Por Zezinho de Caetés
Vi na TV, há algum tempo, a fala da nossa gerenta presidenta
criando o Padrão Brasil de Qualidade e como tudo hoje é sigla podemos chamar de
PBQ, que é, hoje, a mesma coisa que o Padrão Petista de Qualidade, o PPQ. Não
senhores não confundam com o PQP que é um palavrão usados em manifestações
contra a Copa do Mundo.
Nossa gerenta presidenta fez isto ao comparar o já famoso
Padrão Fifa, com aquele padrão que hoje se vê nos nossos estádios, ou arenas,
de futebol onde serão realizados os jogos da Copa do Mundo. Como diz, logo
abaixo, o imortal Merval Pereira, ela conseguiu criar um novo padrão que supera
até o padrão chinês, em termos de coisas de pior qualidade. Ah, se isto fosse
apenas nos estádios de futebol. Tenho certeza o povo brasileiro estaria melhor
de vida.
Hoje o PBQ ou PPQ é algo repudiado pela sua qualidade, em
todos os setores. Eles dizem que gastam horrores com a saúde. Cadê a Saúde?
Gastam fortunas na educação. Cadê a Educação? Gastam fábulas com infrastrutura.
Cadê a infrastrutura? E assim por diante. São hospitais funcionando nos
corredores, universidades de Medicina sem nem cadáveres, quanto mais livros;
estradas que viram pó no primeiro inverno. Mesmo assim dizem que agora o Brasil
não tem mais miséria. Miséria de quem? Claro que, no PT acabou a miséria,
depois da gastança e da corrupção. Apesar de uma parte de suas “mentes brilhantes” está vendo a Copa de
lá de dentro do presídio da Papuda, apenas aguardam o Joaquim Barbosa sair de
cena para gozarem suas fortunas, leves e soltos.
Como diz o imortal, logo abaixo (o texto foi publicado no
Blog do Merval em 29/05/2014 com o título: “Padrão Brasil”), o Brasil perdeu uma grande chance de se firmar como
uma nação ao contrário daquela da qual pensava o General De Gualle, quando
dizia que o “o Brasil não é um país sério”.
Muito pelo contrário, ganhemos ou não a Copa, a imagem do Brasil correrá o
mundo como o país das obras inacabadas. Quando li que as irmãs do Cristiano Ronaldo,
o metrossexual português, melhor
jogador do mundo, dizendo que não vem ao Brasil porque nas Copas da
Confederações, veio e se arrependeu devido à violência, não cheguei nem a
criticar as sobrancelhas do jogador. Fiquei foi envergonhado igual a Ronaldo
Fenômeno, a quem admiro mais ainda pela coragem de dizer que não vai votar na
Dilma.
O que precisamos mesmo é pensar na Copa de outubro, quando
estará em jogo não só seis quilos de ouro, transformados numa bonita taça, que
vi recentemente, depois de enfrentar um sol mais quente do que o de Caetés,
quando era criança e brincava com Lula naquelas caatingas. É, pelo menos devemos tentar passar do PBQ petista para
outro padrão melhor, mandando o PT para a PQP.
Fiquem com imortal Merval, que, sendo imortal não correrá o
risco de morrer de vergonha, como nós pobres mortais que tentam balançar as
bandeirinhas do Brasil, mas sem aquela alegria anterior. Antes de terminar, li
nesta AGD uma notícia (Página Notícias) que diz ter o IBOPE realizado uma
pesquisa onde constatou, em relação à Copa, que 70% dos brasileiros estão “gelados”, “frios”, ou “mornos” em relação a este evento
esportivo. Eu acho que o instituto, que como sempre só entrevistou petistas,
como o faz nas pesquisas de intenção de voto, ainda está errando para baixo. Eu
diria 99%. Se for tirar por mim, só desgelarei com um gol do Neymar. Quente
mesmo só se na Copa de outubro a população fizer um gol de placa, votando na
oposição.
“Ao tentar rebater as críticas aos aeroportos brasileiros afirmando que
eles não são “padrão Fifa” mas sim “padrão Brasil”, a presidente Dilma mais uma
vez escorregou no improviso (dando de barato que não foi uma “sacada genial” de
seus marqueteiros) e, sem querer, chancelou o “padrão Brasil” como definição de
produto de má qualidade.
