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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lula: Culpado ou idiota?




Por Zezinho de Caetés

Confesso que ainda não vi todo o depoimento de Lula. É muita coisa. Mas, já vi uma parte. E por ela, não há dúvida. Ou o Lula é culpado ou é um perfeito idiota. Como é que depois de um depoimento destes o cara ainda quer ser presidente da República?

Durante o período que lá esteve houve o maior roubo da história do mundo, de um órgãos ligados ao setor público, e ele, não sabia de nada. Ou seja, o que ele fazia quando era o comandante em chefe da nação? Certamente, pescava nos pedalinhos do Sítio Atibaia, que era de um amigo e tomava caninha 51, a que ele era chegado.

E o pior do que vi ontem, é que, como em todas as outras ocasiões, ele arranjou um culpado para a trama do tríplex: A finada Dona Marisa. E esta não poderá delatá-lo mais, coitada! Como o fizeram o Léo Pinheiro e o Renato Duque. Pelo que o Lula falou, parecia até que ele nunca tinha ouvido falar do apartamento, mesmo depois de visita-lo e conchavar com o Léo Pinheiro, que ele tachou de um mero vendedor de imóveis.

Ora, se alguém é dominado pela mulher ou por outra pessoa a um ponto que não consegue conversar com eles sobre uma compra de um imóvel, que, pelo que ele diz de pobreza, afeta sua saúde financeira, como poderia ser presidente de uma nação?

E o que me chocou mais foi ele dizer que desde 2002 não tem nenhuma influência sobre o PT, o partido que lhe deu suporte para todas as falcatruas, inclusive para ele indicar o “poste” Dilma para presidência, a fim de continuar o assalto.

Quando ouvi isto, me deu tanta raiva que me deu sono e eu fui dormir. Hoje, vou ver o restante dos vídeos para ver as provas, além da convicção do Moro e de todos, de que o Lula foi um embuste nacional. Não garanto mais nem a Cadeira 13 de nossa Academia Caeteense de Letras, se ele quiser voltar a nossa terra.

Fiquem com o Ricardo Noblat, no texto que escreve hoje em seu blog (“Pobre Marisa Letícia”), que eu vou continuar vendo o depoimento, sem muita esperança de mudar de opinião.

“Para livrar-se do escândalo do mensalão em 2005, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou a cabeça do ex-ministro José Dirceu, o coordenador de sua campanha vitoriosa à Presidência da República.

Para livrar-se do escândalo dos aloprados, quando assessores seus forjaram, em 2006, documentos contra o PSDB, ele entregou as cabeças que pôde, inclusive a do coordenador de sua campanha à reeleição, Ricardo Berzoini.

Pouco antes, havia entregado a cabeça do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci quando restou provado que a máquina do seu governo fora usada para quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

Nada demais, pois, que Lula tenha se valido de sua mulher, Marisa Letícia, para livrar-se da acusação de que ganhara o tríplex do Guarujá como uma espécie de propina paga pela construtora OAS. Maria Letícia está morta.

Foi tudo obra dela, segundo Lula. Foi ela que quis comprar o tríplex — ele, não. Quando visitou o apartamento, enxergou nele mais de 500 defeitos. Mesmo assim, ela insistiu em comprar para fazer investimento, ele não.

Marisa visitou o apartamento pelo menos duas vezes, lembrou o juiz Sérgio Moro. Lula retrucou que nunca soube da segunda visita. Admitiu tê-la acompanhado na primeira, da qual há registro fotográfico.

Moro perguntou sobre a reforma do apartamento, que ganhou cozinha moderna, um elevador e outras melhorias feitas pela OAS. Lula afirmou que não encomendou nenhuma reforma. Foi coisa de Marisa, portanto.

Diante da insistência do juiz em arrancar-lhe respostas mais precisas e detalhadas, Lula novamente invocou Marisa: “Perguntar coisa para mim de uma pessoa que já morreu é muito difícil, sabe? É muito difícil”.

O Lula eloquente, imbatível quando desafiado, dono de um estoque inesgotável de frases prontas, deu lugar a um Lula reticente, quase monossilábico em certos momentos, que tentava disfarçar o nervosismo.

Cobrou provas da acusação que pesa contra ele no processo. Mas, quando uma delas foi apresentada, desconversou. Moro perguntou sobre um documento rasurado de compra do tríplex encontrado no seu apartamento.

Lula respondeu: “Não sei, quem rasurou? Eu também gostaria de saber”. E sobre o documento em si? Lula respondeu: “Não sei, nunca soube”. Consultou rapidamente o documento e o devolveu ao juiz.

A OAS pagou o armazenamento dos pertences de Lula depois que ele deixou o poder. Foi coisa de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, garantiu o ex-presidente. Ele só soube disso muito mais tarde.

Moro não perguntou por que Lula aceitou que a construtora pagasse uma despesa que somente a ele, Lula, caberia pagar. Foi um favor? Foi propina? Foi uma maneira de agradecer pelos contratos que firmou com o governo?


Um interrogatório como o de ontem serve como peça de defesa do réu. Mas serve também ao juiz para ajudá-lo a formar sua própria convicção a respeito da inocência ou da culpa do réu. Como peça de defesa, foi pífio.”

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