Por Zé Carlos
Revivendo esta semana eu comecei a rir mesmo antes de ver o
filme do UOL. Quem não riu com a primeira vitória do Brasil na Copa do Mundo?
Poder-se-ia dizer que tudo foi Copa durante a semana. Uma charge política para
ela deverá ser “um arrazo”. Enquanto
esperamos não houve como não sorrir. Só quem não sorriria seria o técnico
espanhol. Que chocolate, holandês!
E o mais hilário aconteceu na abertura da Copa do Mundo, no
já chamado Itaquerão, construído para o Coríntians, quase que em homenagem ao
Lula, num torneio que, a ele só tem acesso a “elite branca” de São Paulo, como o ex-presidente mesmo diz. Pois
não é que este povo mal educado xingou e vaiou a presidente Dilma durante quase
toda a cerimônia de abertura! Foi uma coisa horrível, todos irmanados, na mesma
emoção e gritando: “Ô, Dilma, vá comer chuchu!”.
Mas, a presidente reagiu à altura, embora não na hora.
Deixou para, em Recife em mais uma inauguração de algo que já foi inaugurado 20
vezes e será mais 30 até outubro, ou numa formatura de mais alunos do grande
impulso educacional que o PT deu ao Brasil, para ensinar ao Brasil como “nós pega os peixes”, e colocar todos na
universidade, mesmo que sejam analfabetos, ela foi incisiva: “Isto não me intimidará, pois não gosto de chuchu
desde que o Alckmin virou um!”. Ah, se eu estivesse lá. Seria riso para
todos os lados.
No entanto, quem mais se doeu com a sugestão da “elite branca” de São Paulo à sua pupila
presidencial foi o Lula. Não tive tempo de ver o vídeo todo de sua fala, mas,
pelo que ele disse, deveria estar espumando, mais do que cachorro doido. Será
que ele já comeu chuchu? Como sempre ele diz que quem mandou a Dilma comer chuchu
“foram eles, e nós (o Lula e
corriola) temos que reagir”. O que me
espanta nisto tudo é não saber quando o Lula será considerado da “elite” que ele tanto critica. Lula é
branco, rico, tem 280 títulos de doutor, usa ternos do Armani, frequenta o
Sírio-Libanês, come do bom e do melhor, mente quando quer e é aplaudido, etc.
etc. etc., e ainda diz que a “elite”
é “eles”. Só rindo mesmo.
Pasmem, ele chegou a dizer em seu discurso, depois de dizer
que quem mandou a Dilma comer chuchu eram uns moleques, que a única que tinha
cara de pobre na partida inaugural da Copa do Mundo era ela. Eu não observei
muito, mas, será que ela não teve tempo de fazer o seu caro penteado, e estava
parecendo pobre? Imaginem se as “elites”
a tivessem chamado de feia e gorda! A reação deveria ser imediata, e eu me
preocuparia com a integridade física do Joseph Blatter. Enfim, foi uma semana
alegre prá chuchu. E agora tem outras coisas no filme ainda para comentar. Dou uma pausa,
pedindo ao garçom para tirar o chuchu da salada.
Lendo um editorial do Estadão descobri uma metáfora para
este nosso Brasil do Pai dos Pobres e da Mãe do PAC, que merece ser
compartilhada com meus poucos leitores (com a Copa não sei nem se os tenho): O
Brasil, “assemelha-se mais a uma casa
onde o pai e a mãe endoideceram, tiveram-se por ricos e gastaram o que tinham e
o que não tinham, contando bonitas e ilusórias histórias aos filhos, que vão
descobrindo aos poucos que a festa acaba, que não há mais dinheiro para o
almoço e que o mundo é mais complexo do que aquilo que estavam habituados a
ouvir em casa.” Completando-a, quando os filhos descobriram mandaram os
pais comer chuchu! Quem engana o povo merece comer chuchu mesmo.
Ri muito, quando um membro da “elite branca”, não sei de
onde, tirou o filho de um protesto, no qual ele atuava a caráter, isto é, vestido com aquela fantasia de black bloc,
dizendo que ele só poderia fazer isto quando ganhasse seu próprio dinheiro. Pensei
até que ele estava falando com Joseph Blatter, que levou nosso dinheiro, usou e
abusou de nossa hospitalidade e vai deixar ainda a Arena de Manaus para os
índios cuidarem. É, tem pai que é cego!
Por último, tivemos o Joaquim Barbosa (sempre ele, nos
fazendo ri no bom sentido) usando de suas prerrogativas para expulsar um
advogado do STF. Pelo menos o Lula não pode acusar a “elite branca” pelo
ocorrido, a não ser que queira entrar em atrito com a OAB, porque ele diz que
nomeou o Joaquim para Suprema Corte porque ele era negro. Toda esta confusão
entre as cores das “elites” me deixa confuso, e como sempre, rir ainda é o
melhor remédio. A alternativa é comer chuchu, e confesso, nunca gostei da
leguminosa.
Fiquem com o resumo do roteiro do filme do UOL, e riam com a
esperança de que, pela importância que foi dada nesta semana ao chuchu, não
tenhamos agora a “inflação do chuchu” para infernizar mais na nossa vida.
“A torcida brasileira
vaiou e xingou a presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo no
estádio de Itaquera, em São Paulo. Dilma vibrou com a vitória de 3 a 1 do
Brasil sobre a Croácia e disse que não vai se atemorizar nem se abater com os
xingamentos.
Também no dia da
abertura da Copa, houve manifestações contra o Mundial em algumas capitais. Em
São Paulo, jornalistas estrangeiros se feriram quando a Polícia Militar
reprimiu um protesto no Tatuapé, na zona leste.
E o presidente do
Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se irritou nesta semana com o
advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado José Genoino, e o
expulsou do plenário. O advogado queria que os ministros do Supremo analisassem
um pedido para o petista voltar à prisão domiciliar.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário