Por Ademir Ferraz (*)
Há muito tempo tenho acompanhado
Arnaldo Jabor e tolerado suas ambíguas paspalhices senoidais. Minha tolerância
com o intelectual, mas confuso e xenófobo Arnaldo, dava-se por um motivo
simples: Jabor é um intelectual intolerante e antidemocrático norte
americanizado, mas fala! Obviamente o Arnaldo não fala apenas por ele, fala,
também, por pseudos intelectuais. É muito claro que Jabor tem uma enorme vontade
de ser um Nelson Rodrigues. Mas tomou o caminho errado. Nelson Rodrigues foi um
intelectual-filósofo puro que bebeu nas águas de Nietzsche. Arnaldo se
contentou em ler as “orelhas” dos escritos de Nelson. Tentou ancorar-se em
Glauber Rocha, não deu certo. De fracasso em fracasso caiu nos braços de Paulo
Francis. Tem o mesmo ranço contra tudo que não é norte-americano ou, mais
amplamente, ocidental. Ocorre que ninguém, eu, por exemplo, deve ficar a vida
toda acompanhando quem quer que seja sem emitir seu julgamento. Esta semana
Jabor entornou meu copo d’água. Há muito ele terce críticas profundas
colocando-se em lugar nenhum da crítica como se fosse neutro. Mas a
neutralidade política não existe. O homem é um animal político e neutralidade
não se aplica. Pedro Demo diz que o Neutro ou é ignorante por não perceber o
engajamento da neutralidade, ou é um aproveitador do resultado da falsa
neutralidade. Quando digo que Jabor não sabe o que é, do ponto de vista
político (ou sabe muito bem!) é por coisa como: “ A esquerda é contra a social
democracia - deu em Hitler. A direita é contra a social democracia - deu em
Hitler”. Mas que invenção é esta? De onde Jabor tirou esta perola sobre a
ascensão de Hitler? Mais, então não devemos ser nem direita nem esquerda ou
progressista e conservador. Ou seja: Devemos ser apolítico que é o inerte.
Jabor chegou ao máximo ao criticar os grupos do Oriente médio que não se
sujeitam aos ditames norte americano de modo particular e Oriental de modo
geral: Chamou-os de Cachorros hidrófobos. Sem entrar no mérito de que não
existe cachorro hidrófobo, porque isso é um detalhe, faço apenas uma
observação: Será que Jabor sabe o que é cultural, histórico, formacional? Será
que acreditar em morrer na esperança de encontrar mil virgens no paraíso difere
de acreditar em céu e inferno? Será diferente cultuar em alto pedestal um
hezbollah é mais grave do que adorar (palavras dele) a Rede Globo!
Subordinar-se ao FHC enquanto no poder, depois a Lula enquanto no poder e
agora, fazer meia adoração a Obama! Jabor é uma espécie de franco atirador
protegido no nome de grandes amigos, pois é isso que o sustenta: Foi amigo de
Glauber Rocha e isso é suficiente para ser respeitado.
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(*) Publicado originalmente no
Facebook.
Jabor = Rede Globo. - Nunca li nada desse asno. - Anos atrás, vez ou outra, eu ouvia as suas diatribes sem rumo, na CBN. - Não perco meu tempo com o traste amorfo como esse quadrúpede que aí está./.
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