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terça-feira, 16 de maio de 2017

Lula vai para a cadeia ou não vai?




Por Zezinho de Caetés

Passado o depoimento deprimente do Lula ao Sérgio Moro, a vida política nacional continua. Sem o Lula é claro. Ou, pelo menos, o seria se o meu conterrâneo caísse na realidade e verificasse que o petismo acabou e não tem volta.

Mas, o choro e o esperneio é livre, embora o Moro queira cortá-lo pela raiz para fazer justiça. Ontem, o juiz, depois de esperar e fazer concessões em nome de um direito de defesa que hoje se reconhece seja apenas protelação para permitir que o Lula se candidate, decidiu que não aceita mais testemunhas, no caso do triplex.

Disse do alto de sua sabedoria processual: “Indefiro, portanto, o requerido, pois a Defesa não cumpriu o ônus de identificar propriamente as testemunhas e indicar o endereço e, além disso, os depoimentos não teriam relevância para esclarecer os fatos”. O juiz, mais uma vez está certo. Quem, em sã consciência e sem a mesquinhez do fanatismo petista, não sabe que o Lula é dono do triplex do Guarujá?

Dizem os lulistas que não há documentos. Ora, meus queridos leitores. Mesmo que houvesse, todos já teriam sido destruídos. Mas, não havia mesmo, porque se há uma coisa que Lula não é, é burro. Isto ele quis mostrar no depoimento, mas, encontrou um cara mais inteligente do que ele do outro lado.

E agora, só nos resta esperar um pouquinho mais, segundo os experts no juridiquês para que o Moro o condene. Neste mesmo despacho no qual o juiz despachou as testemunhas protelatórias, ele fixou os prazos para que defesa e o Ministério Público Federal (MPF) apresentem as chamadas alegações finais, nas quais constam os argumentos decisivos para condenação ou absolvição de Lula.

Salvo um terrível acidente de percurso, pelos prazos até o final de junho o Moro produzirá seu veredicto final, que tenho certeza, será pela condenação do réu, e para isto, nem preciso me basear no que o juiz sabe, e sim no que a defesa faz para protelar o julgamento. Se ela tivesse o mínimo de segurança na inocência do cliente, queria um julgamento rápido, para trazer o Lula de volta à política.

No entanto, a ânsia pela protelação, dizendo que é necessária prova pericial para provar que o imóvel é de Lula, deve ter sido suficiente para que haja condenação. Ora, se até agora isto não tinha sido requerido, pois achavam que o Lula, o poderoso, iria nadar de braçada no mar da impunidade reinante do Brasil, por que agora querem a perícia?

E o tribunal, se não me engano, da 4ª Região, está cansado de esperar por este processo para dizer que o Moro está certo e que o Lula, deve entrar no rol dos fichas sujas, para o bem do Brasil. Pelos cálculos dos especialistas, calculando médias e mexendo com números, que nunca foram meu forte, se diz que até meados do próximo ano, o Lula será inelegível.

No entanto, tenho certeza que o Tribunal, diante do clamor da nação, não levará este tempo todo, e pelo menos eleitoralmente, nos livraremos do Lula. Politicamente, já nos livramos. Agora, depois de tudo isto, o problema é decidir o que fazer com o Lula. Deve ser preso ou não?


Eu, como sou um sentimental, não nego não, acho que ele deveria ficar em prisão domiciliar lá em Caetés, talvez na casa onde nasceu, onde só poderia praticar os crimes infantis de roubar frutas no terreno dos vizinhos. De tornozeleira eletrônica, é claro, para evitar que ele fuja para Garanhuns e tente se candidatar outra vez a alguma coisa.

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