseguiu colocar a ‘cervejinha’ goela abaixo dos torcedores na Copa do Mundo. Eu só fico pensando é, por que só na Copa? Ou só vai ser liberada para torcedor estrangeiro? Penso que quem deve cuidar de nossa presidenta é o Joseph Blater. “Mas, será a Benedita?!”
E eu, já sendo assunto do Estatuto do Idoso, já havia comido, ou pelo menos ouvido falar, em rodízio de carne, rodízio de pizza, rodízio de comida japonesa, rodízio de carros, rodízio no voleibol, mas, de rodízio de líderes foi a primeira vez. Quase morrendo e ainda aprendendo. Tivemos nesta semana passada o rodízio de Jucá, que é uma carne vinda diretamente de Pernambuco, mas é ultimamente apreciado em Roraima. Este rodízio é muito popular em Brasília e se come desde a época do FHC. Foi apresentado o rodízio Vacarezza, cuja principal característica é sua carne gorda e um pouco indigesta para quem tem problemas de expressão oral, principal, motivo de não ser muito apreciado. “Mas, será a Benedita?!”
Mas, no filme, o destaque fica para o prefeito de São Paulo, o Kassab, que do alto de seus 71% de rejeição ou de descrédito em sua administração, conseguiu criar um partido, o PSD, do qual todos querem seu apoio. Como diz o bispo Crivella, o ministro da pesca, este partido é mesmo de conveniência, ou seja, é o mais adequado para nossa “coalizão” democrática. Alguém dizia que esta país alguma dia vai se tornar um imenso Portugal, hoje, depois da crise europeia os portugueses devem dizer que aquele país ainda vai ser um pequenino Brasil. Já eu penso que neste ritmo sempre seremos o nosso Brasil, gigante pela própria natureza, mas, ainda deitado em berço esplêndido. “Mas, será a Benedita?”
E alguém acredita que ruas do Rio foram fechadas para o príncipe Harry tomar chopp na orla marítima, derrubar bandejas e comer rodízio de frango? Eu li isto em algum lugar, e agora ouço no filme alguém dizer: “Mas, que príncipe desastrado?!”. Eu só diria: “Mas, será a Benedita?”
Enfim, fiquem com o roteiro resumo da equipe produtora e curtam o filme logo em seguida.
“O “Escuta Essa!” desta semana traz mais estripulias do PMDB no governo. A presidente Dilma Rousseff inventou até um “rodízio de líderes” para poder afastar o senador Romero Jucá do papel de porta-voz dos interesses do palácio do Planalto dentro do Congresso. Até o vice-presidente Michel Temer foi convocado para cuidar de Dilma. Por outro lado, o príncipe Harry veio ao Brasil e causou alvoroço entre as plebeias tropicais. Para fechar a edição, oferecemos os sucessos musicais do premiê israelense, Benjamin “Bibi” Netanyahu.”
O DIA SEGUINTE
ResponderExcluirPor, Juka Kfouri, um dos maiores críticos ao então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, publicado em seu bloq no dia 13.03.2012.
Hoje é o primeiro dia, depois de 23 anos, sem Ricardo Teixeira no comando da CBF.
Ele foi embora para Boca Raton e deixou sua carta de renúncia para ser lida por seu sucessor, José Maria Marin, ex-governador biônico de São Paulo e, agora, presidente também sem voto da CBF.
O governo federal festeja, as redes sociais bombam de contentamento, mas tem gente insatisfeita.
Alguns presidentes de federações estaduais, por exemplo, que já ameaçam não aprovar as contas de Teixeira na reunião prevista para abril, porque querem eleição imediatamente.
Em sua carta, o ex-presidente se queixa de falta do devido reconhecimento por seus feitos.
Um deles ao menos de maneira indevida, porque quando se jacta do Campeonato Brasileiro por pontos corridos parece se esquecer de que liderou um boicote, com ameaça de lockout, ao Estatuto do Torcedor, exatamente o texto que tornou obrigatório o campeonato ao longo da temporada e com datas conhecidas pelos participantes do começo ao fim.
Os próximos dias prometem tensão e, por enquanto, chama atenção o silêncio sepucral dos grandes clubes do país.
Não se sabe se por respeito ao clima de velório na CBF ou se por absoluta desarticulação, incapacidade mesmo de impor a autoridade que a massa torcedora deveria lhes conferir.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, dia 13 de março de 2012.