Por Zezinho de Caetés
Passado o depoimento deprimente do
Lula ao Sérgio Moro, a vida política nacional continua. Sem o Lula é claro. Ou,
pelo menos, o seria se o meu conterrâneo caísse na realidade e verificasse que
o petismo acabou e não tem volta.
Mas, o choro e o esperneio é
livre, embora o Moro queira cortá-lo pela raiz para fazer justiça. Ontem, o
juiz, depois de esperar e fazer concessões em nome de um direito de defesa que
hoje se reconhece seja apenas protelação para permitir que o Lula se candidate,
decidiu que não aceita mais testemunhas, no caso do triplex.
Disse do alto de sua sabedoria
processual: “Indefiro, portanto, o
requerido, pois a Defesa não cumpriu o ônus de identificar propriamente as
testemunhas e indicar o endereço e, além disso, os depoimentos não teriam
relevância para esclarecer os fatos”. O juiz, mais uma vez está certo.
Quem, em sã consciência e sem a mesquinhez do fanatismo petista, não sabe que o
Lula é dono do triplex do Guarujá?
Dizem os lulistas que não há
documentos. Ora, meus queridos leitores. Mesmo que houvesse, todos já teriam
sido destruídos. Mas, não havia mesmo, porque se há uma coisa que Lula não é, é
burro. Isto ele quis mostrar no depoimento, mas, encontrou um cara mais
inteligente do que ele do outro lado.
E agora, só nos resta esperar um
pouquinho mais, segundo os experts no juridiquês
para que o Moro o condene. Neste mesmo despacho no qual o juiz despachou as
testemunhas protelatórias, ele fixou os prazos para que defesa e o Ministério
Público Federal (MPF) apresentem as chamadas alegações finais, nas quais
constam os argumentos decisivos para condenação ou absolvição de Lula.
Salvo um terrível acidente de
percurso, pelos prazos até o final de junho o Moro produzirá seu veredicto final,
que tenho certeza, será pela condenação do réu, e para isto, nem preciso me
basear no que o juiz sabe, e sim no que a defesa faz para protelar o
julgamento. Se ela tivesse o mínimo de segurança na inocência do cliente,
queria um julgamento rápido, para trazer o Lula de volta à política.
No entanto, a ânsia pela
protelação, dizendo que é necessária prova pericial para provar que o imóvel é
de Lula, deve ter sido suficiente para que haja condenação. Ora, se até agora
isto não tinha sido requerido, pois achavam que o Lula, o poderoso, iria nadar
de braçada no mar da impunidade reinante do Brasil, por que agora querem a
perícia?
E o tribunal, se não me engano,
da 4ª Região, está cansado de esperar por este processo para dizer que o Moro
está certo e que o Lula, deve entrar no rol dos fichas sujas, para o bem do
Brasil. Pelos cálculos dos especialistas, calculando médias e mexendo com
números, que nunca foram meu forte, se diz que até meados do próximo ano, o Lula
será inelegível.
No entanto, tenho certeza que o Tribunal,
diante do clamor da nação, não levará este tempo todo, e pelo menos
eleitoralmente, nos livraremos do Lula. Politicamente, já nos livramos. Agora,
depois de tudo isto, o problema é decidir o que fazer com o Lula. Deve ser
preso ou não?
Eu, como sou um sentimental, não
nego não, acho que ele deveria ficar em prisão domiciliar lá em Caetés, talvez
na casa onde nasceu, onde só poderia praticar os crimes infantis de roubar
frutas no terreno dos vizinhos. De tornozeleira eletrônica, é claro, para
evitar que ele fuja para Garanhuns e tente se candidatar outra vez a alguma
coisa.
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