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segunda-feira, 23 de junho de 2014

A semana - Copa e Política: Os favoritos estão indo embora...




Por Zé Carlos

Nossa charge política semanal, o filme do UOL abaixo apresentado, por pouco não virou uma charge esportiva, aliás, como tudo neste país neste mundo conturbado, pelo menos para a Brazuca (bola oficial da Copa). Como chutam a bichinha! Eu não sei se aguentarei até o dia 13 de julho, vendo quase 3 jogos por dia, apesar de gostar do velho esporte que, certa época, era bretão. Hoje, a seleção bretã  já está fazendo as malas para voltar ao país em que eu vi o Brasil perder a Copa de 1990, tomando Whisky nacional: A Inglaterra. Enfim, quase tudo de tristeza e alegria vem, nesta época, do futebol.

E então, acabou a política? Que nada. Ela é que nos faz rir e a qual recorremos quando o Brasil empata com o México ou quando a Argentina consegue fazer um gol já na fase de prorrogação para ganhar, injustamente, do Irã. Que pena! Quando vejo isto tento passar logo para o noticiário político. E aí o riso sai aos borbotões, e esqueço até a contusão do Hulk. Penso que isto aconteceu com os produtores do filme do UOL, também. Eles passam das brincadeiras dos estrangeiros em nossa terra já no fim do filme, e mostram o abaixamento do nível da campanha para presidente, o que é visível. Desde que o Lula falou que a Dilma não gostava de chuchu, e foi desmentido efusivamente pelos outros candidatos, a campanha vai de proa para o fundo do poço da baixaria, pornográfica ou não.

Lá em Bom Conselho, dizíamos que “era o roto falando do esfarrapado”, quando ouvíamos alguém como a Dilma ao criticar o Alckmim pela falta d’água em São Paulo, sem prestar atenção na crise da “luz” que estourará logo depois das eleições no país como um todo. Considerando as duas situações poderíamos dizer que o Brasil se tornou um país que “de dia falta água e de noite falta luz....”? E o Aécio fala de um tsunami que chegará brevemente. Será para mitigar a falta d’água em São Paulo? Espero que não seja de água salgada. E, enquanto isto, o Eduardo diz que cansou de viver com “as raposas que tanto roubaram o Brasil”, tirando, é claro, o presidente Lula, que é um santo. Me engana que eu gosto! Aliás, o Eduardo tem o apoio de todos os partidos políticos do Brasil, de A a Z, se considerarmos as coligações regionais. Parece que para o PSB todos os partidos são iguais, e só mudam de endereço. Eu não quero nem pensar na situação de Bom Conselho, porque tenho ânsias de riso.

Lembro que, quando criança, já gostando de observar a atividade política, ficava ao pé dos palanques ouvindo os oradores para aperfeiçoar o português. No caso, falando ao contrário deles. Hoje, se lá estivesse iria aos palanques para ouvir os políticos xingando um ao outro, e ao mesmo tempo abraçados com os mesmos candidatos. Penso que os eleitores vão ficar confusos, mas morrerão de rir quando tiverem que esperar terminar um comício de um grupo para entrar o outro que apoia o mesmo candidato. Ora, mas deixemos de ser programáticos e sejamos pragmáticos. Vamos rir da situação.

Bem, todos sabem que tenho um trabalho danado de ficar atualizando nossa página Deu nos Blogs (link logo aí à sua esquerda) para mostrar o que se passa pelo Brasil e pelo mundo aos bom-conselhenses (junto com Notícias, é a página mais lida do blog). É neste trabalho prazeroso que começo a rir, e, quase sempre o que leio no fim de semana, não está no filme que comento. Mas, não é proibido eu dizer aos meus poucos leitores com o que rio mais para que eles também se alegrem. Neste fim de semana quase morri de rir com o discurso da Dilma na convenção do PT, na qual foi lançada, oficialmente (porque extra-oficialmente o Lula a lançou em 2002, mais ou menos), quando ela falou que: “É com crescimento que serão gerados os empregos necessários para as atuais e as novas gerações. É com crescimento, associado a fortes programas sociais, que venceremos a desigualdade de renda e do desenvolvimento regional.” Ao pensar no crescimento que houve no governo Dilma, não aguentei e rolei pelo chão rindo feito uma hiena no cio. E noutras passagens me parecia que o discurso que ela estava lendo foi o mesmo escrito para a campanha de Lula em 2006, depois que ele renegou o que estava na Carta aos Brasileiros.

Eu não sei porque ao chegar a este ponto me lembrei da seleção espanhola. Dizem que sua eliminação precoce foi fruto de uma revolta contra a abdicação do Juan Carlos, seu ex-rei, que perdeu a majestade quando começou a matar os elefantes africanos. No caso do PT, o partido começou a perder a majestade quando a adquiriu, isto é, assumiu o poder, e o quer para sempre. E já que a Dilma nem o Lula abdicaram, a proposta mais sensata, me parece,  é “abdicá-los”. Se não pudermos fazê-lo vamos continuar rindo, se isto não for proibido por lei brevemente, afinal de contas, nem umas palmadinhas nos filhos pode-se mais dar.

Nossa, já me alonguei demais e nem toquei em pontos essenciais para o riso. Mesmo assim não posso deixar de comentar o que andaram boatando por aí sobre o empate do Brasil com o México, no qual o Neymar não repetiu a sua boa performance. Dizem que ele não dormiu bem na noite anterior. Sofreu uma pressão psicológica terrível ao tentar decidir qual o gesto que faria para a Bruna Marquesine ao fazer um gol. O do coraçãozinho ou uma cara de ódio com ciúme de suas cenas picantes na novela. Vamos ver se contra Camarões ele se decide logo e dorme bem.

Fiquem agora com o resumo do roteiro feitos pelos produtores do filme e o vejam logo abaixo, na esperança de que, na próxima semana, ele já mostre o gesto do Neymar, seja ele qual for, no jogo contra Camarões, hoje.

“Vista com desconfiança, a Copa do Mundo no Brasil veio com tudo: goleadas inesperadas, viradas e mais viradas, zebras históricas, alemães dançando com índios, holandeses tomando o Pelourinho, bárbaros ingleses em Manaus, chilenos perdidos, argentinos invadindo Copacabana. Se o Mundial empolga, o debate eleitoral é puro tédio: petistas, tucanos e até Eduardo Campos (PSB) decidiram subir o tom e acabaram baixando de vez o nível da campanha.”


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