Por Zezinho de Caetés
Ontem, terminei o meu escrito
aqui neste blog com os seguintes parágrafos, depois de tratar de nossa política
em 2018, mostrando nossa escassez de quadros para assumir a nossa presidência:
“No entanto, como o Brasil, além do país do futuro, é também o país das
surpresas, a pergunta que fica é: Se o Temer, não cair junto com Dilma no
julgamento de sua chapa, e conseguir fazer as reformas tão necessárias ao
Brasil, e, como já se viu ontem o país começar a se recuperar economicamente,
será que teremos um novo “velhinho”
tentando voltar?
Bem, tudo pode acontecer, na realidade. Em termos de sonhos, surgirá um
novo candidato, com liderança e capacidade suficiente para tirar o Brasil do
desastre em que o PT o meteu.
Fiquem com a Eliane, que eu vou acompanhar as notícias sobre o possível
impeachment do Trump.”
Na última frase eu dizia que iria
saber do possível impeachment de Trump, pois não é que terminei vendo o
possível impeachment do “velhinho”, o
Temer?!
Ontem fui dormir com um terremoto
na cabeça, gerado pela mãe de todas as delações premiadas, até agora, feita
pelos diretores da JBS, sim, aquela que se pensava fraca porque a carne estava
fraca, na qual eles dizem que tem gravações de conversas com o Temer, nas quais
ele aprova pagar ao Eduardo Cunha para ele fechar o bico, na prisão.
Além disto, dizem que o Aécio
Neves pediu 2 milhões de reais para ajudar pagar advogados que o defenderiam na
Lava Jato. E ainda dizem que o Mantega, sim, aquele que a Mônica Moura chamava
de “laticínio” recebia uma fortuna em
propinas para irrigar o PT.
Além disso, dizem que desta
delação fica comprovado que a JBS propinou mais 1800 políticos em todo Brasil.
Imagine a tremedeira por este Brasil a fora.
Só um comentário, pela ordem. Que
Cunha era o homem que sabia demais, é um fato. Que disse certa feita que
perguntassem ao Temer o que ele tinha feito, é outro fato. Que o Temer não é
flor que se cheire, pois viveu muito tempo junto do PT e não há ninguém que se
aproxime daquele partido para não sair fedendo, é outro fato. Então, não
preciso nem esperar por homologação de delação, tal qual a da Odebrecht já deve
ser dada como verdadeira, pois bandido, se mentir à Lava Jato, está frito.
Quanto ao Aécio, o neto de
Tancredo, criador da Nova República, enfim, destruiu a obra do avô. A Nova
República envelheceu e ontem morreu por falência múltipla dos órgãos, e junto
com o ele.
E, o Mantega, sendo petista, não
é nenhuma novidade que tenha se metido em mais uma falcatrua para manter o PT
no poder. Afinal de contas, não foi ele o criador e mantenedor da Nova Matriz
Econômica, de não saudosa memória, e que meteu a economia brasileira no
imbróglio em que está?
Eu até penso que nos outros 1800
políticos que dizem estar contidos na delação, eu apostaria num divisão meio a
meio entre o PT e o PSDB, e o resto, fica para os partidos pequenos. Aliás, a
grande consequência desta delação e das anteriores é que mostraram que nossos
partidos políticos se comportam como verdadeiras “organizações criminosas”, e as aspas são apenas homenagem a algumas
pessoas que neles habitam de forma honesta.
E agora, o que fazer? Temer renunciar
é pouco. Fechar os partidos seria uma caça às bruxas numa situação onde não se
sabe como elas estão vestidas. Eleições diretas? Eu pergunto para eleger quem?
O Lula? Nem pensar.
Para mim, o momento é de manter o
ritmo, com o Temer ou sem ele, seguindo o que manda nossa Constituição. Ela é
muito ruim, mas, é a que temos no momento, e o único guarda-chuva que pode nos
proteger um pouco da tempestade que se avizinha. É difícil não molhar os pés,
mas, sem ela, cairemos outra vez numa tempestade institucional que não sabemos
se tem fundo ou não.
Penso que o Temer não tem mais
condições de continuar na presidência, da mesma forma que a Dilma nunca teve
condições e o Lula idem. Renúncia ou impeachment tanto faz, embora a primeira
doa menos à nação. E, segue o féretro da Nova República, com o Rodrigo Maia
pegando na alça do caixão, e convocando eleições indiretas e o combalido
Congresso fazendo o seu papel para eleger alguém que, eu ontem, ainda dava uma
chance ao Temer, e hoje não dou mais. Enquanto isto, a fila nos presídios devem
aumentar, com o Lula na frente, e agora com o Aécio com lugar garantido, depois
de Dilma, é claro.
Ainda bato na tecla, com o
otimismo que me é peculiar, de que poderemos encontrar alguém que continue com
o programa de reformas tão necessárias ao país deixando a equipe econômica, que
foi a única que funcionou bem no governo Temer, continuar seu trabalho.
E, a partir daí começar a
procurar, alguém que assuma em 2018, tendo como primeiro ato uma convocação de
uma Assembleia Constituinte para nos livrar de vez desta nossa que só levou o
Brasil para baixo.
Fico por aqui, esperando que
amanhã ainda possa falar em Brasil. Com Temer ou sem Temer.
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