Por Zezinho de Caetés
Inicio a semana lendo o resumo feito pelo Zé Carlos, neste
Blog, em termos políticos e humorísticos (seria redundância?), onde se coloca a
semana que passou, com filmes e tudo. E é ainda sorrindo das peripécias dos
políticos que começo citando a nossa gerenta presidenta, como sempre, com todo
o respeito que ela merece:
“Se tem uma coisa que
a gente tem de preservar, porque tem sentido de Estado e sentido de nação, é
não misturar eleição com a maior empresa de petróleo do país. Isso não é
correto, não mostra nenhuma maturidade.”
Sinceramente, custei a acreditar que fosse a pupila de Lula,
que não sabe nem o que é Estado nem nação, a dizer isto. Então fui à mídia
procurar detalhes. E não deu outra. Só encontrei jornalistas, pelo menos os que
ainda preservam alguma memória, perguntando o que fez o PT no passado a não ser
colocar tudo no meio da eleição, inclusive as mães e a PetroBRAX. Foi com a
mentira de que o FHC queria privatizá-la (embora eu desejasse) que o Lulinha
paz e amor conseguiu muitos dos seus votos em suas primeiras eleições. É muita
desfaçatez na fala de nossa gerenta presidenta.
Mas, alguém se surpreenderia com isto a esta altura,
principalmente, devido ao fato cada vez mais concreto de que o poste maior não
deu a luz e deixou o Brasil na pior? É claro que não! E em minha pesquisa,
encontrei um texto do Ricardo Noblat, em seu blog (11/08/2014) onde ele começa,
já no título com muita ênfase dizendo? “Não
se meta, Dilma!!!”. Ele vai ao ponto, ou aos pontos da desfaçatez
presidencial nesta campanha. Eu, junto com ele, pergunto: “O que essa gente do governo Dilma Rousseff, ela incluída, imagina que
somos? Um bando de idiotas? Ou de ignorantes? Incapazes de distinguir entre o
falso e o verdadeiro?”
E é neste tom que ele responde na afirmativa, no que se
refere não a ele e nem a mim, mas, ao eleitorado brasileiro como um todo,
dizendo que é possível que a Dilma ganhe as eleições no primeiro turno. Se isto
acontecer realmente os brasileiros serão considerados em sua maioria um bando
de idiotas e de ignorantes. Eu não considero que pessoas ignorantes sejam
idiotas, embora alguns sejam, e Lula é o exemplo. Eu os considero mal
informados. E é ainda a imprensa independente dos mimos palacianos que tem a
responsabilidade de deixar que os menos informados passem por idiota.
Agora não se passa mais uma semana na qual a nossa
presidenta não esteja envolvida numa bandalheira e que tente negar de pés
juntos contra todas as evidências. Será que alguém acredita que a Dilma não tem
nada a ver com a lambança de Pasadena? Os que acreditam devem considerá-la uma “idiota útil”, para manterem seus
privilégios, da mesma forma que acreditam que o Lula não sabia de nada do
mensalão.
Pensando bem, corremos um risco de o PT permanecer no poder,
isto se a nossa oposição não encontrar o caminho das pedras que o Lula escondeu
desde 2002. E isto só acontecerá no dia
em que puder se provar que o Lula sabia de tudo, e que a única coisa que a
Dilma não sabia era como fazer o Sinal da Cruz.
Fiquem com o texto do Noblat e reflitam se devemos bancar os
idiotas tentando acreditar no PT, agora o Partido dos Trambiqueiros,
comprovadamente, pois os que estão na Papapuda ainda são seus maiores
operadores.
“O que essa gente do governo Dilma Rousseff, ela incluída, imagina
mesmo que somos? Um bando de idiotas? Ou de ignorantes? Incapazes de distinguir
entre o falso e o verdadeiro?
Vai ver parecemos dispostos a ser enganados desde que não nos apertem
os bolsos. Nem revoguem direitos e benefícios obtidos a duras penas. Ou que nos
foram concedidos em troca de votos.
Pois é...
Os aloprados estão de volta!
Perdão. Os aloprados não estão de volta. Estão de volta aqueles que a
cada eleição tentam por meios escusos influenciar seus resultados.
Lula chamou de aloprados os membros de sua campanha à reeleição que
montaram um falso dossiê para enlamear a imagem dos candidatos do PSDB a
presidente da República (Geraldo Alckmin) e ao governo de São Paulo (José Serra).
Aloprado é um tipo inquieto. Ou amalucado. Sem juízo. Apenas isso.
Na época, ninguém contestou o uso impróprio do inocente adjetivo para
identificar, de fato, manipuladores da vontade popular. Sinto muito, mas era
disso que se tratava.
Agora será diferente?
Como qualificar os que agiram para transformar a CPI da Petrobras numa
despudorada farsa? Uma CPI que poderia afetar o resultado da próxima eleição
presidencial.
Ali havia um grave malfeito a ser investigado capaz de alcançar Dilma a
poucos meses da sua sucessão. A Petrobras fez um dos piores negócios de sua
vida ao comprar a refinaria de Passadena, nos Estados Unidos.
O negócio foi aprovado pelo Conselho de Administração da companhia
presidido por Dilma. Respondam com franqueza: o que foi feito da gestora tida
por Lula como exemplar?
Dilma alegou que se baseara num parecer técnico “falho” quando avalizou
a compra da refinaria. E que o autor do parecer já fora demitido da diretoria
da Petrobras.
Descobriu-se, afinal, que o demitido, assim como a atual presidente da
companhia, receberam de véspera as perguntas que lhe seriam feitas por
senadores do governo escalados para integrar a CPI.
Uma ação entre amigos. Ou melhor: um crime!
Sob pressão do governo, o Tribunal de Contas da União (TCU) retirou o
nome de Dilma da lista dos eventuais culpados pelo prejuízo de US 792,3 milhões
contabilizados pela Petrobras.
Deixou de fora da lista o nome da presidente da Petrobras, Graça
Foster. E por fim adiou o julgamento do caso. Graça não poderia dispor de
melhor advogado de defesa – Dilma, que a nomeou para o cargo.
Lembram-se da vez que Lula se referiu a Sarney como “um homem incomum?”
Foi a maneira que achou para socorrer o fiel aliado, suspeito de alguma
tramoia.
Graça é “uma mulher incomum”, sugeriu Dilma. Que decretou: “Nós não
achamos que pese contra ela qualquer processo de irregularidade”. Nem contra o
marido de Graça, prestador de serviços à Petrobras.
Seria mais razoável que Dilma correspondesse ao que se espera de quem
ocupa o cargo mais importante da República, deixando o TCU livre para decidir
se lançará o nome de Graça no rol dos responsáveis pelo negócio de Pasadena.
Ninguém pediu a opinião dela sobre Graça. Ninguém. E não interessa ao
tribunal – e não deve interessar - o que pensa Dilma de sua amiga de fé, irmã,
camarada.
O poder costuma cegar quem o exerce.
Embora carente de talento para estar onde foi posta por Lula, Dilma
entende que merece se reeleger porque fez um governo estupendo, inesquecível.
Por certo, inesquecível, sim...
De resto, é tamanha a fraqueza dos seus adversários que ela tem tudo
para se reeleger. Se os fados ajudarem, no primeiro turno.”
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