Por Zé Carlos
Semana passada foi tão prenhe em termos de humor político
que estou aqui sentado, por algum tempo, escolhendo por onde começar. Pedi
ajuda a N. S. de Fátima, e ela, em toda sua candura me disse: “Começe do início, meu filho!”. Obrigado,
mãe do céu, mas, preciso de sua proteção para que meus leitores não faleçam até
o final deste escrito, de tanto rir.
No entanto, peço perdão à mãe de Deus, para começar do
final. E o faço com a delação da Mônica Moura e do seu marido, sim, aqueles
que, assim como comercial de TV nos faz gostar até de Coca-Cola, elegeram o
Lula e a Dilma para presidente. Mas, antes já haviam eleito o Delcídio do
Amaral, por onde começo.
A delatora Mônica contou que foram convidados para fazer a
campanha de Delcídio em 2002, para o Senado e pasmem, o encontro para as
negociações ocorreram entre o seu marido, o João Santana e o futuro senador,
numa sauna, os dois pelados e com as mãos nos bolsos. Ouçam a piada de sua
própria boca:
"A primeira
conversa entre os dois teve um fato inusitado. O João não conhecia o Delcídio.
Chegando na casa dele, o Delcídio convidou o João para conversar na sauna. Tudo
que eles conversaram a respeito de campanha foi feito os dois sem roupa. Hoje
em dia, imagino, isso era um cuidado dele em relação a gravações.”
Todavia, começo com esta piada, não por ela em si, mas,
porque o que se segue na delação dos marqueteiros é de matar palhaço de rir. E,
ela me lembra que as conversas com a Dilma foram, na maioria das vezes, com
elas duas andando pelos jardins do Palácio da Alvorada. Confesso que fiquei
tenso, pois ela não diz se elas estava nuas ou vestidas durante o passeio. Se
estivessem como o Delcídio e João Santana, não seria um belo espetáculo para se
ver, dado ao estado de conservação de Dilma. Mas, as conversas foram longas e
em outros lugares. Mas, mesmo que as duas não tivessem como vieram ao mundo, o
humor não diminuiu, como era de se esperar de nossa musa a Dilma, e do nosso
pândego, o Lula. Vejamos.
No meio do show hilariante da Mônica ela foi perguntada por
um espectador (o fato de todos serem procuradores da Lava Jato não tem
importância para o humor) como ela fazia para receber o dinheiro nos contratos
se estes nem eram escritos e eram provenientes de caixa 2, que é crime? Ela,
naquele seu afã de fazer rir disse:
- A minha garantia era
Lula. Eu confiava muito em Lula, que ele ia resolver.
E portanto, meus leitores e leitoras, fiquem conosco até o
final porque o Lula garante o riso desta nação. Imaginem que o Lula garantia os
shows eleitorais em toda a América Latina. Dizem que o Hugo Chávez foi eleito
pela Odebrecht e com a ajuda do Lula, e até hoje, quando aparece cantando para
o Nicolás Madura, atual ditador da Venezuela,
na forma de passarinho, ainda agradece ao conterrâneo de Zezinho de Caetés a
ajuda.
Mas, do Lula trataremos mais tarde, porque o seu show em
Curitiba foi digno de um grande cômico e merece ser comentado a parte. Por
enquanto, voltemos ao show da Dilma como contado por sua marqueteira, que eu
mesmo já resolvi contatar para ver se ela tem alguns ideias para que esta
coluna cresça em termos de leitores. Os 15 e meio continuam ox mesmox e com
tendência de baixa.
Num dos mais requintados instantes do show de humor da
Dilma, a Mônica contou que abriram um conta de e-mail secreto para que a
presidenta, na época, se comunicasse. E a Dilma que já foi a Janete, agora se
apresentou como Iolanda, especificamente como endereço: 2606Iolanda@gmail.com.
Pasmem, meus senhores a que filigranas chegaram em termos de humor. Dizem que a
Dilma acordava e passava um e-mail para Mônica dizendo: “Bom dia, flor do dia!” E isto queria dizer, sabem o que? “Bom dia, flor do dia!”. Era o código
secreto para dizer: “Como eu sou burra!”