Até hoje produtos “made in China” carregam consigo a desconfiança do
consumidor, enquanto os “made in Japan” já conseguiram ser um atestado de
qualidade. Os aeroportos “made in Brasil” definitivamente não são sinônimo de
coisa boa, pelo menos enquanto não entram em funcionamento os novos terminais
que deveriam estar prontos para a Copa do Mundo de futebol.
O Brasil, como Nação, perdeu uma grande oportunidade de se mostrar ao
mundo como capacitado a realizar grandes eventos como uma Copa do Mundo ou as
Olimpíadas. Só havia uma razão para o governo brasileiro batalhar por essa
realização, e por isso a China realizou as Olimpíadas de 2008, a África do Sul
realizou a Copa do Mundo de futebol em 2010 e a Rússia vai ser a sede da Copa
de 2018.
Todos esses países que formam os BRICS têm como objetivo ganhar espaço
político no mundo multipolar, e o Brasil estava no caminho certo ao pleitear a
Copa e as Olimpíadas quase ao mesmo tempo. Mas perdeu sua grande chance ao não
se dedicar à organização e ao planejamento desses eventos planetários com a
prioridade devida. Valeu mais para o governo Lula ganhar a disputa pela
realização deles do que a realização em si.
Resta agora torcer para que, mesmo dentro de condições mínimas, corra
tudo bem nesse próximo mês. Mas o que o mundo está vendo nesses momentos
pré-Copa não faz bem à imagem do país. Até índios dando flechadas em plena
Esplanada dos Ministérios em Brasília apareceram nas televisões internacionais,
reforçando estereótipos. A questão é que grupos oportunistas que querem
aproveitar a Copa para fazer chantagem, fazem greves, pedem aumentos abusivos,
interrompem o trânsito.
Mesmo um grupo pequeno consegue hoje em dia interromper o trânsito nas
grandes metrópoles, parando as cidades. E há ainda grupos minoritários de
vândalos, ou grupos de Black-blocs, que fazem uma campanha contra a Copa que
absolutamente não envolve a maioria do povo.
O sentimento geral é de crítica ao governo, que não cumpriu o que
prometeu, que atrasou tudo, que mostrou ineficiência. As pessoas suspeitam de
que houve muita corrupção nas obras da Copa, mas todas essas são críticas
específicas, ninguém é maluco a essa altura de achar que o melhor é que não
tenha Copa.
Pode-se até achar não deveria ter Copa, que o governo deveria, em vez
de ter batalhado para sediá-la, não ter colocado isso na sua pauta, não deveria
ser um objetivo prioritário para um país pobre, necessitado de muitas coisas.
Mas já que fez, não há sentido em querer boicotar a Copa, é coisa de minorias.
Misturar política com Copa do Mundo, e aproveitar a situação para tirar
proveito próprio ou político, é atitude criticável. Mas o governo também
precisaria atuar com mais decisão desde sempre, no relacionamento com os
chamados “movimentos sociais”, para evitar os abusos que estão acontecendo
hoje.
Agora, diante da realidade que o populismo não conseguiu controlar, é
preciso montar esquemas de segurança menos falhos, cumprir pelo menos a sua
parte agora, já que a parte dos chamados legados da Copa está prejudicada pelos
atrasos nas obras.
Pelo menos agora o governo tem que montar um esquema para garantir a
segurança das pessoas e das delegações, dos mandatários que vêm ver os jogos.
Mais uma demonstração de ineficiência do esquema oficial foi vista na saída da
delegação brasileira para Teresópolis, quando professores em greve chegaram a
atacar o ônibus com os jogadores da seleção brasileira dentro.
Não importa se a culpa é do governo federal ou dos governos estaduais e
até municipais, esse “inferno” de várias esferas de poder que o
secretário-geral da Fifa Jerôme Valcker experimentou. O fato é que o país
perdeu uma grande chance de se mostrar ao mundo como uma potência emergente
devido a seus próprios defeitos, turbinados pelo populismo no poder.
A constatação não decorre de complexo de vira-lata, mas, ao contrário,
da rejeição da fantasia marqueteira de um governo que vende um país que não
existe em vez de tentar mudar sua realidade. E que agora, depois do leite
derramado, quer usar o patriotismo como refúgio de seus próprios erros.”
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