Por Zezinho de Caetés
Agora, depois de ter visto e
ouvido o Lula por inteiro, em Curitiba, o que mudou no meu pensamento, a
respeito do meu conterrâneo? Eu diria nada, para ser sucinto. E diria que mudou
alguma coisa, se quisesse ser mais didático, pois descobri que ele está cada
dia mentindo e enganando mais.
Uma frase do Augusto Nunes, ainda
de quarta-feira resume o meu pensamento: “O
ex-presidente que, ao contrário de Getúlio Vargas, saiu da história para cair
na vida, não tem álibis nem atenuantes para os muitos crimes que cometeu.”
E por isso, tem que enrolar, enrolar e enrolar.
Ainda bem que o Sérgio Moro não é
bobo e o tratou como deveria ser tratado. E quando vimos o vídeo em modo
ampliado, onde aparecia o Moro junto com o réu Lula, ficou mais evidente a
distância entre os dois, o que dar razão ao Winston Churchill quando disse que
a Democracia é o pior regime político de todos, pois permite que se escolha um
presidente como o meu conterrâneo. Infelizmente, o premier inglês completou a
frase com o realismo, dizendo que “exceto
todos os outros”, regimes.
Entretanto, este é o nosso
aprendizado como nação que poderia ser muito melhor hoje, se o Pero Vaz de
Caminha não tivesse arranjado um emprego para o parente junto ao Rei de
Portugal, logo no seu descobrimento. Depois de idas e vindas por governos
ditatoriais chegamos à nossa tenra Democracia, e tentamos matá-la elegendo Lula
e depois Dilma, a seu mando. Deu no que deu!
E agora o que nos resta é
acompanhar o que é que o Brasil vai fazer com o Lula. E pelo que se vislumbra,
e agora com as delações de João Santana e Mônica Moura, que deverão levar a
Dilma também a Curitiba, a decisão fica muito mais clara e só as “carolinas” do PT não veem. Lula tem que
pagar pelo mal que fez ao Brasil de uma forma exemplar, e a Dilma, sua cúmplice
ao seu lado. E se a Dilma descer do camburão mascando chicletes como a Mônica,
melhor será a imagem para posteridade.
E, pasmem, vem aí o Palocci, o
Vaccari, o Duque, e quem sabe, o Dirceu, para completar o canto dos passarinhos
chavistas em frente aos procuradores da Lava Jato, para mostrar e comprovar o
jornalista que acima citei, que diz:
“O circo armado por Lula para escapar de punições judiciais
merecidíssimas, transformou em certeza a suspeita que vinha crescendo entre
jornalistas do mundo inteiro: o ex-presidente que se fantasia de pai dos pobres
é o chefe do maior esquema corrupto da história. O depoimento de hoje vai
aguçar, entre os que conhecem as duas ofensivas contra a impunidade
institucionalizada, a sensação de que a Lava Jato tem tudo para ir muito além
das fronteiras expandidas pela Operação Mãos Limpas.
A imprensa italiana, por exemplo, tem tratado como reprise de quinta
categoria as reações desesperadas, patéticas ou apenas ridículas dos políticos
envolvidos até o pescoço nas bandalheiras. É coisa de cobra mal matada. É medo
de cadeia, hoje epidêmico entre a turma do foro privilegiado.”
Então, talvez, tenhamos algo de
que nos orgulhar, se a Operação Lava Jato for em frente e seja um exemplo para
o mundo, como está sendo já para os países da América Latina. E enquanto houver
uma Odebrecht, enquanto houver um Maduro eleito por ela, como agora se sabe,
pois é apenas um mamulengo do Chávez, enquanto houver um Emílio e um Marcelo
Odebrecht, um Duque, um Dirceu, um Vaccari, um Barusco, esta operação não deve
descansar para garantir que podemos ser um país democrático, um dia.
Agora, revendo mentalmente o
depoimento, matando a jararaca e mostrando o pau, vejam a que ponto chegou o
Lula em termos de invenção e enganação.
Em relação ao tríplex no Guarujá,
em março de 2010, quando o Lula ainda era presidente, uma jornalista de O Globo
fez um reportagem que o Lula e a finada Marisa eram donos de uma cobertura lá
no Guarujá, e esta deve ter sido uma das duas reportagens a favor de Lula que
ele que ele cita no depoimento, porque
não houve desmentido nenhum na época, entre as “trocentas” que ele diz terem sido contras.
Depois de ouvir do depoente que
só soube do apartamento em 2013 o Moro apertou: “- Mas a questão que eu
coloco, essa questão do tríplex que o senhor afirma aqui, ela só teria surgido
em 2013, segundo o senhor. O senhor tem ideia como o jornalista, lá em 2010, do
GLOBO, poderia ter feito uma matéria se referindo a essa cobertura tríplex que
o senhor iria ficar? Nesse mesmo local, nesse mesmo prédio?” E o Lula
respondeu: “Porque deve ser um invenção
do Ministério Público”. Pode isto, Arnaldo?, como diria o Galvão Bueno.
Depois disto o Moro quis saber se
o Lula havia pedido alguma investigação, no PT, quando soube da roubalheira na
Petrobrás, e o Lula, disse que não tinha nenhuma influência no Partido, desde
2002. É crível isto, Arnaldo?, repete o Galvão Bueno, lembrando que foi ele
praticamente empurrou a Dilma goela abaixo do partido em 2010.
Mais na frente, ou atrás, não me
lembro bem, ele, o Lula, diz que o Léo Pinheiro era um “vendedor”, pois tentou vender a ele e à finada Marisa, o tríplex de
qualquer jeito. E diz: “- Léo estava
querendo vender o apartamento. E como todo e qualquer vendedor, quer vender de
qualquer jeito. Não sei se o doutor já procurou alguma casa para morar, para
saber como o vendedor quer fazer. E eu disse ao Léo que o apartamento tinha 500
defeitos.” Isto para justificar que as reformas no apartamento não tinham
sido para ele como declarou o agora delator, Léo Pinheiro, e na época
presidente da OAS. E nem vou perguntar mais porque o Arnaldo já está dizendo: “Pênalti, claro!”
E paro por aqui, não porque
acabaram as mentiras do Lula, e sim, porque hoje é sexta-feira e eu preciso me
recuperar um pouco da tensão semanal causado pela “batalha de Curitiba”, que, tal qual a de Itararé, também não houve.
Um dos lados, o Lula, já chegou lá morto.
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