Por Zezinho de Caetés
Ontem foi um dia histórico. Mais um, como todos ultimamente,
desde quando o povo brasileiro resolveu reagir ao descalabro dos governos
petistas, com seu objetivo de nos tornar
uma grande Venezuela.
Houve de tudo um pouco. E quem viu a reunião da Comissão do
Impeachment, que foi o começo de tudo, e que lembrava mais uma reunião de
torcidas organizadas do Palmeiras e do Corínthians, com bandeiras e tudo, me
dará logo razão.
Os historiadores do futuro devem lembrar este dia, já que
existiu o Dia do Fico, para o bem do povo e felicidade geral da nação, como o Dia do Saia, também com o mesmo
objetivo. Durante a reunião o que se viu representa realmente o povo brasileiro.
Desde um boquirroto Silvio Costa até um moderado Medonça Filho, pelo menos em
seu discurso.
No seu final foi uma festa cívica das mais bonitas. No
entanto, nem só esta parte constará dos livros de história, porque, o meu
conterrâneo, o Lula, o quase ministro, estava, na mesma hora, junto com o Chico
Buarque no Rio, a preparar sua campanha para assumir a presidência em 2018,
sucedendo o Michel Temer.
Aliás, o Temer também fará parte do dia histórico, por ter “vazado” um discurso pelo Whatsapp,
instrumento de comunicação que, não se adapta bem a pessoas das terceira idade,
como eu e ele, pois, sem o vigor cerebral dos jovens, terminamos enviando
mensagens para Dilma quando queríamos enviá-las para Marilena Chauí, no qual
falava do seu plano de governo.
Praticamente, ele deve ter feito a gravação já com o terno
de posse junto da Marcela que o aplaudia. E não é que deu certo? E hoje, eu já
leio que até medalhões do PMDB, como o Picciani, aquele que ganhou o Ministério
da Saúde, já pretende debandar das hostes dilmo/lulescas.
E, parece que, o esforço de Lula, lá no hotel em Brasília,
de comprar apoio, não está dando certo. Já se dá como certo que, na votação do
impeachment no domingo, já há deputados suficientes para mandar a Dilma para
casa, por, pelo menos, uns 6 meses de férias, o que eu espero, o Senado, as
estenda por muito mais tempo.
Sobre isto, e sobre as atividades de Lula, ontem, você podem
ler o texto abaixo transcrito, do Josias de Souza, com o título de: “Bala de prata de Dilma falha na primeira
batalha”. Entretanto, o que mais deve acelerar o impeachment foi o que li
na mídia:
“A Polícia Militar do
Distrito Federal prendeu na noite desta segunda-feira um militante do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) com 55 mil reais em notas numa
mochila. José Carlos dos Santos foi preso ao chegar ao acampamento do MST
próximo ao Teatro Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Ele não soube
explicar a origem do dinheiro.”
Ou seja, levaram o dinheiro da mortadela. E, enquanto nós
vamos às ruas no dia 17 para mostrar que o Brasil inteiro quer ver Dilma e Lula
pelas costas, não vai ter uma bandeira vermelha na rua. Afinal de contas, já é
difícil gritar sem saber porque: “Não vai
ter golpe!”, mas, sem mortadela, jamais.
Fiquem com o Josias que eu vou continuar vivendo a história.
“Ninguém esperava ver Lula cabalando votos na entrada da comissão que
derrotou Dilma na primeira batalha da guerra do impeachment. Seria muito
teatro. Mas pouca gente entendeu o que fazia o criador no Rio de Janeiro, numa
manifestação ornamentada com artistas e intelectuais, na hora em que sua
criatura tanto precisava dele em Brasília.
Ficou no ar a incômoda impressão de que Lula começa a virar a página.
Empatado com Marina Silva na liderança do último Datafolha presidencial, Lula
parece mais preocupado com a publicidade do aplauso de plateias companheias do
que com o esforço oculto para manter unido um rebanho congressual que salta o
alambrado.
Devolvido à cena brasiliense como “bala de prata” de Dilma, Lula
revelou-se um traque no primeiro embate. De nada adiantaram as prome$$as feitas
no escurinho do quarto de hotel. Num colégio de 65 votos, o impeachment
prevaleceu por 38 a 27. Nada que permita concluir que a oposição já garantiu os
342 votos de que precisa no plenário da Câmara. Mas foi constrangedor para o
governo ter de “comemorar” a derrota pouco elástica, inferior a dois terços.
O jogo não acabou. Porém, o governo dispõe de pouco tempo para esboçar
uma reação. A batalha do plenário está marcada para domingo. Por ora, a
coreografia favorece os partidários do impeachment, já que a bancada
dinheirista admite tudo, menos ficar do lado perdedor. Às voltas com
dificuldades para confirmar sua própria nomeação para o ministério, Lula já não
é o mesmo sedutor de outrora. E tende a tornar-se irrelevante se não se der
conta de que Chico Buarque não têm direito a voto no plenário da Câmara.”
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