Por Zezinho de Caetés
Ontem perguntei se o Lula iria
para cadeia ou não. E com o andar da carruagem a resposta “sim” está com o viés de alta, trato das consequências disto. Ontem
mesmo a Polícia Federal (PF) indiciou novamente o meu conterrâneo, envolvido
outra vez com outra venda de MP. Pode ser o início de outro processo por venda
de legislação, o que aumenta seu cerco policial e jurídico.
E, até agora não sei como a tese
básica dele, de inocência e perseguição política, vai se manter de pé. É quase
certo que não se manterá, e a sucessão à presidência em 2018 é um sonho cada
vez mais distante para ele. Isto independentemente se a chapa Dilma/Temer será
cassada ou não.
E o que se coloca em questão
agora, é o que virá por aí, em termos de candidatos em 2018. Sei que serão
muitos e muito variados em termos ideológicos, mas, com chances serão poucos.
Mesmo as pesquisas eleitorais hoje, que deram uma provável liderança do Lula,
cairão por terra, e a hipótese de um candidato indicado por Lula prosperar,
como um novo “poste”, o que seria o
segundo depois de Dilma, não passa de uma ilusão.
E é sobre o que poderá acontecer
em 2018, que abaixo transcrevo o texto de Eliane Cantanhêde, com o título “Rumo a 2018”, onde ela detalha alguns
cenários e candidatos na luta pela presidência, seguindo o rumo natural das
coisas, de que do PT e PSDB, pelo menos dos antigos e de sempre candidatos, não
terão mais vez.
Para mim, alguns, mesmo estando
dentro do baralho, são cartas viciadas e que ninguém mais escolherá, como o
Ciro Gomes, do PDT, que hoje é mais conhecido como o “vai mas não chega”. É aquele tipo de candidato que, antes, todos já
separavam o título para votar nele, e o guardavam quando ele abria a boca. Ou
seja, é um boquirroto contumaz, e sua chance é montar na triste carcaça de Lula
para arrebanhar votos.
No entanto, dizem que o Haddad, o
poste de São Paulo, já está nesta tarefa, fazendo o que todos devem fazer para
herdar votos do Lula: Afastar-se dele, como o fez no depoimento de Curitiba,
onde aquela manada vestida de vermelho e fedendo a mortadela festejava a grande
vitória de Pirro, que agora é a vitória do Lula. Para mim, pelo menos no Sul e
Nordeste, ele terá menos votos do que o Tiririca.
Marina Silva, a escondidinha, só
aparece quando os outros caem em desgraça. É pior do que urubu na carniça lá
nas selvas da Amazônia. Penso que também não terá chance. O Bolsonaro, nunca
teve e não terá chances, pelo conjunto da obra. Então, para mim sobra o Doria,
e o resto, pelo menos até agora.
No entanto, como o Brasil, além
do país do futuro, é também o país das surpresas, a pergunta que fica é: Se o
Temer, não cair junto com Dilma no julgamento de sua chapa, e conseguir fazer
as reformas tão necessárias ao Brasil, e, como já se viu ontem o país começar a
se recuperar economicamente, será que teremos um novo “velhinho” tentando voltar?
Bem, tudo pode acontecer, na
realidade. Em termos de sonhos, surgirá um novo candidato, com liderança e
capacidade suficiente para tirar o Brasil do desastre em que o PT o meteu.
Fiquem com a Eliane, que eu vou acompanhar
as notícias sobre o possível impeachment do Trump.
“Ainda não chega ao fim do mundo
e os cenários ainda estão muito obscuros, mas há uma novidade: os
pré-candidatos estão saindo da toca para testar possibilidades e buscar apoios.
Ou melhor, colher os apoios que estão despencando das árvores do PT e do PSDB.
As três principais variáveis da
eleição de 2018 são: Lula terá condições ou não de concorrer? O PSDB será ou
não obrigado a engolir um novo nome? O presidente Michel Temer sobreviverá com
força ou não para apadrinhar uma candidatura?
Por partes. Lula corre contra o
tempo, especialmente quando o juiz Sérgio Moro começa a definir os prazos para
o julgamento do triplex. Sem Lula na disputa, o PT, o PC do B e os movimentos
aliados não têm um só nome.
Por isso, Fernando Haddad
conversou três horas com um potencial articulador de seu nome no Nordeste,
região que, apesar de tudo, continua lulista e suscetível a votar num candidato
patrocinado por ele. Aliás, Haddad não foi visto em Curitiba no dia do
depoimento de Lula a Moro. Próximo o suficiente para herdar os votos, mas
convenientemente longe para não se contaminar com a rejeição?
No PSDB, o governador Geraldo
Alckmin e o prefeito João Doria começam a corrigir o prumo: se convergiam até a
vitória em primeiro turno em 2016, passam agora a traçar linhas paralelas para
2018. Na semana passada, por exemplo, Alckmin foi ao Espírito Santo aprofundar
o convite para o governador Paulo Hartung trocar o PMDB pelo PSDB. Enquanto
isso, Doria se aproxima mais e mais de Temer e de Brasília.
Se Temer fracassar no combate ao
desemprego, será de pouca valia em 2018, como ele admitiu na entrevista de
domingo ao Estado. Mas, se sobreviver ao julgamento do TSE, as reformas passarem,
a economia aquecer (cresceu 1.1% no primeiro trimestre, depois de dois anos de
queda no período), a inflação e os juros permanecerem baixos e os empregos
derem o ar da graça, ele pode se tornar um cabo eleitoral e tanto.
São muitos “se”, mas Temer tem
chance de influir em 2018 e será muito conveniente: se tiver juízo, não será
candidato; e, se tiver força, não poderá transferi-la para ninguém do PMDB,
pela constrangedora constatação de que não há ninguém com cacife no PMDB.
Haverá, então, um cabo eleitoral forte e um partido forte em busca de um
candidato.
Correndo por fora, Marina Silva,
como a bela adormecida, acorda de um longo sono enquanto a crise econômica,
política e da Lava Jato corria solta. E está conversando com os ex-ministros do
Supremo Joaquim Barbosa e Ayres Britto, que conquistaram respeito e
popularidade no julgamento do mensalão.
Ciro Gomes, do PDT, seu sétimo
partido, mantém o estilo luta livre. À repórter Fernanda Odila, da BBC Brasil,
atacou Doria, “o farsante”, Temer, que não se sabe “se chefia uma quadrilha ou
um bando de patetas”, e Lula, “o grande responsável por este momento político
trágico”. Ciro poderia ser vice de Lula, mas, se sonhava ser cabeça de chapa do
PT, aparentemente está deixando de sonhar. Sem Lula e sem o PT, aonde quer
chegar?
Para completar, Henrique
Meirelles trocou os EUA e o BankBoston por Goiás com o objetivo de concorrer à
Presidência. Elegeu-se parlamentar pelo PSDB, presidiu o Banco Central de Lula,
não assumiu cargo com Dilma por incompatibilidade de gênios e virou ministro da
Fazenda de Temer com o mesmo cálculo de José Serra, afinal deslocado para o
Itamaraty: repetir FHC, eleito presidente com um empurrão da economia no
governo Itamar.
Se Temer “der certo”, Meirelles
pode tentar preencher o vazio de homens e ideias do PMDB, mas alguém imagina o
ministro eletrizando as massas? Logo, todos eles se mexem, mas o terreno não é
só escorregadio, mas perigosamente pantanoso.”
A CHAMADA LISTA SEM PÉ E NEM CABEÇA
ResponderExcluirESSA LISTA É SEM PÉ NEM CABEÇA
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