Em outro e-mail, a Dilma dizia o seguinte:
“O seu grande amigo
está muito doente. Os médicos consideram que o risco é máximo. O pior é que a
esposa, que sempre tratou dele, agora está com câncer e com o mesmo risco. Os
médicos acompanham os dois, dia e noite”.
Quem vai rir a bandeiras despregadas será o sisudo Moro
quando ele perguntar o nome do amigo e de sua esposa e a Dilma responder: João
Santana e Mônica Moura. E, num ataque de riso, continuar o interrogatório
perguntando: “E, eles morreram?”, e
ela, naquela sua jumental atitude dizer: “Nada!
E aqueles pestes morrem nada!”. Será
imperdível este interrogatório.
E assim correu a delação de Mônica e do João Santana, não
deixando dúvida de que o que Lula disse no show anterior, em Curitiba, não
valia uma nota de 3 reais. Ficou-se sabendo que ele era o chefe do humor no
Brasil, e que a Dilma sempre foi apenas sua coadjuvante. E esta coluna já sabia
disto há muito tempo. Apenas não quis escancarar para poupar seus leitores de
uma cruel morte pelo riso.
Vejam alguns cenas do transcritas do “interrogatório” do
sisudo juiz Moro ao Lula, nosso irmão, valendo-me do hilário texto do Zezinho
de Caetés ( aqui, aliás, espero que no futuro, quando houver um Dia das Mães no
meio, ele me substitua aqui na coluna para não atrasar como hoje):
“Agora, revendo
mentalmente o depoimento, matando a jararaca e mostrando o pau, vejam a que
ponto chegou o Lula em termos de invenção e enganação.
Em relação ao tríplex
no Guarujá, em março de 2010, quando o Lula ainda era presidente, uma
jornalista de O Globo fez um reportagem que o Lula e a finada Marisa eram donos
de uma cobertura lá no Guarujá, e esta deve ter sido uma das duas reportagens a
favor de Lula que ele que ele cita no
depoimento, porque não houve desmentido nenhum na época, entre as “trocentas” que ele diz terem sido
contras.
Depois de ouvir do
depoente que só soube do apartamento em 2013 o Moro apertou: “- Mas a questão que eu coloco, essa questão
do tríplex que o senhor afirma aqui, ela só teria surgido em 2013, segundo o
senhor. O senhor tem ideia como o jornalista, lá em 2010, do GLOBO, poderia ter
feito uma matéria se referindo a essa cobertura tríplex que o senhor iria
ficar? Nesse mesmo local, nesse mesmo prédio?” E o Lula respondeu: “Porque
deve ser um invenção do Ministério Público”. Pode isto, Arnaldo?, como diria o
Galvão Bueno.
Depois disto o Moro
quis saber se o Lula havia pedido alguma investigação, no PT, quando soube da
roubalheira na Petrobrás, e o Lula, disse que não tinha nenhuma influência no
Partido, desde 2002. É crível isto, Arnaldo?, repete o Galvão Bueno, lembrando
que foi ele praticamente empurrou a Dilma goela abaixo do partido em 2010.
Mais na frente, ou
atrás, não me lembro bem, ele, o Lula, diz que o Léo Pinheiro era um “vendedor”, pois tentou vender a ele e à
finada Marisa, o tríplex de qualquer jeito. E diz: “- Léo estava querendo vender o apartamento. E como todo e qualquer
vendedor, quer vender de qualquer jeito. Não sei se o doutor já procurou alguma
casa para morar, para saber como o vendedor quer fazer. E eu disse ao Léo que o
apartamento tinha 500 defeitos.” Isto para justificar que as reformas no
apartamento não tinham sido para ele como declarou o agora delator, Léo
Pinheiro, e na época presidente da OAS. E nem vou perguntar mais porque o
Arnaldo já está dizendo: “Pênalti,
claro!”
E agora, diante do avançado da hora desta segunda-feira e
depois de um alentada comemorações às minhas mães (Flora, Marli e Adriana),
encerro. Não por falta de assunto mas porque há assunto demais, como o discurso
de Temer e a delação do Palocci. Deixo para depois em homenagem à mãe deles.
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